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DIREITO CIVIL 2B

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DIREITO CIVIL 2B
DIREITOS REAIS DE GOZO E FRUIÇÃO
1) Enfiteuse
1.1) Histórico: instituto criado pela Coroa Portuguesa para o preenchimento de terras inóspitas, incultíneas e inexploradas.
1.2) Direito real que dá direito a: posse, fruição, transmissão por herança e alienação.
1.3) sujeitos: 
Senhorio (proprietário) 
Enfiteuta Foreiro (quem exerce o direito de enfiteuse)
→ Só existem tais expressões juntas. Se o enfiteuta comprar a propriedade do senhorio, a enfiteuse se extingue, desse modo, não existirá a figura do senhorio.
→ não pode adquirir a propriedade por usucapião, pois não há animus domini (a pessoa sabe que não é dela).
1.4) Obrigações: 
Pagamento de foro anual atualizado: se não houver o pagamento de foro, extingue-se a obrigação. – Deverá ser uma pensão fixa e inviável - não aumenta nem diminui o valor - só cabe correção monetária.
Direito de preferência: Tanto o senhorio na venda da propriedade, quanto o enfiteuta na venda do seu direito de enfiteuse, deverão dar direito de preferência de compra ao outro. – Os dois têm 30 dias para exercer o direito.
→ Laudêmio: taxa de 2,5% do valor que a enfiteuse foi vendida (dinheiro pago para o senhorio). Só a venda do enfiteuse que tem essa taxa. 
1.5) Subenfiteuse: é o desvio da enfiteuse
→ é diferente de alugar a enfiteuse (feito pelo enfiteuta).
→ Art. 2038 CC: Não se pode mais constituir nova enfiteuse, subordinando-se as existentes, até a sua extinção. A extinção do instituto não é total, pois permanecemos enfiteuses particulares anteriores e as de terrenos de marina e acrescidos. 
2) Direito de Superfície 
2.1) Conceito: direito real pelo qual um proprietário (fundeiro) concede à terceira pessoa (superficiário), por escritura pública, poder de construir ou plantar sobre seu terreno com prazo determinado, de maneira gratuita ou onerosa. 
CONSTUIR ou PLANTAR
EX: plantar em terra alheia por 10 anos, findado o prazo você não tem direito de plantar mais.
Ex: construir um shopping, prazo de 20 anos, acaba o prazo, o proprietário do terreno também será proprietário do shopping.
2.2) Sujeitos: 
→ Concedente/ fundeiro
→ Superficiário (que usufrui)
2.3) Forma: só se institui direito de superfície por escritura pública. (nunca por contrato particular).
2.4) Características: 
Livre forma de pagamento (art 1370 CC)
Imposto (art 1371 CC) – ocorre por conta do superficiário
Transferível a terceiro ou causa mortis (art 1372 CC)
Direito de transferência (art 1373 CC)
Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularão as partes se o pagamento será feito de uma só vez, ou parceladamente.
Art. 1.371. O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.
Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela transferência.
Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições.
3) Das Servidões/ Direito de Servidão	
3.1) Conceito: direito real pelo qual a utilidade de determinado prédio (bem imóvel) será aumentada pela concessão feita pelo proprietário de outro prédio, por prazo determinado.
	Prédio Serviente
	Prédio Dominante
	aquele pelo qual será instituída a servidão
	aquele que terá sua utilidade aumentada
Art 1378 CC: o prédio dominante será servido pelo serviente através de manifestação expressa dos proprietários (escritura/contrato ou testamento) e, subsequentemente, registro no Cartório de Registro de Imóveis.
3.2) Procedimento:
Constituição: 
- Escritura pública
- Contrato (particulares)
- Testamento (autorização dada para fazer alguma servidão após a morte do dono do terreno).
- Sentença Judicial (divisão de quinhão de herdeiros)
Registro: todos os procedimentos precisam ser registrados.
OBS: Usucapião de Servidão: tem uma utilização da servidão sem uma legalidade entre as partes (escritura, contrato, etc), o prédio serviente não se importa que o dominante exerça o direito de servidão. Nessas condições, se ao passar 110 anos, o prédio serviente não quiser mais ceder ao prédio dominante, este poderá entrar com ação judicial para conseguir mais um prazo de servidão daquele local. 
3.3) Direitos do proprietário do prédio serviente
Exonerar-se de pagar despesas (art. 1382 CC). 
Ex: se as despesas estiverem muito altas e não valer a pena, o proprietário deve passar a propriedade para o outro (dominante).
Remover a servidão (art 1384 CC). 
OBS: pode mover a servidão desde que não diminua a utilidade. (pode tanto o serviente, quanto o dominante – quem alterar paga).
Impedir a efetivação de mudança na destinação.
O proprietário do prédio serviente poderá impedir a mudança da utilidade do dominante.
Cancelar servidão por via judicial.
OBS: é direito do proprietário cancelar a servidão por via judicial caso ocorra uma das causas de extinção.
3.4) Obrigações do proprietário do prédio serviente.
Permitir a realização de obras necessárias e conservação.
Estas obras, posteriormente, ficarão para o proprietário (serviente). 
OBS: o que for necessário, não é necessário pedir autorização do serviente (direito do dominante). O que não for necessário precisa da autorização do serviente.
Respeitar o exercício normal da servidão.
3.5) Extinção
Renúncia (feita pelo dominante)
Cessação da utilidade (a servidão não serve para mais nada)
Resgate (o proprietário do prédio serviente comprando de volta a servidão)
Confusão (concentra na mesma pessoa - serviente e dominante – o patrimônio. Ex: compra, casamento)
Supressão de obras (impedimento da realização de obras necessárias)
Desuso (toda servidão deve ter utilidade)
Perecimento (degradação – Ex: água que acaba da nascente que tinha servidão)
Decurso do prazo
Desapropriação
Convenção das partes
4) Usufruto
Conceito: direito real que dá o direito de usar e fruir de determinado bem. Pode ser vitalício ou temporário.
Abrangência: recai sobre bens móveis, imóveis ou na totalidade de um patrimônio (Ex: pais que tem usufruto do bem do filho menor – não precisa de contrato).
4.1) Direitos do Usufrutuário
→ Art 1394 CC: posse (nasce no momento que ele exerce o usufruto), uso, administração e percepção dos frutos.
→ Frutos:
Naturais:
- Pendentes no início do usufruto (usufrutuário)
- Pendentes no fim do usufruto (proprietário)
Civis:
- Vencidos no início do usufruto (proprietário)
- Vencidos até o final do usufruto (usufrutuário)
→ Legitimidade para usufruir (art 1399 CC): Art 1399. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário.
→ Mudança de Destinação do Prédio (art 1399, in fine, CC): necessário autorização do proprietário.
4.2) Dos deveres do Usufrutuário
Inventariar as coisas recebidas (art 1400 CC): rol dos bens recebidos em usufruto.
Prestas garantia (art 1400, in fine, CC): essa obrigação só existe caso seja pactuada a obrigação de devolver o bem ao fim do usufruto da mesma maneira que se encontra – o usufrutuário dá uma garantia ao proprietário)
Pagamento de Despesas (art 1403 CC): despesas de conservação, tributos e demais despesas inerentes ao bem.
Dar ciência ao proprietário de qualquer lesão a posse da coisa (art 1406 CC). Ex: tentativa de invasão da posse.
4.3) Extinção do Usufruto (art. 1403 CC)
Renúncia (usufrutuário renuncia o direito)
Termo (fim do prazo estipulado)
Extinção da PJ ou 30 anos (se a pessoa jurídica for usufrutuário e se extinguir // o prazo máximo para usufruto em favor de PJ é de 30 anos)
Cessação do motivo (acaba o motivo pelo qual existia o usufruto. Ex: filho que vira maior, acaba o usufruto do pai)
Destruição da coisa
Consolidação (fenômeno pelo qual a posição de nu proprietário e de usufrutuário se concentram na mesma pessoa)
Culpado usufrutuário quando aliena, deteriora ou deixa arruinar os bens (Ex: não cuida, não faz manutenção, dá em garantia)
Não uso ou não fruição
5) Do Uso
Conceito: também dá direito de usar e fruir, mas decorre de uma situação de necessidade.
→ Art 1412 CC: necessidade do usuário ou de sua família – condição social e lugar
→ Pode ser temporário ou enquanto durar a necessidade
→ Aplicação subsidiária do usufruto (aplica-se a regra do usufruto)
6) Direito de Habitação
6.1) Conceito: “Direito Real de ocupar temporariamente e gratuitamente casa alheia para moradia do titular e de sua família”.
OBS: em regra terá prazo, com exceção do direito de habitação do cônjuge sobrevivo. 
OBS: direito real de habitação não pode se dar mediante pagamento.
OBS: moradia é elemento central – não pode ter outra finalidade.
OBS: o titular DEVE morar no lugar, mas pode ou não morar com sua família.
OBS: pode ser dado através da lei (ex: obs1) ou o poder público fornece (ex: moradia popular).
OBS: só quem pode ceder esse direito é o proprietário.
→ Direito de uso com a finalidade específica de moradia.
6.2) Direitos e Obrigações do Habitador
→ Direitos:
Morar sozinho ou com sua família
Hospedar parentes e amigos de maneira gratuita
Defender sua posse (a posse não é transferida, mas o habitador age como possuidor – pode defender pela autotutela ou interditos possessórios)
Indenização por benfeitorias necessárias (regra específica)
→ Deveres:
Guarda e conservação do prédio
Não fruir (não tentar tirar lucro/frutos do bem)
Pagamento de despesas
Restituição no mesmo estado que recebeu
6.3) Extinção
Morte do habitador
Termo (fim do prazo)
Condição resolutiva (situações que se ocorrerem acabam com a obrigação)
Destruição da coisa
Não uso para moradia
Renúncia
Desapropriação
7) Direito Real de Laje (art 1510 – A CC)
→ Medida provisória nº 759: alterou o art 1225 CC e incluiu o art 1510 – A CC
7.1) Conceito: O direito real de laje consiste na possibilidade de coexistência de unidades imobiliárias autônomas de titularidades distintas situadas em uma mesma área, de maneira a permitir que o proprietário ceda a superfície de sua construção a fim de que terceiro edifique unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo.
7.2) Laje x Superfície: Laje é uma superfície em cima de uma construção. As duas afastam a regra da Acessão. 
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA
1) Teoria Geral:
→ Obrigação acessória
→ Não tem poder sobre a coisa, apenas garantia (não pode usar, vender, alienar)
→ Conceito: direitos conferidos a um credor sobre determinado bem para que este passe a responder prioritariamente pelo inadimplemento de uma obrigação.
→ Objetivo: proteger o credor no caso de inadimplemento.
→ Requisitos:
Subjetivos: O devedor (quem vai dar a garantia) deve ter capacidade civil + capacidade de alienar.
Objetivos: O bem deve ser alienável (ex: bens públicos são inalienados por natureza) + deve ser bem móvel ou imóvel individualizado + a coisa deve ter um proprietário.
Formais: especificação (individualização do bem de modo que o mesmo não possa ser confundido com nenhum outro) + publicidade (registro: bem imóvel – Cartório de Registro Geral de Imóveis // bem móvel: Registro de Título de Documentos // penhor rural: Registro Geral de Imóveis).
→ Efeitos: 
Separação do bem: Ex: devedor tem 10 casas, a casa 1 que ele deu em garantia para um empréstimo no banco não poderá ser executada se este devedor tiver dívidas com outra pessoas, sendo usada só as outras 9 casas.
Direito de preferência: o credor terá direito de preferência na compra do imóvel dado em garantia. (não chegou a ocorrer o inadimplemento // se eu for vender, por exemplo, a casa hipotecada, tenho primeiro que oferecer ela ao credor)
Direito de sequela: capacidade do direito real de garantia de acompanhar o bem ainda que esse seja alienado ou modificado.
Direito de excussão: direito do credor de executar o bem dado em garantia de maneira direta.
2) Do Penhor
→ Penhora (ato processual – está “penhorando” o bem) x Penhor (entrega do bem como garantia – está “empenhando” o bem)
→ Conceito (art 1431 CC): direito real pelo qual se transmite a posse de bem móvel ao credor de modo a garantir a obrigação principal, respondendo o bem pelo inadimplemento. 
→ Objeto: só poderá ser bem móvel.
2.1) Modalidades:
Comum: bens móveis e acessórios que não te aplicam a nenhum dos outros. (subsidiário).
Rural:
▪ Agrícola: os bens móveis serão máquinas agrícolas, produção agrícola, sementes e insumos. 
▪ Pecuário: penhor de gado, outros animais de pecuária, bem como, produto da pecuária. 
Industrial e Mercantil: o objeto será a produção industrial (produtos ou as máquinas da indústria) 
De direitos e títulos de crédito: posso empenhar os títulos – duplicata, debenture. Pode empenhar o direito a precatória, um cheque. O bem em si representa um valor.
Veículos: o objeto é um veículo.
Penhor legal: o que diferencia o penhor legal, é o fato dele vir da lei. Sua fonte é a lei. (art 1467 CC).
2.2) Extinção:
Extinção da obrigação
Perecimento do bem da garantia
Renúncia (credor) 
Confusão
Adjudicação (ficar com o bem para quitar a dívida), remição (perdoar a dívida), venda (vender o item para quitar a dívida)
→ Averbação: no cartório de registro competente. (RTD e RGI)
3) Da Hipoteca
3.1) Conceito: direito real pelo qual se grava determinado bem imóvel para que responda no caso de inadimplemento de uma obrigação.
3.2) Objeto: (art. 1473 CC)
3.3) Espécies:
Convencional: é o padrão. Relacionado a manifestação de vontade, acordo.
Legal ( art 1489 CC): a lei institui a hipoteca.
Judicial: é uma medida do juiz para executar a sentença. Já adianta a execução colocando um bem para responder.
3.4) Hipoteca Múltipla: é permitido várias hipotecas sobre o mesmo bem, exceto quando o credor vetar.
3.5) Extinção:
Extinção da obrigação
Perecimento
Resolução da propriedade
Renúncia do credor
Arrematação ou Adjudicação do bem
→ Averbação: RGI
4) Da Anticrese
4.1) Conceito: direito real que transmite ao credor a posse frugífera de determinado bem como garantia. Os frutos continuarão a ser recebidos até quitar a dívida toda.
4.2) Objeto: é a posse frugífera.
4.3) Efeito:
Compensação
Juros
Hipoteca

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