Buscar

O Espírito das Leis resumo Montesquieu

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O Espírito das Leis – Montesquieu 
Após 20 anos de trabalho “Posso dizer, que nela trabalhei toda a minha 
vida”, Montesquieu publica sua mais importante obra, “O espírito das Leis”, a qual trata 
de comparar os diferentes tipos de governo. Busca utilizar a sua visão do ser humano, 
para explicar as ações e paixões e as predileções sobre um ou outro tipo de governo. 
Em seu livro, tenta desenvolver um governo efetivo, que irá manter o país unido. 
Montesquieu acredita que o mais efetivo tipo de governo é a monarquia. Através dela, o 
monarca exerce seu poder, com sua nobreza, e o clero e o parlamento controlam suas 
ações. Ele acredita que o fraco deve se proteger do forte através das leis e pela 
separação dos poderes. Ele defende a tese de que a nobreza e o monarca devem ambos 
estar presentes, e não terão sucesso um sem o outro. 
Para se ter sucesso, deve-se compreender que os membros das classes não eram 
iguais, mas tinham algumas necessidades semelhantes. Ele refere-se à importância de se 
educar o cidadão no sentido de entender que as leis eram o caminho certo a se seguir, e 
explicar o porquê dessa necessidade. Montesquieu acreditava que a religião era a peça 
fundamental para ajudar a controlar o país, e deve ser utilizada pelo governante para 
manter a lealdade dos cidadãos. 
No geral, O Espírito das Leis não foi seguido à risca pelos governantes em seu 
tempo, mas serviu de guia para muitos governos, inclusive em nossos tempos. 
Objetivo claro: destacar e analisar em separado o aspecto propriamente político e 
social do homem. “Não se deve de modo algum estatuir pelas leis divinas o que deve sê-
lo pelas leis humanas, nem regulamentar pelas leis humanas o que deve ser feito pelas 
leis divinas”, escreve ele, estabelecendo a divisão entre religião e política. Quer assim 
demarcar o domínio próprio da política e de sua ciência, que não se confunde com o da 
religião ou o da moral. Para muitos, ele inaugura a sociologia política. 
Para o pensador, as religiões, os valores morais e os costumes devem ser 
analisados não em si mesmos, mas na sua relação com os diversos modos de 
organização das sociedades. É preciso também verificar as relações em que tais 
sociedades manchem com os dados naturais, como o clima e o solo. 
Para ele, o que importa não é julgar os governos existentes, mas compreender a 
natureza e o principio de cada espécie de governo. 
Para ele, qualquer Estado contem 3 tipos de poderes: legislativo, executivo e 
judiciário. Se cada poder agir por sua própria conta, não há como impedir as 
arbitrariedades= é o mínimo de liberdade. 
No oposto, onde cada um interfere nos outros, uma combinação entre ambos, 
forma-se um equilíbrio. O modelo é o governo da Inglaterra. 
Sua principal obra, “O espírito das Leis”, trata de examinar 3 tipos de governo, a 
República, a Monarquia e o Despotismo, onde explica também que as leis que 
governam o povo devem levar em consideração o clima, a geografia e outras 
circunstâncias gerais, e que, também as forças que governam devem ser separadas e 
balanceadas para garantir os direitos individuais e a liberdade. 
“Quando se faz uma estátua, não se deve estar sempre sentado no mesmo lugar; é 
preciso vê-la de todos os lados, de longe, de perto, de coma, de baixo, em todos os 
sentidos” (Montesquieu). 
Cientista, dissecador de rãs… As ciências exatas estavam muito em moda no 
século XVIII, Montesquieu demonstra muita sua tendência para a investigação 
científica. 
Obra composta de 31 livros, sem dúvida o “Espírito das Leis, ou a Relação que 
devem ter com a Constituição de cada Governo, com os Costumes, clima, Religião, 
Comércio, etc…”.é, de longe, sua obra-prima. 
Publicada em novembro de 1748, em Genebra, onde fora impresso, anônima, e 
todos apontavam seu autor: Montesquieu. 
Principais questões a serem respondidas pela obra “O 
Espírito das Leis”: 
• Por que em tal país e em um dado momento, sobre um determinado assunto, uma 
lei e não outra? 
• Por que, em igualdade das demais condições, é eficaz determinada lei e não 
outra? 
Existe precisamente um espírito das leis, pois o legislador obedece a princípios, a 
motivos, a tendências examináveis pela razão: “primeiro examinei os homens, e 
acreditei que, na infinita diversidade de leis e de costumes, não se deixaram levar 
exclusivamente pelas suas fantasias”. 
Toda lei é relativa a um elemento da realidade física, moral ou social; toda lei 
pressupõe uma relação. O Espírito das Leis consiste nas diversas relações que podem ter 
as leis com diversos objetos. 
Diferentemente de Maquiavel, o recusa à fortuna, pois verifica que, historicamente, 
os romanos foram constantemente felizes ao se governarem de acordo com determinado 
plano, e constantemente infelizes ao seguirem outro. Ou seja, existem causas gerais que 
agem em cada Monarquia, elevando-a, conservando-a ou precipitando-a, as quais 
devem explicar racionalmente a história. 
Diferente de Hobbes ou Locke, não busca encontrar um sistema político armado dos 
pés à cabeça, uma doutrina rigorosamente dedutiva: busca suas ideias na investigação 
científica e análise dos governos de diversos países, à medida que vai desenvolvendo 
sua obra. 
Por: Renan Bardine

Outros materiais