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EFEITOS DA CONDENAÇÃO Condenação: É o ato do juiz através do qual impõe uma sanção penal ao sujeito ativo da infração; - Efeito principal – pena / medida de segurança ( inimputáveis) - Efeitos secundários – consequências de natureza penal ou extrapenal: (efeitos civis, administrativos, políticos e trabalhistas) que se ligam à condenação; Efeitos penais secundários: - revogação facultativa ou obrigatória do sursis anteriormente concedido; - revogação facultativa ou obrigatória do livramento condicional; - caracterização da reincidência pelo crime posterior; - aumento do prazo da prescrição da pretensão executória quando caracterizar a reincidência; - interrupção da prescrição da pretensão executória quando caracterizar a reincidência; - revogação da reabilitação, quando se tratar de reincidente; - possibilidade da argüição de exceção de verdade nas hipóteses de calúnia e difamação (art. 138, § 3º, inciso I); - impedimento de alguns benefícios (arts. 155, § 2; 171§ 1º; 180 §3º; etc.) - fixação do pressuposto de reincidência como crime antecedente; - regressão do regime quando a soma das penas o torne incabível (art. 118, II da LEP) - caracterização da contravenção de posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto, como circunstância elementar da infração (art. 25 da LCP); - inserção do nome do condenado no rol de culpados (art. 393, II do CPP); Efeitos Extrapenais: Espécies (civis) - obrigação de indenizar (art. 91, I CP); - confisco (art. 91, II CP); - incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela e curatela (92, II CP); - interessado pode, em ação ordinária, excluir herdeiros ou legatários nos casos de indignidade (art. 1.814 CC); - deserdação (arts. 1.962 e 1.963 CC); (administrativos) - perda de cargo ou função pública (art. 92, I CP); Crimes comuns – perda do cargo ou função com mais de 04 (quatro) anos; Crimes praticados com abuso do poder ou violação de dever para com a Administração Pública – ocorre em condenação de 01 (um) ano ou mais; - inabilitação para dirigir veículo (art. 92, II CP); (político) - perda de mandato eletivo ( art. 92, I CP); (contrato de trabalho)- TRABALHISTA - caracterização de justa causa para rescisão do contrato de trabalho: I - empregador; II - empregado; REPARAÇÃO EX DELICTO “Aquele que, por ação ou omissão voluntária (dolo), negligência ou imprudência (culpa) (art. 186 do CC), causa prejuízo a outrem comete ato ilícito, ficando obrigado a reparar o dano (art. 927 do CC); Obs. Confere-se à sentença condenatória irrecorrível, a natureza de título executório judicial; (dependendo apenas de liquidação ( quantum) na esfera cível); - Os efeitos civis da indenização, com a morte do autor, podem ser pleiteadas junto aos herdeiros, nas forças da herança; OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR LEGÍTIMA DEFESA x ESTADO DE NECESSIDADE - Nos casos de legítima defesa e Estado de necessidade, existe a obrigação de indenizar pelo autor do fato, podendo propor ação regressiva contra o causador do perigo; Ex.: Em estado de necessidade alguém mata um cachorro, se o dono não provocou o perigo, deve o autor da morte do cachorro indenizar o proprietário, e mover ação regressiva contra quem causou o perigo; Não fazem coisa julgada na esfera penal, possibilitando a ação civil; O despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; Decisão que julgar extinta a punibilidade; A sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime (arts. 67, I, II e III e 386, III), bem como a sentença absolutória, onde ficar declarado: a) não haver prova da existência do fato; b) não haver prova de ter o réu concorrido para a infração; c) existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena; d) não existir prova suficiente para condenação (art. 386, incisos II, IV, V e VI do CPP); CONFISCO X APREENSÃO Confisco ocorre após o transito em julgado da ação; Apreensão ocorre ainda no momento da investigação ou inquérito; Art. 91 - São efeitos da condenação: II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: (Redação dada pela Lei 7.209, de 11.7.1984) a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.