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Benefícios da Atividade Física para Idosos

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS
Treinamento de força 
Fabio Schlickmann
Fernado Bonetti Medeiros 
Thuiane Vieira de Jesus
 Liliane Borges da Silva
Prof. Mario Henrique Leite de Souza 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Fisíca para Licenciado em Educação Fisíca (EFL115) – Seminário da Prática I
26/03/2018
1. TEMA/ASSUNTO
O presente trabalho visa discorrer sobre os benefícios da prática de atividade física na manutenção e melhoria da qualidade de vida em idosos, com enfoque para o treinamento de força e suas contribuições.
 
2. OBJETIVOS 
Analisar os exercícios mais indicados para o treinamento de força em idosos;
Verificar a eficiência no treinamento de força para idosos; 
Pesquisar produções acadêmicas, sobre influência do treinamento de força para idosos. 
3. TIPOLOGIA DA PRÁTICA
No Seminário da Prática I, será desenvolvida a Prática de Pesquisa Documental: essa modalidade de Prática busca exercitar a pesquisa de cunho documental. É realizada em arquivos de empresas, escolas ou entidades públicas, bibliotecas, banco de dados digitais. O principal objetivo dessa Prática é a análise e a interpretação de dados. É importante ressaltar que essa modalidade de Prática não se restringe a uma pesquisa teórica.
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS
Treinamento de força 
Fabio Schlickmann
Fernado Bonetti Medeiros 
Liliane Borges da Silva 
Thuiane Vieira de Jesus
 
Prof. Mario Henrique Leite de Souza 
	
RESUMO
Viemos, por meio desta revisão literaria, identificar os benefícios que traz a musculação para a melhoria na qualidade de vida dos idosos. O método de análise baseou-se na análise bibliográfica e textual. A musculação não é a protagonista na melhora da vida social e da auto-estima, mas auxilia de maneira integrada com demais atividades físicas. A melhoria na vida do idoso acontece através de uma somatória de fatores físicos e sociais. Conclui-se que os benefícios na vida social e na auto-estima na terceira idade não é consequência apenas do exercício de força e sim da associação desta modalidade com outras atividades físicas, através da integração entre os participantes e melhoras na qualidade de vida.
Palavras-Chave: Terceira Idade, Musculação, Benefícios.
INTRODUÇÃO
A idade é um dos fatores básicos que determinam a conduta humana. É a partir dela que surgem as necessidades, a motivação e as inevitáveis limitações das nossas ações. A atividade física não poderia ficar fora desta influencia já que a prática de exercícios constitui-se num fator fundamental, natural e essencial da conduta humana.
O envelhecimento é universal, “declinantemente” progressivo e intrínseco. Em outras palavras, todo mundo envelhece. Perdas estruturais e funcionais estão envolvidas nesse processo, que relutantemente progride com o passar do tempo. Para a ciência moderna, ainda não está exatamente claro como se dá o processo de envelhecimento. Sabe-se, entretanto, que ele se dá diferentemente para cada indivíduo, e que também difere em ritmo de um aparelho e sistema orgânico para outro.
São vários os objetivos da atividade sistemática para os idosos, porém, de uma forma geral, o que se busca é o retardamento do processo, inevitável, de envelhecimento, através da manutenção de um estado suficientemente saudável, se não perfeitamente possível, que possibilite a normalização da vida do idoso e afaste os fatores de risco. 
De acordo com os dados estatísticos obtidos do IBGE Censo Demográfico de 2000 (CAMARANO et al., 2005) o Brasil conta com uma população de aproximadamente 14 milhões de idosos o que representou 8,9% da população total, se este crescimento continuar a tendência é que em 2020 este percentual chegue a 14% do total da população.
 Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o sistema de classificação de idade cronológica é a seguinte: Meia idade de 45 - 59 anos; Idoso de 60 – 74 anos; Velho de 75 – 90 anos; Muito velho é acima de 90 anos.
Embora aproximadamente 25% dos idosos cheguem ao estado de dependência para realizar tarefas cotidianas (SPIRDUSO, 1995) em 1900, somente 4% da população mundial apresentavam idade igual ou superior a 65 anos. No ano 2000, 15 à 20% da população pertenceram a essa categoria.
A OMS estima que a expectativa de vida da população mundial em 2025 será de 74 anos, em muitos países em desenvolvimento, especialmente na América Latina e Ásia é esperado um aumento de 30% na população idosa chegando a 02 bilhões de pessoas acima de 65 anos até 2025.
Podemos afirmar que o Exercício de Força, (Exercício Resistido) é um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, em especial em idosos, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, tais como: do perfil lipídico, redução do % de gordura, promove maior fixação de cálcio nos ossos, menor dependência para realização de atividades diárias, maiores benefícios circulatórios periféricos, aumento da massa muscular, melhor controle da glicemia, auxiliando na prevenção e no tratamento da osteoporose, melhora o controle da pressão arterial, da função pulmonar, do equilíbrio e da marcha, melhora da autoestima e da autoconfiança, significativa melhora da qualidade de vida.
Tendo em vista a importância que esse assunto nos trás sobre a promoção da saúde e a prevenção de doenças, este Paper propõe revisar a literatura cientifica através de pesquisas bibliográficas sobre os benefícios da prática de atividade física na manutenção e melhoria da qualidade de vida em idosos, com enfoque para o treinamento de força e suas contribuições, tendo como objetivos analisar os exercícios mais indicados para o treinamento de força em idosos, verificar a eficiência no treinamento de força e pesquisar produções acadêmicas, sobre influência do treinamento de força para idosos. 
Com o aumento do número de idosos na população, conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico estão visando melhorar a qualidade de vida do idoso, construindo espaço de lazer para serem frequentadas por eles, caminhadas beneficentes, entre outras atividades desenvolvidas pelas Politicas Publicas que estimulam o Idoso a ter uma melhor qualidade de vida através da atividade física. Aliado a essas atividades se faz necessário mostrar também o quanto o exercício de força é importante e quais os benefícios que este pode lhe oferecer. Abrir possibilidades de acesso é fundamental, uma vez que, por meio das experiências de lazer o idoso aprenderá a gostar tanto do lazer como de si mesmo. Desta forma, faz-se necessário minimizar para o idoso as barreiras de acesso as atividades físicas, buscando, neste trabalho, uma participação de todas as camadas da sociedade de diferentes sexos, idades, etnias etc. Ações concretas são imprescindíveis para que a população idosa sinta os benefícios da Atividade Física. Com isso, esperamos que esse Paper possa servir de estudo e estímulo para que profissionais que trabalham com os idosos possam criar projetos nessa área em suas comunidades, com fácil acesso e estimular os idosos a sempre fazer atividades físicas, não importando o local caso seja feito na Academia ou na rua.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	Define-se como idoso todo indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos para países em desenvolvimento ou 65 anos, no caso de nações desenvolvidas (OMS, 2005).
Caspersen, Powell, Christensen (1985) definiram atividade física como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso, por exemplo, como: caminhada, dança, jardinagem, subir escadas, dentre outras atividades.Esses mesmos autores conceituaram o exercício físico como toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem como objetivo a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão física.
Segundo estudos epidemiológicos, a prática das atividades físicas proporciona benefícios nas áreas psicofisiológicas. Sobre os benefícios psicológicos proporcionados pela prática de atividades físicas Meurer, Benedetti, Mazo (2009), realizaram um estudo com 150 idosos de ambos os sexos, que praticavam exercícios físicos em duas universidades públicas do sul do Brasil. Os resultados demonstraram que a participação nessas atividades podem ser um dos fatores da percepção positiva sobre a autoimagem e autoestima encontradas na população estudada. Na área física, observa-se a redução do risco de mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, câncer de cólon e mama e diabetes tipo II; bem como, atua na prevenção ou redução da hipertensão arterial, previne o ganho de peso ponderal (diminuindo o risco de obesidade), auxilia na prevenção ou redução da osteoporose, promove bem-estar, reduz o estresse, a ansiedade e a depressão (OMS, 2006).
Por outro lado, quando as pessoas possuem um estilo de vida inativo ou pouco ativo, elas são classificadas como sedentárias. Segundo Nahas (2006, p 35) “considera-se sedentário um indivíduo que tenha um estilo de vida com um mínimo de atividade física, equivalente a um gasto energético (trabalho + lazer + atividades domésticas + locomoção) inferior a 500 Kcal por semana”.
Com a ampliação da expectativa de vida da população brasileira e mundial, vê-se uma crescente preocupação com a questão da saúde pública no atendimento as estas pessoas. Segundo Silva; Matsuura (2002) problemas relacionados à saúde pública continuam evoluindo no que diz respeito aos idosos, destacam-se entre eles doenças cardiovasculares, derrames e câncer. Além das quedas que são muito comuns entre estes indivíduos. As quedas acarretam em diversas consequências que prejudicam o idoso e contribuem com o aumento dos problemas de saúde púbica devido sua frequência, morbidade e aos elevados custos que o tratamento pós queda demanda. 
De acordo com FARIA et al (2003) com o envelhecimento, o organismo passa por diferentes transformações, a perda progressiva da eficiência dos órgãos e tecidos do organismo humano, em diferentes graus de declínio é uma delas. O que acarreta na perda da força muscular e do equilíbrio. A diminuição de massa muscular é o principal componente para a perda da força. Quanto ao equilíbrio, é sabido que também ocorrem alterações significativas durante o envelhecimento, ou seja, um conjunto de deficiências geradas pelo envelhecimento, ocorridas nos sistemas sensorial e motor podem levar ao desequilíbrio. Este conjunto de sistemas incluem o sistema somatosensorial, visual, vestibular e músculos efetores (MAZZEO et al., 1998). 
Atualmente, tem-se atribuído grande importância ao treinamento de força para a manutenção da saúde, na população em geral. Tendo em vista essa importância, o entendimento dos mecanismos responsáveis pelas adaptações decorrentes do treinamento dessa capacidade motora torna-se primordial para a sua maximização. Pode-se afirmar que a prática permanente de atividade física melhora as condições gerais do ser humano e seus resultados são significativos com a intensidade adequada, respeitando a individualidade biológica, melhorando os benefícios a médio e longo prazo, obtendo-se um menor desgaste físico, mais segurança e saúde.
Com o exposto anteriormente observa-se uma necessidade quanto ao incentivo a prática de atividades de força para idosos, uma vez que o trabalho de força, além de prevenir a perda de massa muscular e consequentemente a força, ainda melhorar o sistema cardirespiatório, entre outros. 
 	Segundo Guimarães et al. (2005) a prática de atividades físicas é considerada um fator de melhora da saúde global dos idosos, além de uma importante medida de intervenção na prevenção de quedas, uma vez que, mobilidade aumentada e o aumento na força significam melhor qualidade de vida. (RODRIGUES ET AL. 2002), pois a prática de exercícios resistidos podem auxiliar trazendo independência funcional. Devido aos benefícios que proporciona, o treinamento de força vem sendo cada vez mais indicado para idosos. Neste sentido, de acordo com Pedro e Amorim (2008 p.176) a atividade física proporciona melhoria na força muscular do idoso e contribui para diminuir o risco de quedas, melhorando o equilíbrio e consequentemente a realização dos esforços da vida diária.
 	 Para Avila (2006) o exercício resistido tem demonstrado grande eficácia para potencializar a força muscular do idoso, bem como vários benefícios trazidos por essa modalidade, dentre elas destacam-se o condicionamento neuromuscular redução dos níveis de colesterol sanguíneo, menor resposta da frequência cardíaca em repouso, melhora na tolerância a glicose com um incremento na massa muscular e na densidade mineral óssea com um retardamento ou prevenção da osteopenia e consequentemente da osteoporose, facilitando também as atividades do dia a dia do idoso. 
De acordo com American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina do Esporte), a musculação moderada tem sido prescrita como a atividade mais adequada à terceira idade, fortalecendo integralmente músculos e ossos. “Um conceito atual, em reabilitação geriátrica consiste em não recomendar caminhadas para idosos enfraquecidos, antes de um programa de fortalecimento muscular com pesos, no sentido de evitar quedas e fraturas graves” (SIMÃO; TROTTA; BAIA. s/d;p.7)
Não poderia passar despercebida uma melhora na mobilidade articular e, principalmente, na sociabilidade e questão emocional.Qualquer melhora, mesmo de maneira limitada, é extremamente significativa na qualidade de vida e na diminuição dos riscos de doenças relacionadas ao envelhecimento (CAMPOS, 2000). 
Aluns estudos tem demonstrado a grande importância que o exercicio traz na manutenção da saúde de idosos. Além dos inúmeros beneficios fisicos, os beneficicios psicológicos e emocionais. De acordo com Matsudo (2001) e Okuma (2002) a capacidade funcional é considerada requisito primordial para a habilidade do idoso de viver em condições de independência podendo, desta forma, realizar tarefas simples e complexas do cotidiano sem necessitar da ajuda de outros. Ou seja, se o idos passa a sentir-se incapaz ou peder funcionalidade isso influenciara diretamente em sua qualidade de vida. 	
Nessa desvalorização o idoso diminui a sua participação no meio social, gerando um sentimento de inutilidade, levando-o a apresentar problemas psicológicos, ocasionando o isolamento social. Segundo Lorda e Sanchez (2001) na 3ª idade as muitas mudanças no ambiente social do idoso que exigem dele uma constante adaptação. Existe por parte de alguns idosos a negação do seu próprio envelhecimento, provocando muitas atitudes, sendo que, algumas delas, prejudiciais a manutenção do seu lado psicológico, entre elas: o isolamento, levando-o a evitar contato com pessoas da mesma idade e fazer-se de vítima. 
Erbolato (2002) afirma que na velhice é normal que exista uma diminuição dos contatos sociais, provocando estado de solidão nos idosos. Porém, o engajamento de indivíduos desta faixa etária em programas de atividades físicas poderá proporcionar a ampliação do círculo de amizades e, desta forma, contribuir no processo de integração social e elevando a auto-estima do idoso.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	
A pesquisa é de natureza qualitativa, caracterizada como pesquisa bibliográfica que conforme Gil (2002) esse tipo de pesquisa se embasa em materiais já elaborados, principalmente livros e artigos científicos. Contemplando as características desse tipo de pesquisa e, visando atender aos objetivos propostos nesse estudo, foi realizada uma análise sistemática das dissertações relacionadas ao percentual de gordura, nível de atividade física, crianças e adolescentes.
Para a interpretaçãodos materiais/referências encontradas, foi utilizado o procedimento metodológico de análise de conteúdo. Conforme descrito por Minayo (2008), esse procedimento atende a três etapas fundamentais, sendo que essas não necessariamente precisam ocorrer de forma sequencial. São elas:
Análise dos conteúdos das referências pesquisadas;
Descrição orientada pelas categorias de análises;
Interpretação dos conteúdos.
Seguindo as etapas mencionadas acima, a seleção dos materiais – objetos desse estudo – se constituiu em dois momentos:
No primeiro momento foram pesquisadas dissertações relacionadas às necessidades deste estudo, consultadas no site da BDTD - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), utilizando os seguintes descritores: Treinamento de Força, Idosos.
 Para um foco melhor nestes descritores foi utilizado o filtro na busca das dissertações no site http://bdtd.ibict.br/vufind buscando as dissertações publicadas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Encontramos 4 dissertações com os respectivos descritores sobre treinamento de força, idosos.
Na Tabela 1 pode ser verificada a quantidade de dissertações encontradas por descritores.
 Tabela 1. Quantidade de dissertações encontradas por descritores.
	Descritores
	Dissertações
	Treinamento de Força
	1
	Idosos
	4
 Fonte: Próprio autor
No segundo momento da seleção dos materiais, foi realizada a leitura e análise dos resumos das dissertações, a fim de constatar se o referido resumo relacionava-se aos objetivos de nossa pesquisa. Nesta Etapa da pesquisa foram selecionados 4 resumos das dissertações que, a princípio, referiam alguma correlação aos objetivos da pesquisa.
Buscando contemplar os objetivos do estudo, a partir dos resumos selecionados, apresentamos a seguir a fundamentação teórica e análise dos conteúdos pesquisados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na pesquisa realizada nos resumos das dissertações analisadas, encotramos uma dissertação que nos proporcionasse um melhor entendimento sobre o treinamento de força em idosos, seria ela Efeitos de dois modelos de periodização do treinamento de força em parametros neuromusculares e funcionais de idosos, nas outras três dissertações não foi possível encontrar conteúdos que nos proporcionasse um melhor entendimento sobre treinamento de força em idosos, pois das três dissertações pesquisadas todas abordavam apenas o tema idosos, sendo que a primeira abordava o tema: Efeitos do treinamento com o método pilates de solo sobre variáveis neuromusculares e funcionais em mulheres idosas. A segunda abordava: Efeitos do destreinamento e retreinamento com pesos nas variáveis neuromusculares e na capacidade funcional de idosos. A última abordava: Efeitos do exercício físico com exergames e em ergômetros no desempenho motor de idosos.
O resumo que abordava sobre treinamento de força, idosos, seus objetivos estavam correlacionados com:
TREINAMENTO 
DE FORÇA,
IDOSOS
RESPOSTAS
NEUROMUSCULARES
ATRASO ELETROMECANICO
FORÇA EXPLOSIVA E
CAPACIDADE FUNCIONAL
FORÇA DINÂMICA
MAXIMA (1RM)
POTENCIA DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOS
Sobre a dissertação que abordava o tema estudado Efeitos de dois modelos de periodização do treinamento de força em parâmetros neuromusculares e funcionais de Idosos, podemos observar a importância do TF para Idosos conforme objetivo e resumo abaixo: 
Verificar e comparar as respostas neuromusculares e CF em idosos após 12 semanas de intervenção de TF. (MOURA, 2015) 
Nos achados desta pesquisa podemos resumir, conforme o autor da dissertação, que o treinamento de força (TF) é benéfico para aumentar a força dinâmica máxima (1RM), força explosiva (taxa de desenvolvimento de força [TDF]), atividade muscular, atraso eletromecânico (AEM) e potência de jovens, adultos e idosos. Pode-se acrescentar que o mesmo também melhora a capacidade funcional (CF) de idosos. Além disso, modelos de periodização do TF fazem-se necessários para aperfeiçoar esses benefícios. Dessa forma o presente estudo teve como objetivo verificar e comparar as respostas neuromusculares e CF em idosos após 12 semanas de intervenção de TF. Quinze idosos foram selecionados e randomicamente divididos em dois grupos com diferentes modelos de periodização, modelo de periodização ondulatória e modelo de periodização linear.
A partir dos resultados do presente estudo pode-se concluir que os modelos de periodização estudados demonstraram aumento no 1RM, atividade muscular, porém ambas as variáveis com maior efeito para o MPO. Embora não tenha ocorrido redução do AEM, os grupos obtiveram melhoras na capacidade de força explosiva (i.e. TDF). Além disso, os resultados sugerem que o maior efeito observado para o grupo MPO gerou melhor desempenho funcional em comparação com o grupo MPL para alguns testes funcionais. 
Quanto ao resumo que abordava os efeitos do treinamento com o método pilates de solo sobre variáveis neuromusculares e funcionais em mulheres idosas cujo objetivo não corroboravam com o nosso estudo, como podemos observar abaixo descrito:
Investigar a influência do Método Pilates de Solo sobre variáveis neuromusculares e funcionais em mulheres idosas (BERTOLI, 2016).
Como podemos observar neste objetivo, o descritor pesquisado “treinamento de força, idosos” não está presente, mais sim “o Método Pilates” que não foi ao encontro da pesquisa. Numa leitura mais aprofundada do resumo o descritor “idosos, PT e outros” se faz presente, mas este não tinha uma relação com o nosso objetivo. Como podemos observar no exemplo abaixo descrito: 
PT concêntrico, excêntrico e isométrico dos músculos flexores e extensores do joelho e do quadril.
Razões de torque convencional e funcional da articulação do joelho e do quadril.
TDF absoluta e normalizada pela CVMI dos músculos extensores da articulação do joelho, durante a contração isométrica.
A TDF absoluta e normalizada pela CVMI dos músculos extensores e flexores da articulação do quadril, durante a contração isométrica.
O impulso dos músculos extensores do joelho e, extensores e flexores do quadril, durante a contração isométrica.
A CF por meio dos testes ir e voltar em três metros, subir escadas, descer escadas, sentar e levantar em 30 segundos, sentar e alcançar modificado e alcançar atrás das costas.
Na leitura do resumo desta dissertação percebemos que a mesma não corroborava com os objetivos do nosso estudo, mas por outro lado foi possível conhecer alguns aspectos desta pesquisa, como: Que o MPS realizado três vezes semanais, durante 60 minutos, com três séries e repetições progressivas de seis, oito e dez (ao longo das semanas), pode produzir efeitos benéficos sobre a maioria das variáveis neuromusculares analisadas, principalmente no quadril, bem como na CF, de mulheres idosas. 
Sobre o resumo que abordava os efeitos do destreinamento e retreinamento com pesos nas variáveis neuromusculares e na capacidade funcional de idosos cujo objetivo não corroboravam com o nosso estudo, como podemos observar abaixo descrito:
Analisar os efeitos após destreinamento e retreinamento com pesos nas variáveis neuromusculares e desempenho funcional em um grupo de idosos (SAKUGAWA, 2016) 
Como podemos observar neste objetivo, o descritor pesquisado “treinamento de força, idosos” não está presente, mais sim “destreinamento, retreinamento, desempenho funcional, variáveis neuromusculares” que não foi ao encontro da pesquisa. Numa leitura mais aprofundada do resumo o descritor “idosos, CF, RM, PT e outros” se faz presente, mas este não tinha uma relação com o nosso objetivo. Como podemos observar no exemplo abaixo descrito:
Os valores de PT concêntrico e excêntrico de extensores e flexores de joelho, PT isométrico e TDF não apresentaram aumentos após o período de treinamento e por isso não sofreram perdas durante o período de destreinamento.
O período de treinamento promoveu a manutenção das variáveis funcionais dos testes sentar e levantar e subir escadas e descerescadas, além disso a queda no desempenho do teste ir e voltar de 3 m foi reduzida a valores do período controle
Com o retreinamento periodizado de 8 semanas pode-se observar ganhos superiores ao período controle no teste de 1-RM no exercício LP e valores similares ao TRP, que também promoveu aumento no PT concêntrico e excêntrico de flexores de joelho e o desempenho no teste funcional de sentar e levantar PT concêntrico, excêntrico e isométrico dos músculos flexores e extensores do joelho e do quadril.
Na leitura do resumo desta dissertação percebemos que a mesma não corroborava com os objetivos do nosso estudo.
O resumo que abordava os efeitos do exercício físico com exergames e em ergômetros no desempenho motor de idosos cujo objetivo não corroboravam com o nosso estudo, como podemos observar abaixo descrito:
Comparar os efeitos do exercício com exergames e exercício aeróbio em ergômetros no desempenho motor em idosos saudáveis (QUEIROZ, 2015) 
Como podemos observar neste objetivo, o descritor pesquisado “treinamento de força, idosos” não está presente, mais sim “as atividades aeróbias e exergames” que não foi ao encontro da pesquisa. Numa leitura mais aprofundada do resumo o descritor “idosos” se faz presente, mas este não tinha uma relação com o nosso objetivo. Como podemos observar no exemplo abaixo descrito: 
Os participantes foram randomizados aleatoriamente para compor dois grupos, atividades aeróbias (14 indivíduos) e exergames (13 indivíduos). O programa com exergames foi realizado por meio de jogos que simulam atividades esportivas (Kinect Sports Ultimate Collection), Xbox 360.
O programa de exercícios aeróbio foi composto por cicloergômetros e esteiras
Para comparação das médias inter e intra-grupos, pré e pós-período de intervenção foi utilizado um modelo misto, pela ANOVA. A análise de magnitude do efeito do treinamento foi realizada pelo Effect-size.
Na leitura do resumo desta dissertação percebemos que a mesma não corroborava com os objetivos do nosso estudo, mas por outro lado foi possível conhecer alguns aspectos desta pesquisa, como: ambos os programas de exercício foram capazes de proporcionar melhora para os parâmetros de força muscular dos membros inferiores, agilidade e equilíbrio dinâmico. Melhores resultados para a força dos membros superiores e resistência aeróbia foram observados para os exergames. 
5. CONCLUSÕES
Por meio da análise bibliográfica foi possível perceber que a qualidade de vida dos idosos é influenciada por diversos fatores físicos, sendo o exercício físico, mais especificamente a musculação, a grande responsável pela melhoria desses fatores fazendo com que eles acrescentem mais expectativas de uma vida melhor para cada idoso. 
A musculação é de grande importância já que através de melhorias fisiológicas como aumento muscular e melhor funcionamento das articulações o idoso é capaz de voltar a realizar atividade que antes não fazia. O fato mais importante para essa melhoria é a conquista da independência. A musculação, praticada em local socializador, pode auxiliar no relacionamento. Portanto, analisar a terceira idade de forma isolada é um equívoco, esse grupo tem que ser visto de forma ampla e considerar o físico e social, já que estão interligados. 
Conforme os estudos analisados de todas as formas trabalhada para a melhoria de força, equilíbrio, capacidade funcional entre outros, cada método teve sua colaboração específica dentro de suas especificidades. Sendo que com mudanças de periodização ajudam mais o indivíduo obter resultados positivos.
REFERÊNCIAS
CAMARANO, A. A. O envelhecimento da população brasileira: uma contribuição demográfica. Rio de Janeiro: IPEA, 2002.
CAMPOS, M. A. Musculação Aplicada. Rio de Janeiro: Sprinter, 2000.
CASPERSEN, C. J.; POWELL, K. E., CHRISTENSEN, G. M. Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports, 100:126–131, 1985.
ERBOLATO, R. M. P. L. Relações sociais na velhice. In: FREITAS, E. V. et al. (Org.). Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2002. FRIEDFRIED L. P. et al. Untangling the concepts of disability, frailty, and
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