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TCC ValériaLima Bacharel - Uniasselvi

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A ATIVIDADE FÍSICA E OS BENEFÍCIOS PARA A TERCEIRA IDADE
Valéria Amorim Lima
Prof. Orientador
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (TURMA) – Trabalho de Graduação 
dd/mm/aa
RESUMO
O presente trabalho é uma revisão bibliográfica que tem o objetivo de discutir os benefícios gerados pela prática de atividades físicas em pessoas da terceira idade, nos aspectos físico, psicológico e social. Os dados utilizados na pesquisa foram extraídos de publicações científicas, referentes ao período de 2006 a 2018, tendo como principais autores Okuma (1998), Miranda et al (2015) e Siviero et al (2012). O trabalho demonstra que a prática de atividade física de modo regular, contínuo e com a orientação profissional é um importante e necessário aliado na promoção da qualidade de vida dos idosos.
Palavras-chave: Atividade física. Idoso. Benefícios.
1 INTRODUÇÃO
O aumento da população da terceira idade nas últimas décadas é decorrente do envelhecimento cada vez mais presente no mundo, sendo reflexa a longevidade. Assim, a qualidade de vida desse segmento social tem sido o motivo de estudos e pesquisas pelos aspectos que ela abarca e interfere. Os estudos relativos ao envelhecimento e ao crescimento da população idosa estão dirigidos para a associação entre envelhecimento e saúde, a prática de atividade física, sedentarismo e a qualidade de vida.
A ausência da prática de atividade física frequente para o idoso é fator expressivo para a diminuição da aptidão funcional e o aparecimento de várias doenças referentes a este processo, tendo a perda da capacidade funcional, como uma das principais consequências. Por este motivo, cada vez mais e tem dado ênfase à prática de atividades físicas como estratégia de prevenção das perdas da aptidão física funcional e da saúde deste segmento populacional. (TRIBESS e VIRTUOSO, 2005).
Nessa discussão este trabalho tem por objetivo descrever os benefícios que a atividade física proporciona na população idosa, destacando os motivos da procura pela prática física por parte dos idosos, além de discorrer sobre atividades como a musculação, o treinamento funcional e a recreação.
A atividade física frequente, conforme Okuma “[...] incrementa o pico de massa óssea, ajudando na manutenção da massa óssea existente e diminuindo sua perda associada ao envelhecimento” (1998, p. 73). Com o avanço da idade o corpo do indivíduo sofre muitas transformações, começando com a perda de massa muscular, o que, em tendência, gera o aumento do percentual de gordura, além da perda da força muscular.
Como forma de minimizar tais complicações seria ideal que o ser humano tivesse prática de atividade física desde cedo, pois assim seu organismo não sofreria tanto com as complicações inerentes à terceira idade. E é justamente somente nessa fase da vida, na qual o corpo começa a apresentar dificuldades que, por necessidade, muitos procuram a atividade física.
Indiscutivelmente a fase do envelhecimento apresenta muitas transformações e, entre elas, a perda da mobilidade das articulações e a consequente diminuição da elasticidade e da flexibilidade corporal, o que pode levar os ossos a sofrerem lesões degenerativas como é o caso da osteoporose, além de surgirem problemas cardiovasculares e o diabetes.
As complicações oriundas desses malefícios podem ser minimizadas com a prática de atividade física por parte dos idosos, pois esta gera muitos benefícios melhorando a qualidade de vida dos mesmos, permitindo assim que tenham mais perspectivas no meio social.
2 ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE
Atualmente, muitos idosos têm a possibilidade de praticar exercícios físicos, em virtude de centros de lazer que dispõem de atividades direcionadas para a terceira idade. Entretanto o desconhecimento leva muitos idosos a irem em busca de atividade física apenas como tratamento e não de prevenção. Porém é importante observar que algum tempo atrás a procura por atividade física não era uma atitude habitual, especialmente pela terceira idade, e a razão disso era a morte prematura de muitos idosos que faleciam antes de completar 65 anos (MATSUDO, 2001).
Nessa fase da vida é comum ocorrerem fraturas e quedas, que são acidentes que geram traumas na vida do idoso, pois normalmente estão relacionados a longos períodos de ociosidade e depressão. A prática de atividade física contribui no tratamento das doenças dessa fase da vida, uma vez que a falta dela pode ser tão grave quanto o colesterol alto para o coração, por exemplo.
Nessa perspectiva, Rebelatto (20006) expõe sobre os déficits funcionais próprios do processo de envelhecimento, que se caracteriza pela perda de força muscular, flexibilidade, equilíbrio, entre outros fatores que são relativos à funcionalidade do ser humano. E essa funcionalidade, especialmente em idosos, será gradualmente diminuída ao longo da vida, caso não seja estimulada apropriadamente por meio de atividades físicas frequentes.
Os déficits na qualidade de vida dos idosos no Brasil, geram diversos complicadores e entre eles a falta de conhecimento apropriado sobre a prática da atividade física como forma de prevenção, o que acaba impulsionando uma vida sedentária, sucedendo dessa forma uma redução de variáveis relevantes para a sua melhoria funcional.
Entre as doenças que acometem os idosos estão, com maior frequência, a osteoporose, as doenças cardiovasculares (enfarte de miocárdio, arritmia) e a diabetes. As consequências das mesmas na vida dos idosos podem ser minimizadas com a prática de atividade física, pois esta ajuda a diminuir os níveis de colesterol e de glicose no sangue, além de colaborar no controle da pressão arterial, melhorando a capacidade respiratória
2.1 Benefícios da atividade física na terceira idade
Como já exposto a atividade física, quando realizada de maneira apropriada, produz muitos benefícios para os praticantes, uma vez que é uma das bases para uma melhor saúde e longevidade, porém é necessário que, as pessoas se sintam seguras e independentes na realização de suas atividades de vida diária e para se relacionarem socialmente (OKUMA, 1998). Em se tratando e pessoas da terceira idade os benefícios são muitos, já que se relacionam diretamente às funções do organismo e à independência e qualidade de vida do idoso.
Segundo Okuma (1998) pequenas modificações no cotidiano podem mudar a rotina de pessoas sedentárias, o que pode ser uma das tarefas mais árduas que alguém tenha que enfrentar. Deixar de fumar, beber menos, iniciar a praticar exercícios físicos, perdoar mais, sorrir mais, são todos exemplos de práticas que podem contribuir para melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A prática regular de atividade física apresenta relação direta com essa qualidade de vida das pessoas, pois contribui para diminuição dos problemas de saúde, além de auxiliar na recuperação mais rápida em alguns casos, tal como infecção respiratória. É o que confirma Faria Júnior (2001, p. 1-12) ao expor que; “Os efeitos benéficos da prática esportiva podem ajudar na reabilitação, prevenção, manutenção de algumas doenças, além, de um estilo de vida mais ativo e saudável. ”
Miranda et al (2015) em estudo realizado com grupo de pessoas entre 40 a 91 anos, apresentou a seguinte conclusão:
A presente investigação sinalizou poder existir associação entre a prática de atividade física e o controle glicêmico [...] Esse achado corrobora com estudo o qual destaca que com a prática do exercício físico existe uma redução das taxas de glicose no sangue, na ação da insulina na circulação sanguínea, atenuação de riscos de doenças cardiovasculares, diminuição de peso, uma melhoria nas capacidades cardiorespiratórias, redução da pressão arterial, melhor sensibilidade à insulina e controle da hemoglobina glicosada. (MIRANDA et al, 2015, p. 37-38)
Nesse contexto fica claro a necessidade de incorporar a prática de atividade física nos tratamentos realizados no âmbito da saúde, seja pública ou privada. Além disso, é fundamental a conscientização dos profissionais do campo da saúde sobre a necessidadedo trabalho multiprofissional, de modo a permitir o entendimento de que o tratamento de pessoas com diabetes, por exemplo, associado à atividade física melhora a saúde, a qualidade de vida e o controle glicêmico (MIRANDA, 2015)
Todos esses benefícios apresentados até aqui não seriam gerados caso os idosos não se sentissem motivados e a atividade física não fosse prazerosa.
A atividade física regular na velhice pode mudar humor, auxiliar nas tarefas diárias e nas relações interpessoais. Uma das grandes resistências à prática são as mudanças de hábito, mas não é necessário praticar um determinado esporte, atividade ou recreativa desgastante, mas deve ser prazerosa e possibilitar benefícios ao executor. (INCARBONE, 2007, p 10-11).
A prática regular de atividade física por parte do idoso vai exigir mudança de alguns hábitos cotidianos e assimilação de uma nova postura. É necessário que o mesmo esteja motivado e que um profissional qualificado oriente quanto ao melhor esporte ou atividade recreativa, além de auxiliar corretamente nessa prática, afim de se obter os benefícios esperados.
3 ANÁLISE DE DIFERENTES PRÁTICAS DE ATIVIDADES FÍSICAS NA TERCEIRA IDADE
3.1 A musculação praticada na terceira idade
A musculação tem se apresentado como uma das práticas de atividade física que os idosos podem exercitar, pois na mesma é realizado um trabalho com exercícios de acordo com as características, necessidade e objetivo do idoso. Porém faz necessário colocar que a prática da musculação direcionada para idosos exige conhecimento das modificações fisiológicas relacionadas à idade e dos riscos deste tipo de atividade em pessoas de idade mais avançada.
Ainda assim Sá et al (2012) se mostram confiantes nos resultados obtidos com essa prática.
A musculação para idosos pode ser imprescindível na redução dos sinais e sintomas de várias doenças e condições crônicas, já que os benefícios desses exercícios vão muito além de questões relacionadas à estética. Outras vantagens da musculação praticada por indivíduos mais velhos é que ela aumenta a agilidade para realizar tarefas no cotidiano, melhora a flexibilidade do corpo, evitando o acometimento de lesões, melhorando a qualidade de vida e ainda ameniza as perdas funcionais no decorrer do processo de envelhecimento. (SÁ; BACHION; MENEZES, 2012 apud EL GADBAN, LOPES, 2017, p 45).
Importante destacar que os benefícios gerados com a prática da musculação, no que se refere à melhoria ou eliminação de doenças cardiovasculares, surgem quando a pratica dessa atividade física é realizada regularmente.
Além dos benefícios para os idosos que sofrem com doenças cardiovasculares, Melo (2019) expõe que a musculação também gera benefícios em idosos que sofrem com osteoporose. O autor coloca que essa prática de atividade física despertou o interesse de estudiosos para a possibilidade do seu emprego para a promoção da saúde de idosos: “Não há dúvidas de que o trabalho de musculação evidenciou benefícios positivos na densidade óssea, fazendo com que o risco da Osteoporose se reduza consideravelmente [...] (MELO, 2019, p. 192)
Porém é importante colocar que esses benefícios só são gerados quando a prática da musculação recebe orientação adequada, sendo realizada de maneira apropriada, o que permite o aumento da flexibilidade e do equilíbrio do idoso, diminuindo assim a probabilidade e gravidade de quedas.
Para Nadeau e Péronnet (1985), a prática de musculação na terceira idade possibilita:
[...] o aumento da massa muscular, reduzem o percentual de gordura corporal, aumentando a força do indivíduo, facilitando a sua locomoção, mantêm a pressão sanguínea e a frequência cardíaca dentro de padrões aceitáveis para a idade, dificultando o acúmulo de colesterol no sangue, entre outros. (NADEAU e PÉRONNET, 1985, apud MENDONÇA et al, 2018, p. 81)
São muitas as evidências científicas sobre os efeitos decorrentes da prática da musculação no aspecto metabólico durante a terceira idade, bem como seus efeitos sobre a saúde mental desse público. Dessa maneira, a atividade física torna-se fundamental para favorecer um envelhecimento saudável.
3.2 A prática do treinamento funcional como fator de desenvolvimento na terceira idade
A prática de exercícios físicos que permitam a recuperação ou manutenção da capacidade funcional, é necessária para todo ser humano independentemente da fase de vida em que esteja vivendo.
Entre esses exercícios o treinamento funcional pode ser muito benéfico, haja visto que permite treinar o corpo para as atividades da vida cotidiana, estimulando as capacidades físicas.
Treinamento funcional refere-se a um conjunto de exercícios praticados como preparo físico ou com o fim de apurar habilidade sem cuja execução se procura atender a função e o fim prático, ou seja, os exercícios de treinamento funcional apresentam propósito específico, geralmente reproduzindo ações motoras que serão utilizadas pelo praticante em seu cotidiano. (MICHAELIS, 2009 apud MONTEIRO; EVANGELISTA, 2015, p. 4)
Segundo Borba (2013) o treinamento funcional fora, em um primeiro momento, adotado para a recuperação dos movimentos funcionais de idosos e de pacientes lesionados, contudo seu sucesso fez com que também fosse adotado em academias como método alternativo, obtendo com eficiência os objetivos determinados por professores e alunos.
O treinamento funcional tem por base movimentos como andar, correr, abaixar, pular, alongar e diversas outras ações que empregam o esforço natural e peso do corpo associados ao exercício.
Para Matsudo (2001) os benefícios gerados pelo treinamento funcional são o fortalecimento dos músculos e estabilidade articular; a melhora dos reflexos, da coordenação e do equilíbrio; a melhora da mobilidade; a diminuição do risco de doença cardiovascular, além de contribuir para manter os níveis satisfatórios das doenças crônicas.
Corroborando com os benefícios gerados pelo treinamento funcional na vida dos idosos, Leal et al (2009) expõe que:
O treinamento funcional visa melhorar a capacidade funcional, através de exercícios que estimulam os receptores proprioceptivos presentes no corpo, os quais proporcionam melhora no desenvolvimento da consciência sinestésica e do controle corporal; o equilíbrio muscular estático e dinâmico; diminuir a incidência de lesão e aumentar a eficiência dos movimentos. (LEAL, 2009, p. 62)
É importante colocar que qualquer programa de treinamento funcional deve ser planejado respeitando as limitações e características funcionais de cada idoso, para assim maximizar o seu potencial, a sua independência para as atividades de vida cotidiana e o autocuidado (ALENCAR et al., 2010)
3.3 Benefícios do lazer/recreação na terceira idade
O grau de atividade física de idosos é usado como parâmetro para a promoção de saúde, assim como as atividades no lazer também podem gerar benefícios para esta parcela da população. Nesse sentido diversos estudos indicam que, durante o curso de vida, essas atividades podem proporcionar benefícios como a melhora na capacidade funcional e o aumento de relações sociais (STREIT et al, 2015).
Existem diversas definições de lazer, porém todas apresentam o elemento em comum de que o mesmo deve ser realizado sem estar vinculado a um fim específico.
Dumazedier (1979) expõe que:
[...] o lazer é o conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 1979, p.12);
Para Silva et al (2011) o lazer é a cultura concebida no sentido mais amplo, que é vivenciada no tempo disponível, tempo este compreendido como a possibilidade de opção pela atividade prática.
O lazer apresenta como funções principais o descanso, a recreação e o desenvolvimento pessoal e social, que respondem às necessidades da pessoa diante da quantidade de obrigaçõesimpostas pela sociedade. (SILVA et al, 2011)
Ainda segundo Silva et al (2011) o lazer pode ser dividido em atividades baseadas nos interesses predominantes das pessoas: físico-esportivo, social, artístico, manual ou prático, intelectual e turístico. 
Já tratando especificamente da recreação, como categoria de lazer, Lima (2007) define como:
[...] toda atividade espontânea, divertida e criadora a qual as pessoas buscam a participação individual e coletiva em ações que melhoram a qualidade de vida e para satisfazer sua necessidade de ordem física, ou mental e cuja realização que proporciona prazer. (LIMA, 2007 apud SIVIERO et al, 2012, p. 11-12)
As atividades recreativas têm proporcionado muitos benefícios à saúde do idoso, pois abarcam expressões culturais, como jogos, brincadeira dança, músicas, entre outras. Dessa forma as atividades recreativas podem ser práticas que não necessariamente são físicas, mas de grande valor para a saúde do idoso, e que propiciem estimulação cognitiva, afetiva e social.
De acordo com Santini (1993), a recreação faz parte do lazer, sendo uma atividade física ou mental, onde as atividades são provenientes de motivação interior, com características psico, físico, emocional, promovendo o equilíbrio, pois preserva ou restaura a integridade do organismo. (SIVIERO et al, 2012, p. 24)
Contribuir com o equilíbrio do organismo é um dos principais ganhos que se obtém como a prática da recreação, pois colabora no tratamento e no controle de doenças que surgem na terceira idade, sendo o meio mais fácil para quem busca ter mais qualidade de vida.
Corroborando com esse pensamento temos Benedetti (1999) para o qual:
[...] a recreação tem como característica ser de livre escolha que visa proporcionar alegria, distração e prazer através de atividades que não apresentem preocupação com grande desempenho, estimulando a criatividade e a participação de todos os idosos, sem, no entanto, estimular a competitividade, satisfazendo a necessidade de se expressar naturalmente, diminuindo assim tensões e preocupações. (BENEDETTI, 1999 apud SIVIERO et al, 2012, p. 27)
Fica claro, diante do exposto, que a prática da recreação gera muitos benefícios para a vida do idoso, que só são alcançados quando este realiza as atividades de forma prazerosa, o que estimula sua autoestima, além de se permitir realizar algumas atividades no cotidiano sem maiores preocupações.
4 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho é resultado de uma pesquisa de cunho bibliográfico, que se constitui de uma abordagem qualitativa, ou seja, uma pesquisa que realiza o levantamento de aspectos de qualidade no âmbito da pesquisa investigada e que, segundo Oliveira (1999), objetiva conhecer diferentes modos de contribuições científicas que são realizadas sobre determinado assunto ou fenômeno.
Nesta perspectiva, esta pesquisa fez uso de fontes tais como: livros, artigos, revistas, e publicações eletrônicas, relativas à temática proposta, através dos quais se evidenciou os benefícios da prática de atividade física na terceira idade.
Foram utilizadas as bases de dados Scielo e Google Acadêmico para a busca e seleção dos materiais científicos utilizados nesse trabalho. Em um primeiro momento realizou-se a leitura dos resumos para identificar a relação ao objeto de estudo, e em seguida a leitura criteriosa, para aprofundamento e seleção de citações que fundamentaram a elaboração deste trabalho. 
Ao todo foram selecionadas vinte e uma publicações pertinentes à temática, sendo que onze tratavam especificamente da atividade física, três de musculação, quatro de treinamento funcional e três de lazer/recreação. O período de publicação das mesmas está compreendido entre 2006 a 2018.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As publicações utilizadas nesse trabalho destacaram o crescimento cada vez maior da população idosa nas últimas décadas e, em virtude desse fator, a maior busca dos mesmos pela prática das atividades físicas, tanto como forma de tratamento para doenças como para prevenção, melhorando assim a sua qualidade de vida.
Foi possível também mostrar os benefícios oriundos da prática de atividade física, que contribui no condicionamento físico e na melhoria e controle de algumas doenças características da terceira idade, como as cardiovasculares e o diabetes. Destacou-se também algumas atividades cuja prática resulta em melhoria do equilíbrio, da flexibilidade; da resistência e da coordenação, conforme nos aponta Nahas (2001):
[...] a prática regular de exercícios físicos promove uma melhora fisiológica (controle da glicose, melhor qualidade do sono, melhora da capacidade física relacionada à saúde); psicológica (relaxamento, redução dos níveis de ansiedade e estresse, melhora do estado de espírito, melhoras cognitivas) e social (indivíduos mais seguros, melhora a integração social e cultural, a integração com a comunidade, rede social e cultural ampliadas entre outros); além da redução ou prevenção de algumas doenças como osteoporose e os desvios de postura. (NAHAS, 2001 apud ARGENTO, 2010, p. 19-20)
A afirmação de Nahas encontra consonância nas outras publicações que foram analisadas sobre a atividade física na terceira idade, dando destaque para aquelas que discutiam sobre os benefícios dessa prática para idosos diabéticos (FRANCHI et al, 2008 e MIRANDA et al, 2015), pois demonstram a necessidade do trabalho multiprofissional como forma de favorecer mais qualidade de vida para esses idosos.
Para a discussão sobre a musculação na terceira idade foram analisadas três publicações, de 2010 a 2018. Dos muitos benefícios oriundos dessa prática de atividade física, um ponto em comum nas publicações foram os relacionados à autoestima, autoimagem e ao alívio das dores.
Foi possível observar nas publicações, que a musculação, que outrora era uma atividade adotada pelos mais jovens, hoje apresenta uma tendência cada vez maior entre os idosos, em virtude dos benefícios que a prática proporciona.
Ainda sobre esse aspecto da musculação na vida dos idosos Almeida e Pavan (2010) afirma que essa prática:
[...] é de grande importância já que através de melhorias fisiológicas como aumento muscular e melhor funcionamento das articulações o idoso é capaz de voltar a realizar atividade que antes não fazia. O fato mais importante para essa melhoria é a conquista da independência. A musculação, praticada em local socializador, pode auxiliar no relacionamento. (ALMEIDA, PAVAM, 2010, p. 15)
A socialização e interação dos idosos, proporcionada pela prática de atividade física, permite que os mesmos se sintam mais à vontade ao dialogar e ao estabelecer contato com outros idosos, pois melhora sua autoestima e sua autoimagem. O bem-estar psicológico e o prazer gerado pela atividade física induzem uma melhor convivência e comunicação entre eles.
Outra atividade analisada nas publicações foi o treinamento funcional, que por trabalhar um conjunto de exercícios, auxilia os idosos nas ações motoras, no fortalecimento dos músculos e na estabilidade, melhorando a lateralidade corporal, além de contribuir em manter os níveis aceitáveis das doenças crônicas (diabetes, pressão, etc.)
Para Resende-Neto et al (2016) o treinamento funcional se caracteriza como:
[...] uma alternativa de treinamento físico segura, de baixo custo e bastante interessante para idosos, com impacto positivo sobre a massa muscular, força e potência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, equilíbrio e cognição, podendo ser implementada em programas de promoção de saúde nessa população, especificamente. (RESENDE-NETO, 2016, p. 174)
No tocante ao impacto positivo sobre a massa muscular o treinamento funcional proporciona a diminuição da degeneração do tecido muscular e o fortalecimento muscular, o que previne quedas e fraturas, além de permitir que as tarefas diárias sejam realizadas mais facilmente, possibilitando assim maior independência ao idoso.
Foram analisadas quatro publicações sobre o treinamento funcional, do período de 2009 a 2016, e foi possível constatar nas mesmas que um dosmaiores benefícios proporcionados aos idosos por meio dessa atividade física é o equilíbrio corporal, que permite que os mesmos realizem suas atividades funcionais corretamente e com confiança. Destaque se faz na publicação de Leal et al (2009), que é resultado de um estudo experimental com 70 idosos no estado da Bahia e que analisou o grau de mudança produzido pelo treinamento funcional em três variáveis dependentes: equilíbrio postural, autonomia funcional e qualidade de vida).
Para a última atividade física (lazer/recreação) foram analisadas três publicações, compreendidas entre o período de 2011 e 2015. Observou-se que a compreensão do que seja atividades de lazer é variada, conforme se observa em Streit et al (2015) que apresenta ações de assistir televisão e dormir como principais hábitos de lazer dentro de casa por parte de um grupo de idosos que participaram da pesquisa realizada em Florianópolis.
A recreação, como categoria de lazer, conforme o que constam nas publicações, é uma forma lúdica de desenvolver os aspectos físicos, cognitivos e sociais, por meio de jogos, dança, arte e música, dentre outras.
Nesta prática de atividade física todos os perfis de idosos podem participar, mesmo aqueles com incapacidade física, como expõe Benedetti (1999):
[...] a recreação trabalha desde aquele idoso que apresenta incapacidade física até aquele que não apresenta nenhum problema físico. A recreação direcionada ao idoso que fisicamente apresenta incapacidade, tem caráter individual e pela própria natureza é do tipo passiva, utilizando música e materiais diversos, para estimular os gestos e o raciocínio. (BENEDETTI, 1999 apud SIVIERO et al2012, p. 34), 
Outra publicação que merece destaque é a de Siviero (2012) que é resultado de um experimento com 20 voluntários com idades de 55 a 85 anos, cuja principal característica era o sedentarismo. Esta pesquisa tinha por objetivo avaliar como a recreação implica na melhora da autoestima dos participantes.
Todas a publicações vinte analisadas confirmaram, seja por meio de pesquisa bibliográfica ou por meio de experimentos, a eficácia das atividades físicas na melhoria da qualidade de vida dos idosos, tanto no aspecto físico, quanto psicológico e social.
6 CONCLUSÃO
Este trabalho permitiu concluir que a prática de atividades físicas, de maneira frequente e regular, pode propiciar muitos benefícios ao idoso praticante, seja no aspecto físico, como aumento da resistência muscular, seja no aspecto psicológico, como o aumento da autoestima.
Outro benefício observado a partir da análise das publicações foi uma melhor socialização por parte dos idosos, que passaram a interagir mais com a comunidade na qual convivem e assim se sentirem mais confiantes no dia-a-dia.
Esses benefícios são extremamente importantes nessa fase da vida considerando que no envelhecimento a inatividade pode gerar grandes perdas ao idoso, acelerando a diminuição da sua capacidade funcional, fazendo com que o mesmo se torne mais dependente e incapacitando para a maioria dos afazeres do dia a dia.
Constatou-se que a prática de atividades física, seja por meio da musculação, do treinamento funcional e da recreação implicam diretamente no aumento gradual da força muscular, na diminuição das quedas, no bem-estar, na saúde geral do idoso, melhorando sua qualidade de vida.
Por fim, é pertinente colocar que quanto mais cedo o indivíduo inicia na prática de atividades físicas, maiores serão os resultados que o mesmo irá usufruir na terceira idade, pois o corpo já se encontra habituado e assim, não terá dificuldades em se acostumar com as práticas descritas nesse trabalho.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, N. A. et. al. Nível de atividade física, autonomia funcional e qualidade de vida em idosas ativas e sedentárias. Fisioter. Mov. v. 23, n. 3, p. 473-481, 2010 .
ALMEIDA, M. A. B. de.; PAVAN, B. Os benefícios da musculação para a vida social e para o aumento da auto-estima na terceira idade. Revista Brasileira de Qualidade de Vida. v. 02, n. 02, jul./dez. 2010, p. 09-17. 
ARGENTO, R. de S. V. Benefícios da atividade física na saúde e qualidade de vida do idoso. Monografia. Universidade Estadual de Campinas. 2010. Disponível em: https://www.google.com.br/ [...] AOvVaw1axAqcDwJhP6CpYfcup8vB. Acesso em 11 set. 2019
BORBA, S. C. F. O Treinamento funcional como dinamizador do movimento na disciplina de Educação Física no Ensino Médio. Caderno Produções Didático-Pedagógicas. Paraná, 2013. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/ pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uem_edfis_pdp_sonia_cristina_franzo_borba.pdf. Acesso em 11 set. 2019
DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva: SESC, 1979.
EL GADBAN, N. F. LOPES, E. Mensuração da qualidade de vida de idosos praticantes de musculação e idosos sedentários. XII Jornada Científica. Faculdades Integradas de Bauru. 2017. Disponível em: https://docplayer.com.br/77826129-Xii-jornada-cientifica-faculdades-integradas-de-bauru-fib-issn.html. Acesso em 11 set. 2019
FARIA JUNIOR, A. G. Atividade Física para Idosos: desafio para educação gerontologica. In: Revista Brasileira de Medicina do Esporte, vol. 7, n°1, 2001-1-12. Disponível em: http://cev.org.br/arquivo/biblioteca/atividades-fisicas-para-idosos-um-desafio-para-educacao-gerontologica.pdf. Acesso em: 11 set de 2019.
FRANCHI, K. M. B.; MONTEIRO, L.Z.; MEDEIROS, A. I. A.; ALMEIDA, S. B. de; PINHEIRO, M. H. N. P; MONTENEGRO, R. M.; MONTENRGRO JÚNIOR, R. M. Estudo comparativo do conhecimento e prática de atividade física de idosos diabéticos tipo 2 e não diabéticos. Rev. Bras. Geriatria e Gerontologia., 2008; 11(3):327-339. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v11n3/1981-2256-rbgg-11-03-00327.pdf. Acesso em 10 set. 2019
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