Buscar

O NASCITURO COMO SUJEITO DE DIREITOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CNEC /FACECA
FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA
ATAIDE DE PAULA PAIVA
O NASCITURO COMO SUJEITO DE DIREITOS
Varginha
2014
ATAIDE DE PAULA PAIVA
O NASCITURO COMO SUJEITO DE DIREITOS
Trabalho apresentado ao curso de Direito da Faculdade Cenecista de Varginha, como requisito parcial, para a obtenção de crédito na disciplina de Monografia III ministrada pela professora Rosa Maria Mendonça Costa Araújo, tendo como Orientador o professor..................................................
Varginha
2014
 
 Dedico este trabalho à minha mãe, dona Regina de Paiva, cujo esforço impar, e fé inabalável me motivaram a chegar até aqui. 
 Agradeço incessantemente a Deus, pela inspiração e a minha amada esposa, Lilian Dayane Figueiredo dos Passos, fiel companheira de todos os momentos. 
Resumo
Este trabalho tem por objetos traçar uma breve analise das correntes que versam sobre o início da personalidade civil da pessoa humana, realizando uma abordagem tratando da importância dos Direitos do Nascituro, bem como do seu reconhecimento, destacando a possibilidade do nascituro ser considerado pessoa de direitos e obrigações na ordem civil brasileira. 
Pretende ainda, analisar criticamente acerca da postura das diferentes sociedades históricas em relação ao nascituro, bem como os fatos determinantes no surgimento dos atuais conceitos jurídicos que envolvem os direitos do nascituro, bem como a sua relevância e efetividade para a sociedade atual frente ao crescente avanço tecnológico.
Serão levantadas algumas considerações sobre a evolução histórica da natureza jurídica do nascituro, bem como o exame das controvérsias sobre o início da personalidade civil da pessoa no direito brasileiro; e por fim, os direitos do nascituro na legislação brasileira a proteção dada ao nascituro nas disciplinas do Direito Brasileiro. 
 	Para tanto, realizou-se estudo de fontes bibliográficas usando-se de método hipotético dedutivo, e o comparativo, partindo de análises individuais dos elementos históricos e elementos jurídicos para enfim formar o conhecimento. Salientamos que o presente trabalho tende a levar o leitor a interpretações ou conclusões diversas, de forma que, nenhuma delas deva ser considera certa ou errada, uma vez que o bom Direto deve ser diligente, e adequa-se á evolução da sociedade a que se destina. 
Introdução
	Ao tratarmos de um assunto tão polêmico e ao mesmo tempo tão relevante tanto para a sociedade, quanto para o meio jurídico que a cerca, quisemos tocar num ponto crucial para a definição de quando começam e quando terminam os direitos do nascituro, ou antes, qual seria o ponto culminante que daria inicio aos direitos do nascituro, o inicio da vida humana. 
Sempre pareceu óbvio não tratar de qualquer assunto relacionado ao nascituro, uma vez que este seria considerado apenas parte do corpo da mãe. Qualquer pensamento sobre a individualização do ser ainda por nascer seria facilmente refutado diante da falta de recursos tecnológicos que pudessem provar tal pensamento. 
Desta perspectiva o nascituro, seria parte do corpo da mãe, sendo o útero um ambiente totalmente desconhecido, considerado, portanto, sinônimo de escuridão, desconhecimento e trevas. Assim qualquer conceito sobre o início da vida humana seria racionalmente possível somente após o parto, momento em que o nascituro, até então uma habitante do desconhecido, viria à luz. 
Assim sendo, após o nascimento, se o bebê respirasse ficaria claro que se trata de um ser individual, ou seja um indivíduo único, com qualidades específicas únicas, cujo matéria física difere da mãe e mais importante do que isso, um ser vivo, reconhecidamente e inegavelmente vivo, e em consequência capaz de direitos e obrigações na órbita civil.
Durante toda a existência da espécie humana, questionamentos têm sido levantados sobre este assunto. No entanto, com a crescente modernização dos meios tecnológicos disponíveis e acessíveis para o homem, principalmente nas últimas décadas, gerou incertezas tanto no que diz respeito ao inicio da vida humana, quanto em relação a sua personalidade civil.
 Estaria a lei, definindo o momento correto do inicio da vida? A ciência possui de meios e conhecimento satisfatório para definir precisamente que momento é este? Pode o nascituro ser privado dos seus direitos? A condição especial do nascituro justificaria a lei suspender alguns dos seus direitos?
O direito Constitucional tem oferecido algumas das respostas para estas perguntas. Já na órbita do direito Civil, cujo cerne é tratar da patrimonialidade das relações que disciplina, também não poderá deixar de oferecer as respostas para a sociedade quanto ao inicio e o fim da vida humana, bem como o inicio da personalidade civil do nascituro e seus eventuais direitos. 
A tutela do nascituro enquanto ser vivente, é tema bastante complexo e controvertido, sendo necessárias pesquisas em diversos ramos da ciência, tais como a biologia, a medicina, a história, a filosofia e por fim o direito.
Considerações iniciais
O termo nascituro teve sua origem do latim, significando “aquele que está por nascer, ou que deverá nascer”, Assim o nascituro é o ser que embora já tenha sido concebido, seu nascimento ainda está consumado.
Neste mesmo sentido, nas palavras de FARIAS,
“Etimologicamente, nascituro é palavra derivada do latim nasciturus, significando aquele que deverá nascer, que está por nascer...” (FARIAS,2012)
Das diversas concepções acerca do Nascituro 
Ao tratarmos do direito à personalidade civil do nascituro, invocamos como argumento filosófico, o ensinamento aristotélico, segundo o qual, desde a concepção, o homem traz em si o germe de ser racional. A partir da concepção, intrínsecas ao homem estão as características únicas que o tornam diferente dos demais seres e inclusive diferente de sua progenitora, podendo assim ser chamado de indivíduo racional.
Já do ponto de vista biológico, sem dúvida alguma, sabe –se que pela fecundação do óvulo com o espermatozoide, inicia-se a formação do zigoto ou simplesmente ovo. A vida, no entanto, começa com a nidação, que quando efetivamente se inicia a gravidez.
Conforme nos ensina a biologia em lição de valor inestimável, o embrião representa um ser individualizado, com carga genética única, que não se confunde de forma alguma com a do pai, nem com a da mãe. Assim, é inexato afirmar-se que o embrião seja parte do corpo da mãe.
Ainda que exista discordância quanto ao início da vida, do ponto de vista religioso, pode-se abstrair da ótica biológica de que a vida começa com a fecundação, e avida viável, com a gravidez, que tem seu início marcado pela nidação. 
No que concerne a redação do código civil brasileiro, no seu artigo 2°, traz redação aparentemente contraditória, uma vez que estabelece o início da personalidade civil a partir do nascimento com vida, no entanto põe a salvo direitos, “ e não expectativa de direitos ao nascituro. Acreditamos no entanto, que é perfeitamente possível conciliá-lo tanto consigo mesmo, bem como com todo o ordenamento jurídico.
Utilizando-se de metodologia lógica e sistemática cedida pela hermenêutica, entendemos que se faz mister o reconhecimento de que o nascituro é pessoa, e consequentemente reconhecer ao nascituro outros direitos, além dos que expressamente lhe são concedidos código civil.
O NASCITURO COMO PESSOA HUMANA
Ao analisarmos o nascituro bem como os direitos que o cercam faz necessário o avançar na problemática sobre a condição jurídica do mesmo, e neste mesmo sentido reconhece-lo como pessoa.
O atual código civil brasileiro, em seu art 2°, apenas transcreve o antigo artigo 4° do CC/1916, in verbis: “ A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei poe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”
Assim comoo código civil brasileiro de 2002, a maior parte da doutrina aparentemente adotou a Teoria Natalista, reconhecendo ao nascituro mera expectativa de direitos. Tal questão porem não e nada simples, uma vez que o modelo adotado não encontra embasamento na Teoria Geral do direito. Nos ensina a boa doutrina que não existe direito subjetivo sem titularidade, ou seja, sem sujeito de direitos e obrigaçoes que dele seja titular. Neste mesmo viés também não existe titular de direitos sem personalidade jurídica.
Pelo exposto, e possível abstrair controvérsia do dispositivo, tendo em vista que na primeira parte – A personalidade civil do homem começa com vida – deduz-se que o nascituro não e pessoa, e desta perspectiva, não deveria ter direitos.
Já a segunda parte- mas a lei poe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro – Assim, se o nascituro e possuidor de direitos, afirma-se aqui que se trata de um sujeito de direitos e obrigações na ordem civil, portanto pessoa. Sob a ótica de vários autores, o nascituro n~~ao se trata de mero expectador de direitos, nem tampouco expectador de pessoa, pelo contrario, seus direitos são atuais, e o nascituro goza dos mesmos desde a concepção.
BIBLIOGRAFIA 
ANDRADE, Márcio Accioly de. Dignidade da Pessoa Humana (Fundamentos e Critérios Interpretativos). Malheiros Editores. 
BARBOZA, Heloisa Helena. O estatuto ético do embrião. In: SARMENTO. Daniel. CAMPOS, Diogo Leite de. O Estatuto Jurídico do Nascituro. Revista da Ordem dos Advogados. 1996. DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das famílias. 4. ed. atualizada e ampliada. RT. 2007. São Paulo. DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 3. ed. Editora Revista dos Tribunais. 2008. São Paulo. FRANÇA, Limongi. Instituições de Direito Civil. 2. ed. São Paulo. Saraiva. 1991. GALDINO, Flávio (Coords). Direitos Fundamentais: Estudos em Homenagem ao Professor Ricardo Lobo Torres. Rio de Janeiro: Renovar. 2006. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 5. ed. Editora Saraiva. 2007. São Paulo. JUNIOR, Nelson Nery; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Anotado e Legislação Extravagante. 2. ed. Revista dos Tribunais. 2002. São Paulo. MEIRELLES, Jussara Maria Leal de. A Vida Humana Embrionária e sua Proteção Jurídica. Rio de Janeiro. São Paulo. Renovar. 2000. MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil: Parte Geral. São Paulo. Saraiva. 40. ed. 2005. MOORE, Keith L., PERSAUD, T. V. N. Embriologia Clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. NADER, Paulo. Curso de Direito Civil. Editora Forense. 2. ed. Rio de Janeiro. 2004. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Editora Forense. 21. ed. Rio de Janeiro. 2005. PUSSI, William Artur. Personalidade Jurídica do Nascituro. 2. ed. Revista e Atualizada. Curitiba. Juruá. 2008. O nascituro como sujeito de direitos – Maicon Venício de Souza Ambrosim; Stênio Ferreira Parron Revista Pitágoras – ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN - Nova Andradina/MS, dez/mar 2013 Página 16 
RODRIGUES, Tatiana Antunes Valente. Da Ação de Petição de Herança. São Paulo. RT. 2008. (Coleção Direito Civil v. 8). SEMIÃO, Sérgio Abdalla. Os Direitos do Nascituro: aspectos cíveis, criminais e do biodireito. Belo Horizonte. Del Rey. 1998. SZANIAWSKI, Elimar. Direitos da Personalidade e Sua Tutela. Editora Revista dos Tribunais. 2. ed. São Paulo. 2005. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. São Paulo. Atlas. 6. ed. 2006. Artigo recebido

Outros materiais