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A Evolução Histórica dos Meios de Solução de Conflitos ( Arbitragem, Conciliação e Mediação)

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INSTITUTO EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA, FACULDADE GUARAÍ / FAG / IESC
JERUSA PEREIRA DE SOUSA
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA: “ARBITRAGEM, CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO” 
Guaraí
2018 
JERUSA PEREIRA DE SOUSA
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS MEIOS EXTRAJUDICIAIS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS: “ARBITRAGEM, CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Avaliação N1 Orientada Pelo Professor: Dr José Eronides de Sousa, Ao Terceiro Período do Curso de Direito Da Faculdade Guaraí, Para Obtenção de Notas na Disciplina: Arbitragem Conciliação e Mediação. 
 
GUARAÍ-TOCANTINS
2018
A Evolução Histórica da Arbitragem
A arbitragem é um meio de solução de conflitos mais rápido e ágil do que o judiciário, durante toda a sua evolução histórica houve realização nas áreas publicas e privadas, mas, trata-se de um instrumento da área privada para a resolução dos conflitos, muitos optam por esse meio, pois, nele as partes podem escolher o árbitro que vai comandar o processo e podem escolher uma pessoa com conhecimento da área especifica do conflito, não como o judiciário, que por mais que o juiz seja nomeado por concurso e tenha que mostrar que é capaz de desempenhar seu papel, mesmo assim tem casos que ele não é especialista naquela determinada área, isso faz com que algumas pessoas procurem a arbitragem, também por ser um meio mais célere. 
Muitos pensam que esse é um meio atual de solução de controvérsias, mas desde a antiguidade a arbitragem é utilizada pra resolver os conflitos. Sálvio de Figueiredo Teixeira faz um relato sobre a arbitragem e seu desenvolvimento em diversas áreas jurídicas dos povos antigos que já a utilizavam, eis o seu posicionamento: 
[...] historicamente, a arbitragem se evidenciava nas duas formas do processo romano agrupadas na ordo judiciorum privatorum. - o processo das Legis actiones e o processo per formulas. Em ambas as espécies, que vão desde as origens históricas de Roma, sob a Realeza (754 a. C.) ao surgimento da cognitio extraordinária sob Diocleciano (século III d. C), o mesmo esquema procedimental arrimava o processo romano: a figura do pretor, preparando a ação, primeiro mediante o enquadramento na ação da lei e, depois, acrescentando a elaboração da fórmula, como se vê na exemplificação de Gaio, e, em seguida, o julgamento por um iudex ou arbiter, que não integrava o corpo funcional romano, mas era simples particular idôneo, incumbido de julgar, como ocorreu com Quintiliano, gramático de profissão e inúmeras vezes nomeado arbiter, tanto que veio a contar, em obra clássica, as experiências do ofício. DELGADO, José Algusto, 2000, p. 1-24. 
Porém a arbitragem perdeu força, pois instaurou uma ditadura no estado romano, e após isso no novo estado era o imperador que julgava com isso a arbitragem que antes era obrigatória começou a decair, mas não totalmente, pois ela é usada em varias partes do mundo sempre como um método mais ágil para solucionar litígios. 
No Brasil antes da independência já se adotava esse sistema, por meio das ordenações Filipinas, que utilizava a arbitragem com base na decisão do árbitro. Então vieram os ordenamentos e as constituições algumas adotavam o mérito arbitral outras não, várias leis e modificações e a nova constituição de 1988 que em seu artigo 114 § 2° refere-se a arbitragem, deixa claro que ela é essencial para resolver conflitos de forma pacífica. Atualmente no Brasil há a lei n° 9.307 de 23 de setembro de 1996 que dispõe sobre a arbitragem e regula a sua implantação para solucionar os litígios de forma ágil e célere, os esforços são imensos para que esse modo de solucionar casos venha produzir efeitos concretos e de alta intensidade dentro do seu principal objetivo que é solucionar questões patrimoniais sem precisar ir ao judiciário, a solução de litígios por via arbitral está crescendo gradativamente no Brasil, as câmaras arbitrais estão ganhando espaço e apresentando efetividade e eficácia em seus resultados e atividades. 
A Evolução Histórica da Conciliação
A conciliação é uma forma mais amigável de resolver conflitos, e é muito usada nas relações sociais para dirimir os litígios, usada desde a fase primitiva da civilização, ela visa um meio mais econômico, célere, justo e pacífico. Para Delgado (2012, p. 1458), a conciliação: 
[...] é o método de solução de conflitos em que as partes agem na composição, mas dirigidas por um terceiro, destituído do poder decisório final, que se mantêm com os próprios sujeitos originais da relação jurídica conflituosa. Contudo, a força condutora da dinâmica conciliatória por esse terceiro é real, muitas vezes conseguindo implementar resultado não imaginado ou querido, primitivamente, pelas partes. Assim como outros modelos de solução de conflitos (processo judicial, arbitragem e negociação), na conciliação não interessa trabalhar as razões que levaram à instalação do conflito, tampouco pretende identificar as questões pessoais dos envolvidos, seus interesses, suas emoções etc., visa apenas resolver a controvérsia através do acordo. FIORELLI et al, 2008, p. 56. 
Por ser um meio bem rápido para resolver conflitos a conciliação está bem presente em países como EUA, Japão, França entre outros, e tem se mostrado um resultado esplêndido e bem eficaz para a resolução dos litígios. 
No Brasil a conciliação faz-se presente desde a época do império, nas ordenações manuelinas e filipinas, pois essas traziam pautado preceito que ordenava que antes de irem ao judiciário para gastar os seus bens, as partes deveriam tentar entrar em um acordo. Ao decorrer da história a conciliação vem ganhando espaço, vale ressaltar que foi através da constituição de 1924 que a conciliação teve seu status constitucional reconhecido, ela mencionava que sem tentar um acordo não se iniciava nenhum processo judiciário. E com a consolidação das leis trabalhistas reforçou ainda mais, que primeiramente deve-se tentar um acordo entre as partes, só a partir daí o processo é encaminhado ao judiciário, e mesmo assim o juiz que conduz a causa pode fazer uma nova proposta de conciliação, deixando a decisão judicial como último recurso. Com o passar do tempo a conciliação tem sido um meio bastante procurado para se resolver litígios, devido ao imenso número de processos que há no judiciário e também o valor que é extremamente caro, a conciliação por ser um método ágil e mais em conta tem cada dia mais ganhado espaço. A constituição de 1988 em seu artigo 3° inciso VII dispõe sobre a solução pacifica dos conflitos que é a conciliação, e também no artigo 5° inciso LXXVIII. Com a lei da arbitragem que também defende a conciliação por ser um meio de acelerar um litígio e finalizar de forma amigável, a conciliação tem ganhado amparo no cenário das causas patrimoniais e trabalhistas por ser um meio rápido, econômico e amigável para resolver um conflito. 
A Evolução Histórica da Mediação 
A mediação é uma busca satisfatória para ambas as partes na resolução de um conflito, onde um mediador com conhecimento do litígio e escolhido de forma imparcial vai auxiliar os litigantes para solucionar o conflito, porém ao mediador não é dada a missão de decidir, apenas de auxiliar ambas as partes para chegarem a um consenso, nessa causa o mediador vai apenas auxiliar e facilitar o diálogo entre os litigantes, o acordo que vai ser gerado entre as partes será satisfatório de forma que não vai ser cortada as relações de ambas, é visto como um método pacífico das relações sociais. A mediação tem se evoluído gradativamente no Brasil, embora seja por muitos confundida com a conciliação, ela é bem diferente, pois vai fazer com que ambas as partes continuem suas relações em contrapartida a conciliação já quer resolver a causa de modo mais superficial, pois visa o encerramento da questão. 
Para Christoper Moore a mediação já era um método utilizado pelos judaicos desde a época dos litígios bíblicos, após isso é que ela foi sendo reconhecida em outras culturas e sendo adotada, enfatiza o autor:
 “foi nos últimos 25 anosque a mediação se expandiu exponencialmente no mundo, ganhando espaço e tornando-se reconhecida como meio de tratamento de litígios alternativo às práticas judiciais” MOORE, 1998, p. 32-34. 
A maioria dos conflitos resolvidos através da mediação são causas familiares, no Brasil a mediação é assegurada pela lei n° 13.140 de 26 de Junho de 2015, que da ênfase a mediação como forma de resolver litígios sem envolver o judiciário, para que ambas as partes cheguem a um acordo de forma que venha agradar a todos. 
“Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia”. (Lei nº 13.140/2015). 
Embora seja bastante empregada aos litígios familiares, a mediação no Brasil atual é realizada em vários setores públicos e privados, que vem ganhando espaço cada dia mais, pois com sua realização diminui assim os processos do judiciário, e promove também uma pacificação social. 
Referências Bibliográficas 
DELGADO, José Augusto; A ARBITRAGEM NO BRASIL: evolução histórica e conceitual, 2000, https://core.ac.uk/download/pdf/79061735.pdf acesso em: 30/10/2018. 
AUGUSTO, Pedro; Evolução Histórica da Arbitragem e sua Aplicação no Brasil, 2013, https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=12294 acesso em: 30/10/2018. 
CABRAL, Trícia Navarro Xavier; A Evolução da Conciliação e da Mediação no Brasil, 2017, http://www.emerj.tjrj.jus.br/revistas/fonamec/volumes/volumeI/revistafonamec_numero1volume1_354.pdf acesso em: 30/10/2018. 
VIANNA, Marcio dos Santos; Mediação de Conflitos: Um Novo Paradigma na Administração da Justiça, 2009, http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6991 acesso em: 31/10/2018. 
PEREIRA, Daniela Torrada; Mediação: Um Novo Olhar Para o Tratamento de Conflitos no Brasil, 2011, http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10864&revista_caderno=21 acesso em: 31/10/2018.

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