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Direito Internacional Público I

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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 
Prof. Ricardo Koboldt de Araujo
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
O CONCEITO DE DIP 
A conceituação jurídica de DIP só poderá ser bem compreendida diante da analise de três elementos constitutivos básicos: 
Pessoas que disciplina e respectivos atores;
Objeto a que se destina;
Fontes formadoras de sua aplicação. 
PESSOAS E OBJETO DO DIP 
 A doutrina tradicional estabeleceu que o objeto do DIP são as relações entre os Estados, regendo a atividade inter-estatal.
 
Com o término da II Guerra emergem as Organizações Internacionais (ONU, OMC, FMI, etc.) como sujeitos do DIP, portanto titulares de personalidade jurídica internacional. 
 
Atualmente existem relações entre Estados, Organizações Internacionais e Organizações não-governamentais , empresas públicas e indivíduos, nominadas como pessoas ou meros atores do DIP. (coletividades criadas pelos próprios Estados, Cruz Vermelha internacional, estados protegidos e tutelados, beligerantes e outros). 
 
A teoria de vanguarda do DIP defere ao indivíduo responsabilidade ativa e passiva, podendo tanto postular quanto ser demandado internacionalmente
 
 
Funções do Direito Internacional Público:
			O DIP exerce uma tríplice função:  
(a) Repartição de competências entre os Estados soberanos, cada qual com sua respectiva delimitação territorial, onde exerce sua jurisdição.
 
(b) Fixa obrigações aos Estados soberanos, de modo que as suas liberdades de atuação sejam limitadas; 
 
(c) Rege as relações entre as organizações internacionais; 
 
 
 
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
 
 
		As fontes do direito internacional público face a falta de uma codificação própria está vinculada ao primeiro tribunal dotado de competência para resolver litígios entre Estados sem quaisquer limitações. 
		O Estatuto da Corte de Haia (Corte Internacional de Justiça) quando redigido preocupou-se em definir qual o direito seria aplicável no âmbito da nascente jurisdição. 
A partir desta premissa estabeleceu um roteiro de fontes, onde se pode estabelecer normas internacionais através do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça , a saber: 
 
 
 
O ARTIGO 38 DO ESTATUTO DA CIJ
 1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
 
as Convenções Internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
o Costume Internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo direito;
Os Princípios Gerais de Direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes Nações, como meio auxilar para a determinação das regras de direito.
 	
2. A presente disposição não prejudicará a faculdade de a Corte decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. Art. 59 – “A decisão da Corte só será obrigatória para as partes litigantes e a respeito do caso em questão

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