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PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL). CASO CONCRETO SEMANA 13 AGRAVO DE INSTRUMENTO Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por escrito de locação com João, brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre outras obrigações, João não poderia lhe dar destinação diversa da residencial. Ofertou fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois de quatro meses sem receber o que lhe era devido, ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava alugar o mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, regularmente instruída e distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Desesperado, João o procura para que, na qualidade de seu advogado, interponha o recurso adequado (excluídos os embargos declaratórios) para se manter no imóvel, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 1 AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Agravante: João Agravado: Pedro Processo nº. ___ JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, registrado no cadastro de pessoas físicas sob o nº.__ e no registro geral de nº.___, (endereço eletrônico), residente e domiciliado na Rua__, nº__, bairro__, na cidade de ___/__, CEP:__, vem por seu advogado, com endereço profissional na rua__, bairro__, Cidade__, Estado__, para fins do artigo 1.016, inciso IV, do CPC, inconformado com a decisão interlocutória de fls.___, proferida pelo juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, nos autos da AÇÃO DE DESPEJO nº___, movida por PEDRO. brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, registrado no cadastro de pessoas físicas sob o nº.__ e no registro geral de nº.___, (endereço eletrônico), residente e domiciliado na Rua__, nº__, bairro__, na cidade de Rio de Janeiro/RJ, CEP:__, tempestivamente, após devido preparo, interpor RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO CUMULADO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA PROVISÓRIA, COM ESTEIO NOS ARTIGOS 300 E 1.015 DO CPC, requerendo a Vossa Excelência que receba-o e processe-o, distribuindo o presente a uma das colendas câmaras deste egrégio Tribunal, apresentando as razões, em anexo. 2 Para cumprimento do artigo 1.017, inciso I, do CPC, o recurso segue com cópia dos seguintes documentos: • Petição Inicial; • Contestação; • Petição que ensejou a decisão agravada; • Da decisão agravada; • Certidão de intimação da decisão; • Procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; Diante do exposto, requer que o presente recurso seja recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo, e antecipação da tutela requerida. Informa, para o fiel cumprimento ao artigo 1.016, inciso IV, do CPC, o nome__, e o endereço___, do advogado do agravado. Espera deferimento. Local e data. Advogado OAB/UF n___ 3 I. DAS RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO Agravante: João Agravado: Pedro Ação de Despejo Processo nº. ___ Colenda Corte, Não merece manter-se com efeitos a decisão interlocutória proferida pelo juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, nos autos da AÇÃO DE DESPEJO nº___, pelas razões a seguir: II. DOS FATOS E DO DIREITO O agravante firmara contrato escrito de locação de imóvel situado em Juiz de Fora/MG, com o Agravado em 1º de outubro de 2012, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre outras obrigações, o Agravado não poderia dar destinação diversa da residencial. O contrato possui fiador idôneo. Contudo, após um ano de regular cumprimento da avença, o locatário, ora Agravante, passou a enfrentar dificuldades financeiras. Com isso, após quatro meses sem receber o valor do aluguel, o Agravado ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, tendo registrado que desejava alugar o mesmo imóvel para Francisco. 4 O magistrado ao receber a petitória deferira a medida liminar pleiteada, estabelecendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas para que o Agravante desocupasse o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Era o que se tinha de mais a relatar, passa-se agora a exposição do mérito da demanda. III. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO. 3.1. DA CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO E DA TUTELA DE URGÊNCIA PROVISÓRIA. Ínclito julgador, se faz necessário desde agora pleitear a concessão do efeito suspensivo sobre a decisão proferida pelo juízo de piso, uma vez que se mostra patente a gravidade dos seus efeitos sobre o Agravante, não tendo este condições financeiras para alugar outro imóvel, nem para onde ir, nem para pagar o valor da multa caso descumpra, no prazo de setenta e duas horas, o que lhe fora imposto. Assim, com esteio nos artigos 300 e seguintes e artigo 1.119, inciso I, todos do CPC, mostra-se o grave perigo de dano irreparável ao processo originário, e mesmo ao próprio Autor, tendo em conta que não se deslindou no feito aludido qualquer execução ou busca de bens aptos a penhora, nem mesmo contra o fiador avençado no contrato, em respeito aos artigos que regem o tema no Código de Processo Civil Brasileiro (Arts. 771 e ss), não podendo, o réu ser forçadamente posto ao léu, sem abrigo, piorando ainda mais a sua situação financeira o compromisso em débito. Isto posto, requer-se a concessão do efeito suspensivo sobre a decisão interlocutória ora atacada, e da tutela de urgência provisória a fim de que se mantenha no imóvel o agravante até o término do processo judicial originário. 5 3.2. DO REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO EM FACE DO FIADOR. Conforme artigo 818 do Código Civil brasileiro, o fiador responde nos mesmos termos pela dívida não paga pelo afiançado, assim falando, vê-se que o credor ora Agravado, poderia redirecionar a cobrança dos alugueis em débito, contra o fiador firmado em contrato locatício (título executivo extrajudicial), conforme artigos 779, inciso IV, e 794, parágrafo 1º, todos do CPC. IV. DO PEDIDO Ínclitos Julgadores, por todo o exposto, o Agravante passa a requerer o conhecimento do presente recurso e, ao fim, pelo seu provimento em todos os seus termos, para que se conceda o efeito suspensivo sobre a decisão interlocutória ora atacada, e da tutela de urgência provisória a fim de que se mantenha no imóvel o agravante até o término do processo judicial originário, nos termos dos artigos 300 e seguintes e artigo 1.119, inciso I, todos do CPC. Nestes termos, pede e espera deferimento. Local e data. Advogado OAB/UF nº. 6
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