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VAGINA E VULVA: NORMAL E PATOLÓGICO Rômulo Medina de Mattos romulo.mattos@ibmr.br TÓPICOS DA AULA SECREÇÃO VAGINAL NORMAL: MUCORRÉIA VULVOVAGINITES LÍQUEN ESCLEROSO VULVAR Histologia da vagina Epitélio escamoso estratificado Estroma denso VAGINA: ANATOMIA E HISTOLOGIA FLUXO VAGINAL ANORMAL # Queixas mais freqüentes em ambulatórios de ginecologia # Prurido vulvar - Pode manifestar-se isoladamente - Associado a outros sintomas crônicos: queimação, dor ou irritação # Vulvodínia INTRODUÇÃO Normal: Um corrimento que não tenha um odor desagradável, ou cause queimação excessiva ou coceira • Secreção vaginal: Secreção sebácea, descamação de células da vagina e do colo e secreção de glândulas • Fisiológica (clara de ovo) • Cerca de 10% das mulheres • Hormonal, nutricional, psíquicas, higiene • Não se associa a outros sintomas • Ausência de inflamação: muco claro e límpido • Lactobacilos em abundância MUCORRÉIA Exame microscópico a fresco - células sem alterações inflamatórias, número normal de leucócitos e abundantes Lactobacilos. Tratamento: tranqüilizar e explicar a fisiologia normal da genitália. MUCORRÉIA Infecções da vulva e vagina Fungos, Bactérias, Protozoários, Vírus Hábitos inadequados Doenças sistêmicas Idade (menopausa) Distúrbios comportamentais Gravidez Uso de fármacos Diabetes LEUCORRÉIA VAGINOSE BACTERIANA # 50% das infecções genitais baixas # Discreta resposta inflamatória # Infecção polimicrobiana Gardnerella + bactérias anaeróbias + Lactobacilos VULVOVAGINITE VAGINOSE BACTERIANA # QUADRO CLÍNICO: - Corrimento abundante - Homogêneo - Branco-acinzentado - Odor fétido - Pequenas bolhas - Disúria - Dispaurenia VULVOVAGINITE VAGINOSE BACTERIANA DIAGNÓSTICO: - Características clínicas do corrimento - pH vaginal > 4,5 VULVOVAGINITE TRATAMENTO: - Abstinência sexual - Duchas vaginais com peróxido de hidrogênio - Acidificação do meio vaginal # Medicamentoso VAGINOSE BACTERIANA VULVOVAGINITE TRICOMONÍASE - Trichomonas vaginalis - Protozoário anaeróbio flagelado - 10 – 15% dos corrimentos vaginais infecciosos - Transmissão principalmente sexual - Freqüente associação com o gonococo VULVOVAGINITE TRICOMONÍASE - Corrimento profuso - Amarelo ou amerelo-esverdeado - Bolhoso e fétido - Disúria e dispaurenia - Muitas vezes assintomáticas VULVOVAGINITE TRICOMONÍASE DIAGNÓSTICO - Clínico e microscópico - pH vaginal em torno de 5 a 7 - Protozoário de forma ovóide - Polimorfonucleares numerosos - Lactobacilos escassos VULVOVAGINITE Trichomonas vaginalis Secreção branca e bolhosa GONOCOCICA - Neisseria gonorrhoeae - Transmissão sexual - Predileção por pH alcalino - Propaga-se de forma ascendente Pelviperitonite e peri-hepatite VULVOVAGINITE GONOCOCICA - Corrimento espesso e purulento - Friabilidade do epitélio VULVOVAGINITE DIAGNÓSTICO - Exame bacteriológico - Diplococos gram-negativos GONOCOCICA VULVOVAGINITE VULVOVAGINITE CHLAMYDIA - Parasitas intra-celulares obrigatórios - Gram-negativos - Corpos cocóides → inclusões - Freqüentemente associada a gonocócica - Formas altas de infecção estão associadas a esterilidade e gravidez ectópica VULVOVAGINITE CHLAMYDIA QUADRO CLÍNICO: - Geralmente assintomática - Corrimento mucopurulento → endocervicite DIAGNÓSTICO: - Exame citológico (baixa sensibilidade) - Detecção de antígenos → imunofluorescência - ELISA VULVOVAGINITE CHLAMYDIA VULVOVAGINITE CANDIDÍASE - Fungo gram-positivo - Candida albicans: + comum - 85 a 90 % - 75 % das mulheres no menacme: 1 episódio - 40 a 50%: 2º episódio - 5% episódios recorrentes - 20-25% dos corrimentos vaginais infecciosos VULVOVAGINITE CANDIDÍASE - Gravidez - ACO - Imunosupressores - Duchas vaginais, vestuário inadequado VULVOVAGINITE CANDIDÍASE - Corrimento branco (leite coalhado) - Placas - Escoriações na região vulvar - Disúria e dispaurenia VULVOVAGINITE CANDIDÍASE DIAGNÓSTICO: - pH vaginal ácido - Exame microscópico a fresco ou corado Filamentos ramificados (pseudo-hifas) Esporos Leucócitos numerosos - Cultura VULVOVAGINITE Candida albicans Exame a fresco: pseudo-hifas Cultura (ágar-Sabouraud) Candida albicans # Etiologia: desconhecida # Sintomas: Irritação local Prurido(85%) Dispaurenia e sintomas urinários # Exame Clínico: Pele atrófica, pálida, perda de pêlos, fissuras, hiperceratose (placas brancas) Alteração inflamatória e atrofiante da vulva LÍQUEN ESCLEROSO VULVAR # Casos avançados - Perda da arquitetura vulvar - Lesões pigmentadas - Apagamento dos lábios - Fusão parcial da linha média # Diagnóstico Anatomopatológico - Suspeitar de malignidade LÍQUEN ESCLEROSO VULVAR Vulva normal Hiperceratose Perda de arquitretura Epitélio queratinizado?? Apagamento do epitélio vulvar Hiperceratose Perda das papilas e melanócitos Tecido conjuntivo marcado por edema
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