Buscar

Conar Revista Março 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Março	2018	•	N.	215
www.conar.org.br
BOLETIM DO
CONAR
CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA
ÉTICA NA PRÁTICA
CoNFIra	DEsEMpENho	Da	
auTorrEguLaMENTação	puBLICITárIa	EM	2017
VEJa	CaLENDárIo	DE	rEuNIÕEs	Do	CoNsELho	DE	ÉTICa	para	2018	–	ÚLTIMa	pág.
•		porcentagem	de	processos	éticos	abertos	a	partir	de	
denúncias	de	consumidores	mantem-se	elevada:	62,7%.
•		Dos	188	processos	abertos	a	partir	de	denúncias	de	
consumidores,	177	tiveram	sua	origem	em	grupos	de	sete	
ou	mais	consumidores.
•		Dos	processos	abertos	em	2017,	21%	cobrem	publicidade	
de	medicamentos,	cosméticos	e	outros	produtos	para	
saúde.	Em	seguida,	vêm	processos	que	tratam	de	
publicidade	de	alimentos,	sucos	e	refrigerantes.
•		Questionamentos	ligados	à	veracidade	e	adequação	às	
leis	das	peças	publicitárias	alcançam	mais	da	metade	das	
representações	abertas	pelo	Conar	no	ano	passado.
•		Questionamentos	envolvendo	identificação	publicitária	
responderam	por	8%	do	processo	abertos.	
Quando	se	analisa	apenas	os	processos	deste	tipo	
abertos	a	partir	de	queixas	de	consumidores,	esta	
porcentagem	sobe	para	11,5%.	Questionamentos	dessa	
natureza	dizem	respeito,	na	maior	parte	das	vezes,	a	
depoimentos	de	influenciadores	em	blogs	e	redes	sociais.
•		Mais	da	metade	dos	processos	abertos	em	2017	visam		a	
anúncios	veiculados	em	internet.	Destes,	quase	30%	
foram	veiculados	em	redes	sociais.
•		70%	dos	303	processos	julgados	pelo	Conselho	de	Ética	
em	2017	resultaram	em	algum	tipo	de	penalização	ao	
anunciante	e	agência.
•		a	maior	parte	das	queixas	recebidas	pelo	Conar,	da	ordem	
de	67%,	é	oriunda	dos	estados	da	região	sudeste.	o	
Conar	recebeu,	em	média,	221	queixas	de	consumidores	
via	e-mail	por	mês.	a	maior	parte	delas	vieram	de	
consumidores	adultos	jovens.
•		Foram	105	as	sessões	de	julgamento	promovidas	pelo	
Conselho	de	Ética	em	2017.
•		o	Conar	promoveu	39	reuniões	de	conciliação	no	ano	
passado.	um	terço	delas	resultou	em	acordo	entre	as	
partes,	o	que	dispensou	a	tramitação	contenciosa	do	
processo.
Conar	abriu	300	processos	éticos	ao	longo	do	ano,	enquanto	o
Conselho	de	Ética	debateu	e	votou	303	casos	
Processos instaurados em 2017 por mídia
		TV	–	20,7%
		rádio	–	3,1%
		Jornais	–	1,3%
		revistas	–	2,2%
		Internet	–	53,7%
		Mídia	Exterior	–	9,1%
		Embalagem	–	4,9%
		ponto	de	Venda	–	4,7%
		Cinema	–	0,2%
		Internet	(geral)	–	53,6%
		redes	sociais	–	28,4%
		Vídeo	online	–	17,1%
		E-mail	Marketing	–	0,9%
Total de processos instaurados: 300
Cada caso pode ter mais de uma mídia
	 2	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 3
BoLETIM	Do	CoNar
CoNsELho	NaCIoNaL	DE	auTorrEguLaMENTação	puBLICITárIa
Membro	correspondente	da	Easa	–	European	advertising	standards	alliance
Membro	fundador	da	Conared	–	autorregulación	publicitaria	Latinoamericana	
DIrETorIa
Presidente 
gilberto	C.	Leifert	
1º Vice-Presidente 
Newman	Debs	
2º Vice-Presidente
Luiz	Lara	
3º Vice-Presidente 
antônio	Carlos	de	Moura	
Diretor de Assuntos Legais 
João	Luiz	Faria	Netto	
Diretores 
Fernando	portela		
Dorian	Taterka	
Vice-Presidente Executivo 
Edney	g.	Narchi
CoNsELho	DE	ÉTICa
biênio	2016/2018
Presidente
Cons.º	gilberto	C.	Leifert
Secretário
Luiz	Lara
Presidentes das Câmaras:
1ª Câmara	–	Cons.º	Cyd	alvarez	
2ª Câmara –	Cons.º	sergio	pompilio
3ª Câmara –	Cons.º	armando	strozenberg
4ª Câmara –	Cons.º	Daniel	pimentel	slaviero	
5ª Câmara –	Cons.º	Marcelo	antônio	rech
6ª Câmara –	Cons.º	Nelcina	Tropardi
7ª Câmara –	Cons.º	Luiz	roberto	Valente	Filho
8ª Câmara –	Cons.º	Cléo	Nicéas
BoLETIM	Do	CoNar
uma	publicação	trimestral	do
Conselho	Nacional	de	autorregulamentação
publicitária	dirigida	aos	seus	associados.
Endereço:	av.	paulista,	2073
Edifício	horsa	II,	18º	andar
Cep	01311-940	–	são	paulo,	sp
Telefax:	(0XX11)	3284-8880
www.conar.org.br
e-mail:	boletim@conar.org.br
Este	boletim	é	produzido	pela
porto	palavra	Editores	associados.
redação:	Eduardo	Correa
projeto	gráfico:	sérgio	Brito
Editoração:	Conexão	Brasil
©	Conar
a	reprodução	total	ou	parcial	dos	textos	aqui	
publicados	é	permitida	desde	que	citada	a	fonte.
Impedir	que	a	publicidade	enganosa	ou		
abusiva	cause	constrangimento	ou	
prejuízo	a	consumidores	e	empresas.
■	Fundado	em	1980	e	com	o	por	publi	ci	tá	rios	
e	cida	dãos	de		outras	pro	fis	sões,	o	Conar	é	uma	
orga	ni	za	ção	não	gover	na	men	tal	que	aten	de	a	
denún	cias	de	con	su	mi	do	res,	auto	ri	da	des,	asso-
cia	dos	ou	for	mu	la	das	pela	pró	pria	dire	to	ria.	as	
denún	cias	são	jul	ga	das	pelo	Conselho	de	Ética,	
garan	tin	do-se	amplo	direi	to	à	defe	sa	e	ao	contra-
ditório	às	partes.	se	a	denún	cia	tiver	pro	ce	dên	cia,	
o	Conar	reco	men	da	alte	rar	ou	sus	tar	a	vei	cu	la	ção	
do	anún	cio.	o	Conar	não	exer	ce	cen	su	ra	pré	via	
sobre	peças	de	publi	ci	da	de;	ocupa-se	ape	nas	do	
que	já	foi	vei	cu	la	do.	o	Conar	é	man	ti	do	pela	con-
tri	bui	ção	das	prin	ci	pais	enti	da	des	da	pu	bli		ci	da	de	
bra	si	lei	ra	e	seus	filia	dos	–	anun	cian	tes,	agên	cias	
e	veí	cu	los.	os	mem	bros	dos	Conselhos	superior	e	
de	Ética	tra	ba	lham	volun	ta	ria	men	te	para	o	Conar.
Nossa	missão Entidades	fundadoras	do	Conar
•	aBa	–	associação	Brasileira	de	anunciantes
•	aBap	–	associação	Brasileira	de	agências	de	publicidade
•	aBErT	–		associação	Brasileira	de	Emissoras	
de	rádio	e	Televisão
•	aNEr	–	associação	Nacional	de	Editores	de	revistas
•	aNJ	–	associação	Nacional	de	Jornais
•	CENTraL	DE	ouTDoor
Entidades	aderentes
•	aBTa	–	associação	Brasileira	de	Televisão	por	assinatura
•	FENEEC	–		Federação	Nacional	das	Empresas
Exibidoras	Cinematográficas
•	IaB	Brasil	–	Interactive	advertising	Bureau	(mídia	interativa)
Impedir	que	a	publicidade	enganosa	ou
abusiva	cause	constrangimento	ou	prejuízo	a	
consumidores	e	empresas.
■	Fundado	em	1980	e	composto	por	publi	ci	tá	rios	e	cida-
dãos	de		outras	pro	fis	sões,	o	Conar	é	uma	orga	ni	za	ção	não	
gover	na	men	tal	que	aten	de	a	denún	cias	de	con	su	mi	do	res,	
auto	ri	da	des,	asso	cia	dos	ou	for	mu	la	das	pela	pró	pria	dire-
to	ria.
■	as	 denún	cias	 são	 jul	ga	das	 pelo	 Conselho	 de	 Ética,	
garan	tin	do-se	amplo	direi	to	à	defe	sa	e	ao	contraditório	às	
partes.	se	a	denún	cia	tiver	pro	ce	dên	cia,	o	Conar	reco	men	da	
alte	rar	ou	sus	tar	a	vei	cu	la	ção	do	anún	cio.
■	o	Conar	é	man	ti	do	pela	con	tri	bui	ção	das	prin	ci	pais	enti-
da	des	da	pu	bli		ci	da	de	bra	si	lei	ra	e	seus	filia	dos	–	anun	cian-
tes,	agên	cias	e	veí	cu	los.
■	os	mem	bros	dos	Conselhos	superior	 e	de	Ética	 tra	ba-
lham	volun	ta	ria	men	te	para	o	Conar.
Nossa	missão
Números	do	Conar	até	20/3/2018
processos	abertos 91
processos	julgados 42
	 2	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 3
BoLETIM	Do	CoNar
Continuação	da	capa
Processos instaurados em 2017 por...
...autoria
...Questionamento
		Consumidores	–	62,7%
		associados	–	21,0%
		Conar	de	ofício	–	13,3%
		Conselho	superior	–	3,0%
		respeitabilidade	–	12,2%
		responsabilidade	social	–	7,6%
		sustentabilidade	–	0,6%
		adequação	às	Leis	–	16,8%
		apresentação	Verdadeira	–	38,2%
			Cuidados	com	o	público	Infantil	–	5,7%
		Direitos	autorais	–	1,5%
		Discriminação	–	0,6%
		Diversos*	–	3,2%
		Identifi	cação	publicitária	–	8,0%
		padrões	de	Decência	–	0,8%
		propaganda	Comparativa	–	4,8%
Total de processos instaurados: 300
Total de processos instaurados: 300
...setores	envolvidos
			Medicamentos,	outros	produtos	
e	serviços	para	saúde	–	21,0%
		Moda,	Lojas	e	Varejo	–	8,3%
		outros	setores	–	14,0%
		prêmios,	sorteios	e	Loterias	–	0,7%
		produtos	de	Limpeza	–	3,0%
		Telecom	–	7,3%
		Veículos,	peças	e	acessórios	–	7,3%
			alimentos,	sucos	e	refrigerantes	–	15,7%
		Bebidas	alcoólicas	–	12,7%
		Brinquedos	–	1,3%
		Educação,	Cursos	e	Ensino	–	4,3%
			Indústria	Eletro-Eletrônica	–	2,7%
			Investimentos,	Bancos,	
Cartões	de	Crédito	–	1,7%
Total de processos instaurados: 300Cada caso pode ter mais de um enquadramento
*	Denegrimento	de	imagem;	estímulo	a	excessos;	excesso	em	mídia-
exterior;	indução	a	atividade	ilegal;	indução	a	violência;	leal	concorrência;	
ofensa	à	dignidade;	proteção	e	uso	de	marcas	de	terceiros;	proteção	à	
intimidade;	publicidade	de	serviços	de	saúde;	segurança	e	acidentes
sustações	 	 	20,8%
advertências	 	 	19,2%
alterações	 	 	30,6%
arquivamentos	 	 	29,4%
Resultados das 
decisões em 2017
Total de processos julgados: 303
Cada representação pode ser julgada em mais 
de uma instância
		25	a	34	anos	–	35%
		35	a	44	anos	–	20%
		18	a	24	anos	–	19%
		45	a	59	anos	–	17%
		60	anos	ou	mais	–	5%
		n/i	–	2%
		até	17	anos	–	2%
		homens	–	50%
		Mulheres	–	50%
...gênero	e	Faixa	Etária
		sudeste	–	67%
		sul	–	16%
		Nordeste	–	9%
		Centro-oeste	–	7%
		Norte	–	1%
...região
Total	de	queixas	recebidas	
por	e-mail:	2.652
Média	Mensal:	221
Queixas de consumidores recebidas
em 2017 por...
	 4	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 5	 Março	2018	•	N.	215	 5
BoLETIM	Do	CoNar
MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE os	aCÓrDãos	DE	
DEZEMBro/2017
Veja	resumo	dos	acórdãos	das	representações	
julgadas	pelo	Conselho	de	Ética	em	sessões	
conjuntas	realizada	em	7	de	dezembro,	na	sede	do	
Conar,	em	são	paulo.
Foram	45	os	conselheiros	que	participaram	da	reu-nião:	gilberto	C.	Leifert,	presidente	do	Conselho	
de	Ética,	adriana	Machado,	andré	porto	alegre,	
angela	rehem,	antonio	Jesus	Cosenza,	antonio	
Toledano,	Carlos	Chiesa,	Carlos	Maranhão,	Cinthia	
ambrogi,	Cyd	alvarez,	Danielle	Bibas,	Ênio	Vergeiro,	
Eric	albanese,	Fernanda	Tomasoni	Laender,	Fernando	
Calia,	Iuri	gomes	Leite,	Jorge	Tarquini,	José	Francisco	
Queiroz,	José	Leal	Neto,	José	Maurício	pires	alves,	
Júlio	abramczyk,	Kleber	de	almeida,	Letícia	paoliello	
Lindenberg,	Licínio	Motta,	Luiz	Fernando	Constantino,	
Luiz	roberto	Valente	Filho,	Marcelo	Benez,	Márcio	
soave,	Marlene	Bregman,	Natalie	D´urso,	paulo	
Chueiri,	patrícia	Blanco,	pedro	henrique	de	Lamare,	
pedro	renato	Eckersdorff,	renato	pereira,	renato	
souza	Dias,	ricardo	Melo,	ricardo	ramos,	rino	Ferrari	
Filho,	roberto	augusto	Belchior,	roberto	Nascimento,	
sérgio	pompilio,	sirley	Cordeiro	de	Lima,	Vanessa	Vilar	
e	Zander	de	Campos	Jr.
	�o	 Conselho	 superior	 do	 Conar	 decidiu	 propor	 processo	
investigatório	 depois	 de	 tomar	 conhecimento	 de	 publicação	
do	Conselho	Estadual	de	saúde	de	são	paulo,	manifestando	a	
preocupação	de	que	peças	publicitárias	 divulgando	medica-
mentos	contra	febre	à	base	de	paracetamol	possam	levar	ao	
entendimento	de	que	são	aptos	a	tratar	sintomas	da	dengue	
e	outras	doenças	semelhantes,	causadas	pelo	mosquito	aedes	
aegypti.	o	Conselho	Estadual	teme	que	o	consumidor	não	sai-
ba	 que	 este	 tipo	 de	 medicamento	 tem	 potencial	 de	 dano	
hepático,	dependendo	da	situação	do	paciente.	
o	processo	investigatório	foi	aberto	para	que,	inicialmente,	
se	verificasse	junto	às	autoridades	sanitárias	qual	a	indicação	
aprovada	 para	 esta	 classe	 de	medicamentos,	 em	 especial	 se	
inclui	pacientes	com	suspeita	de	dengue.	Feito	isto,	o	investiga-
tório	se	propôs	a	comparar	as	recomendações	oficiais	às	peças	
publicitárias.	Cumpridas	estas	etapas,	o	Conar	abriu	dois	pro-
cessos.	Este	trata	de	publicidade	de	Tylenol,	de	responsabilida-
de	da	Johnson&Johnson,	com	a	afirmação	acima.	Em	sua	defe-
sa,	a	anunciante	alegou	considerar	que	o	anúncio	enquadra-se	
nas	recomendações	legais	e	éticas	e	que	são	apresentadas	as	
advertências	 necessárias,	 juntando	 ao	 processo	 estudos	 que	
contestam	os	efeitos	danosos	temidos	pelo	Conselho	Estadual.
o	relator,	porém,	não	acolheu	os	termos	da	defesa	e	pro-
pôs	 a	 alteração	 do	 anúncio	 por	 considerar	 que	 afirmação	
"seguro	 para	 tratar	 os	 sintomas	 da	 dengue,	 zika	 e	 chikun-
gunya"	não	encontra	respaldo	nas	recomendações	das	auto-
ridades	sanitárias.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	TYLENoL	–	sEguro	para	TraTar	os	
sINToMas	Da	DENguE,	ZIKa	E	ChIKuNguNYa“
•	representação	Nº	294a/16
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante:	Johnson&Johnson
•	relator:	Conselheiro	Julio	abramczyk
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	27,	33	e	50,	letra	“b”	
do	Código	e	seu	anexo	I
	 4	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 5
BoLETIM	Do	CoNar
	 Março	2018	•	N.	215	 5
MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE 
	�Também	esta	 representação	 foi	 iniciada	a	partir	de	pro-
cesso	 investigatório,	 como	 descrito	 no	 caso	 anterior,	 tendo	
sido	 convertido	 em	 contencioso,	 visando	 anúncio	 de	 Bene-
grip.	Em	sua	defesa,	a	hypermarcas,	 fabricante	do	produto,	
argumentou	pelo	enquadramento	legal	e	ético	da	sua	publi-
cidade,	por	considerar	que	ela	segue	orientação	 formal	das	
autoridades	 a	 par	 das	 recomendações	da	 ética	publicitária,	
mencionando	 informações	 conflitantes	 trazidas	ao	processo	
por	estas	mesmas	autoridades.	Informou	também	que	delibe-
rou	pela	suspensão	de	exibição	da	peça	publicitária	até	con-
clusão	do	caso.
Da	mesma	forma	que	no	caso	anterior,	o	relator	propôs	a	
alteração,	por	considerar	que	não	há	indicação	terapêutica	do	
paracetamol	 para	 o	 combate	 aos	 sintomas	 da	 dengue.	 seu	
voto	foi	aceito	por	unanimidade.
	�a	glaxosmithKline	questionou	no	Conar	a	 conformidade	
de	claims	como	o	acima	em	peças	publicitárias	promovendo	o	
medicamento	Estomazil.	segundo	a	denunciante,	afirmações	
deste	 tipo	carecem	de	demonstração	cientifica	e	extrapolam	
determinações	das	autoridades	sanitárias	e	da	ética	publicitá-
ria.	reunião	de	conciliação	promovida	pelo	Conar	não	resul-
tou	em	acordo	entre	partes,	levando	o	caso	para	o	Conselho	
de	Ética.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	informou	que	a	resolução	da	
anvisa	 alegada	 pela	glaxosmithKline	 encontra-se	 suspensa,	
em	razão	de	decisão	judicial.	Quanto	à	demonstração	científi-
ca,	 a	Cosmed	 citou	 novo	 estudo,	 que	 justifica	 as	 alegações	
contidas	na	bula	do	medicamento.
o	 relator	de	primeira	 instância	 considerou	 comprovada	a	
eficácia	 alegada	 de	 Estomazil,	 em	 conformidade	 com	a	 sua	
bula,	lembrando	que,	de	acordo	com	resolução	da	anvisa,	de	
número	47/09,	este	é	documento	legal	sanitário	que	contém	
informações	 técnico-científicas	 orientadoras	 sobre	 medica-
mentos.	 por	 isso,	 votou	 pelo	 arquivamento,	 sendo	 acompa-
nhado	por	unanimidade.
a	glaxosmithKline	 recorreu	da	decisão,	mas	a	 viu	 confir-
mada	por	unanimidade	pela	 câmara	 recursal,	 seguindo	pro-
posta	do	conselheiro	relator	do	recurso	ordinário	
“	BENEgrIp	MuLTI	CoM	paraCETaMoL	–	
aproVaDo	EM	Casos	DE	DENguE,	
ChIKuNguNYa	E	ZIKa“
“	EsToMaZIL	–	aLÍVIo	IMEDIaTo“
•	representação	Nº	294B/16
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante:	hypermarcas
•	 relator:	Conselheiro	Julio	abramczyk
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	27,	33	e	50,	letra	“b”	
do	Código	e	seu	anexo	I	
•	 representação	Nº	205/17,	em	recurso	ordinário		
•	autora:	glaxosmithKline	Brasil	
•	anunciante:	Cosmed
•	relatores:	Conselheiros	Marco	antônio	sabino	e	
ricardo	Melo
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	e	Câmara	
Especial	de	recursos	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice	
	 6	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 6	 Março	2018	•	N.	215	 7
BoLETIM	Do	CoNar
MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA
	�anúncio	em	rádio	e	TV	de	Calcitran,	com	participação	da	
apresentadora	Cissa	guimarães,	foi	denunciado	no	Conar	por	
consumidor	paulistano,	por	considerar	que	ele	pode	induzir	ao	
entendimento	de	que	os	demais	produtos	são	“o	cálcio	erra-
do”.	ademais,	as	peças	publicitárias	carecem	de	demonstra-
ção	científica,	como	pedido	pelo	Código,	da	sua	eficiência	na	
prevenção	da	osteoporose.
a	defesa	da	Divcom	discordou	que	os	anúncios	 indiquem	
Calcitranpara	osteoporose	ou	que	possam	induzir	ao	enten-
dimento	de	que	os	demais	produtos	sejam	“errados”.	Juntou	
documentos	referentes	ao	registro	do	produto	junto	às	auto-
ridades	sanitárias.
o	 relator	 iniciou	 o	 seu	 voto	 afirmando	 considerar	 que	 o	
anúncio,	 como	 alega	 a	 defesa,	 não	 é	 recomendado	 para	 a	
osteoporose	e	sim	como	um	suplemento	que	contribui	para	
que	a	doença	não	se	manifeste.	Ele	concorda,	porém,	com	o	
questionamento	 do	 consumidor,	 considerando	 que	 o	 termo	
“cálcio	certo”	não	deve	ser	utilizado	quando	associado	a	Cal-
citran,	não	sendo	possível	afirmar	que	a	dose	oferecida	pelo	
remédio	é	a	correta	para	todo	e	qualquer	consumidor.	Con-
cluiu	propondo	a	alteração	do	anúncio.	a	câmara	 julgadora	
se	dividiu,	sendo	necessário	o	voto	de	minerva	do	presidente,	
acompanhando	a	sugestão	do	relator.
”CaLCITraN	–	o	CáLCIo	CErTo”
•	representação	Nº	243/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	Divcom	pharma
•	relator:	Conselheiro	ricardo	ramos
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letra	“b”	do	Código	e	seus	anexos	h	e	I
	�Consumidora	paulistana	questionou	a	identificação	publi-
citária	de	postagens	em	redes	sociais	envolvendo	produtos	da	
p&g	e	da	phitoteraphia	Biofitogenia,	que	podem	ser	interpre-
tados	como	depoimento	pessoal	da	autora	das	postagens.
a	 autora	 dos	 posts,	 Evelyn	 regly,	 defendeu-se	 no	 Conar,	
considerando	que	a	postagem	envolvendo	o	produto	da	p&g	
estava	 suficientemente	 caracterizada	 como	publicidade.	 Infor-
mou	 que,	 comunicada	 da	 abertura	 da	 representação	 pelo	
Conar,	inseriu	mais	sinalizações	neste	sentido	no	post.	Quanto	
a	Embelleze,	produto	da	phitoteraphia	Biofitogenia,	relatou	ter	
contrato	 com	 a	marca	 para	 uma	 linha	 de	 produtos	 com	 seu	
nome	o	que,	entende,	seria	o	bastante	para	configurar	a	publi-
cidade.	 as	 duas	 empresas	 anunciantes	 enviaram	 defesas	 ao	
Conar	nas	quais	reafirmam	o	entendimento	de	que	as	posta-
gens	estavam	devidamente	caracterizadas	como	publicidade.
Em	primeira	instância,	por	maioria	de	votos,	o	Conselho	de	
Ética	 deliberou	 pela	 recomendação	 de	 alteração,	 seguindo	
proposta	do	conselheiro	que	propôs	a	divergência,	por	con-
cordar	 com	os	 termos	da	denúncia.	houve	 recurso	 contra	 a	
decisão	e,	desta	vez,	os	argumentos	das	defesas	foram	acolhi-
dos,	a	decisão	 inicial	sendo	revertida	pela	recomendação	de	
arquivamento	 da	 representação.	 o	 autor	 do	 voto	 vencedor	
considerou	que	os	seguidores	da	autora	dos	posts	estão	acos-
tumados	a	este	tipo	de	ação	que,	no	conjunto	de	seus	elemen-
tos,	deixa	claro	o	caráter	publicitário	das	mensagens.
“	EVELYNrEgLY	–	gILLETTE“	E	“NoVEX“
•	representação	Nº	127/17,	em	recurso	ordinário		
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	p&g,	phitoteraphia	Biofitogenia	e	Evelynregly
•	 Votos	vencedores:	Conselheiros	Marco	antônio	sabino	e	
renato	de	souza	Dias	
•	 sexta	Câmara	e	Câmara	Especial	de	recursos	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	DEZEMBro	/	2017
	 6	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 6	 Março	2018	•	N.	215	 7
BoLETIM	Do	CoNar
PROPAGANDA COMPARATIVA 
	�a	 afirmação	 acima,	 presente	 em	 embalagem	 de	 fraldas	
infantis	e	também	em	materiais	de	ponto	de	venda	e	internet,	
atraiu	 reclamação	da	 p&g.	a	denunciante	 entende	 tratar-se	
de	propaganda	comparativa	antiética,	mesmo	sendo	acompa-
nhada	 do	 disclaimer	“comparado	 com	 a	 versão	 anterior	 de	
huggies	supreme	Care”.
a	p&g	argumentou	em	sua	denúncia	que	a	afirmação	não	
é	acompanhada	por	demonstrações	de	desempenho.	 Juntou	
ao	processo	teste	realizado	por	ela	onde	a	promessa	não	se	
concretiza.	reunião	de	conciliação	entre	as	partes	promovida	
pelo	Conar	não	resultou	em	acordo.
a	Kimberly-Clark,	 fabricante	das	 fraldas	huggies,	defen-
deu	a	lisura	da	comparação,	explicando	os	métodos	usados	
no	teste.
Em	 primeira	 instância,	 o	 relator	 considerou	 corretas	 as	
bases	da	 comparação,	 considerando	que	a	p&g	não	 conse-
guiu	 demonstrar	 falhas	 na	 alegação	 da	 concorrente.	 No	
entanto,	 propôs	 a	 alteração,	 de	 forma	 a	 explicitar	melhor	 a	
comparação,	como	chegou	a	ser	proposto	pela	própria	anun-
ciante	 na	 reunião	 de	 conciliação.	 seu	 voto	 foi	 acolhido	 por	
unanimidade.
a	recomendação	foi	objeto	de	recurso	ordinário	pelas	duas	
partes,	a	Kimberly-Clark	considerando	que	não	havia	motivo	
para	se	alterar	a	embalagem,	dado	que	a	validade	da	afirma-
ção	foi	confirmada	pelo	Conselho	de	Ética,	enquanto	a	p&g	
repisou	os	termos	da	sua	denúncia.
a	 relatora	do	 recurso	 iniciou	a	 sua	manifestação	sobre	a	
representação	notando	que	houve	mudança	sutil	na	denúncia	
da	p&g,	de	falta	de	comprovação	do	claim	para	confusão	jun-
to	ao	consumidor.	No	entanto,	ela	considerou	que	prevalece	a	
demonstração	 de	 desempenho	 trazida	 pela	 anunciante.	 por	
isso,	votou	pelo	arquivamento	da	representação,	sendo	acom-
panhada	por	maioria	pela	câmara	recursal,	 tornando	desne-
cessária	a	alteração	proposta	pela	primeira	instância	do	Con-
selho	de	Ética.
“huggIEs	–	aTÉ	3	X	MaIs	sECo“
•	representação	Nº	169/17,	em	recurso	ordinário		
•	autora:	p&g
•	anunciante:	Kimberly-Clark	Brasil	
•	 relatores:	Conselheiros	rodrigo	Tedesco	e	sirley	Cordeiro	
de	Lima
•	 segunda	Câmara	e	Câmara	Especial	de	recursos	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 8	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 8	 Março	2018	•	N.	215	 9
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�grupo	de	consumidores	 reunidos	pela	proteste	 represen-
tou	no	Conar	contra	as	afirmações	acima,	em	embalagem	da	
água	de	coco	Ducoco.	para	os	denunciantes,	elas	induzem	ao	
entendimento	de	que	o	produto	é	100%	natural,	o	que	é	des-
mentido	 pela	 composição	 do	 produto,	 presente	 na	 mesma	
embalagem.	Também	 se	 insurgem	 contra	 a	 afirmação	“0%	
gordura	 e	 colesterol”,	 o	 que	 consideram	 um	 excesso,	 dado	
que	água	de	coco	é	naturalmente	livre	destas	substâncias.
Em	sua	defesa,	a	Ducoco	explicou	que	a	afirmação	remete	
à	origem	da	empresa,	criada	no	litoral	cearense.	Quanto	aos	
ingredientes	adicionados	ao	produto,	a	defesa	não	viu	nada	
que	contrarie	as	recomendações	legais	e	da	ética	publicitária.
Em	primeira	instância,	seguindo	proposta	do	autor	do	voto	
vencedor,	deliberou-se	pela	alteração	especificamente	da	afir-
mação	“sem	conservante”,	por	entender	que	ela	não	é	verídi-
ca.	a	decisão	foi	adotada	por	maioria.
a	Ducoco	recorreu	da	decisão,	demorando-se	em	explica-
ções	técnicas	sobre	os	produtos	adicionados	à	água	de	coco.	
Estes	 argumentos	 convenceram	 o	 relator	 do	 recurso	 que	 a	
decisão	 inicial	merecia	 reforma,	pelo	que	propôs	o	arquiva-
mento	da	representação,	sendo	acompanhado	por	unanimi-
dade.
”	DuCoCo	–	100%	praIa.	sEM	
CoNsErVaNTEs”
•	representação	Nº	176/17,	em	recurso	ordinário		
•	autor:	grupo	de	consumidores
•	anunciante:	Ducoco
•	 relatores:	Conselheiros	paulo	Chueiri	(voto	vencedor)	e	
renato	de	souza	Dias
•	 sétima	Câmara	e	Câmara	Especial	de	recursos	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	�Consumidor	residente	em	pedrinhas	paulista	(sp)	escre-
veu	 ao	 Conar	 reclamando	 da	 afirmação	 acima,	 constante	
em	anúncio	em	TV	e	internet	da	Nextel.	Ele	não	encontrou	
o	seu	na	lista	de	munícipios	cobertos,	disponível	no	site	da	
empresa.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	contestou	a	denúncia,	dando	
informações	sobre	presença	na	cidade	de	antena	de	empresa	
com	a	qual	a	Nextel	mantém	acordo	de	roaming.	Quanto	à	lis-
ta	no	site,	a	Nextel	considerou	que	o	consumidor	se	equivocou	
na	busca.
o	 relator	aceitou	estes	e	outros	argumentos	da	defesa	e	
propôs	o	arquivamento	da	representação,	sendo	acompanha-
do	por	unanimidade.
“	NEXTEL	–pEga	No	BrasIL	INTEIro“
•	representação	Nº	213/17	
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	Nextel	e	Cp+B
•	relator:	Conselheiro	Luiz	Fernando	Constantino
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	DEZEMBro	/	2017
	 8	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 8	 Março	2018	•	N.	215	 9
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�a	direção	do	Conar	denunciou	ao	Conselho	de	Ética	anún-
cio	em	internet	de	produto	denominado	hair	Caps	com	a	pro-
messa	acima,	por	considerá-la	tanto	exagerada	quanto	caren-
te	de	demonstração.
Não	houve	manifestação	por	parte	da	Vida	pura,	responsá-
vel	pelo	anúncio,	a	despeito	de	ser	devidamente	comunicada	
da	abertura	do	processo	ético	pelo	Conar.
o	relator	deu	razão	à	denúncia	e	recomendou	a	sustação	
da	publicidade,	sendo	acompanhado	por	unanimidade.
”	ChEga	ao	BrasIL	CápsuLa	
rEVoLuCIoNárIa	QuE	LuTa	CoNTra	
QuEDa	CapILar”
•	representação	Nº	231/17
•	autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	anunciante:	Vida	pura
•	 relator:	Conselheiro	Marcelo	Benez
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letra	“c”	do	Código	e	seu	anexo	I
	�Consumidor	de	Campinas	(sp)	reclamou	no	Conar	sobre	
a	 forma	 de	 apresentação	 de	 garantia	 de	 cinco	 anos	 para	
modelos	hyundai,	em	anúncio	na	internet.	para	o	consumi-
dor,	faltam	ao	anúncio	mais	detalhes,	como	itens	não	cober-
tos	pela	oferta.
anunciante	 e	 agência	 contestaram	motivação	 à	 denúncia,	
defendendo	 conteúdo	 e	 forma	 de	 apresentação	 da	 garantia,	
em	linha	com	as	práticas	de	todas	as	montadoras.
o	relator	concordou	com	os	argumentos	da	defesa	e	pro-
pôs	o	arquivamento,	sendo	acompanhado	por	unanimidade.
“	hYuNDaI	Caoa	–	NoVo	IX	35	2018	Isg“
•	representação	Nº	235/17	
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	hyundai	Caoa	e	Z+
•	relator:	Conselheiro	roberto	Nascimento
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 10	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 10	 Março	2018	•	N.	215	 11
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�Consumidora	paulistana	contestou	no	Conar	a	divulgação	
de	 oferta	 na	 própria	 embalagem	 do	 produto,	 o	 café	 pilão.	
segundo	o	denunciante,	o	fato	do	produto	ser	oferecido	ape-
nas	em	embalagens	de	250	e	500	gramas	torna	difícil	saber	
se	há,	de	fato,	vantagem	a	ser	destacada.
Em	sua	defesa,	a	responsável	pelo	produto,	a	JDE	–	Jacobs	
Douwe	 Egberts,	 considerou	 verdadeira	 a	 apresentação	 da	
oferta,	lembrando	que	cada	estabelecimento	de	varejo	é	livre	
para	fixar	o	preço	final	de	todas	as	mercadorias	que	oferece,	
segundo	 legislação	 federal.	 a	 anunciante	 informa	 que,	 em	
pesquisa	promovida	por	ela,	verificou	que	a	vantagem	ofere-
cida	foi,	de	fato,	repassada	aos	consumidores.
a	autora	do	voto	vencedor	propôs	a	alteração,	de	forma	a	
tornar	mais	clara	e	evidente	aos	consumidores	a	verificação	
da	promoção.	seu	voto	foi	acompanhado	por	maioria.
”	JDE	–	JaCoBs	DouWE	EgBErTs	–	LEVE	500g	
paguE	450g”
•	representação	Nº	254/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	Café	pilão
•	Voto	vencedor:	Conselheira	Vanessa	Villar
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	
e	50,	letra	“b”	do	Código
	�Consumidor	de	Lavras	(Mg)	considerou	impossível	a	pro-
messa	acima,	em	anúncio	na	internet	de	lâmina	de	barbear.	
para	ele,	há	enganosidade	na	mensagem	publicitária.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	deu	notícias	de	pesquisa	reali-
zada	junto	a	consumidores	que	suporta	a	afirmação.
o	 relator,	 mesmo	 notando	 a	 subjetividade	 da	 afirmação,	
aceitou	 os	 termos	 da	 defesa,	 considerando	 que	 a	 pesquisa	
permite	o	uso	do	claim.	seu	voto,	pelo	arquivamento,	foi	acei-
to	por	unanimidade.
“	p&g	–	sENsação	DE	LÂMINa	NoVa	aTÉ	a	10ª	
BarBa	FEITa“
•	representação	Nº	255/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	p&g
•	relator:	Conselheiro	renato	de	souza	Dias
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	DEZEMBro	/	2017
	 10	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 10	 Março	2018	•	N.	215	 11
BoLETIM	Do	CoNar
CRIANÇAS E ADOLESCENTES DIREITOS AUTORAIS
	�Consumidor	de	santo	antônio	de	pádua	(rJ)	contestou	no	
Conar	 termos	 de	 anúncio	 em	 internet	 de	alisena	Teen,	 por	
considerar	que	transmite	a	ideia	de	que	o	uso	do	produto,	um	
alisante	de	cabelos,	confere	superioridade	ao	consumidor.	Tal	
intenção	é	reprovada	pelo	artigo	37	do	Código	Brasileiro	de	
autorregulamentação	 publicitária,	 que	 trata	 da	 publicidade	
de	produtos	e	serviços	para	crianças	e	adolescentes.	a	denún-
cia	pede	também	manifestação	do	Conselho	de	Ética	sobre	a	
adequação	da	peça	publicitária,	que	se	apoia	no	depoimento	
de	uma	atriz	com	forte	apelo	junto	a	menores	de	idade.
a	 defesa	 das	 anunciantes	 negou	motivação	 à	 denúncia,	
considerando	que	não	há	desrespeito	às	recomendações	do	
Código,	 que	a	mensagem	 foi	 direcionada	a	público	 adoles-
cente	 –	 não	 a	 crianças	 –	 e	 corresponde	 às	 exigências	 das	
autoridades	sanitárias.
a	relatora	concordou	em	linhas	gerais	com	os	argumentos	
da	defesa	e	propôs	o	arquivamento	da	representação,	sendo	
acompanhada	por	unanimidade.
”	MurIEL	E	gsF	–	LarIssa	MaNoELa	–	
aLIsENa	TEEN”
•	representação	Nº	229/17	
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciantes:	Muriel	e	gsF
•	 relatora:	Conselheira	patrícia	Blanco
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	�a	Claro	crê	ter	sido	vítima	de	plágio	por	parte	da	concor-
rente	Vivo,	 na	 campanha	 com	o	 título	 acima,	 lançada	 um	
mês	depois	que	a	denunciante	começou	a	veicular	campa-
nha	com	o	mote	“Você	merece	o	novo”.
a	anunciante	defendeu-se,	negando	razão	à	denúncia,	con-
siderando	os	conceitos	suficientemente	distintos,	inclusive	por	
visarem	 públicos	 diferentes,	 e	 questionando	 a	 anterioridade	
alegada	pela	Claro,	juntando	documentos	para	demonstrar	seu	
argumento.
o	relator	aceitou,	em	linhas	gerais,	os	termos	da	defesa	e	
concluiu	pelo	arquivamento	da	representação,	sendo	acompa-
nhado	por	maioria.
“	VIVo	–	sua	EMprEsa	aBErTa	para	o	NoVo“
•	representação	Nº	238/17	
•	autora:	Claro
•	anunciante:	Vivo
•	 relator:	Conselheiro	ricardo	Melo
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 12	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 12	 Março	2018	•	N.	215	 13
BoLETIM	Do	CoNar
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�ofício	enviado	pelo	Ministério	público	do	Estado	de	são	
paulo,	 promotoria	 de	 Justiça	 do	 Consumidor,	 motivou	 esta	
representação,	 proposta	 pelo	 Conselho	 superior	 do	 Conar,	
objetivando	anúncio	em	redes	sociais	de	anúncio	de	cigarro	
de	palha	com	piteira.	o	Conar	concedeu	medida	 liminar	de	
sustação	 quando	 da	 abertura	 da	 representação,	 dado	 que	
legislação	 federal	 limita	severamente	publicidade	de	produ-
tos	de	fumo.
Em	 sua	defesa,	 a	 anunciante	argumentou	que	as	posta-
gens	eram	publicidade	institucional.
o	autor	do	voto	vencedor	desconsiderou	esta	 interpreta-
ção,	lembrando	o	artigo	18	do	Código	(“...a	palavra	anúncio	
é	aplicada	em	seu	sentido	lato,	abrangendo	qualquer	tipo	de	
publicidade,	seja	qual	for	o	meio	que	a	veicule”)	e	conside-
rando	indiscutível	o	desrespeito	à	legislação	pelas	postagens	
de	Mandelle	Free.	por	isso,	votou	pela	sustação,	sendo	acom-
panhado	por	maioria.
”MaNDELLE	FrEE	–	paLhEIros	prEMIuM”
•	representação	Nº	248/17
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante:	Mandelle	Free
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	JoséMaurício	pires	alvez
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“c”	do	
Código	e	seu	anexo	J
os	aCÓrDãos	DE	DEZEMBro	/	2017
	 12	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 12	 Março	2018	•	N.	215	 13
BoLETIM	Do	CoNar
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA
	�Consumidora	paulistana	contestou	a	identificação	publici-
tária	de	postagem	em	rede	social,	agravada	pelo	fato	de	divul-
gar	clínica	de	vacinação	sem	respeitar	as	recomendações	pro-
postas	pelo	Código	Brasileiro	de	autorregulamentação	publi-
citária	para	a	divulgação	publicitária	de	produtos	e	serviços	de	
saúde.	 adriana	 santana	 e	 Vaccinecare	 não	 se	 defenderam	
perante	o	Conar.
para	a	relatora,	tudo	indica	se	tratar	de	publicidade.	uma	
vez	caracterizada	como	tal,	a	postagem	deveria	 respeitar	as	
recomendações	da	ética	publicitária,	sendo	claramente	identi-
ficada	como	tal	e	sendo	apontada	a	responsabilidade	médica	
pelo	serviço.	seu	voto,	pela	alteração,	foi	aceito	por	unanimi-
dade.	
os	aCÓrDãos	DE	
NoVEMBro/2017
Veja	resumo	dos	acórdãos	das	representações	
julgadas	em	novembro	pelo	Conselho	de	Ética	em	
sessões	realizadas	no	rio,	no	dia	8,	em	são	paulo	
nos	dias	9,	22,	23	e	28,	e	em	porto	alegre,	dia	24.
Foram	64	os	conselheiros	que	participaram	das	reuniões:	adriana	pinheiro	Machado,	alceu	
gandini,	alexandre	gadret,	ana	Carolina	pescarmona,	
ana	paula	Cherubini	dos	santos,	andré	porto	alegre,	
antônio	Jesus	Cosenza,	antonio	Toledano,	armando	
strozenberg,	arnaldo	rosa,	Carla	simas,	Carlos	
Chiesa,	César	augusto	Massaioli,	Cinthia	ambrogi,	
Cristina	De	Bonis,	Daniel	skowronsky,	Danielle	Bibas,	
Eduardo	Martins,	Eliane	Quintella,	Ênio	Vergeiro,	
Ernesto	rodrigues,	Everson	de	souza,	Fátima	pacheco	
Jordão,	guliver	augusto	Leão,	gustavo	oliveira,	guto	
Belchior,	herbert	Zeizer,	José	Casado,	José	Francisco	
Queiroz,	José	Maurício	pires	alves,	Julio	abramczyk,	
Kleber	de	almeida,	Letícia	paoliello	Lindenberg,	
Licínio	Motta,	Lucas	Tadeu	Câmara,	Luiz	Celso	de	
piratininga,	Luiz	Fernando	Constantino,	Luiz	roberto	
Valente	Filho,	Lula	Vieira,	Marcelo	de	salles	gomes,	
Marcelo	rech,	Márcio	soave,	Mariângela	Toaldo,	
Milena	seabra,	Mirella	Fadel,	Nelcina	Tropardi,	oscar	
Mattos,	patrícia	Blanco,	paulo	Chueiri,	pedro	henrique	
Fonseca,	pedro	renato	Eckersdorff,	rafael	Davini	
Neto,	renata	garrido,	ricardo	Cravo	albin,	ricardo	
ramos,	rino	Ferrari	Filho,	roberto	philomena,	
rodrigo	Tedesco,	samir	salimen,	sérgio	gonzalez,	
Taciana	Carvalho,	Tania	pavlovsky,	Vanessa	Vilar	e	
Vitor	Morais	de	andrade.
“	@VaCCINECarEBarra”
•	representação	Nº	103/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciantes:	adriana	santana	e	Vaccinecare
•	 relatora:	Conselheira	Carla	simas
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,	
letra	“b”,	do	Código	e	seu	anexo	g
	 14	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 14	 Março	2018	•	N.	215	 15
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
Consumidores	residentes	em	Brasília	(DF),	são	paulo	(sp)	e	
goiânia	(go)	enviaram	queixas	ao	Conar	contra	anúncio	em	
TV	de	responsabilidade	da	Ws	Corporate	Kripta,	com	sede	em	
Brasília,	divulgando	o	que	seria	uma	moeda	digital.	segundo	
os	consumidores,	a	moeda	é	falsa	e	a	verdadeira	intenção	do	
anunciante	é	montar	um	esquema	conhecido	como	pirâmide	
financeira.	ainda	que	devidamente	notificados	pelo	Conar	da	
abertura	 do	 processo	 ético,	 o	 anunciante	 e	 tampouco	 sua	
agência,	a	Cinema	Quatro,	se	manifestaram.
o	relator	acolheu	as	reclamações	dos	consumidores	e	pro-
pôs	a	sustação	do	anúncio.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimi-
dade.
”	Ws	CorporaTE	KrIpTa”
•	representação	Nº	149/17	
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	Ws	Corporate	Kripta	e	
Cinema	Quatro
•	 relator:	Conselheiro	guliver	augusto	Leão
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	21,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	
3º,	e	50,	letra	“c”,	do	Código	e	seu	anexo	E
	�o	sindicato	Nacional	das	Empresas	Distribuidoras	de	gás	
Liquefeito,	sindigás,	denunciou	no	Conar	folhetos	da	Comgás,	
por	entender	que	contêm	propaganda	comparativa	denegri-
tória	 contra	 o	 gás	 liquefeito	 de	 petróleo,	 gLp,	 comumente	
distribuído	em	botijões.	Com	o	título	acima,	os	folhetos	men-
cionam	 a	 possibilidade	 de	 o	 preço	 do	 gás	 liquefeito	 subir	
continuamente,	enquanto	que	o	gás	encanado	oferece	maior	
estabilidade.	a	denúncia	não	concorda	com	as	informações	
do	 folheto	 e	 lembrou	 representações	 anteriores,	 como	 a	
446/08,	envolvendo	questionamento	semelhante.
Em	sua	defesa,	a	Comgás	refutou	os	argumentos	do	sindi-
gás,	considerando	o	texto	objetivo	e	respeitador	das	recomen-
dações	do	Código.
o	relator	deu	razão	parcial	à	denúncia,	considerando	haver	
exagero	no	uso	de	expressões	como	“de	novo”	e	“talvez	todo	
mês”.	seu	voto,	pela	alteração,	foi	acompanhado	por	unanimi-
dade.
a	Comgás	recorreu	da	decisão	e,	desta	vez,	viu	seus	argu-
mentos	prevalecerem.	o	relator	do	recurso	propôs	o	arquiva-
mento	da	representação	por	entender	que	os	termos	usados	
no	folheto	são	reflexo	da	verdade,	não	demandando	reparos.	
sua	recomendação	foi	acompanhada	por	maioria.
“	o	gás	DE	BoTIJão	VaI	auMENTar.	DE	NoVo	–	
CoMgás“
•	representação	Nº	173/17,	em	recurso	ordinário	
•	autor:	sindigás
•	anunciante:	Comgás
•	 relatores:	Conselheiros	José	Francisco	Queiroz	e	andré	
porto	alegre
•	 sexta	Câmara	e	Câmara	Especial	de	recursos	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 14	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 14	 Março	2018	•	N.	215	 15
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�Consumidora	paulistana	queixou-se	no	Conar	contra	infor-
mação	em	embalagem	de	 fixador,	de	que	o	uso	do	produto	
não	altera	a	cor	natural	do	cabelo.	segundo	informou,	o	uso	
do	produto	deu	um	tom	avermelhado	aos	cabelos	dela.
Em	 sua	 defesa,	 a	 fabricante	 do	 produto	 negou	 razão	 à	
denúncia,	 ponderando	 que	 a	 promessa	 contida	 na	 embala-
gem	 é	 a	 de	 não	“alterar	 a	 aparência	 natural	 dos	 cabelos”.	
Considerou	que	outros	 fatores	podem	 ter	alterado	a	 cor	do	
cabelo	 da	 denunciante.	 Juntou	 certificações	 emitidas	 pela	
anvisa,	 atestando	 conformidade	 do	 produto	 e	 sua	 embala-
gem.
o	relator	aceitou	esses	e	outros	argumentos	da	defesa	e	
propôs	o	arquivamento,	voto	aceito	por	unanimidade.
”	aEroJET	–	aspa	haIr	spraY”
•	representação	Nº	181/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	aerojet	
•	 relator:	Conselheiro	Lula	Vieira
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	�Consumidor	paulistano	questionou	no	Conar	a	 identifi-
cação	 publicitária	 de	 site	 com	 aparência	 jornalística	 com	
informações	sobre	produto	que	se	propõe	como	tratamento	
da	calvície.	para	o	consumidor,	trata-se	de	simulação	capaz	
de	levar	ao	engano.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	informou	que	o	produto,	deno-
minado	 Follixin,	 é	 um	 complemento	 vitamínico	 e	 mineral.	
Demorou-se	em	explicações	sobre	a	titularidade	dos	endereços	
de	site	que	remetem	ao	produto.
a	 relatora	 não	 acolheu	 esse	 argumento,	 considerando	 a	
anunciante	photon	plenamente	 responsável	pela	mensagem	
publicitária.	No	mérito,	considerou	as	promessas	exageradas	e	
carentes	de	qualquer	comprovação	e	capazes	de	levar	os	con-
sumidores	a	engano.	por	isso,	propôs	a	sustação,	acolhida	por	
unanimidade.
“	sEM	pEruCas.	sEM	IMpLaNTEs.	FoLLIXIN	poDE	
sEr	sua	soLução“
•	representação	Nº	191/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	photon	Negócios	de	saúde	e	Bem	Estar
•	 relatora:	Conselheira	Cinthia	ambrogi	alonso
•	 primeira	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	
28,	29,	30	e	50,	letra	“c”,	do	Código16	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 16	 Março	2018	•	N.	215	 17
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�a	TIM	denunciou	no	Conar	campanha	em	vários	meios	da	
Claro	com	o	apelo:	“Trazer	meu	número	para	o	4g	mais	rápi-
do	do	Brasil?	Tô	dentro!	Falar	ilimitado	e	ter	5gB	com	50%	
de	desconto?	Tô	dentro...”.	segundo	a	TIM,	ao	usar	a	expres-
são	“Trazer	meu	 número...”,	 a	 concorrente	 está	 oferecendo	
benefício	exclusivo	a	novos	clientes,	o	que	é	vedado	pela	ana-
tel.	ofertas	e	benefícios,	segundo	a	agência,	devem	estar	dis-
poníveis	a	todos	os	clientes	e	não	apenas	àqueles	oriundos	de	
outras	 operadoras	 de	 telefonia	 celular.	 houve	 concessão	 de	
medida	liminar	de	sustação	pelo	relator	da	representação.
Em	sua	defesa,	a	Claro	informou	que	as	vantagens	estavam	
disponíveis	aos	seus	antigos	clientes	e	que	inexiste	a	vedação	
mencionada	 na	 denúncia,	 sendo	 aceitas	 pela	anatel	 campa-
nhas	destinadas	a	atrair	clientes	de	outras	operadoras.
o	relator	confirmou	sua	impressão	preliminar	e	propôs	a	susta-
ção,	agravada	por	advertência	à	Claro.	para	ele,	a	campanha	não	
respeita	 a	 recomendação	 da	 autoridade,	 ao	 frisar	 em	 disclaimer	
que	 a	 oferta	 é	 válida	 para	 novos	 clientes	 pessoas	 físicas,	 o	 que	
poderia	 levar	ao	engano.	a	advertência	foi	recomendada	à	Claro	
pelo	fato	de	ter	havido	demora	da	parte	dela	em	suspender	a	exi-
bição	da	campanha,	fato	reconhecido	pela	própria	denunciada.	a	
recomendação	do	relator	foi	acompanhada	por	unanimidade.
a	Claro	recorreu	da	decisão	e	a	viu	parcialmente	reformada.	
De	forma	a	compatibilizar	a	gradação	da	sanção,	a	relatora	do	
recurso	 ordinário	 propôs	 a	 alteração	 das	 peças	 publicitárias	
para	informar,	de	forma	objetiva,	que	as	ofertas	estão	disponí-
veis	também	para	os	antigos	clientes	da	Claro.	a	advertência	foi	
confirmada.	o	voto	da	relatora	foi	aceito	por	unanimidade.
“	CLaro-pÓs	–	TÔ	DENTro...	“
•	 representação	Nº	193/17,	em	recurso	ordinário	
•	autora:	TIM
•	anunciante:	Claro
•	 relatores:	Conselheiros	ricardo	Melo	e	Vanessa	Vilar
•	 primeira	Câmara	e	Câmara	Especial	de	recursos	
•	Decisão:	alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	4º,	6º,	23,	27	e	50,	letras	“a”	
e	“b”,	do	Código
	�uma	consumidora	de	são	paulo	(sp)	considera	engano-
sos	os	termos	da	oferta	acima,	em	publicidade	em	ponto	de	
venda	da	rede	habib´s.	Ela	foi	informada	por	uma	funcioná-
ria	 da	 loja	 que	 a	 promoção	 disponível	 era	 comprar	 dez	
esfihas	e	ganhar	mais	cinco.	a	consumidora	também	recla-
mou	da	questão	dos	valores	anunciados.
a	anunciante	enviou	defesa	ao	Conar,	considerando	os	ter-
mos	da	denúncia	confusos	e	confirmando	a	promessa	da	pro-
moção,	disponível	em	todas	as	lojas	da	rede.
o	 relator	 propôs	 a	 alteração	 do	 anúncio	 do	habib’s,	 por	
considerar	 ilegível	 o	 regulamento	 da	 promoção.	 “as	 letras	
minúsculas	mais	 escondem	as	 regras	do	que	as	 clarificam”,	
escreveu	ele	em	seu	voto,	acompanhado	por	unanimidade.
“	CoMprE	20	LEVE	30	BIB´sFIhas.	ToDos	os	
saBorEs.	ToDos	os	DIas“
•	representação	Nº	196/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	habib’s
•	 relator:	Conselheiro	arnaldo	rosa
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	
e	50,	letra	“b”,	do	Código
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 16	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 16	 Março	2018	•	N.	215	 17
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�site	 divulgando	 um	 produto	 chamado	 Biomac	 promete	
curar	dores	nas	articulações.	segundo	denúncia	 recebida	de	
consumidor	 residente	 na	 cidade	 de	 guia	 Lopes	 da	 Laguna	
(Mg),	trata-se	de	propaganda	enganosa,	a	promessa	não	sen-
do	acompanhada	por	qualquer	demonstração	e	comprovação	
da	ação	do	produto.
Em	sua	defesa,	a	Maio	produções	informou	que	o	produto	
não	é	medicamento	e	sim	um	suplemento	alimentar,	não	con-
siderando	que	o	site	teça	promessas	de	cura.
Estes	e	outros	argumentos	não	convenceram	os	conselhei-
ros	presentes	à	sessão	de	julgamento	da	representação.	por	
maioria	de	votos,	eles	seguiram	proposta	da	autora	do	voto	
vencedor,	 pela	 sustação.	 segundo	 ela,	 a	 peça	 publicitária	
incorre	em	tantos	desrespeitos	ao	Código	que	seria	impossí-
vel	saneá-los	apenas	com	uma	recomendação	de	alteração.
”	MaIo	proDuçÕEs:	EXCLusIVo:	uMa	
sENhora	soFrIa	há	aNos	DorEs	Nas	
arTICuLaçÕEs...”
•	representação	Nº	199/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	Maio	produções
•	Voto	vencedor:	Conselheira	Milena	seabra
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letra	“c”,	do	Código	e	seus	anexos	h	e	I
	�Consumidor	 paulistano	 considerou	 inverídica	 a	 afirma-
ção	acima,	presente	em	embalagem	de	produto	da	seara.	o	
próprio	 rótulo	 informa	que	ao	 invés	de	presunto,	a	massa	
contém	“mistura	láctea	cremosa	sabor	presunto”.
a	defesa	negou	motivos	à	denúncia,	considerando	a	apre-
sentação	 verdadeira,	 a	 descrição	 do	 produto	 sendo	 precisa	
quanto	a	ingredientes	e	composição,	em	alinhamento	com	as	
recomendações	das	autoridades	sanitárias.
o	relator	não	aceitou	os	argumentos	da	defesa.	Depois	de	
verificar	os	documentos	juntados	e	a	legislação	que	regula	a	
matéria,	ele	considerou	que	mais	correto	seria	definir	o	produ-
to	como	nhoque	recheado	com	apresuntado.	por	isso,	ele	pro-
pôs	a	alteração	da	embalagem,	voto	acompanhado	por	maio-
ria.	Já	a	autora	do	voto	complementar	propôs	a	advertência	à	
seara	de	forma	que	sejam	envidados	maiores	cuidados	com	a	
correção	de	informação	tão	importante	quanto	à	composição	
do	produto.	seu	voto	foi	acolhido	por	unanimidade.
“	sEara	–	NhoQuE	DE	BaTaTa	rEChEaDo	CoM	
prEsuNTo“
•	representação	Nº	203/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	seara
•	 relatores:	Conselheiros	herbert	Zeizer	e	ana	Carolina	
pescarmona	(voto	complementar)
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	e	50,	
letras	“a”	e	“b”,	do	Código	e	seu	anexo	h
	 18	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 18	 Março	2018	•	N.	215	 19
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�para	consumidores	de	guarapari	(Es)	e	Jundiaí	(sp),	ofer-
ta	 da	 linha	 Chevrolet	 em	 anúncio	 de	 TV,	 prometendo	 o	
pagamento	de	tabela	Fipe	no	auto	dado	como	entrada	na	
compra	de	um	zero,	não	está	convenientemente	explicada.	
Em	letras	miúdas,	há	numerosas	limitações	e	condições	para	
tanto.
a	 anunciante	 afirmou,	 em	 defesa	 enviada	 ao	 Conar,	 sua	
surpresa	 pelo	 teor	 das	 queixas,	 considerando	 ter	 tomado	
todas	as	precauções	para	a	correta	transmissão	dos	contornos	
da	oferta.
o	relator	não	aceitou	estes	e	outros	argumentos	da	defesa.	
para	ele,	 falta	ao	anúncio	uma	informação	mais	clara,	do	tipo	
“consulte	as	regras	no	site	da	gM"	ou	algo	do	gênero.	seu	voto	
foi	aceito	por	unanimidade.
“	ChEVroLET	FIpE“
•	representação	Nº	208/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	general	Motors
•	 relator:	Conselheiro	Luiz	Fernando	Constantino
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letra	“b”,	do	Código
	�a	raízen,	detentora	da	marca	shell	no	país,	representou	
no	Conar	contra	campanha	em	postos	de	abastecimento	da	
concorrente	 Ipiranga,	 divulgando	 gasolina	 denominada	
octapro.	para	a	denunciante,	há	possibilidade	do	consumi-
dor	ser	induzido	ao	engano	de	acreditar	que	o	produto	ofe-
rece	sempre	96	octanas,	o	que	é	tecnicamente	improvável.	
uma	eventual	explicação,	argumenta	a	raízen,	está	presen-
te	em	algumas	das	peças,	mas	em	letras	diminutas,	indican-
do	que	o	desempenho	da	gasolina	pode	variar	quando	da	
combustão	no	veículo.
a	raízen	questionou	ainda	a	afirmação	“a	maior	octanagem	
do	mercado”	em	vídeo	de	octapro	divulgado	dentro	de	aviões.	
Considerou	que	esta	afirmação	demanda	demonstração.reu-
nião	de	conciliação	entre	as	partes	promovida	pelo	Conar	não	
chegou	a	bons	termos.	Na	reunião,	a	Ipiranga	afirmou	ter	sus-
pendido	a	exibição	do	vídeo.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	defendeu	a	veracidade	da	afir-
mação	e	deu	notícias	sobre	a	certificação	do	produto.
o	relator	recomendou	a	alteração.	para	ele,	é	pacífico	que	
há	variação	de	octanagem	da	gasolina	quando	em	combustão	
no	veículo,	notando	que	a	própria	anunciante	apresentou	lau-
dos	com	dois	resultados.	para	ele,	não	está	completa	a	infor-
mação	 sobre	 o	 desempenho	 do	 produto,	 mesmo	 na	 peça	
publicitária	 com	 lettering.	 sua	 recomendação	 visa	 tornar	 as	
mensagens	mais	claras	sobre	o	real	benefício	do	produto.	seu	
voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	ChEgou	oCTapro	–	IpIraNga“
•	representação	Nº	220/17
•	autora:	raízen
•	anunciante:	Ipiranga
•	 relator:	Conselheiro	José	Francisco	Queiroz
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	4º,	23,	27,	parágrafos	1º	e	
2º,	32	e	50,	letra	“b”,	do	Código
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 18	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 18	 Março	2018	•	N.	215	 19
BoLETIM	Do	CoNar
VERACIDADE
	�Consumidor	 residente	 em	guarulhos	 (sp)	 queixou-se	 de	
anúncio	em	rádio,	prometendo	solução	simples	para	contor-
nar	 autuações	 de	 trânsito	 e	 as	 suas	 consequências	 para	 o	
motorista.	Não	houve	defesa	por	parte	da	 responsável	pelo	
anúncio,	a	M.r.	soluções.
o	autor	do	voto	vencedor	propôs	a	sustação	do	anúncio,	
acolhido	 por	 maioria,	 por	 concordar	 com	 os	 termos	 da	
denúncia.
”	VoCÊ	EsTourou	a	poNTuação	Da	sua	
CNh?	Mr	soLuçÕEs”
•	representação	Nº	233/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	M.r.	soluções
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	Carlos	Chiesa
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	17,	21,	23,	27	e	50,	
letra	“c”,	do	Código
	�Consumidor	de	Barueri	(sp)	reclamou	no	Conar	de	anún-
cio	 em	 internet	 por	 considerar	 que	 a	 anunciante	 não	
demonstra	ser	universidade	devidamente	registrada	perante	
as	autoridades.
a	rock	Content	defendeu-se,	argumentando	que	alcançou	
reconhecimento	do	mercado	de	conteúdo	digital,	mesmo	não	
sendo	 curso	 oficializado	 pelo	MEC.	a	 expressão	 questionada	
pelo	consumidor,	 informou	a	defesa,	é	um	link	de	acesso	aos	
cursos	oferecidos.
o	relator,	não	vendo	desrespeito	às	recomendações	da	éti-
ca	publicitária,	propôs	o	arquivamento,	sendo	acompanhado	
por	unanimidade.
“	uNIVErsIDaDE	roCK	CoNTENT“
•	representação	Nº	237/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	rock	Content
•	 relator:	Conselheiro	antonio	Jesus	Cosenza
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 20	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 20	 Março	2018	•	N.	215	 21
BoLETIM	Do	CoNarBoLETIM	Do	CoNarBoLETIM	Do	CoNarBoLETIM	Do	CoNar
	 Março	2018	•	N.	215	 21
VERACIDADE RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�a	 Faber-Castell	 contestou	 afirmação	 acima,	 contida	 em	
publicidade	da	concorrente	Bic,	veiculada	em	revista	e	ponto	
de	venda.	segundo	a	denunciante	a	afirmação	é	enganosa,	
por	 dar	 uma	 ideia	 de	 abrangência	 da	 pesquisa	 totalmente	
descolada	 da	 sua	 extensão,	 explicada	 em	 lettering:	 ela	 foi	
realizada	 junto	a	parcela	 ínfima	dos	docentes	do	país:	302	
professores	do	ensino	 fundamental	que	 conhecem	a	marca	
Bic,	em	2015.
Em	sua	defesa,	a	Bic	afirmou	considerar	válido	o	claim,	já	
que	 seus	 contornos	estão	bem	explicados	nos	anúncios	e	a	
amostra	 da	 pesquisa	 válida.	Também	ponderou	 que	 a	 reco-
mendação	não	encerra	 juízo	de	 superioridade	sobre	 concor-
rentes.
o	 relator,	 depois	 de	 estudar	 os	 argumentos	 das	 partes,	
propôs	a	alteração,	de	 forma	que	os	anúncios	deixem	claro	
que	 a	 recomendação	 é	 fruto	 de	 pesquisa	 realizada,	 não	 é	
exclusiva,	bem	como	a	correta	abrangência	da	pesquisa.	seu	
voto	foi	aceito	por	unanimidade.
”	BIC	BrasIL	–	rECoMENDaDo	por	9	ENTrE	
10	proFEssorEs”
•	representação	Nº	242/17
•	autora:	Faber-Castell
•	anunciante:	Bic	Brasil	
•	 relator:	Conselheiro	rodrigo	Tedesco
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	4º,	17,	23,	27,	parágrafos	
1º,	2º	e	7º,	e	50,	letra	“b”,	do	Código
	�Consumidora	paulistana	enviou	e-mail	ao	Conar	por	con-
siderar	que	anúncio	em	 internet	do	McDonald’s,	divulgando	
serviço	de	drive	thru	pode	estimular	práticas	perigosas	e	ile-
gais	no	trânsito.	anunciante	e	agência	alegaram,	em	sua	defe-
sa,	 os	 aspectos	 lúdicos	 da	 peça	 publicitária	 e	 rebateram	 as	
queixas	da	consumidora,	informando	que	o	caminhão	prepa-
rado	para	a	promoção	foi	aprovado	por	autoridades	compe-
tentes,	 inclusive	 as	 de	 trânsito.	as	 respectivas	 autorizações	
foram	anexadas	à	defesa.
o	relator	aceitou	estas	e	outras	alegações	e	propôs	o	arqui-
vamento	da	representação,	voto	aceito	por	unanimidade.	
“	MCDoNaLD's	–	25	–	DIa	DrIVE“
•	representação	Nº	116/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	McDonald’s	e	DpZ&T
•	relator:	Conselheiro	antonio	Toledano
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 20	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 20	 Março	2018	•	N.	215	 21
BoLETIM	Do	CoNar
	 Março	2018	•	N.	215	 21
BoLETIM	Do	CoNar
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�site	que	divulga	a	venda	de	bebidas	alcoólicas	de	altos	
teores	 não	 traz	mecanismo	 que	 limita	 seu	 acesso	 apenas	
para	 maiores	 de	 idade,	 como	 proposto	 pelo	anexo	a	 do	
Código.	Comunicado	da	abertura	do	processo,	a	Metapun-
to,	responsável	pela	página,	não	se	defendeu.
o	 autor	 do	 voto	 vencedor	 recomendou	 a	 alteração	 do	
anúncio,	sendo	acompanhado	por	maioria.
”	METapuNTo”
•	representação	Nº	137/17
•	autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	anunciante:	Metapunto
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	samir	salimen
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“b”,	
do	Código	e	seu	anexo	a
	�Também	esta	 representação	 foi	 aberta	 pela	 direção	do	
Conar,	visando	site	de	divulgação	e	venda	de	bebidas	alco-
ólicas	de	altos	teores	sem	o	mecanismo	de	acesso	seletivo.	
Não	houve	defesa	por	parte	da	anunciante,	a	Belmiro	Bebi-
das.
o	autor	do	voto	vencedor,	reconhecendo	clara	infração	ao	
Código,	propôs	a	alteração,	voto	acolhido	pela	maioria.
“	BELMIro	BEBIDas“
•	representação	Nº	138/17
•	autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	anunciante:	Belmiro	Bebidas
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	samir	salimen
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“b”,	do	
Código	e	seu	anexo	a
	 22	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 22	 Março	2018	•	N.	215	 23
BoLETIM	Do	CoNar
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�Este	processo	ético,	sobre	dois	anúncios	para	TV	divulgan-
do	o	Conar,	foi	aberto	no	final	de	agosto,	depois	de	reclama-
ções	de	aproximadamente	uma	dezena	de	consumidores,	que	
entenderam	haver	nos	filmes	desmerecimento	de	movimentos	
que	lutam	por	mais	respeito	pela	diversidade	social.	os	filmes	
mostravam	diversas	cenas,	lado	a	lado,	com	diferenças	entre	
si,	sustentando	que	o	Conar	sabe	decidir	sobre	o	que	é	gosto	
pessoal	do	que	é	ofensivo,	discriminatório	ou	preconceituoso.	
alimentos,	cores,	ritmos	musicais,	formas	físicas	etc.	eram	exi-
bidas	para	demonstrar	exemplos	de	diversidade	possível.
a	defesa	da	campanha,	a	cargo	da	agência	responsável	pela	
sua	criação,	considerou	que	as	reclamações	foram	pautadas	em	
percepção	individual,	num	ambiente	onde	é	cada	vez	mais	difí-
cil	 agradar	 a	 todos.	 "É	 exatamente	 para	 tratar	 deste	 tipo	 de	
controvérsia	que	foi	criado	o	Conar",	afirmou	a	defesa,	"que	
dentre	as	suas	atividades,	tem	a	responsabilidade	de	avaliar	em	
seus	julgamentos	se	uma	publicidade	está	calcada	em	irregula-ridade	ou	em	elementos	 subjetivos	pautados	na	percepção	e	
gosto	individual,	tudo	com	o	propósito	maior	de	não	permitir	
que	o	'direito'	reclamado	por	uma	parcela	da	sociedade	possa	
configurar	restrição	à	liberdade	de	expressão".
o	relator,	representante	da	sociedade	civil	no	Conselho	de	
Ética,	considerou	que,	pelas	manifestações	dos	consumidores,	
não	 se	pode	afirmar	que	o	 entendimento	do	anúncio	 como	
um	todo	foi	o	pretendido	por	anunciante	e	agência.	"as	peças	
dão	 margem	 para	 que	 as	 pessoas	 se	 sintam	 ofendidas",	
escreveu	ele	em	seu	voto,	citando	os	artigos	19	e	20	do	Códi-
go	("Toda	atividade	publicitária	deve	caracterizar-se	pelo	res-
peito	à	dignidade	da	pessoa	humana,	à	 intimidade,	ao	 inte-
resse	social,	(...)	ao	núcleo	familiar"	e	"Nenhum	anúncio	deve	
favorecer	ou	estimular	qualquer	espécie	de	ofensa	ou	discri-
minação	racial,	social,	política,	religiosa	ou	de	nacionalidade",	
respectivamente).
segundo	ele,	"respeito	não	combina	com	dar	a	entender	
que	se	discute	gosto	no	mesmo	nível	de	condição	social,	étni-
ca	ou	sexual.	respeito	é	de	fato	separar	uma	coisa	da	outra.	
a	 lógica	 da	 campanha	 é	 correta,	 pertinente,	 louvável.	 No	
entanto,	o	resultado	infelizmente	não	comunica	a	distinção	de	
questões	 esdrúxulas,	 ridículas,	 de	 gosto	 ou	 simples	 opinião	
daquelas	 outras	 que	 mobilizam	 parcelas	 significativas	 da	
sociedade	e	do	mercado	-	cada	vez	mais	marcas	valorizam	a	
diversidade,	 por	 exemplo".	 para	 o	 relator,	 "ainda	 que	 seja	
impossível	agradar	a	todos,	garantir	respeito	é	uma	das	mis-
sões	que	o	Conar	cumpre	exemplarmente	desde	sua	criação".
Ele	 propôs	 a	 alteração	 dos	 filmes,	 de	modo	 a	 eliminar	 a	
possibilidade	de	interpretação,	por	exemplo,	de	que	diversida-
de	de	goiabas	e	diversidade	étnica	estejam	no	mesmo	nível	de	
importância.	Levada	à	votação,	sua	proposta	foi	acolhida	pela	
maioria	dos	conselheiros	presentes.
o	Conar	e	sua	agência	recorreram	da	decisão	e,	desta	feita,	
viram	seu	pleito	acolhido.	por	ampla	maioria	de	votos	–	12	a	1	
–,	a	Câmara	Especial	de	recursos	deliberou	pelo	arquivamento	
da	representação,	seguindo	proposta	do	conselheiro	autor	do	
voto	vencedor,	para	quem	a	campanha	não	fere	dispositivos	do	
Código	Brasileiro	de	autorregulamentação	publicitária.	segun-
do	ele,	peças	da	campanha,	em	linguagem	lúdica,	apenas	apre-
sentavam	diferenças,	sem	mencionar	que	uma	fosse	melhor	ou	
superior	a	outra,	objetivando	explicar	que	a	publicidade	preci-
sa	de	liberdade	de	expressão	para	abordar	todas	as	possibilida-
des,	desde	que	não	ofenda	princípios	éticos.
para	o	conselheiro,	é	natural	que,	ao	se	comunicar,	anun-
ciantes	possam	não	agradar	a	todos.	“assim	é	a	vida	e	as	pes-
soas.	Não	há	algo	que	agrade	a	todos.	o	que	importa	é	se	a	
mensagem	é	ética,	sem	ofender	qualquer	cidadão,	associação	
ou	entidade”,	escreveu	ele	em	seu	voto.	“a	entidade	acerta	
em	 analisar	 princípios	 éticos,	 que	 defendem	 a	 liberdade	 de	
expressão	 e	o	desenvolvimento	de	 empresas	 através	 de	uma	
comunicação	sadia	e	verdadeira”,	afirmou.
”CoNar	–	CoNFIE	No	CoNar”
•	representação	Nº	189/17,	em	recurso	ordinário	
•	autor:	grupo	de	consumidores	
•	anunciante	e	agência:	Conar	e	almapBBDo
•	relatores:	Conselheiros	andré	Luiz	Costa	e	José	Francisco	
Queiroz	(voto	vencedor)
•	 primeira	Câmara	e	Câmara	Especial	de	recursos	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 22	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 22	 Março	2018	•	N.	215	 23
BoLETIM	Do	CoNar
	�Consumidor	 residente	 em	são	 sebastião	 (sp)	 considerou	
que	a	frase	acima,	em	embalagem	de	lanches	do	Bob’s,	pode	
estimular	o	consumo	excessivo,	o	que	é	reprovado	pelo	Códi-
go	Brasileiro	de	autorregulamentação	publicitária.
o	anunciante	defendeu-se,	negando	à	frase	a	possibilidade	
de	 desvirtuar	 o	 consumo	 pelo	 público	 e	 sim	 estimulá-lo	 a	
saborear	o	produto.	por	maioria	de	votos,	a	Câmara	deliberou	
pela	 recomendação	 de	 arquivamento	 da	 representação,	
seguindo	proposta	do	autor	do	voto	vencedor,	por	concordar	
em	linhas	gerais	com	os	argumentos	da	defesa.
	�o	motorista	dá	marcha	a	ré	e	nota	algo	estranho.	Desce	do	
carro	e,	horrorizado,	descobre	que	atropelou	um	homem,	que	
reclama:	“está	maluco?”.	o	motorista	 responde:	“desculpa,	
cara.	Estou	com	obra...”.	ao	saber	disso	o	atropelado	imedia-
tamente	perdoa	o	motorista	e	o	estimula	a	ir	embora,	“senão	
a	obra	não	anda”.
Filme	para	TV	dos	tubos	e	conexões	Tigre	atraiu	questiona-
mento	 trazido	ao	Conar	pelo	Ministério	público	Federal,	por	
meio	da	procuradoria	da	república	no	Estado	de	são	paulo,	
que	questionou:	poderia	o	filme	estimular	prática	condenável,	
de	abandono	do	local	de	acidente	sem	prestação	de	socorro	
à	vítima?	Depois	da	abertura	do	processo	ético,	alguns	consu-
midores	também	se	manifestaram	contra	o	filme.
anunciante	e	agência	enviaram	defesa	conjunta	ao	Conar,	
onde	se	explicam	os	contornos	da	campanha	da	qual	o	filme	
objeto	desta	representação	é	parte,	sempre	pautada	pelo	bom	
humor.	 No	 mérito,	 consideraram	 que	 a	 situação	 fantasiosa	
ficou	bem	caraterizada	e	que	foi	devidamente	destacado	no	
filme	o	fato	de	o	motorista	insistir	em	prestar	socorro	ao	atro-
pelado,	sendo	dispensado	de	tal	ato	pela	própria	vítima.
o	 relator	 propôs	 o	 arquivamento,	 considerando	 o	 filme	
uma	sátira	que	não	ultrapassou	os	limites	do	Código.	seu	voto	
foi	aceito	por	unanimidade.
“	orIgINaL	Do	BoB´s	–	saBorEIE	sEM	
MoDEração”
“TIgrE	#ToCoMoBra	(aCIDENTE)”
•	representação	Nº	187/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	Bob’s
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	Lula	Vieira
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	217/17
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante	e	agência:	Tigre	e	Talent	Marcel
•	 relator:	Conselheiro	Cesar	augusto	Massaioli
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	 24	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 24	 Março	2018	•	N.	215	 25
BoLETIM	Do	CoNar
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�Consumidora	 residente	 em	 recife	 (pE)	 protestou	 no	
Conar	contra	anúncio	em	mídia	social	de	cachaça,	mostran-
do	várias	pessoas	ingerindo	o	produto,	o	que	é	vedado	pelo	
Código	 Brasileiro	 de	 autorregulamentação	 publicitária.	
além	disso,	não	há	frases	recomendando	consumo	modera-
do	nas	peças	publicitárias.
a	 EBB	 defendeu-se,	 negando	 estímulo	 ao	 consumo	 por	
jovens.	alegou	como	atenuante	a	baixa	repercussão	da	posta-
gem.
o	relator	rejeitou	estas	explicações	e	recomendou	a	sustação	
agravada	por	advertência	ao	anunciante,	por	considerar	flagran-
tes	os	desrespeitos	ao	Código.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimi-
dade.
“CaChaça	CaraNguEJo“
•	representação	Nº	228/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciantes:	EBB	–	Indústria	Brasileira	de	Bebidas	
•	 relator:	Conselheiro	Luiz	Celso	de	piratininga	Jr
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	sustação	e	advertência	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letras	“a”	e	“c”,	do	
Código	e	seu	anexo	a
	�anúncio	em	mídias	sociais	da	ambev	visando	seus	fun-
cionários	e	colaboradores	não	traz	a	cláusula	de	advertência	
recomendada	pelo	anexo	p	do	Código	Brasileiro	de	autorre-
gulamentação	publicitária.
a	anunciante	defendeu-se,	aludindo	ao	caráter	didático	da	
peça	publicitária,	sendo	veiculada	de	forma	editorial	e	institu-
cional.	No	entanto,	a	ambev	reconheceu	o	lapso,	tendo	provi-
denciado	a	exclusão	do	vídeo.
o	 relator	 propôs	 a	 advertência	 à	ambev,	 sendo	acompa-
nhado	por	maioria.	 seu	 voto	 foi	 complementado	pela	 reco-
mendação	de	alteração	do	filme	objeto	desta	representação.
“	aMBEV	–	CLara,	EsCura,	LEVE,	
ENCorpaDa...	“
•	 representação	Nº	232/17
•	autor:	Conar	por	iniciativa	própria•	anunciante:	ambev
•	 relatores:	Conselheiros	oscar	Mattos	e	Vitor	Moraes	de	
andrade	(voto	complementar)
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letras	“a”	e	“b”,	
do	Código	e	seu	anexo	p
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 24	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 24	 Março	2018	•	N.	215	 25
BoLETIM	Do	CoNar
PRODUTOS E SERVIÇOS PARA SAÚDE
	�a	 L'oreal	 vê	 enganosidade	 em	 anúncio	 de	 Cetaphil,	 da	
galderma,	na	embalagem	do	produto	e	também	em	material	
de	 divulgação,	 ao	 associá-lo	 a	 propriedades	 terapêuticas	
exclusivas	de	medicamentos,	coisa	que	Cetaphil	não	é,	no	tra-
tamento	de	dermatites.
a	anunciante	negou,	em	defesa	enviada	ao	Conar,	que	a	
peça	 publicitária	 faça	 tal	 associação,	 distinguindo	 as	 condi-
ções	“dermatite	atópica”	de	“atopia”,	sendo	esta	uma	carac-
terística	que	não	pode	ser	considerada	como	patológica.
a	relatora	de	primeira	instância	propôs	o	arquivamento	da	
representação	por	considerar	que	a	comunicação	do	produto	
da	galderma	não	merece	reparo	à	luz	do	Código	Brasileiro	de	
autorregulamentação	 publicitária.	 seu	 voto	 foi	 aceito	 por	
unanimidade.
a	L'oreal	recorreu	da	decisão,	por	considerar	que	o	anún-
cio	contrariou	resolução	da	anvisa,	além	de	recomendações	
do	Código,	demorando-se	sobre	o	uso	das	expressões	men-
cionadas	na	defesa	da	galderma.	a	relatora	do	recurso	ordi-
nário	reconheceu	em	seu	voto	que	a	discussão	se	resumia	à	
semântica.	Exatamente	por	isso,	propôs	a	alteração,	por	con-
siderar	 a	 discussão	 inalcançável	 pelo	 consumidor	 comum.	
seu	ponto	de	vista	foi	reforçado	depois	de	consulta	do	Conar	
à	anvisa,	que	confirmou	que	o	uso	da	expressão	“pele	atópi-
ca”	não	tem	sido	aceita	nos	registros	de	produtos	cosméti-
cos.	seu	voto,	pela	exclusão	da	expressão	da	embalagem	e	do	
material	de	divulgação,	foi	acompanhado	por	unanimidade.
”	gaLDErMa	–	CETaphIL	rEsTora	DErM	–	
DEsENVoLVIDo	EspECIaLMENTE	para	a	
pELE	aTÓpICa”
•	representação	Nº	086/17,	em	recurso	ordinário	
•	autora:	L'oreal	Brasil	
•	anunciante:	galderma	Brasil
•	 relatores:	Conselheiros	Taciana	Carvalho	e	Letícia	
Lindenberg	de	azevedo
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	e	Câmara	Especial	de	recursos		
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	4º,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	e	
50,	letra	“b”,	do	Código
	�anúncios	em	redes	sociais	do	medicamento	Dorflex	não	
trazem	as	obrigatórias	advertências	sanitárias,	como	previs-
to	em	regulamentos	da	anvisa.	a	denúncia	 foi	enviada	ao	
Conar	por	consumidor	belohorizontino.	Nos	anúncios,	apa-
reciam	 frase	 como:	 “Dorflex	 em#novaembalagem”;	 “Dor-
flex.	 Quando	 a	 dor	 de	 cabeça	 ataca	 a	 gente	 sabe	 quem	
poderá	te	defender”	e	“dorflex@dorflex	oficial”.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	argumentou	que	as	advertên-
cias	 foram	 inseridas	no	cabeçalho	de	suas	páginas	nas	 redes	
sociais	e	não	em	cada	postagem	por	conta	das	limitações	pró-
prias	do	veículo.
o	autor	do	voto	vencedor	não	acolheu	estas	justificativas	e	
propôs	a	alteração,	acompanhada	por	maioria.	Ele	considerou	
que	cada	postagem	é	um	anúncio,	sua	visualização	nem	sem-
pre	próxima	ao	cabeçalho.
“	DorFLEX	EM#NoVaEMBaLagEM“	E	ouTras
•	representação	Nº	201/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	sanofi-aventis
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	guto	Belchior
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“b”,	do	Código
	 26	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 26	 Março	2018	•	N.	215	 27
BoLETIM	Do	CoNar
PRODUTOS E SERVIÇOS PARA SAÚDE
	�Consumidor	porto-alegrense	queixou-se	ao	Conar	contra	
spot	de	rádio	da	pomada	anjo,	indicada	na	peça	publicitária	
para	dores	nas	pernas,	costas,	articulações	etc.	para	o	con-
sumidor,	o	produto	é	apresentado	como	se	fosse	milagroso.
Em	sua	defesa,	a	Mafi	Distribuidora	informou	que	o	produ-
to	 encontra-se	 registrado	 na	 anvisa	 e	 reconheceu	 que	 se	
esqueceu	de	adicionar	 as	 advertências	 sanitárias	quanto	ao	
uso	do	produto,	tendo	já	corrigido	esta	falha.
o	 relator	 propôs	 a	 sustação	 agravada	 por	 advertência	 ao	
anunciante,	por	considerar	o	spot	em	desacordo	com	as	reco-
mendações	 do	Conar,	 principalmente	 por	 exageros	 e	 impreci-
sões	nas	promessas	tecidas.	Ele	ainda	notou	desacordo	entre	os	
registros	 sociais	 da	 Mafi	 e	 os	 da	 empresa	 responsável	 pela	
pomada	anjo	na	anvisa.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“MaFI	–	poMaDa	aNJo“
•	representação	Nº	209/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	Mafi	Distribuidora	
•	 relator:	Conselheiro	roberto	philomena
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	e	advertência	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	23,	27,	parágrafos	1º	e	
2º,	e	50,	letras	“a”	e	“c”,	do	Código	e	seu	anexo	I
	�anúncio	em	TV	e	internet	de	clínica	especializada	em	dis-
funções	sexuais	masculinas	apresenta	estatísticas	sobre	pro-
blemas	do	gênero	que	um	consumidor	considerou	sem	fun-
damento,	 em	 desrespeito	 às	 recomendações	 do	 Código.	
Também	falta	à	peça	publicitária	a	indicação	do	médico	res-
ponsável.
Em	sua	defesa,	a	anunciante	argumentou	que	as	estatísticas	
apresentadas	(“1/3	dos	homens	sofrem	de	ejaculação	precoce	
e	52%	dos	homens	com	mais	de	40	anos	 têm	problemas	de	
ereção”)	têm	como	base	estudos	aceitos	pela	sociedade	Brasi-
leira	de	urologia	e	que	a	ausência	da	direção	médica	deveu-se	
a	erro	pontual.
o	Conselho	de	Ética,	por	maioria	de	votos,	recomendou	a	
alteração	do	anúncio,	seguindo	entendimento	do	conselheiro	
que	propôs	a	divergência,	para	que	nele	seja	acrescentada	a	
direção	médica,	como	recomendação	do	anexo	g,	ao	mesmo	
tempo	em	que	considerou	aceitável	a	menção	às	estatísticas.
“	BosToN	MEDICaL	group“
•	representação	Nº	218/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	Boston	Medical	group
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	Ênio	Vergeiro
•	 primeira	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	parágrafos	1º	e	
2º,	e	50,	letra	“b”,	do	Código	e	seu	anexo	g
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 26	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 26	 Março	2018	•	N.	215	 27
BoLETIM	Do	CoNar
RESPEITABILIDADE
	�Consumidor	de	sapiranga	(rs)	queixou-se	de	panfleto	dis-
tribuído	em	via	pública	promovendo	bar,	ilustrado	com	fotos	
de	 mulheres	 nuas.	 Não	 houve	 manifestação	 por	 parte	 do	
anunciante.
o	relator	recomendou	a	sustação	de	distribuição	do	folhe-
to,	sendo	acompanhado	por	unanimidade.
”	La	BoM	DaNCINg	Bar”
•	representação	Nº	178/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante:	La	Bom	Dancing	Bar
•	 relator:	Conselheiro	samir	salimen
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	19,	20,	22	e	50,	
letra	“c”,	do	Código	
	�para	consumidora	de	palmas	(To),	anúncio	em	TV	promo-
vendo	modelo	de	auto	da	Mitsubishi	encerra	exemplo	dese-
ducativo.	Em	meio	a	um	ambiente	típico	de	filmes	de	catás-
trofe,	 o	motorista	 dirige	 rumo	 a	 uma	 lanchonete	 ouvindo	
uma	bonita	canção,	totalmente	alheio	ao	ambiente	de	des-
truição.
a	defesa	enviada	por	anunciante	e	agência	alegou	o	evi-
dente	surrealismo	e	bom	humor	da	peça	publicitária.	o	rela-
tor	concordou	em	linhas	gerais	com	os	argumentos	da	defesa	
e	propôs	o	arquivamento,	sendo	acompanhado	por	unanimi-
dade	
“MITsuBIshI	asX	–	BEsT	BurgEr	IN	ToWN“
•	representação	Nº	216/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	Mitsubishi	e	africa
•	 relator:	Conselheiro	Lucas	Tadeu	Melo	Câmara
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 28	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 28	 Março	2018	•	N.	215	 29
BoLETIM	Do	CoNar
RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�o	Conar	 recebeu	queixa	 de	uma	 consumidora	 de	passo	
Fundo	 (rs)	 contra	 anúncio	 em	TV	 de	 instituição	 de	 ensino	
superior,por	 considerá-lo	 ofensivo	 a	 afrodescendentes	 e	 à	
política	de	cotas	para	acesso	às	universidades.	No	filme,	uma	
estudante	diz:	“eu	não	 levei	vantagem	por	causa	da	minha	
cor”.
Em	sua	defesa,	a	Imed	relembrou	a	sua	história	e	trajetória	
e	explicou	os	contornos	criativos	do	anúncio.	 Informou	tam-
bém	que	o	filme	não	mais	está	em	exibição	na	TV	e	que	da	
versão	disponível	na	internet	foi	eliminada	a	frase	que	desa-
gradou	a	consumidora.
o	autor	do	voto	vencedor	 recomendou	a	advertência	ao	
anunciante	e	sua	agência,	por	entender	que	o	anúncio	origi-
nal	 postou-se	 perigosamente	 numa	 linha	 limítrofe.	 sua	
sugestão	foi	acolhida	por	maioria.
”	IMED	–	VEsTIBuLar	2018”
•	representação	Nº	240/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	Imed	e	Forza	Comunicação	
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	Daniel	skowronsky
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	advertência	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	19,	20	e	50,	letra	“a”,	
do	Código
	�o	Conar	recebeu	reclamações	de	três	consumidores,	resi-
dentes	no	rio	(rJ),	porto	alegre	(rs)	e	são	paulo	(sp).	Eles	
consideraram	inadequado	e	desrespeitoso	anúncio	veiculado	
em	 TV	 por	 assinatura	 dirigida	 a	 crianças,	 onde	 a	 cantora	
anitta	aparece	caracterizada	como	um	homem	e	vestida	com	
roupas	meio	femininas,	meio	masculinas.
a	defesa	enviada	pela	agência	chamou	a	atenção	para	o	
evidente	bom	humor	do	filme.
o	 relator,	não	vendo	dano	ao	Código,	propôs	o	arquiva-
mento,	voto	aceito	por	unanimidade.
“	IFooD	–	pErNITTa“
•	representação	Nº	204/17
•	autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	anunciante	e	agência:	iFood	e	almapBBDo
•	relator:	Conselheiro	antonio	Jesus	Cosenza
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 28	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 28	 Março	2018	•	N.	215	 29
BoLETIM	Do	CoNar
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�o	Ministério	público	do	Estado	de	são	paulo,	por	meio	da	
promotoria	de	Justiça	da	Infância	e	Juventude	da	Capital,	ofi-
ciou	 o	 Conar	 questionando	 a	 identificação	 publicitária	 de	
ação	em	canal	de	vídeo	na	internet	dirigido	a	crianças.	a	pro-
motoria	questionou	também	o	apelo	imperativo	de	consumo	
dirigido	a	menores	de	idade,	o	que	é	reprovado	pelo	Código	
Brasileiro	de	autorregulamentação	publicitária.	houve	medida	
liminar	de	sustação	concedida	pela	direção	do	Conar	quando	
da	abertura	do	processo	ético.
Na	 ação,	 uma	 série	 de	 doze	 vídeos	 com	 participação	 da	
jovem	youtuber	Julia	silva,	eram	lançados	desafios	ao	público,	
relacionados	aos	personagens	da	marca	“Monster	high”,	com	
vencedores	a	cada	etapa,	como	se	fosse	um	curso	de	forma-
ção	 de	 youtubers.	 a	 reclamação	 que	 originou	 o	 ofício	 do	
Ministério	público	foi	formulada	pelo	Instituto	alana.
Em	 sua	 defesa,	 a	 Mattel	 negou	 qualquer	 irregularidade,	
considerando	a	ação	claramente	identificável	como	publicida-
de	e,	em	sua	produção,	tendo	sido	respeitadas	as	recomenda-
ções	da	ética	publicitária.
o	relator	propôs	a	alteração	da	ação	por	considerar	que	a	
identificação	da	Mattel	 como	patrocinadora	não	era	 fácil	 e	
imediata.	 Nos	 demais	 questionamentos,	 ele	 considerou	 os	
vídeos	alinhados	às	recomendações	do	Código.	seu	voto	foi	
aceito	por	unanimidade.
”	VoCÊ	YouTuBEr	–	EsCoLa	MoNsTEr
hIgh	–	JuLIa	sILVa”
•	representação	Nº	214/17
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante:	Mattel	do	Brasil	
•	 relator:	Conselheiro	Vitor	Morais	de	andrade
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	alteração	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	28,	37	e	50,	
letra	“b”,	do	Código
	�o	Ministério	público	do	Ceará	optou	por	questionar	no	
Conar	anúncio	em	redes	sociais	e	ações	de	divulgação	em	
escolas	de	água	mineral:	 teriam	o	objetivo	de	 estimular	 a	
fidelização	e	o	consumo	excessivo	do	produto	por	crianças	
menores	 de	 12	 anos?	 o	Ministério	 público,	 cuja	 ação	 foi	
provocada	por	denúncia	do	Instituto	alana,	mencionou	tam-
bém	 em	 sua	 denúncia	 programas	 educativos	 e	 material	
escolar,	áreas	que	extrapolam	as	atribuições	do	Conar.
a	anunciante	negou	qualquer	desrespeito	às	 recomenda-
ções	do	Código	e	explicou	que	as	ações	visavam	a	chamar	a	
atenção	de	pais	e	responsáveis	sobre	a	importância	da	hidra-
tação	das	crianças,	utilizando	elementos	lúdicos,	não	estimu-
lando	 o	 consumo	 excessivo,	 tampouco	 apelo	 imperativo	 de	
consumo.
a	relatora	não	viu	desrespeito	ao	Código	na	campanha	da	
água	 mineral.	 por	 isso,	 recomendou	 o	 arquivamento,	 voto	
acompanhado	por	unanimidade.
“	BEBEr	água	NuNCa	FoI	Tão	DIVErTIDo	–	
BoNaFoNT“
•	representação	Nº	222/17
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante:	Danone
•	 relatora:	Conselheira	Leticia	paoliello	Lindenberg
•	 primeira	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 30	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 30	 Março	2018	•	N.	215	 31
BoLETIM	Do	CoNar
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�Também	 esta	 representação	 foi	motivada	 por	 ofício	 do	
Ministério	público	do	Estado	do	Ceará	ao	Conar,	por	temer	
que	anúncio	em	redes	sociais	da	Danone	possa	conter	irre-
gularidades	e	trazer	prejuízo	às	crianças.	a	ação	do	Ministé-
rio	público	foi	motivada	por	denúncia	formulada	pelo	Institu-
to	alana.	No	cerne	da	denúncia,	o	questionamento	de	que	o	
filme	 possa	 estimular	 consumo	 excessivo	 do	 produto	 pelo	
fato	das	embalagens	serem	colecionáveis,	além	de	abusar	da	
utilização	de	personagens	em	animação.
a	 Danone	 defendeu-se,	 considerando	 que	 respeitou	 de	
forma	 estrita	 as	 recomendações	 do	 Código	 Brasileiro	 de	
autorregulamentação	publicitária	para	a	publicidade	dirigida	
a	 crianças	e	adolescentes.	Negou	estímulo	ao	consumo	em	
excesso	do	produto,	 argumentando	que	 a	 promoção	durou	
sete	meses.
a	relatora	acolheu	estes	e	outros	argumentos	da	defesa	e	
propôs	o	arquivamento	da	representação.	No	entendimento	
dela,	 a	 campanha	 objeto	 desta	 representação	 “estimula	 a	
harmonia	familiar	e	a	convivência	entre	amigos”,	não	incor-
rendo	em	estímulo	ao	consumo	excessivo	e	sem	apoiar-se	em	
apelo	imperativo	de	consumo	dirigido	a	menor	de	idade.	seu	
voto	foi	aceito	por	unanimidade.
”	DINo	arENa	–	DaNoNINho”
•	representação	Nº	223/17
•	autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	anunciante:	Danone
•	 relatora:	Conselheira	Leticia	paoliello	Lindenberg
•	 primeira	Câmara	
•	Decisão:	arquivamento	
•	 Fundamento:	artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	�a	 direção	 do	 Conar	 denunciou	 ao	 Conselho	 de	 Ética	
anúncio	de	responsabilidade	da	Multilaser	veiculado	em	TV	
durante	programação	 infantil,	 por	 considerar	que	há	apelo	
imperativo	de	 consumo	dirigido	a	 crianças,	 em	especial	na	
frase	“são	doze	fadinhas	para	você	colecionar”.
a	anunciante	refutou	a	denúncia,	considerando	que	a	fra-
se	destacada	é	uma	informação	para	os	adultos	responsáveis.	
Informou	também	que	reviu	o	filme,	eliminando	o	trecho	“...
para	você	colecionar”.
a	relatora	deu	razão	à	denúncia,	propondo	a	sustação	do	
anúncio	original.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	MuLTI	KIDs	aprEsENTa:	gLIMMIEs“
•	representação	Nº	226/17
•	autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	anunciante:	Multilaser
•	 relatora:	Conselheira	Mirella	Caldeira	Fadel
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	artigos	1º,	3º,	6º,	37	e	50,	letra	“c”,	
do	Código
os	aCÓrDãos	DE	NoVEMBro	/	2017
	 30	 Março	2018	•	N.	215 	 Março	2018	•	N.	215	 30	 Março	2018	•	N.	215	 31
BoLETIM	Do	CoNar
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�a	 direção	 do	 Conar	 questionou	 no	 Conselho	 de	 Ética	 a	
existência	de	apelo	imperativo	de	consumo	na	frase	“são	75	
deles	 para	 curtir.	Você	 conseguiria	 encontrar	 o	 personagem	
raro?”,	em	anúncio	da	DTC	Toys	inserido	em	programação	de	
TV	dirigida	a	crianças.
a	 anunciante	 negou	 motivação	 à	 denúncia,	 por	 entender	
que

Outros materiais