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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO Curso de Licenciatura em Pedagogia Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do Desenvolvimento Docente – Lilian Paula Degobbi Bergamo Discente – Marlene Joana dos santos Descrição da atividade De acordo com os estudos realizados nos Ciclos 1 e 2 de aprendizagem responda as questões a seguir construindo um texto dissertativo (corrido), com coerência entre as idéias e conceitos. 1- Piaget relata o desenvolvimento em sua forma retrospectiva, ou seja, o nível mental atingido determina o que o sujeito pode fazer. Já o seu estudo sobre a aprendizagem é integracionista construtivista. A aprendizagem é sempre provocada por situações externas ao sujeito, supondo a atuação do sujeito sobre o meio, mediante experiências. A aprendizagem será a aquisição que ocorre em função da experiência e que terá caráter imediato. Nos estágios do desenvolvimento psíquico, ele distinguiu aspectos diferenciados, aos quais relacionamos: as funções de conhecimento, que são responsáveis pelo conhecimento que se tem do mundo e que incluem o pensamento; as funções de representação, que incluem todas as funções graças às quais representamos um significado qualquer, usando um significante determinado; e as funções afetivas, que constituem para Piaget, o motor do desenvolvimento cognitivo, o qual se da de dentro para fora. O desenvolvimento dessas funções é marcado por períodos que preparam o individuo para o estágio seguinte. Os estágios do desenvolvimento cognitivo são: Estágio Sensório-Motor: que representa a conquista do universo pratico, através da percepção e dos movimentos. Estágio Pré-Operatório: que é uma preparação e organização das operações concretas; a criança volta-se para a realidade e surge o aparecimento da linguagem. Estágio Operatório: as ações são interiorizadas e se constituem operações, o que construía no plano da ação, agora consegue reconstruir no campo da representação, é neste estádio que a criança é capaz de cooperar. Estágio de Operações Formais: que distingue entre o real e o possível. Vygotsky considera desenvolvimento na dimensão prospectiva, isso é, enfatiza que o processo em formação pode ser concluído através da ajuda oferecida ao sujeito na realização de uma tarefa. O processo de aprendizagem de Vygotsky é sócio-interacionismo. A aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende aquele que ensina e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem através da zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial). Para ele, a construção do pensamento e da subjetividade é um processo cultural. Ele acreditava que o desenvolvimento humano é sócio-histórico, ou seja, que, nesse caso, as características da infância mudariam de acordo com a cultura e o momento histórico. Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas e as mudanças que ocorrem em cada um de nós têm sua raiz na sociedade e na cultura, ou seja, a relação do individuo com o mundo está sempre mediado pelo outro, depois internaliza. As possibilidades de operação mental não constituem uma relação direta com o mundo real fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com os objetos de seu pensamento. A partir das concepções descritas acima, Vygotsky construiu o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto, ou em colaboração com companheiros. Concluímos assim dizendo, que para Vygotsky, o desenvolvimento é um processo que se da de fora para dentro e as relações entre aprendizagem e desenvolvimento são indissociáveis. 2) Escolha uma das três fases da infância (primeira, segunda ou terceira infância) e cite suas características (considerando o plano físico, emocional e cognitivo) Quais as características da primeira infância O cérebro cresce durante a primeira infância, ocasionando alterações dramáticas no desenvolvimento cognitivo. As crianças aprendem a expressar pensamentos e idéias relacionadas com a sua vida quotidiana usando palavras e imagens. As crianças aprendem auto-regulamentação e controle de comportamento sem ajuda. As crianças começam a fazer progressos em termos de desenvolvimento moral. As habilidades motoras melhoram drasticamente na primeira infância, caso essas necessidades sejam atendidas. Conforme entram em estágios mais avançados da primeira infância, elas recebem mais responsabilidade. As relações familiares desempenham um papel crucial no desenvolvimento das crianças. A relação pai-filho é uma das maiores influências individuais sobre a auto-estima e senso de autocontrole de uma criança. Desenvolvimento emocional As crianças em idade pré-escolar se tornam cada vez mais capazes de discutir suas emoções e as dos outros. 3) A Constituição Federal de 1988 insere o direito à educação como direito fundamental, incluindo-o no rol dos direitos sociais. O direito à educação também encontra previsão legal no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (art.4º) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional, Lei nº 9.393/1996 (art. 2º). Os artigos 205 e 227 da Constituição Federal de 1988, falam que a educação é dever do Estado, como gestor e fomentador da educação, que deve realizar as políticas públicas necessárias para que efetivamente haja educação para todos. É também um dever da família, que é instrumento mestre, sem a qual o processo educativo é relegado a um segundo plano, não havendo perspectivas de uma verdadeira transformação no homem e, igualmente, deve ter a colaboração da sociedade que sofrerá todas as consequências da ausência de um sistema educacional perfeito e acabado. As crianças de 0 a 5 anos de idade há tempos vêm tem cerceado o seu direito à educação, mesmo a educação infantil sendo obrigação estatal. Há, no entanto, a precariedade na prestação e efetivação desta garantia constitucional. Desta forma, não há políticas públicas como forma de garantir a todos o direito social, fundamental e da personalidade à educação, como forma de formação humana, transformação da sociedade e manutenção da democracia, analisando-o sob o enfoque não recair a favor do ente público a possibilidade de escolha na consecução e efetivação de direitos fundamentais. As políticas de atenção à infância carregaram uma visão assistencialista também nos dias de hoje. Mas, a função da escola e atenção a infância vai além da assistência e do cuidado com a criança pequena, pois contribuem para o desenvolvimento infantil, desenvolvimento intelectual, social e emocional da criança, ou seja, alem do desenvolvimento infantil, trabalha o âmbito de uma política sócio-educativa de apoio a família, garantindo a socialização através do espaço na instituição, garantindo a inserção da criança na sociedade. Referências BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação. Brincar. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília-DF: MEC/SEF, 1998. V1, V2 e V3. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996. KUHLMANN, Moysés Junior. Instituições pré-escolares assistencialistas no Brasil. São Paulo: Caderno de pesquisa, 1991.
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