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InICIAL REVISIONAL BANCARIO

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Petição Inicial - Cumulada com Pedido de Tutela Antecipada - Contrato Bancário - Revisional
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE .........................
FULANA DE TAL, brasileira, viúva, estudante, residente e domiciliada em ..................., na Rua ........., por seu advogado abaixo assinado, ut instrumento de mandato anexo, com escritório em ............, na Rua ..................., nº ......., conjunto nº ......., onde recebem intimações, vem, respeitosamente, a VOSSA EXCELÊNCIA, propor AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE CONTRATO BANCÁRIO contra BANCO................., instituição financeira de direito privado, inscrita no CNPJ n.º .................., com agência em ...........,.................., na Rua ....................., nº ......., o que faz conforme os fatos e fundamentos a seguir expostos:
A - DOS FATOS.
I - O caso concreto traduz hipótese que comumente vem sendo apreciada pelo Poder Judiciário brasileiro, compreendida no relacionamento bancário desigual e contra lei, imposto pelas instituições financeiras aos seus mutuários. Aqui o caso é o mesmo.
II - O saldo negativo verificado na conta corrente da Autora caracteriza-se pela cobrança de juros mensais superiores a 10%, capitalizados, além de outros encargos mais. Durante a contratualidade, a Autora, que sempre pretendeu honrar com os seus compromissos, por várias vezes aderiu a expedientes bancários oferecidos pelo banco réu para 'saldar' a sua conta corrente negativa. Ocorre que a Autora, na intenção de cumprir com o contrato firmado, por quatro momentos distintos contratou com o réu a operação bancária denominada .................. (docs. anexos), cujo objetivo era financiar o saldo negativo em prestações fixas, com juros um pouco mais baixos (cerca de ........% ao mês) e permitir que a mesma continuasse movimentando sua conta corrente de modo normal.
III - Destarte, o pagamento das prestações era realizado automaticamente pelo banco na própria conta-corrente da Autora, de acordo com o seu limite de crédito, de modo a constatar a repudiável prática da rolagem de dívida e a prática de anatocismo. Portanto, para pagar uma dívida, a Autora assumia outra, de natureza diversa. E isso, sem dúvida alguma, servia somente aos interesses do réu. Ora, os fatos, deste modo delineados, apontam para a necessidade de intervenção do Poder Judiciário no caso sub judice, mormente porque se verifica a cobrança ilegal de juros e de outros encargos.
IV- Vale salientar, que o banco, como mecanismo de pressão à obtenção de pagamentos indevidos, positivou a autora junto aos registros do SERASA, atitude que merecerá apreciação em capítulo próprio da presente demanda.
Estes, modo resumido, os fatos.
B - DO DIREITO.
A autora pretende, com o propositura da presente demanda, submeter a apreciação do Poder Judiciário toda a relação contratual existente entre as partes, que consiste no contrato de abertura de crédito em conta corrente e nas operações bancárias subseqüentes denominadas ....................... Nesse ideário e obediente a sistemática planejada para a vestibular, a autora principia pela análise das taxas de juros praticadas pelo réu.
B.I - DA TAXA DE JUROS E DA INCIDÊNCIA DO CDC.
De início, importante frisar que o contrato firmado entre as partes não estabelece as taxas de juros cobradas pela instituição financeira. Omissão contratual que, desde já, faz incidir o preceito do artigo 406, do Código Civil. Com efeito, O banco cobrou juros de cerca de 10,50% ao mês no contrato de abertura de crédito em conta corrente e de aproximadamente 5,40% ao mês nas operações bancárias ...................., conduta que, à toda evidência, não encontra amparo na legislação vigente. O artigo 406, do Código Civil, por seu turno, estipula a taxa de juros de 6% ao ano, na ausência de prévia estipulação:
“Art. 406.Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos a Fazenda Nacional."
Ademais, o próprio Código de Defesa do Consumidor limita a cobrança dos juros, impedindo a prática de juros abusivos inseridos em contratações de adesão como esta aqui em tela.
Nesse sentido, Nelson Nery Jr, um dos autores do Anteprojeto do CDC, ao analisar o art. 51 e a repercussão das cláusulas abusivas nas relações de consumo, asseverou:
"PROTEÇÃO CONTRA CLÁUSULAS ABUSIVAS. Um dos direitos básicos do consumidor é o de proteção contra cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos ou serviços (relações de consumo), conforme disposto no art. 6º, inc. IV, do CDC. O CDC enumerou uma série de cláusulas consideradas abusivas, dando-lhes o regime da nulidade de pleno direito ( art. 51). Esse rol não é exaustivo, podendo o juiz, diante da circunstância do caso concreto,  entender ser abusiva e, portanto, nula, determinada cláusula contratual. Está para tanto autorizado pelo caput do art. 51 do CDC, que diz serem nulas, 'entre outras', as cláusulas que menciona. Ademais, o inciso XV do referido artigo contém norma de encerramento, que dá possibilidade ao juiz de considerar abusiva cláusula que 'esteja em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor'. Em resumo, os casos de cláusulas abusivas são enunciados pelo art. 51 do CDC em numerus apertus e não em numerus clausulus. Não é demais lembrar que as relações de consumo são informadas pelo princípio da boa-fé (art. 4º, caput, inc. III, do CDC), de sorte que toda cláusula que infringir este princípio é considerada ex lege, como abusiva. Dissemos ex vi legis, porque o art. 51, XV, do CDC diz serem abusivas as cláusulas que 'estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor', sistema no qual se insere o princípio da boa-fé por expressa disposição do já mencionado art. 4º, caput e inciso III, do CDC. Há no sistema contratual do CDC, por conseguinte, a obrigatoriedade da adoção pelas partes de uma cláusula geral de boa-fé, que se reputa existente em todo e qualquer contrato que verse sobre relação de consumo, mesmo que não inserida expressamente nos instrumentos contratuais respectivos. A proteção contra cláusulas abusivas é um dos mais importantes instrumentos de defesa do consumidor, importância que se avulta em razão da multiplicação dos contratos de adesão, concluídos com base nas cláusulas contratuais gerais. Além dessa circunstância, a impossibilidade de o aderente discutir as bases do contrato faz com que, no que respeita as relações de consumo, deva haver a necessária proteção contra cláusulas abusivas que se originam amiúde das cláusulas gerais dos contratos. O fato de as cláusulas abusivas serem mais freqüentes nos contratos de adesão não significa que a proteção do consumidor deva dar-se somente nessa forma de conclusão de contrato. Havendo cláusula considerada abusiva  pelo CDC, é irrelevante tratar-se de contrato de adesão ou 'contrato de comum acordo' ( contrat de gré à gré): é suficiente que seja relação jurídica de consumo para que o negócio jurídico receba proteção contra as cláusulas abusivas". (Código Brasileiro de Defesa do Consumidor Comentado pelos autores do Anteprojeto. 5. ed., Rio de Janeiro: Forense, pp. 364/5).
Embora entendimento controvertido, é possível a utilização das regras do Código de Defesa do Consumidor aos pactos bancários, desde que verificada abusividade prejudicial ao mutuário. Exagerada a cominação de taxa remuneratória, mesmo em época de inflação, cabe a imposição de juros de 12% ao ano, mais IGPM, mesmo sem socorro às quizilias constitucionais, apenas atentando para legislação extravagante existente. A capitalização não é prevista para tais operações, mas inexistindo insubordinação no recurso, deve-se adotar a mais benéfica ao mutuário, ou seja a cogitação da anualidade. Destarte, a legislação e a jurisprudência confortam o enunciado de ilicitude da exigibilidade de juros superiores ao limite de 12% ao ano. Em verdade, a edição da Súmula297 do STJ veio pacificar a questão:
Súmula STJ Nº 297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.
Seguindo a orientação sumular, outra não tem sido a posição majoritária da jurisprudência:
Bancário e processo civil. Recurso especial. Revisão de contrato bancário. Aplicabilidade do CDC. Taxa de juros remuneratórios.Comissão de permanência. Ausência de fundamentos capazes de ilidir a decisão agravada. - São aplicáveis as disposições do Código de Defesa do Consumidor aos contratos celebrados com as instituições financeiras. Súmula nº 297/STJ. - (...) Agravo não provido. (STJ - AgRg-AI 821.115 - SC - 3ª T. - Relª Minª Nancy Andrighi - DJ 28.05.2007)
B.II - DA CONTAGEM DE JUROS SOBRE JUROS.
A exigência de juros sobre juros é defesa pela Súmula 121 do STJ:
Súmula STF nº 121 - É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada.
Por este fundamento, de igual sorte, deve proceder a demanda aos efeitos de ser revista toda a relação contratual, para dela serem expurgados os valores resultantes da exigência de juros capitalizados. Destarte, mesmo que não incidente a súmula 121 do STj, ainda assim, não é permitida a capitalização mensal de juros se inexistente expressa previsão contratual. Ademais, se inexiste entre as partes cláusula contratual permissiva de cobrança de comissão de permanência, não pode a mesma ser cobrada pela instituição financeira conforme previsão da MP nº 1.963-17/2000 atualmente reeditada sob o nº 2.170-36/2001. Nesse sentido, reza a jurisprudência:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS JUROS. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. COMPROVAÇÃO DO ERRO. DESNECESSIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Com a edição da MP nº 1.963-17/2000, atualmente reeditada sob o nº 2.170-36/2001, a eg. Segunda Seção deste Tribunal passou a admitir a capitalização mensal nos contratos firmados posteriormente à sua entrada em vigor, desde que houvesse previsão contratual. 2. Contudo, as instâncias ordinárias não se manifestaram acerca da pactuação da capitalização de juros, nem, tampouco, da data em que foi celebrado o contrato, o que impossibilita, nesta esfera recursal extraordinária a verificação de tais requisitos, sob pena de afrontar o disposto nos enunciados sumulares nºs 5 e 7 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça. 3. A compensação de valores e a repetição de indébito são cabíveis sempre que verificado o pagamento indevido, em repúdio ao enriquecimento ilícito de quem o receber, independentemente da comprovação do erro. Precedentes. 4. Agravo improvido. (STJ - AgRg-REsp 903.004 - RS - 4ªT. - Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa - DJ 21.05.2007)
CONTRATO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. - É permitida a capitalização mensal de juros nos contratos bancários celebrados a partir de 31.03.2000 (MP 1.963-17, atual MP nº 2.170-36), desde que pactuada. MORA. CARACTERIZAÇÃO. ENCARGOS LEGAIS. - A descaracterização da mora ocorre com a cobrança de encargos ilegais. não ocorrência. (STJ - AgRg-REsp 2005.0187317-6 - RS - 3ª T. - Rel. Min. Humberto Gomes de Barros - DJ 09.10.2006)
B.III - DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.
Além das ilegalidades acima veiculadas, a instituição financeira também cumulou a cobrança de comissão de permanência com correção monetária, o que é vedado pela edição da Súmula 30, do STJ.
Súmula 30, STJ: A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis
Deve ser expungida, pois, a cobrança de comissão de permanência. Ademais, os contratos ora em revisão não possuem qualquer cláusula contratual permissiva de cobrança de comissão de permanência.
Bancário. Agravo no recurso especial. Ação revisional. Contrato de financiamento com garantia fiduciária. Capitalização mensal dos juros. Comissão de permanência. Compensação/repetição do indébito. Mora do devedor. - Admite-se a repetição do indébito, independentemente da prova de que o pagamento tenha sido realizado por erro, com o objetivo de vedar o enriquecimento ilícito do banco em detrimento do devedor. Precedentes.  - É admitida a incidência da comissão de permanência, após o vencimento do débito, desde que pactuada e não cumulada com juros remuneratórios, correção monetária, juros moratórios, e/ou multa contratual. Precedentes - A existência de abusividade dos encargos afasta a caracterização da mora. - Não se conhece de recurso especial quando este não impugna os fundamentos da decisão recorrida. Negado provimento ao agravo no recurso especial. (STJ - AgRg -REsp 890.874 - RS - 3ª T. - Relª Minª Nancy Andrighi - DJ 28.05.2007)
AGRAVO INTERNO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. LIMITADOR. Admite-se a cobrança da comissão de permanência, após o vencimento da dívida, em conformidade com a taxa média do mercado, apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa pactuada no contrato, desde que não cumulada com juros remuneratórios nem correção monetária. Agravo improvido. (STJ - AgRg-RE. 628.952 - RS - 3ª T. - Rel. Min. Castro Filho - DJ 05.02.2007)
C - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.
Em que pese tratar-se de demanda destinada à revisão de contrato de abertura de crédito em conta corrente, urge seja concedido à Autora o direito de litigar sob o pálio da justiça gratuita. Como antes mencionado, a Autora está desempregada, não tendo como arcar com próprio sustento. Desse modo, a Autora não possui condições financeiras para suportar os encargos da presente demanda, o que lhe faz pleitear o benefício contido no artigo 2º, parágrafo único, da Lei n. 1.060/50. Entrementes, apenas a afirmação, na própria inicial ou em petição posterior, da necessidade, é suficiente para a concessão do benefício. Indeferimento: somente se há prova concreta de que a alegada necessidade inexiste. Revogação: depende de iniciativa da parte adversa, em processo próprio e apartado, apenso àquele onde o benefício foi concedido. 
PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA. POSSIBILIDADE. Pessoa portadora de deficiência, sem meios de prover a sua própria subsistência, que não tem renda familiar, nos termos do art. 20, § 1º, da L. 8.742/93, faz jus à concessão do benefício. Agravo de instrumento desprovido. (TRF3ª R. - AG 288256 - 10ª T. - Rel. Desemb. Fed. Castro Guerra - DJ 06.06.2007)
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE MISERABILIDADE. DESNECESSIDADE. 1. A agravante declara não ter condições de pagar as custas do processo sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, porém o comprovante de rendimento acostados aos autos comprova que a requerente recebe mensalmente pensão por aposentadoria no montante de R$ 5.611,33 (cinco mil, seiscentos e onze reais e trinta e três centavos), presumindo-se que o pagamento das custas e despesas processuais não comprometem seu sustento ou de sua família. 2. Não obstante o artigo 4o da Lei nº 1.060/50, com a redação dada pela Lei nº 7.510/86, estabeleça em favor do beneficiário da gratuidade processual a presunção juris tantum de necessidade do benefício, mediante simples afirmação na petição inicial, restando desnecessária a comprovação da miserabilidade econômica, se há nos autos elementos que demonstram que o pagamento das custas processuais não causará prejuízos ao sustento da requerente, pode o Juiz indeferir o pedido. 3. Agravo de instrumento improvido. (TRF3ª R. - AG 290002 - 1ª T. - Rel. Desemb. Fed. Vesna Kolmar - DJ 04.07.2007)
D - DA TUTELA ANTECIPADA.
Por fim, para que se garanta à autora o direito constitucional de livre acesso à Justiça e de tratamento igualitário entre as partes litigantes, cumpre seja concedida antecipação de tutela para retirar o seu nome dos registros do SERASA - documento em anexo -, ardilosamente inscrito pelo réu como vindita a conduta adotada pela autora. Sem dúvida ilegal a estratégia adotada pelo banco que, pela retaliação creditícia, procura coagir a demandante a realizar o pagamentode importâncias indevidas. Menos mal, no entanto, que os tribunais brasileiros têm sistematicamente rechaçado medidas abusivas de direito, como essa providência deflagrada pela instituição financeira. O contexto, portanto, autoriza o pedido de tutela antecipada, na forma prevista no artigo 273, do CPC.
SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DISCUSSÃO JUDICIAL - IMPOSSIBILIDADE DE LANÇAMENTO. É justificável a exclusão do nome do devedor dos registros das instituições de restrição ao crédito enquanto perdurar a discussão judicial em torno do valor do débito. É que ao jurisdicionado deve ser concedida a tranqüilidade de litigar sem os constrangimentos impostos pela negativação de seu nome no Serasa ou congênere. (TJMG - PROC. 1.0024.06.127197-9/001(1) - Rel. Des. Unias Silva - DJ 01.03.2007)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO REVISIONAL - NULIDADE DE CLÁUSULAS - CONTRATO DE FINANCIAMENTO - TUTELA ANTECIPADA - DETERMINAÇÃO PARA NÃO INCLUSÃO DA AUTORA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES - HIPÓTESE DE MEDIDA CAUTELAR - CONCESSÃO - POSSIBILIDADE. Havendo qualquer processo judicial impugnando a existência ou montante da dívida, deve-se assegurar sempre a garantia de não-inscrição e/ou exclusão dos nomes dos devedores em cadastro de inadimplentes, até o trânsito em julgado da sentença que puser fim à demanda. (TJMG - PROC. 100240570164790011 - Rel. Des. Mauro Soares de Freitas - DJMG 05.05.2006)
Por todos os fundamentos, destarte, aplicável o dispositivo legal invocado, mérito da processualística modera, de modo a assegurar as partes que litigam seriamente o acesso à justiça, sem interferência ou prevalecimento do poder econômico de uma sobre outra: a autora, certamente menos favorecida frente à poderosa multinacional instituição financeira, vem a juízo defender seu direito, de modo sério e fundamentado; enquanto litiga, data maxima venia, não poderá estar privado de prosseguir com suas atividades financeiras.
E - DO PEDIDO.
ANTE O EXPOSTO, a Autora respeitosamente requer a Vossa Excelência se digne em:
(i) conceder, sem a oitiva da parte contrária, antecipação de tutela para determinar a imediata intimação da insituição financeira para que proceda no cancelamento da inscrição do nome da autora junto aos registros do SERASA;
(ii) deferir o pedido de assistência judiciária gratuita;
(iii) mandar citar o réu, no endereço constante do prólogo da vestibular, para vir contestar a presente demanda, querendo, sob pena de revelia;
(iv) deferir a produção de todos os tipos de prova em direito admitidos, em especial, perícia contábil e juntada de documentos;
(v) ao final, julgar procedente a ação para:
a) revisar, desde o seu respectivo início, os negócios bancários subjudice, aos efeitos de que o débito contraído pela autora, em decorrência dos mesmos, seja atualizado monetariamente pelo índice de variação do IGPM, da Fundação Getúlio Vargas, e acrescido de juros lineares de 1% ao mês, sem capitalização.
 b) cumulativamente (artigo 282, do CPC), tornar definitiva a antecipação de tutela inicialmente concedida, para que o réu se abstenha de inscrever o nome da autora nos registros do SERASA.
(Vi) condenar, ainda, o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, a serem fixados por este ínclito Juízo.
Valor da causa: R$.............
Pede deferimento.
......................, ...de ................ de ...........
http://www.amdjus.com.br/modelos/praticas/direito_civil/direito_civil_outros/132.htm

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