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Anotações Psicologia Social (Wolter)

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Definições e Breve histórico da Psicologia Social
O que faz um psicólogo social? Ele estuda como o indivíduo (seus pensamentos e comportamentos) sofre a influência dos outros.
O outro não precisa estar presente para influenciar. Ex. Diferença de comportamento da pessoa sozinha no elevador e na presença de alguém.
Rodrigues, Assmar e Jabloski - Definição melhor, pois na definição de Allport parece que somos apenas influenciados; veremos na parte de influência social que todos são agentes de influência, somos todos influenciadores e influenciados - a influência é recíproca.
Estudo da Psicologia Social: O que pensamos quando interagimos com essas pessoas? Quais são as consequências dessa interação a nível de pensamento?
Segundo Fiske, a Psicologia Social estuda três esferas: cognitiva, afetiva e comportamental - sempre com enfoque no 'outro' na interação; como os outros influenciam nossos processos cognitivos, afetivos e comportamentais.
OBS: Experimento - método que testa a causalidade
Duas variáveis podem possuir relações:
Ex.
A - mortalidade de idosos
B - consumo de carvão
Em países onde a mortalidade de carvão é alta, a mortalidade de idosos também é alta. Quando faz muito frio aumenta o consumo de carvão e a mortalidade dos idosos.
Existem diversas relações possíveis:
1) A causa B
2) B causa A
3) A e B consequência de C
Logo, no exemplo anterior a correlação correta é 3.
Ex.
A - taxa de fecundidade
B - presença da TV Globo
Na pesquisa concluíram que a ausência da TV Globo causava o aumenta da natalidade. Mas na realidade a ausência da TV Globo só deixava evidente a pobreza da região. Logo a alta taxa de natalidade pode ser explicada pela pobreza, e não pela ausência da TV Globo.
Em psicologia, nem todas as pesquisas podem ser feitas de forma experimental, pois existem variáveis onde não é possível manipular. Para experimentar é necessário manipular a variável que causa.
Como manipular a variável que causa? Cria-se duas condições: uma onde A está presente, e uma onde A está ausente. E assim, observa-se o que acontece com B.
Ex. Hipótese: calor na sala afeta a atenção dos estudantes.
Metade das aulas o estudantes ficando no calor e metade em uma temperatura agradável, e medir a atenção. Se a atenção for maior na temperatura agradável a hipótese está correta.
VI - calor x não-calor (causa) [tem sempre duas modalidades: presente e ausente (grupo controle); manipulável]
VD - (consequência)
Triplett: primeiro experimento em psicologia social
Observou que os ciclistas quando acompanhados desempenhavam melhor; hipótese da existência de um facilitador social.
Porém, outros autores descobriram que o que acontecia era que quando a tarefa era muito fácil as pessoas tendem a desacelerar. Quando temos muito domínio de um assunto a presença dos outros facilita. Quando não se tem domínio é melhor fazer sozinho.
Um nível moderado de stress é bom quando existe domínio do assunto.
Olha da Psicologia Social: Como o indivíduo se relaciona com o objeto (família, violência).
Para estudar como o indivíduo se relaciona com o objeto devemos levar em conta a mediação do outro.
Ex. Estudar a violência potencial. É preciso levar em conta a relação do policial com as outras esferas da sociedade, ou a relação do policial com a Instituição (polícia). Ou seja, em Psicologia Social, para estudar a relação indivíduo objeto é necessário passar pelos outros. Se pensar a atitude violenta do policial em função da personalidade não é Psicologia Social. Sendo assim, a Psicologia Social é uma forma de enxergar as coisas.
Ex. Jovens e universidade; análise do meio em que ele vive, se as pessoas em seu meio foram a universidade.
Sendo assim, a Psicologia Social estuda a relação indivíduo-objeto levando em conta uma triangulação
Moscovici - Olhar em três dimensões ou olhar ternário;
O que caracteriza a psicologia social é o estudo baseado na ótica da triangulação.
Não é possível entender a sociedade sem passar pelas interações individuais, ou seja, as interações individuais explicam a sociedade.
Tarde fala que se a pessoa deseja entender a sociedade ela deve estudar a imitação, e a imitação segue três leis.
Se queremos fazer um estudo sobre algo que é social devemos perguntar aos indivíduos
Opinião pública: o público consiste em um conjunto de pessoas que sentem algo ou pensam algo equivalente no mesmo momento.
Individualismo metodológico: perguntar ao indivíduo. 
Durkhein não seguia um individualismo metodológico.
Estudo não-individualizante: mídia (levantamento de dados)
Os métodos de pesquisa são diferentes pois os pesquisadores possuem diferentes noções do que é social.
Frequentemente em Psicologia Social utiliza-se teorias sociológicas com individualismo metodológico, e isso e uma incoerência. A maior parte das pesquisas estatísticas utilizam dados individuais (estatísticas inferenciais).
Durkheim via o suicídio como um fato social e não um fato individual.
Guerra acadêmica entre Tarde e Durkheim.
Problema jurídico das multidões assassinas - a defesa dizia que as pessoas acusadas não fariam o ato agressivo em situações normais.
A multidão forma uma unidade mental, a unidade não está no indivíduo, ou seja, os indivíduos tomam o afeto da multidão, o indivíduo perde sua autonomia.
Nas massas, existe diferenças no comportamento de um mesmo indivíduo quando isolado e quando em uma multidão.
Diferença de multidão e público: Multidão é um conceito que fala de pessoas que estão juntas no mesmo momento e no mesmo espaço físico, formando um unidade mental. Ex. O metrô não forma uma multidão porque não formam uma unidade mental. Quando estão apenas juntos formam um aglomerado de pessoas. Mas caso o metro quebre e as pessoas fiquem revoltadas forma uma multidão, pois as pessoas estão sentindo a mesma coisa, no mesmo momento e no mesmo local.
A diferença entre público e multidão está relacionada ao espaço físico, o público não precisa estar junto. Ex. torcida do flamengo que assiste o jogo; multidão: pessoas no estágio
A multidão tende a ter um afeto extremado; ponderção não é uma característica das multidões.
Diferença entre fenômeno e construto: fenômeno é o que ocorre; constructo é artificial, utilizado para traduzir e explicar o fenômeno. Multidão é um construto.
Quando explicamos os comportamentos e sentimentos das pessoas levamos em conta o contexto social e não levamos em conta suas características intrínsecas (personalidade).
Ex. Experimento de encontrar dinheiro no telefone público e comportamento de ajuda - Foram as circunstâncias que levaram as pessoas a ajudarem ou não.
As pessoas não possuem uma conduta totalmente linear; porque alguns dias as pessoas ajudam as outras e outros não? O comportamento das pessoas depende do contexto.
Estudaram como camponeses poloneses se relacionavam com as coisas, de maneira diferente dos novaiorquinos, ou seja, mostrou que as pessoas levam suas prédisposições com elas. Os pesquisadores chamaram esse fenômeno de atitude.
Nos anos 20 acreditava-se que a Atitude levava necessariamente ao comportamento, mas outros estudos provaram o contrário.
Lewin dizia que não é possível entender um grupo analisando apenas as características individuais, é necessário estudar as relações; um grupo é formado por indivíduos e por relações entre indivíduos - Visão Estrutural - Toda abordagem estrutural fala de elementos e relações - Visão oposta a de Allport, que defendia que os grupos deveriam ser estudados a partir das características dos indivíduos - Para Lewin, o grupo forma uma totalidade, e não a soma de características individuais, uma mudança em uma das relações entre as pessoas do grupo muda todo o grupo.
Heider tinha interesse em estudar os pensamentos do dia-a-dia.
As pessoas no cotidiano possuem conhecimento sobre o comportamento humano, logo é possível afirmar que a psicologia acadêmica é desnecessária para questões do dia-a-dia, pois essa psicologia "ingênua" ou do senso comum já oferece o tipo de conhecimento que as pessoasprecisam. Ex. as pessoas não precisam dos conhecimentos da psicologia para criar os filhos. Todas as pessoas possuem "teorias" sobre como as pessoas funcionam.
Teoria do equilibrio cognitivo de Heider: Duas situações positivas e uma negativa geram tensão, levando possivelmente a uma mudança: ou na atitude, ou na relação entre as pessoas.
Atribuição de causalidade: As pessoas sempre procurar explicar os acontecimentos, raramente as pessoas vão dizer que não têm a mínima ideia do motivo de um acontecimento.
Viés fundamental da atribuição - Quando analisamos os acontecimentos da vida de outra pessoa temos tendência a negligenciar o efeito do contexto e supervalorizar o que é intrínseco à pessoa.Ex. Motivo do meu desemprego: mercado saturado; Motivo de desemprego do vizinho: falta de força de vontade; Motivo da minha promoção no emprego: trabalhei duro; Motivo da promoção do vizinho: sorte
O Campo da Influência Social
Relação entre influência da maioria, obediência e conformismo → Forma como as ideias se mantém; a inovação raramente parte da maioria.
A influência social ocorre quando “as ações de uma pessoa são condição para as ações de outra” → Qual o problema dessa definição? Tem um viés muito behaviorista, muito individualizante, pois é possível observar a influência social sendo exercida em um contexto de grupos.
Pesquisa experimenta em influência social →  Vantagens: estabelece causalidades; Desvantagens: o experimento não trata bem dos fatores sociológicos
Por esse motivo, pelas dificuldades de pesquisa, o estudo da influência social ficou restrita a um viés mais individualizante.
Experiência de Zimbardo → Para entendermos como as pessoas se influenciam e são influenciadas, devemos tentar entender a posição que a pessoa está → Na experiência, foi possível observar que os agentes penitenciários não tinham nenhuma característica individual particular que os levasse a agir com autoridade, ou seja, ficou evidente que dependendo da situação e do contexto, as pessoas irão agir de maneiras diferentes.
Utilização de uniforme → Interiorização de um papel
A Influência Social está no centro da Psicologia Social, uma vez que a realidade em que vivemos é muito influenciada pelo grupo ao qual pertencemos.
Experimento de Milgran → Choques elétricos → A maioria dos participantes da pesquisa deram choques de mais de 400W quando uma autoridade lhes impôs essa conduta.
Experiência de Triplett → Pesquisa dos ciclistas: Ciclistas em conjunto pedalam mais rápido; isso é influência social, o fato de ter pessoas na hora da performance influenciou no rendimento.
A influência não necessariamente tem uma intencionalidade específica; no senso comum a influência tem uma ideia maquiavélica, ligada a uma intenção de fazer o outro fazer algo.
Experiência de Sherif: O pesquisador pedia aos participantes para dizerem a distância entre o aparecimento de um ponto e outro a partir de uma imagem de efeito auto-cinético. Lembrando que o efeito auto-cinético leva a conclusão que não havia nenhum padrão a ser observado no aparecimento e desaparecimento dos pontos. A primeira sessão era individual, e as subsequentes em grupo. Sherif observou que as respostas variavem mais quando os sujeitos estavam sozinhos, mas chegava uma hora que o indivíduo acabava por criar um padrão de resposta, mesmo quando sozinhos. Nas sessões em grupo, os participantes liam suas respostas, de forma que todos sabiam as respostas uns dos outros. Nas sessões em grupo, foi observada uma convergência das respostas, criando novamente um padrão. Lembrando que a influência foi natural, não existia uma pessoa em uma posição de poder. Sherif fez essa experiência com indivíduos sozinhos e separados, em tempos diferentes. Foi observado que na segunda fez que os participantes fizeram o experimento os que criaram apenas normas individuais recomeçaram do zero, ou seja, oscilaram em suas respostas até chegar em uma norma. E os participantes que criaram uma norma coletiva quando participaram uma segunda vez já apresentavam uma resposta pronta. Sendo assim, conclusão de Sherif com esse estudo foi de que a norma coletiva era mais forte.
Porque as pessoas mudaram suas respostas? Eles mudaram suas respostas pois não tinham certeza dela, e procurando não ficar isolado buscaram respostas que convergiam com as respotas dadas pelo resto do grupo.Isso acontece quando as pessoas não tem uma opinião forte sobre o assunto, ou quando ele possui uma questão muito pessoal.
Qual a diferença entre concessão recíproca e busca da tendência central da distribuição? Na concessão recíproca o outro está do lado.
No estudo de Sherif os sujeitos que se influenciavam mutuamente eram pares, logo há uma convergência.
Além da convergência, pode ocorrer o fenômeno da polarização.
Estudo de Solomon Asch → Linhas → Mostrou que mesmo quando as pessoas tinham certeza da resposta elas cediam a pressão do grupo e respondiam como a maioria.
Experiência de Milgram – Choques
Teoria das Representações Sociais
Como grupos pensam objetos, ou como um objeto é concebido por um grupo → A concepção que o grupo tem do objeto é a realidade que o objeto tem para aquele grupo.
Tese de doutorado de Moscovici →  Quis estudar como a psicanálise era aceita por franceses dos anos 50. Ele estudou especificamente dois grupos - comunistas e católicos. Ambos tinham uma atitude negativa (rejeitavam) em relação a psicanálise. Para os comunistas a psicanálise apresentava o mal como individual, e para os comunistas o mal era social, e a psicanálise tirava o foco dos trabalhadores da revolução. Para os católicos, a visão do humano como um ser demasiadamente libidinal estava equivocada →  A rejeição dos comunistas era total, dos católicos era parcial → Logo o conceito de atitude era insuficiente, pois a razão para a rejeição estava relacionada ao conceito em relação ao objeto. 
Moscovici estava interessado em estudar o pensamento do senso comum
Pessoas a favor ao aborto x Pessoas contra o aborto → Não existe debate, pois as concepções são diferentes. As pessoas estão falando de coisas distintas, pois a maneira como representamos algo é a realidade do objeto para nós. → São concepções distintas de um mesmo objeto → A construção que o grupo faz do objeto é social.
Moscovici distingue duas esferas de conhecimento: 
Universo reificado → Pensamento acadêmico, científico → Apresenta embasamento das ideias → Possibilita o debate
Universo consensual →  Pensamento cotidiano, senso comum → Para Moscovici não era inferior, era capital
Os dois universos não funcionam da mesma forma; não seguem a mesma lógica
Teoria das representações sociais →  Teoria do universo reificado para explicar o pensamento do universo consensual.
O pensamento acadêmico sobre a psicanálise é um, o pensamento do senso comum é outro. No cotidiano, as pessoas se apropriaram da psicanálise e a transformaram em outra coisa.
As representações sociais não são formadas ao acaso, as pessoas possuem concepções e valores que embasam esse posicionamento.
Gênese das representações sociais →Quando coisas novas surgem, (ex. Psicanálise nos anos 50)elas precisam ser transformadas em familiar→Cada grupo vai se apropriar da novidade a partir de sua visão de mundo → Existem dois processos que tornam o não-familiar em familiar: ancoragem e objetivação.
Ancoragem → O algo novo é interpretado a partir de conhecimentos antigos → A Aids foi comparada com outras doenças que matavam jovens → Sendo ancorada como uma peste gay, uma doença nova que mata jovens em função da sexualidade → Um grupo que concebe a sexualidade como errada, e vê uma doença que mata jovens gays, classifica ela como uma doença que mata gays, tornando-a familiar → Inserir o novo em uma de conhecimentos pré-existente
Objetivação → Consiste no fato de que o abstrato precisa se tornar mais concreto, pois o humano lida melhor com o concreto. Por exemplo, uma aula é melhor quando apresenta exemplos, pois materializa a ideia. Com o senso comum ocorre o mesmo. Ex. Deus é uma abstração,mas na infância constrói-se a imagem de Deus como um homem velhinho, e dessa maneira a ideia de Deus é mais facilmente assimilada 
Essa visão de representação é comum em outras áreas, o que leva a uma imprecisão conceitual:
Definição de Representação 
Cada grupo humano em determinada época codificou o mundo  da maneira como ele vê, de maneira específica → Grupos distintos irão atribuir significados ao mundo de maneiras distintas, e existe uma lógica por trás dessa atribuição 
Toda representação tem um objeto e um grupo. 
O que são representações? São formações cognitivas (ideias) socialmente construídas e diferenciadas → A representação social não é prática ou julgamento, são ideias socialmente construídas e consequentemente diferenciadas → Se as ideias são socialmente construídas em grupos isso significa que cada grupo terá suas particularidade, levando assim a diferentes concepções. 
A explicação da representação segue a lógica social, e não psíquica. Mas no senso comum, a explicação para as diferenças são atribuídas a características individuais. 
A teoria da representação social é um fato social, é um fato social explicando um fato social. 
As pessoas entendem melhor representação sociais comparando como grupo distintos pensam as coisas no mesmo tempo e em épocas diferentes.
Exemplo de diferentes RS → Vamos imaginar que uma empresa demitiu seus assalariados em uma época de lucros, com o objetivo de que com a chegada de uma crise os lucros não dminuísse. Tal atitude foi vista como coerente pelos empregadores, e absurda pelos trabalhadores. Esse fato mostra as diferentes representações sociais existentes entre eles sobre o que é uma empresa. Para os empregadores, empresa significa uma organização que produz bens e serviços, buscando o máximo de lucros. Para os empregadores, empresa significa uma organização que produz bens e serviços, fornecedora de trabalho. Sendo assim, os trabalhadores ficaram revoltados pois acreditavam que nos momentos de crise que as empresas deveriam oferecer trabalho, pois veem uma empresa como responsável por fornecer empregos, logo não havia coerência nas demissões. Os empregadores acreditando que a função da empresa é fornecer o máximo dos lucros, acharam coerente demitir as pessoas para manter os lucros ao máximo → A existência de diferentes representações sociais a cerca de um objeto levou a diferentes concepções do que é certo e errado.
Comparação diacrônica →  Evolução das ideias de um mesmo objeto
Comparação sincrónica →  Como diferentes grupos pensam o mesmo objeto
O que é a representação social? 
É uma maneira de ver um aspecto do mundo, um objeto →  Uma maneira de ver o mundo todo é uma ideologia, que corresponde a um conjunto de representações sociais compatíveis entre si
A maneira de ver não é um julgamento, mas vinculada a ele
Uma ação só ocorre pois existem ideias que permitem que essa ação ocorra →  Ex. Canibalismo ritualista → Na sociedade ocidental isso é loucura, pois não existe uma representação social que dê suporte a essa concepção. Para algumas tribos canibais, canibalismo era uma formar de absorver energia, eles possuíram um suporte cognitivo para que essa ideia fizesse sentido
A RS não é um conhecimento, é um conjunto deles
A RS abarca a prescrição da ação, e não a ação
A RS está a nível de pensamento. 
RS é composta por elementos cognitivos (ideias) - Ex. Aids elementos cognitivos -sexualidade, sofrimento, remédio, doença, morte, discriminação, homossexualidade, camisinha
Os elementos cognitivos não são ideias, mas eles se relacionam entre si e possuem toda uma estruturação - A Aids leva a morte; A homossexualidade que leva a Aids 
A estrutura e a relação entre as ideias poderiam mudar, pois difere conforme o grupo - Pessoas do interior - A sexualidade faz com que as pessoas morram; Os gays devem mesmo ser segregados, é diferente associar segregação a sofrimento e segregação a sexualidade → Logo, não se pode olhar só o elemento para entender o sentido, é necessário observar as relações.
Ideia central → Mais estável, demoram muito a se modificarem, e são muito compartilhadas. Ex. AIDS - morte e doença
Ideia periférica → Oscilam mais no tempo, se adaptam ao contexto. Ex. AIDS - Cazuza, camisinha
A mídia tem mais dificuldade de mudar as ideias centrais que um grupo tem sobre um objeto, eles tem mais facilidade com ideias periféricas →  Ex. A mídia não conseguiria convencer as pessoas que a Aids não mata; mas a ideia de que existe um alto grau de risco mesmo usando camisinha pode convencer → O MS deseja modificar a ideia central da Aids de morte para camisinha, mas não consegue.
Todo objeto é socialmente representado?
Não. Para ser um objeto de representação social é necessário uma teoria em relação ao objeto. Um objeto para ser um objeto de representação social necessita ter algumas características. A representação social é como uma síndrome, quanto mais característica tiver, maior as chances de ser um objeto de representação social.
OBS: Prescrição normativa - Dizer o que é certo, errado, como agir, como não agir
Teoria das Representações Sociais (continuação)
Representação Coletiva - teoria de Durkhein - Qual a imagem que a sociedade francesa tinha da psicanálise? - Moscovici - Acreditava que o conceito de Durkhein era amplo e não dava conta de explicar os resultados que ele achou em sua pesquisa sobre a visão da psicanálise para comunistas e católicos - a representação era única em todos os indivíduos da sociedade - Durkein - para Durkein tantos católicos quanto comunistas teriam a mesma visão da psicanálise, mas Moscovi descobriu que embora ambos os grupos tivessem uma ideia negativa da psicanálise, ela não era a mesma, e a partir dai ele faz a teoria das representações sociais. Mas Moscovici não trabalha muito na delimitação da teoria, uma crítica do seu trabalho. Sendo assim, aparecerem três vertentes partindo da teoria de Moscovici, teóricos que ampliaram as ideias de Moscovici- Abordagem processual, societário e estrutural
Zona muda 
Abordagem estrutural
Teorias das Representações Sociais (final)
Primeira visão: Representação como gerenciadora das práticas
Segunda visão: Prática como agente de transformação das RS
Trabalhos que falavam sobre como as representações guiavam as práticas → Moscovici e Abric.
Paradigma dos jogos → As ações variavam em função da representação que a pessoa tinha do jogo, se estava jogando com uma máquina ou com humanos → Analisa como as pessoas são influenciadas por sua representação → As pessoas que acreditavam estar jogando com uma máquina concluíram que o oponente não cooperava, e os que estavam jogando com humanos acreditavam que havia cooperação → Ou seja, a representação que as pessoas tinham sobre homens e máquinas influenciou seus julgamentos → "Quanto mais complexas e ambíguas são as situações com a qual confronta mais determinante é o papel das representações sociais."
A representação vai influenciar a forma como vemos e respondemos a um estímulo.
Abric considera as pessoas atores, ou seja, possuem uma postura ativa na construção de sua realidade, uma vez que as pessoas agem conforme sua concepção de mundo → O marxismo não tem essa concepção, defendendo que a estrutura da sociedade nos impões limitações 
Sullivam → Poupança de energia elétrica → Dissonância cognitiva
Guimelli → As pessoas foram induzidas a adotar uma nova prática e acabaram por mudar seu pensamento, ou seja, houve uma mudança representacional. Lembrando que não houve uma postura ativa das pessoas, elas foram levadas a mudar suas representações
OBS: 
Elemento absoluto → Necessário para o reconhecimento do objeto → Ex. Na AIDS, ser doença é um elemento absoluto
Elemento condicional → Não é necessário para o reconhecimento do objeto → Ex. Na AIDS, matar jovens é um elemento condicional, pode ser ou não
Elemento funcional ou prescritor → Elemento da RS que guia nossa ação
Elementos normativos → Elemento da RS que guia nosso julgamento
Elemento prescritor absoluto →Elemento funcional do grupo central → Elemento do grupo central que serve para guiar nossa ação
Elemento prescritor condicional → Elemento que guia a ação mas é periférico
Flament → Como ocorre essa mudança de pensamento? → O primeiro passo para a mudança representacional consiste em uma modificação externa à RS, a não mudança ocorre primeiro dentro do pensamento. Ex. a morte dos coelhos foi uma modificação externa a representação que os caçadores tinham da caça →   Havendo uma mudança de práticas, é necessário que essa modificação de prática social vá contra a representação social, ou seja, essa nova prática não segue a lógica da representação social → Sendo assim, primeiro ocorre a modificação de elementos periféricos no processo de adequação de novas práticas → As vezes a mudança é tão radical que a somente uma mudança na periferia não basta, sendo necessário mudar os prescritores absolutos 
Etapa 1: Modificação externa gera novas práticas
Etapa 2: As novas práticas geraram uma modificação dos elementos periféricos (lei seca)
Etapa 3: Mudanças nos precursores absolutos (elementos absolutos)
Etapa 4: Mudança na representação social 
"Consideramos que uma representação social é diferente quando o seu núcleo central é diferente" → Dois grupos representam de forma distinta um objeto quando seus respectivos núcleos são distintos. 
Quando uma prática muda ela muda uma parte específica da representação: os elementos funcionais. Os elementos normativos se mantém como estavam.
Rouquette → Quando falamos da influência da representação sobre a prática, ou da prática sobre a representação, estamos falando de dois tipos distintos de influência → A representação é uma condição das práticas, isto é, a prática não ocorre se não há representação → As ações e práticas que temos são compatíveis com nosso pensamento, ou seja, nosso pensamento dá o suporte para que a ação aconteça → Ex. a discriminação não ocorre aleatoriamente, ocorre pois existem ideias que dão suporte para que a discriminação ocorra → É necessário sempre partir do princípio de que se uma prática ocorre é porque existe uma representação dando suporte, essa é a influência que uma representação tem nas práticas: dar suporte
A prática não é condição para a existência de uma representação, mas a representação é condição para que a prática ocorra → A prática é um agente de transformação, em casos de ela não se adequar a representação já existentes, ela transforma representações que já existem → Uma representação pode existir sem uma prática
Tipos de práticas:
Prática como passagem ao ato → Comparação entre pessoas que agiram com as que não agiram → Binário
Prática como recorrência da ação → Comparação do novato com o especialista → Gradativo → Quantitativo
Prática como maneira de fazer → Qualitativo
Prática como cálculo → Comparação entre a intencionalidade das ações, o cálculo por trás das ações
Quais são as relações de cada uma dessas dimensões com a estrutura das representações sociais? Qualquer um desses tipos de práticas funcionam como agentes de transformação? Os tipos de prática sofrem o mesmo tipo de influência das representações? Qual desses tipos de prática gera uma modificação na representação social? Quais geram modificações nos elementos centrais? Quais geram modificações nos elementos periféricos? → Perguntas que ainda não foram respondidas pelos teóricos.
Identidade Social
Identidade social: como as pessoas se definem a partir do grupo que pertencem e como isso irá afetar seu relacionamento
Identidade social e relações intergrupais - Quando nos definimos como uma pertença isso irá afetar nossa relação com os outros. Ex. Caso1 - Um paciente em um hospital recebe um medicamento errado. Um médico fica revoltado com a equipe de enfermagem; Caso 2 - Um membro da equipe de enfermagem faz o mesmo discurso do médico. A equipe de enfermagem vai aceitar as duas críticas da mesma forma? Não.
Quando as pessoas se definem a partir de um grupo elas geralmente valorizam esse grupo, ou que acreditam que são vítimas de um outro, acreditando que o grupo "carrasco" está errado.
Sempre quando se fala me identidade fala-se em pertencer e/ou não pertencer a um grupo. Só faz sentido falar em identidade quando existe um outro diferente. Ex. Ninguém se define como terráqueo, mas se chegassem marcianos as pessoas provavelmente passariam a ser considerar terráqueos.
Endogrupo [grupo ao qual pertencemos; Ingroup] x Exogrupo [grupo ao qual não pertencemos; Outgroup]
O olhar que um povo tem sobre sua história considera muito o endogrupo e o exogrupo. Ex. Busque um evento conflituoso entre dois grupos e pesquisa como cada um conta a história de uma maneira, geralmente do jeito que lhe é benéfico.
Quando as pessoas são incluídas em um grupo elas acabam sendo excluídas de outro. Por exemplo: um skatista geralmente não é considerado um metrosexual
Escola de Bristol (Tajfel): Tajfel foi constantemente criticado por sua teoria e foi levando em conta, modulando sua teoria, evoluindo e sabendo acrescentar coisas.
Categorização: Aspecto indutivo e aspecto dedutivo

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