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ONDAS ONDAS II Aula Ondas Sonoras Vimos que ondas mecânicas são ondas que exigem um meio material para existirem. O som é um exemplo de onda mecânica. Ondas Sonoras Aplicações: -Equipes de prospecção sísmicas – sondar a crosta terrestre – em busca de petróleo. Ondas Sonoras -Navios – equipamentos de localização – detectam obstáculos debaixo d’água. Ondas Sonoras -Navios – equipamentos de localização – detectam obstáculos debaixo d’água. Ondas Sonoras Aplicações: -Submarinos – sonar- localização de outros submarinos. Ondas Sonoras Aplicações: -Ultra-som –medicina- imagens internas do corpo humano. Ondas Sonoras Velocidade do som A velocidade de qualquer onda mecânica depende tanto de uma propriedade inercial do meio quanto de uma propriedade elástica do meio. Para ondas transversais → tração na corda → massa específica linear da corda. PARA ONDAS LONGITUDINAIS SUPONDO COMO O MEIO O AR. Quando uma onda sonora passa através do ar, a energia potencial está associada às compressões e expansões periódicas de pequenos elementos de volume do ar. A propriedade que determina o grau com que um elemento de um meio varia de volume quando a pressão (força por unidade de área) sobre ele varia, é o MÓDULO DE COMPRESSÃO B. E a propriedade inercial, correspondente a µ, é a massa específica volumétrica ρ do ar. Ondas Sonoras O módulo de compressão é dado por: Onde ΔP → variação de pressão. ΔV/V → variação relativa do volume (originada por uma variação de pressão ΔP). Os sinais de ΔP e ΔV são sempre contrários. Quando aumentamos a pressão (ΔP é positivo), seu volume diminui (ΔV é negativo). Desta forma, B será sempre uma grandeza positiva. (unidade Pascal) Ondas Sonoras Desta forma, a equação Fica, B → módulo de compressão ρ → massa específica volumétrica do ar. Velocidade do som Ondas Sonoras Se uma fonte de ondas longitudinais (ex: diafragma vibrante) oscilar com movimento harmônico simples, a perturbação resultante também será harmônica. Podemos provocar uma onda harmônica sonora, unidimensional, num tubo comprido e estreito, que contenha um gás, mediante um pistão vibratório instalado numa extremidade. Ondas acústicas harmônica Ondas Sonoras As regiões mais escuras representam regiões onde o gás está comprimido, e a densidade e a pressão estão acima dos valores de equilíbrio. Temos então regiões de: CONDENSAÇÃO – região comprimida (gás é comprimido) RAREFAÇÃO- regiões de baixa pressão (gás é expandido) Ondas Sonoras As duas regiões se movem com uma velocidade igual a velocidade do som nesse meio. Quando o pistão oscila para frente e para trás, de modo senoidal, as regiões de condensação e rarefação se formam continuamente. Ondas Sonoras A distância entre duas condensações sucessivas (ou duas rarefações sucessivas) é igual ao comprimento de onda, λ. À medida que tais regiões se propagam pelo tubo, qualquer pequeno volume do meio se desloca comum movimento harmônico simples paralelo à direção da onda. Ondas Sonoras Seja s(x,t) o deslocamento de um pequeno elemento de volume, medido da posição de equilíbrio, podemos expandir esse deslocamento harmônico na forma da função: s(x,t)= smcos(kx- ω t) Onde sm → é o deslocamento máximo em relação o equilíbrio (a amplitude do deslocamento) k → é o número de onda angular. ω → é a frequência angular do pistão. Ondas Sonoras s(x,t)= smcos(kx- ω t) Obs: o deslocamento se dá ao longo do eixo x, a direção do movimento da onda sonora, o que significa que estamos descrevendo um onda longitudinal. Ondas Sonoras A variação de pressão do gás ΔP, medida do valor em equilíbrio, também é harmônica e dada por: ΔP= ΔPm sen(kx- ω t) Onde: ΔPm→amplitude de pressão – variação máxima de pressão em relação ao valor de equilíbrio. E é dada por: ΔPm =ρv ωsm Onde: ωsm → é a velocidade longitudinal máxima do meio em frente ao pistão. Ondas Sonoras Observação: A variação de pressão é máxima quando o deslocamento for nulo, e o deslocamento é máximo quando é nula a variação de pressão. EXEMPLO A amplitude de pressão máxima ΔPm que o ouvido humano pode tolerar em sons altos é de certa de 28 Pa (que é muito menor do que a pressão do ar normal de cerca de 105 Pa). Qual a amplitude do deslocamento sm para tal som no ar de massa específica ρ=1,21 kg/m3, a uma frequência de 1000 Hz e uma velocidade de 343 m/s? INTERFERÊNCIA Resolução: Dados ΔPm=28 Pa ρ=1,21 kg/m3 f=1000 Hz v= 343 m/s Ondas Sonoras INTENSIDADE E NÍVEL SONORO. A intensidade I de uma onda sonora em uma superfície é a taxa média por unidade de área com que se transfere energia pela onda através ou para a superfície. Onde P → Potência da onda sonora (taxa de transferência de energia no tempo); A → Área da superfície que intercepta o som. Ondas Sonoras VARIAÇÃO DE INTENSIDADE COM A DISTÂNCIA A forma como a intensidade de uma fonte sonoro real varia com a distância é bastante complexa. Pois o ambiente pode produz ecos (ondas sonoras refletidas)- que sobrepõem às ondas sonoras diretas ; Ondas Sonoras Vamos supor que temos uma fonte pontual, S, que emite o som isotropicamente (mesma intensidade em todas as direções). Vamos supor que a energia mecânica das ondas sonoras se conserva quando se quando elas se espalham a partir desta fonte. Vamos imaginar uma esfera de raio r centrada na fonte. Ondas Sonoras Toda energia emitida pela fonte tem que atravessar a superfície da esfera. Assim, a intensidade I na esfera é dada por: Podemos observar que a intensidade sonora de uma fonte pontual isotrópica diminui com o quadrado da distância r medida a partir da fonte. EXERCICIOS Uma fonte emite ondas sonoras isotropicamente. A intensidade das ondas a 2,50m da fonte é de 1,91x10-4 W/m2 . Supondo que a energia das ondas se conserva, encontre a potência da fonte. Resolução Dados R=2,50m I=1,91x10-4 W/m2 EXERCICIOS A pressão em uma onda sonora progressiva é dada pela equação Determine (a) a amplitude da pressão, (b) frequência, (c) o comprimento de onda e (d) a velocidade de onda. RESOLUÇÃO Vamos comparar a equação dada com a equação de variação de pressão. Reescrevendo a equação dada temos: Comparando temos: ΔPm =1,50Pa; k= 0,9π; ω=315π a) Amplitude ΔPm =1,50Pa b)Frequência c)Comprimento de onda d)Velocidade da onda Ondas Sonoras Nível Sonoro O nivel sonoro β, é definido como: Onde: dB – abreviação de decibel (unidade de nivel sonoro) I 0 – intensidade de referencia padrão(I 0 =10 -12 W/m2) limite inferior a faixa de audiçãohumana. Exemplo Suponha uma fonte pontual de 16πx10 -5W. Calcule a)A intensidade da onda sonora a uma distância de 2 m. b)O nível sonoro desta onda nesta distância. (onde I 0=10-12W/m2 ). Resolução a) A intensidade da onda sonora a uma distância de 2 m. P= de 16πx10 -5W R=2m A=4π b)O nível sonoro desta onda nesta distância. (onde I 0=10-12W/m2 ). Ondas Sonoras Efeito Doppler O efeito Doppler é uma alteração na frequência observada de uma onda quando a fonte e/ou o detector se movem em relação ao meio transmissor (como o ar). Para o som, a frequência observada f’ é dada em termos da frequência da fonte f por: Ondas Sonoras Efeito Doppler Onde: f ’→ frequência detectada f ’→ frequência emitida Quando o movimento do detector ou da fonte for de aproximação em relação ao outro, o sinal na sua velocidade escalar deve resultar em um aumento na frequência. Quando o movimento do detector ou da fonte for de afastamento de um em relação ao outro, o sinal na sua velocidade escalar deve corresponder a uma redução de frequência. RESUMINDO: APROXIMAÇÃO SIGNIFICA AUMENTO, E AFASTAMENTO SIGNIFICA REDUÇÃO. EXEMPLOS DA REGRA: - Se o detector se mover em direção à fonte → use o sinal positivo no numerador na equação. - Se o detector se afastar da fonte → use o sinal negativo no numerador na equação. - Se ele estiver parado, substitua vD por zero. - Se a fonte se mover em direção ao detector, use o sinal negativo no denominador da equação. - Se a fonte se afastar do detector, use o sinal positivo no denominador para obter uma redução. - Se a fonte estiver parada, substitua vs por zero. 1- Quando o detector se move em relação ao ar e a fonte está parada em relação ao ar, o movimento altera a frequência na qual o detector intercepta as frentes de onda e, dessa forma, as frequências detectadas da onda sonora. 2- Quando a fonte se move em relação ao ar e o detector está parado em relação ao ar, o movimento altera o comprimento de onda da onda sonora e, assim a frequência detectada (lembrando que essa frequência está relacionada com o comprimento de onda ) DETECTOR EM MOVIMENTO – FONTE ESTACIONÁRIA Suponha um detector D se movendo com velocidade vD em direção a uma fonte estacionária S que emite frentes de ondas esféricas, de comprimento de onda λ e frequência f, se movendo com a velocidade v do som no ar. As frentes de onda estão separadas por um comprimento de onda. A frequência detectada pelo detector D é a taxa com que D está entrando nas frentes de onda. Vamos supor uma situação em que o detector esteja parado. No tempo t, as frente de onda se movem para a direita de uma distância vt. Assim, o número de comprimentos de ondas interceptados pelo detector é o número de comprimentos de ondas nessa distância vt, e esse número é vt/λ. A frequência f detectada por D (taxa com que D intercepta os comprimentos de onda), é: Se o detector D estiver parado, esta taxa ou frequência detectada seria f. Neste caso, com o detector D estacionário não há EFEITO DOPPLER, e a frequência detectada por D é a frequência emitida por S. Detector se move no sentido contrário ao às frente de onda. No tempo t, as frente de onda se movem para a direita de uma distância vt, e o detector D se move para esquerda a uma distância vDt. Assim, no tempo t: - a distância que as frentes de ondas se moveram em relação a D é: vt+ vDt. - o número de comprimentos de onda nesta distância relativa vt+ vDt é o número de frentes de onda interceptada pelo detector D no tempo t é: (vt+ vDt)/λ A taxa com que D intercepta comprimentos de onda nesta situação é a frequência f’, dada por: e como λ= v/f, temos: Obs: f’ deve ser maior do que f, a não ser que vD=0 (detector parado) Da mesma forma, podemos encontrar a frequência detectada pelo detector D quando se afasta da fonte. Neste caso, as frentes de onda se movem uma distância vt – vDt em relação a D no tempo t, e f’ é dada por: Obs: f’ deve ser menor do que f, a não ser que vD=0 (detector parado). FONTE EM MOVIMENTO- DETECTOR ESTACIONÁRIO Suponha um detector D esteja estacionário em relação à massa de ar e que a fonte S esteja se movendo em direção ao detector D com velocidade vS. O movimento da fonte S altera o comprimento de onda das ondas sonoras que ela emite e, consequentemente a frequência detectada pelo detector D. Seja T(=1/f) o tempo entre a emissão de qualquer par de frentes de onda sucessivas O1 e O2. Durante o tempo T: -a frente de onda O1 se move de uma distância vT e a fonte se move de uma distância vST. Ao final de T, a frente de onda O2 é emitida. Na direção (e sentido) em que S se move, a distância entre O1 e O2, que é o comprimento de onda se movendo nesse sentido, é vT- vST. Se D detectar essas ondas, ele detecta a frequência f’ dada por: Obs:f’ deve ser maior do que f, a não ser que vS=0 (fonte parada). Suponha agora que o detector D está parado e a fonte S está se afastando do detector, o comprimento de onda λ’ das ondas é vT+ vST. Se D detectar aquelas ondas, ele detecta a frequência f ’ dada por: Obs:f’ deve ser menor do que f, a não ser que vS=0 (fonte parada). Efeito Doppler (alguns casos) Efeito Doppler Lembrando, o efeito Doppler só ocorre quando a fonte e/ou o detector se movem em relação ao meio transmissor (como o ar). Para o som, a frequência observada f’ é dada em termos da frequência da fonte f por: Efeito Doppler (alguns casos) Detector parado e a fonte se aproximando do detector. Velocidade do detector D → vD=0 Quando a fonte se aproximando do detector, usamos o sinal negativo no denominador. -Detector parado e a fonte se afastando do detector. Velocidade do detector D → vD=0 Quando a fonte se afasta do detector, usamos o sinal positivo no denominador. Efeito Doppler (alguns casos) -Fonte parada e o detector se aproximando da fonte. Velocidade do da fonte S → vS=0 Quando o detector se aproxima da fonte, usamos o sinal positivo no numerador. -Fonte parada e o detector se afastando da fonte. Velocidade do da fonte S → vS=0 Quando o detector se afasta da fonte, usamos o sinal negativo no numerador.
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