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INICIAL NAELSON X FARMACIA

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VASCONCELOS ADVOCACIA
Dr.ª. Maria José Vasconcelos Torres
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE MACEIÓ – ALAGOAS.
NAELSON JOSÉ DOS SANTOS, brasileiro, casado, inscrito no RG 1762026-SSP/AL, portador do CPF/MF nº 036.273.314-78, residente e domiciliado Rua: Itapuã, nº 25, Jacintinho – CEP.: 57. 042.035 - Maceió-AL, por conduto de sua advogada legalmente constituída, vem perante Vossa Excelência, interpor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face da FARMÁCIA TRABALHADOR DO BRASIL, pessoa jurídica do direito privado, com o endereço na 2 de dezembro, nº 90ª, Centro de Maceió-Alagoas, CEP.: 57.000-000, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
1.DO ENDEREÇO PARA INTIMAÇÕES – ARTIGOS 39, I E 242 DO CPC:
Art. 39. CPC – Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:
I – declarar, na própria petição inicial ou contestação, o endereço em que receberá intimação. (grifos nossos).
Art. 242. CPC – O prazo para interposição de recurso conta-se data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.
§1º. Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.
§2º. Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação. (grifos nossos).
Ad cautelam, para maior segurança processual, requer a Reclamada que, quando forem realizadas notificações – utilizando-se do teor contido no Art. 39, inciso I e Art. 242, ambos do CPC – sejam esta encaminhadas para o endereço contido no rodapé, tudo objetivando o ilibado e célere andamento processual.
2. PRELIMINARMENTE
Declara o Reclamante que é POBRE na forma da Lei nº 1.060/50, requerendo, desta feita, de Vossa Excelência, os benefícios da justiça gratuita, também pelo fato de encontrar-se desempregado, não tendo condições financeiras de arcar com as despesas do processo, conforme prevê o caput, do artº 4º, da referida lei.
3. DOS FATOS
O Reclamante foi admitido na Reclamada em 01 de novembro de 2008, na função de segurança particular, percebendo o salário de R$ 1.150,00(hum mil, cento e cinqüenta reais), por mês, sendo demitido sem justa causa no dia 05 de novembro de 2010, sem assinatura na CTPS, e sem nada receber pelas verbas rescisórias.
A jornada de trabalho da Reclamante era o seguinte: 
1º (primeiro) ano de labor o Reclamante executava suas atividades na FARMÁCIA DROGA RÁPIDA, pertencente ao mesmo grupo econômico da Reclamada, com a jornada de: 2ª(segunda-feira) a sábado: 8:00h às 13:00h e das 15:00h às 22:00h;
2º(segundo) ano de labor e até a sua demissão, o Reclamante executava suas atividades na FARMÁCIA TRABALHADOR DO BRASIL, com a jornada de: 2ª(segunda-feira) a 6ª das 8:00h às 12:00h e das 14:00h às 20:00h. Sábado: das 08:00h às 12:00h.
Apesar de ter sido demitido sem justo motivo o Reclamante nada recebeu até a presente data suas verbas rescisórias, apesar de diversas vezes ter procurado a Reclamada na tentativa de recebê-las, tendo que recorrer a esta Justiça Especializadas para receber seus direitos trabalhistas.
Estas são, em síntese, as alegações do Reclamante.
4. DA JORNADA DE TRABALHO, DAS HORAS-EXTRAS E FERIADOS LABORADOS. 
O Reclamante perfazia a seguinte jornada de trabalho: 
1º (primeiro) ano de labor o Reclamante executava suas atividades na FARMÁCIA DROGA RÁPIDA, pertencente ao mesmo grupo econômico da Reclamada, com a jornada de: 2ª(segunda-feira) a sábado: 8:00h às 13:00h e das 15:00h às 22:00h;
2º(segundo) ano de labor e até a sua demissão, o Reclamante executava suas atividades na FARMÁCIA TRABALHADOR DO BRASIL, com a jornada de: 2ª(segunda-feira) a 6ª das 8:00h às 12:00h e das 14:00h às 20:00h. Sábado: das 08:00h às 12:00h.
Apesar de sempre laborar além de sua jornada legal, o Reclamante não recebia as suas horas-extras laboradas
É de se observar que a Reclamada feriu o preceito legal contido nas Súmulas 63 e 347 do Colendo TST, in verbis:
FGTS (horas extras e adicional)
Súmula 63 TST – A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. (grifos nosso).
“Súmula 347 TST – O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número das horas efetivamente prestadas e sobre ele aplica-se o valor do salário da época do pagamento daquelas verbas.”(grifos nosso).
Diante do exposto REQUER o Reclamante o pagamento de suas horas extras, no importe de 50%(cinqüenta por cento), com as devidas repercussões no aviso prévio, 13º salário proporcionais e integrais, férias integrais e proporcionais com 1/3, FGTS + 40%(quarenta por cento), RSRs, de todo o período laboral.
5. DA ASSINATURA NA CTPS
Como dito alhures, o Reclamante foi admitido na Reclamada em 01 de novembro de 2008 na função segurança particular, sem que sua CTPS tenha sido anotada.
Portanto requer o Reclamante à condenação da Reclamada em anotar a CTPS do mesmo devendo anotar a datada de admissão como sendo em 01 de novembro de 2008 e demissão no dia 05 de novembro de 2010, na segurança particular, com salário de R$ 1.150,00(hum mil, cento e cinqüenta reais), por mês.
6. AVISO-PRÉVIO INDENIZADO.
O Reclamante foi demitido sem justa causa, não recebendo os valores relativos ao aviso-prévio conforme preceituado no art. 7º, inciso XXI, da Constituição Federal e art. 487, § 1º, da CLT.
Portanto, o Reclamante REQUER o aviso-prévio, com base nas horas-extras laboradas.
7. DO SALDO DE SALÁRIO (5 DIAS).
O Reclamante não recebeu o saldo de salário correspondente ao mês de novembro de 2010.
Portanto, deverá a Reclamada ser condenada ao pagamento do saldo de salário, que desde logo REQUER. 
8. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL (11/12 AVOS).
Dentre as demais verbas rescisórias inadimplidas, encontra-se também o 13º salário proporcional na proporção de 11/12 avos, que desde já REQUER seu recebimento, de acordo com art. 7º, inciso VIII, devendo incidir as horas-extras laboradas. 
9. DAS FÉRIAS EM DOBRO, VENCIDAS E PROPORCIONAIS.
Desde o início do pacto laboral, o Reclamante nunca gozou das férias a que fazia jus. Desta forma, considerando-se a data do início de seu contrato laboral, dia 01 de novembro de 2008, o Reclamante tem o direito a receber suas férias em dobro, relativas ao período aquisitivo de 2008/2009; às férias vencidas, relativas ao período de 2009/2010 e às férias proporcionais de 2010/2011, levando-se em consideração horas-extras laboradas.
Assim, o Reclamante REQUER de Vossa Excelência que condene a Reclamada ao pagamento de férias em dobro, relativas ao período aquisitivo de 2008/2009, nos termos do artigo 137 da CLT, férias vencidas de 2009/2010 e férias proporcionais (1/12) de 2010/2011, considerando as horas-extras laboradas pelo Reclamante.
10. FGTS + MULTA DE 40%
O Reclamante ao ser demitido sem justa causa, não recebeu seu FGTS, nem tampouco a multa de 40% (quarenta por cento), devendo a Reclamada ser condenada ao pagamento dos depósitos do FGTS de todo pacto laboral, bem como a multa de 40%, sobre os referidos depósitos, de acordo com o art. 7º, incisos I e III, da Carta Maior, que desde logo REQUER, devendo incidir sobre as horas-extras laboradas. 
11. DA MULTA DO ARTIGO 467, DA CLT.
Pleiteia o Reclamante o recebimento da multa do art. 467, da CLT, caso a Reclamada não quite na primeira audiência que deverá comparecer as verbas incontroversas, no percentual de 50% (cinqüenta por cento), que desde logo REQUER de Vossa Excelência.
12. DA MULTA DO § 8º, DO ART. 477, DA CLT. 
Ante o fato do Reclamante não ter recebido suas verbas rescisórias dentro prazo legal estabelecido no § 6º, do art. 477, da CLT, requer o mesmo de Vossa Excelência a condenação da Reclamada no pagamento da referidamulta, com em seu último salário para fins rescisórios.
13. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
 
REQUER o Reclamante seja condenada a Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 20% sobre o valor da condenação, de acordo com o ar. 133, da CF, art. 20 do CPC.
14. DOS PEDIDOS
Ex positis, requer o Reclamante de Vossa Excelência o seguinte:
1º (primeiro) ano de labor o Reclamante, com a jornada de: 2ª(segunda-feira) a sábado: 8:00h às 13:00h e das 15:00h às 22:00h;
a) salário atrasado de setembro de 2010.......................................R$ 
b) Aviso prévio indenizado..............................................................R$ 
c) 13º salário proporcional de 10/12 avos...................................... R$ 
d) Férias vencidas (2009/2010)..................... .................................R$ 
e) Mais 1/3 sobre as férias....................................................... ......R$ 
f) Depósitos do FGTS................................................................. .R$ 
g) Multa do 40%..............................................................................R$ 
h) Multa do art. 477 da CLT ................................................... .......R$ 
i) Multa do art. 467 da CLT.............................................................R$ 
SUB-TOTAL....................................................................................R$ 
j) Dos Honorários advocatícios de 20%..........................................R$ 
l) Da justiça gratuita, conforme a Lei n° 1.060/50, por ser a Reclamante pobre na forma da lei, encontrando-se desempregada.
m)TOTAL.........................................................................................R$ 
14. CONCLUSÃO
REQUER o Reclamante que Vossa Excelência JULGUE PROCEDENTE esta Reclamatória em todos os seus pedidos, intimando a Reclamada, querendo, compareçam à audiência e venha a contestar a presente ação, sob pena de incorrer em revelia e confissão sobre matéria de fato nos termos do artigo 844 da CLT. REQUER que ao final, que a Reclamada seja condenada ao pagamento de todos os pedidos supra-relacionados.
Por fim, protesta o Reclamante pela produção de todos os tipos de provas admissíveis em direito, sobretudo as documentais, testemunhais e depoimento pessoal, tudo com vistas na boa fluidez do processo.
Dá-se à causa o valor de R$ R$ 9.979,63(nove mil novecentos e setenta e nove reais e sessenta e três centavos).
 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Maceió (AL), 19 de outubro de 2010.
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES.
ADVOGADA – OAB/AL 5.543.
ELISABELA VASCONCELOS DA COSTA
ESTAGIÁRIA
Av. Dep. Humberto Mendes, 796, Sala 32, Centro Empresarial Wall Street, Poço, CEP: 57.020-580, Maceió-AL. Fone: (82) 3326-1328. Cel.: 9301-1149. E-mail: mariajvtorres@hotmail.com.

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