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Dr. Gonzalo Lopez - ADVOGADO - PROFESSOR DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, DIREITO EDUCACIONAL E DE DIREITO CONSTITUCIONAL - PROFESSOR DE GEOGRAFIA - MESTRANDO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA (HCTE/UFRJ) - SECRETÁRIO GERAL DA COMISSÃO OAB VAI A ESCOLA (RJ) - MEMBRO DA COMISSÃO NACIONAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (OAB FEDERAL) E DA SECCIONAL RIO DE JANEIRO (OAB-RJ). - COORDENADOR DA COMISSÃO DE PRERROGATIVAS PARA DEFESA DE ADVOGADOS COM DEFICIÊNCIA (CDAP – PRERROGATIVAS RJ) - MEMBRO DO COMITÊ JURÍDICO DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE SÍNDROME DE DOWN (FBASD) - CONSULTOR INSTITUCIONAL DO MAIS, ATIVADOR E COLABORADOR JURÍDICO DO MOVIMENTO DOWN - MODERADOR DO RJ DOWN SÍMBOLOS DE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE – SIMBOLOGIA SÍMBOLOS DE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE – SIMBOLOGIA SÍMBOLOS DE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE – SIMBOLOGIA TERMINOLOGIAS Século XX: ◦ Inválidos (“indivíduos sem valor”) / “Aleijados” ◦ Incapacitados (“indivíduos sem capacidade” - incapazes) ◦ Defeituosos (“indivíduos em deformidade”) ◦ Deficientes (“indivíduos com deficiência”) ◦ Excepcionais (“indivíduos com deficiência intelectual”) 1981/87: ◦ Pessoas Deficientes (1981 – Ano Internacional da ONU) 1988/Século XXI: ◦ Pessoas Portadoras de Deficiência (CRFB/88) ◦ Pessoas com Deficiência (Declaração de Salamanca – 1994) ◦ Alunos com Necessidades Especiais (Resolução CNE/CEB nº 2/2001) ◦ Pessoa com Diversidade Funcional (Ray Pereira) Convenção (Decreto 6.949/09) / Lei 13.146/15 (LBI): Pessoa com Deficiência A DIVERSIDADE COMO MARCA DE IDENTIDADE Dr. Gonzalo Lopez Convenção Interamericana ◦ Artigo I – Para os efeitos desta Convenção, entende-se por: ◦ 1. Deficiência O termo “deficiência” significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social. Convenção Internacional da ONU ◦ Artigo 1 – Propósito Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. CONCEITO JURÍDICO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA ◦ Art. 01 (CDPD –DECRETO nº 6.949/09) Impedimento de longo prazo Física / Mental / Intelectual / Sensorial Interação com Barreiras ◦ Art. 02 (LBI – Lei nº 13.146/15) Impedimento de longo prazo Física / Mental / Intelectual / Sensorial Interação com Barreiras § 1º: Avaliação (equipe multidisciplinar): Biopsicossocial I – os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II – os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III – a limitação no desempenho de atividades; IV – a restrição de participação. Cenário (Parcial) Atual: Decreto nº 3.298/99 (alteração do Decreto 5.296/2004): ◦ Categorização: tipo de deficiência, segundo o CID-10 ◦ Comandos da LBI: abandonar a avaliação restrita ao CID-10. LBI: Executivo - novo instrumento de avaliação biopsicossocial da deficiência. Cenário RECENTE: Decreto s/nº de 27 de Abril de 2016 (04º CNDPD) ◦ Art. 2º: “Compete ao Comitê do Cadastro-Inclusão e da Avaliação Unificada da Deficiência: I - criar instrumentos para a avaliação da deficiência; II - estabelecer diretrizes, definir estratégias e adotar medidas para subsidiar a validação técnico-científica dos instrumentos de avaliação biopsicossocial da deficiência, com base no Índice de Funcionalidade Brasileiro; III - promover a multiprofissionalidade e a interdisciplinaridade na avaliação biopsicossocial da deficiência; IV...” ◦ Comissão já estruturada * DECRETO nº 5296/04 * DECRETO nº 3298/99 CONCEITO JURÍDICO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA Dr. Gonzalo Lopez CONCEITO JURÍDICO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA IFBr ◦ Dec. nº 6.949/2009 – novo conceito de Pessoa com Deficiência (Status Constitucional): inadmite somente critérios do Modelo Médico ◦ IF-BrA: Índice de Funcionalidade Brasileiro Aplicado para Fins de Aposentadoria Grau da Deficiência: Leve, Moderada e Grave Avaliação Multidisciplinar ◦ CID 10 (laudo médico) ◦ Histórico clínico e social Nível de independência funcional (25, 50, 75 e 100 pontos) Barreiras Externas / Ambientais: Produtos e Tecnologia, Ambientes, Apoio e Relacionamentos, Atitudes, Serviços, Sistemas e Políticas Método Fuzzy (cada deficiência: três condições para descrever riscos funcionais) Formulários: somatórios de pontos – definição do grau Perícia Médica e Assistência Social do INSS. ◦ Portaria Interministerial nº 1 / 2014 Instrumento de Avaliação e Classificação da Deficiência Concessão de Aposentadoria (Art. 201, §1º, da CRFB/88 e LC nº 142/2013) Não se baseia apenas na perícia médica, três elementos são necessários: ◦ Impedimento de longo prazo ◦ Barreiras ◦ Desigualação de Oportunidades como resultado da interação entre os dois elementos acima Impedimento de longo prazo na Portaria nº1/2014, ◦ Art. 3º: “considera-se impedimento de longo prazo, para efeitos do Decreto nº 3.048/99, aquele que produza efeitos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, pelo prazo mínimo de 02 (dois) anos, contados de forma ininterrupta.” Dr. Gonzalo Lopez TRANSIÇÃO DO MODELO MÉDICO PARA O MODELO SOCIAL DE DIREITOS HUMANOS DIFERENÇA COMO VALOR E COMO DIREITO – DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA “CULTURA DA DIVERSIDADE” Prof. Dr. Miguel López Melero (Universidad de Málaga – Espanha) MARCA DE IDENTIDADE ROMPIMENTO DE BARREIRAS ATITUDINAIS TERMINOLOGIAS - BARREIRAS Dr. Gonzalo Lopez TERMINOLOGIAS - BARREIRAS AMBIENTAIS ◦ Art. 03º, IV: “qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em: a) barreiras urbanísticas; b) barreiras arquitetônicas; c) barreiras nos transportes; d) barreiras nas comunicações e na informação; e) barreiras atitudinais; f) barreiras tecnológicas. (Lei Federal nº 13.146/15 – LBI) DIREITO À SAÚDE CONSTITUIÇÃO Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. LEI FEDERAL Nº 7.853/1989 ◦ Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa com deficiência; ◦ § 1o Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço). ◦ § 3o Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o ingresso de pessoa com deficiência em planos privados de assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados. ◦ § 4o Se o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço). LEI FEDERAL Nº 13.146/2015 (LBI) ◦ Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde sãoobrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais clientes. ◦ Art. 21. Quando esgotados os meios de atenção à saúde da pessoa com deficiência no local de residência, será prestado atendimento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de tratamento, garantidos o transporte e a acomodação da pessoa com deficiência e de seu acompanhante. ◦ Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em observação é assegurado o direito a acompanhante ou a atendente pessoal, devendo o órgão ou a instituição de saúde proporcionar condições adequadas para sua permanência em tempo integral. § 1o Na impossibilidade de permanência do acompanhante ou do atendente pessoal junto à pessoa com deficiência, cabe ao profissional de saúde responsável pelo tratamento justificá-la por escrito. § 2o Na ocorrência da impossibilidade prevista no § 1o deste artigo, o órgão ou a instituição de saúde deve adotar as providências cabíveis para suprir a ausência do acompanhante ou do atendente pessoal. ◦ Art. 23. São vedadas todas as formas de discriminação contra a pessoa com deficiência, inclusive por meio de cobrança de valores diferenciados por planos e seguros privados de saúde, em razão de sua condição. DIREITO À SAÚDE PLANOS DE SAÚDE LEI FEDERAL Nº 13.146/2015 ◦ “ART. 20. AS OPERADORAS DE PLANOS E SEGUROS PRIVADOS DE SAÚDE SÃO OBRIGADAS A GARANTIR À PESSOA COM DEFICIÊNCIA, NO MÍNIMO, TODOS OS SERVIÇOS E PRODUTOS OFERTADOS AOS DEMAIS CLIENTES.” JURISPRUDÊNCIA ◦ SÚMULA 469 (STJ): “APLICA-SE O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR AOS CONTRATOS DE PLANO DE SAUDE.” ◦ SÚMULA 340 (TJ/RJ): "REVELA-SE ABUSIVA A (CLÁUSULA CONTRATUAL) QUE EXCLUI O CUSTEIO DOS MEIOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS AO MELHOR DESEMPENHO DO TRATAMENTO DA DOENÇA COBERTA PELO PLANO." ◦ SÚMULA 102 TJ/SP: “HAVENDO EXPRESSA INDICAÇÃO MÉDICA, É ABUSIVA A NEGATIVA DE COBERTURA DE CUSTEIO DE TRATAMENTO SOB O ARGUMENTO DA SUA NATUREZA EXPERIMENTAL OU POR NÃO ESTAR PREVISTO NO ROL DE PROCEDIMENTOS DA ANS.” DIREITO À SAÚDE PLANOS DE SAÚDE RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 387/2015 ◦ AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS) ◦ ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE REVOGOU AS RESOLUÇÕES NORMATIVAS Nº 349/2014 E Nº 338/2013. ◦ COBERTURA MÍNIMA OBRIGATÓRIA ◦ NÃO LIMITA O MÁXIMO DOS PROCEDIMENTOS, AO CONTRÁRIO, DETERMINA O MÍNIMO DE TRATAMENTOS, PROCEDIMENTOS E SESSÕES PARA COBERTURA ASSISTENCIAL MÍNIMA. ◦ O PROFISSIONAL DE SAÚDE QUE DEVE DETERMINAR A QUANTIDADE DE SESSÕES (NÃO O PLANO) Art. 2º As operadoras de planos privados de assistência à saúde poderão oferecer cobertura maior do que a mínima obrigatória prevista nesta Resolução Normativa e nos seus Anexos, por sua iniciativa ou mediante expressa previsão no instrumento contratual referente ao plano privado de assistência à saúde. DIREITO À SAÚDE PLANOS DE SAÚDE RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 387/2015 DIREITO À SAÚDE DIREITO EDUCACIONAL - MATRÍCULA (VEDA “COTIZAÇÕES”) - “VESTIBULINHO” - VALORES ADICIONAIS (“TAXA EXTRA”) - OBRIGATORIEDADE PÚBLICA E PRIVADA - PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA - RESPONSABILIDADE DOS DOCENTES - SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS - AEE (ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO) - ADAPTAÇÃO DE MATERIAL, DE AVALIAÇÕES E CURRÍCULO (PDI) - MEDIAÇÃO (PROFISSIONAL DE APOIO ESCOLAR) DIREITO PENAL PRECONCEITO x DISCRIMINAÇÃO ◦ DISCRIMINAÇÃO É CRIME DECRETO LEI Nº 2848/1940 (CÓDIGO PENAL) ◦ Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena - reclusão de um a três anos e multa. DECRETO Nº 3.956/2001 CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA (GUATEMALA) Art. 01º, nº 02: “toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular reconhecimento, gozo ou exercício por parte de pessoas com deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades individuais.” LEI FEDERAL Nº 13.146/015 “Art. 88: Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência: Pena – reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. § 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente. § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 3º Na hipótese do §2º deste artigo, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda que antes de inquérito policial, sob pena de desobediência: I – recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do material discriminatório; II – interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na internet. DIREITO PENAL PRECONCEITO x DISCRIMINAÇÃO LEI FEDERAL Nº 7.853/1989 ◦ Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência; II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou emprego público, em razão de sua deficiência; III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência; IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa com deficiência; V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta Lei, quando requisitados. § 1o Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço). § 2o A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos para indeferimento de inscrição, de aprovação e de cumprimento de estágio probatório em concursos públicos não exclui a responsabilidade patrimonial pessoal do administrador público pelos danos causados. § 3o Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o ingresso de pessoa com deficiência em planos privados de assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados. § 4o Se o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço). GRATIDÃO CONTATOS ◦ Dr. GONZALO LOPEZ gonzalo@castrosouzaelopezadvogados.com 21 988191514 (WHATSAPP)
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