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SUBESTAÇÃO DISJUNTORES São Paulo 2018 Introdução Disjuntor é um dispositivo de proteção dos condutores de uma instalação elétrica; é calibrado para um determinado valor de corrente, quando a corrente que atravessa o disjuntor excede de algumas vezes o valor para o qual ele foi calibrado o seu mecanismo interno interrompe o circuito evitando, dessa forma, que os condutores da instalação sejam percorridos por uma corrente excessiva, ou seja, ele foi desenvolvido com o intuito de proteger os elementos existentes no circuito caso ocorra uma corrente de pico maior que o limite suportado pelo mesmo. O disjuntor abre (interrompe o circuito) automaticamente, no caso de um curto-circuito ou sobrecarga, quando a corrente torna-se mais alta que o normal. Eles protegem o circuito contra excessos de corrente. O disjuntor é comumente utilizado como substituto do fusível. Isso porque uma das vantagens do disjuntor sobre o fusível é que ele não é descartável. Após ser desarmado, o disjuntor pode ser rearmado várias vezes para que assim haja a continuação do funcionamento do circuito. Já o fusível, é descartável após seu rompimento. O padrão de fabricação mais comum é o seguinte: Tipos de disjuntores disponíveis no mercado nacional Disjuntores de Alta Tensão: indicados para grandes potências, podendo alcançar valores de 100 ampères; Disjuntores magnéticos: utilizado para proteger os equipamentos contra anomalias como sobrecargas, curtos-circuitos e outras avarias, é indicado especialmente para casos em que há preocupação de proteger o equipamento com bastante precisão. O disjuntor magnético funciona baseado no eletromagnetismo. Uma variação de corrente elétrica que atravessa as espiras de uma bobina, assim, gera o campo magnético nesta mesma bobina, que faz com que a chapa metálica do contato seja atraída, fazendo assim com que o contato abra, ocorrendo então a proteção da fonte e do circuito elétrico sequente. Esse efeito é instantâneo, o que garante que uma alta precisão a este tipo de disjuntor. Esta velocidade de interrupção instantânea é o que possibilita a proteção contra curto-circuito, que nos possibilita neste caso substituir um fusível. Possui um custo elevado; Disjuntores térmicos: seu funcionamento interrompe o circuito elétrico quando a temperatura fica muito alta. Estes dispositivos são utilizados para evitar incêndios, danos causados por flutuações de tensão, e outras situações elétricas perigosas. O disjuntor térmico funciona pelo princípio da deformação de uma lâmina bimetálica. Quando esta lâmina sofre uma sobrecarga de corrente, a mesma se deforma diferentemente nos dois metais e então ocorre a deformação, fazendo com que o contato mecânico abra o circuito elétrico sequente ao disjuntor térmico, efetuando assim a proteção dos equipamentos elétricos; Uma das principais vantagens é que o disjuntor térmico é um dispositivo mecanicamente simples, robusto e barato. Porém, não é muito preciso e necessita de um tempo de ação relativamente lento, o que o torna inutilizável para proteção de curto circuitos; Disjuntor termomagnético: muito utilizado em instalações residenciais e comerciais e suas principais funções são abertura e fechamento voluntário do circuito, proteção contra sobrecarga (atua como disjuntor térmico), proteção contra curto-circuito (atua como disjuntor magnético). Como escolher o disjuntor adequado? A ampacidade do condutor escolhido não pode ser menor que a corrente de atuação do dispositivo de proteção selecionado. Além disso a corrente de atuação do dispositivo de proteção não pode ser menor que a corrente de funcionamento, calculada para o circuito. Desta forma: Calculamos a corrente de funcionamento do circuito; Especificamos a bitola do fio: ela deverá ter uma ampacidade maior (ou igual) a essa corrente calculada; Especificamos o disjuntor: este deverá ter uma corrente de atuação com valor menor (ou igual) que a ampacidade do fio selecionado. Categorias de disjuntores O dimensionamento do disjuntor é uma questão de segurança com eletricidade, por esta razão deve-se tomar alguns cuidados para dimensioná-los. Para cada tipo de carga, faixa de corrente de ruptura e tempo de ruptura existe uma categoria adequada de disjuntor a ser usado, essas categorias ditam a curva de ruptura específica de cada uma. Quando se tem um equipamento sensível a picos de corrente é necessário que o disjuntor tenha um tempo de resposta de ruptura muito rápida, para que assim o equipamento não seja danificado, nesse caso a curva de corrente usada pertence a uma categoria. Em outros casos como na partida de motores, o tempo necessário para a partida do mesmo é relativamente grande, por isso a resposta de ruptura deve ser mais lenta, nesse caso é necessário um outro tipo de curva de corrente. As curvas de ruptura determinam o período de tempo e a faixa dos limites de corrente que o dispositivo suporta. Características curva B Usado em circuitos de cargas resistivas em geral. Ex: chuveiros, aquecedores elétricos, circuitos TUG (Tomada de uso geral). Corrente de ruptura 3 a 5 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A , curva entre 30 e 50A Características curva C Usado em circuitos de cargas indutivas em geral. Ex: Ar condicionado, bombas, circuitos de iluminação, sistemas de comando e controle. Corrente de ruptura 5 a 10 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A , curva entre 50 e 100A. Características curva D Usado em circuitos industriais. Ex: motores de grande porte, grandes transformadores, máquinas de solda. Corrente de ruptura 10 a 20 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A , curva entre 100 e 200A. Conclusão O disjuntor é muito importante na proteção de equipamentos elétricos e eletrodomésticos, mas muitas vezes, só entendemos essa importância quando temos a vivência em nossas casas, por exemplo quando ligamos vários equipamentos ao mesmo tempo e o disjuntor desarma, ou quando ficamos muito tempo no chuveiro e o mesmo acontece. Existe o dimensionamento correto do disjuntor, o tipo correto para cada aplicação. Por isso é tão importante conhecer os dispositivos elétricos e principalmente sempre se atentar para aplicar os conhecimentos da forma mais segura possível, evitando assim, possíveis acidentes elétricos. Bibliografia ConstruFacilRJ. “O que é e para que serve um disjuntor?”. 2015. Disponível em: <https://construfacilrj.com.br/para-que-serve-um-disjuntor/>. ANDRADE, Camila. “Disjuntores”. 2017. Disponível em: < https://www.saladaeletrica.com.br/disjuntores/>.
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