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[PEDIATRIA] [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Acadêmico(a): Matheus Araújo Professor(a): Maria Antonieta Aula: 01 Tema: Tuberculose, Rubéola, Sarampo, Caxumba Slide + Áudio TUBERCULOSE ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS Descrição: 1) é um problema de saúde prioritário no Brasil, 2) o Brasil mais 21 países em desenvolvimento alberga 80% casos mundiais da doença, 3) uma das mais frequentes doenças no mundo , 4) uma das principais causas de mortes do mundo, 5) atinge todos os grupos etários,predomina na faixa etária de 15-54 anos e sexo masculino. Causas : a) aumento da população carente ,morando em grandes aglomerados,sem condições básicas de saneamento, b) AIDS, c) menor preparo e descuido frente a doença. ETIOLOGIA • MYCOBACTÉRIUM —> são bacilos gram positivos, não móveis e não formados de esporos. • A parede celular das MYCOBACTÉRIUM é formada por lípedes ligados as proteínas e carboidratos, os quais conferem grande resistência à ação da luz, álcalis, ácidos e maior proteção à ação dos anticorpos. Outra característica é seu lento crescimento em meios de cultura demorando cerca de 3 a 6 semanas para sua identificação. A doença humana é causada basicamente pelo Mycobactérium tuberculosis e Mycobactérium bovis . PATOGÊNESE É uma doença transmitida por inalação de partículas suspensas no ar, eliminadas principalmente através de tosse de indivíduos doentes. São partículas pequenas, cerca de 1 a 5 micra de diâmetro e ficam suspensas no ar por muitas horas. • Quando uma pessoa inala o ar contaminado com material expelido por um indivíduo doente, a maioria das partículas maiores ficam alojadas nas vias aéreas superiores e é eliminada pelo mecanismo próprio do local, porém as partículas menores conseguem alcançar os alvéolos, onde então a infecção pode ser iniciada. Os macrófagos do alvéolo pulmonar ingerem e matam a maioria dos bacilos que chegam até o local, porém depende da virulência da Mycobactérium tuberculosis e da competência do macrófago, pode ocorrer ou não sua destruição. A multiplicação do bacilo dentro do fagócito, com posterior destruição deste, libera fatores quimiotáticos para o local que atraem monócitos e macrófagos. Há formação então de um tubérculo formado por macrófagos e bacilos vivos. Outros elementos que compõem o tubérculo são células epitelióides , as células de Langerhans e os linfócitos T. O tubérculo transforma-se em um granuloma, com necrose central que fibrosa e eventualmente calcifica -se . Há propagação dos bacilos para o linfonódo hilar através dos vasos linfáticos. O conjunto do foco inicial + linfangenite + adenopatia —> Complexo primário. Os bacilos dos linfonodos infectados podem disseminar para outros órgãos através da corrente sanguínea e linfática, em geral para os que apresentam alto teor de oxigênio, como ápice do pulmão, rins e cartilagem de crescimento dos ossos longos, onde podem causar doenças ou ficarem dormentes por décadas. O caseúm liquefaz e permite que o bacilo replique extracelularmente, promovendo lesões por extensão direta, como focos pulmonares secundários, doenças endo-bronquicas ou pleural. Caso atinja a corrente sanguínea pode haver disseminação por todo o organismo, levando à tuberculose miliar . Tubérculo original pode: 1. Evoluir e desaparecer; 2. Calcificar formando o complexo de Ghon ; 3. Tornar-se necrótico com material caseoso produzido pelos macrófagos. IMUNOPATOGÊNESE • A imunidade celular e a hipersensibilidade do tipo tardia são as respostas imunológicas do hospedeiro à infecção. • Caso estes mecanismos falhem ou não sejam eficiente, a infecção evolui para a doença • A imunidade mediada por células desencadeia a proliferação de linfócitos TCD4+, que sintetizam e excretam as citocinas na região infectada, que atraem para o local monócitos da circulação e os ativam. Os monócitos assim ativados e os linfócitos TCD4+ produzem enzimas lisossômicas, radicais de oxigênio e interleucinas 2, que são fatores determinantes para a morte do bacilo. A habilidade de eliminar a micobactéria está relacionada com o grau de ativação dos macrófagos. A hipersensibilidade do tipo tardia é parte da resposta imunocelular, estando envolvidas as células TCD4+, TCD8+ e células T”KILLER”, que destroem os macrófagos locais e causam necrose caseosa. Em pacientes imunocompetentes, o granuloma torna-se inativo e é enclausurado em uma cápsula fibrosa, que pode calcificar-se e a infecção ficar sob controle. Nos indivíduos com imunodepressão, devido a falha na resposta imune, o processo caseoso é circundado por uma camada de macrófagos pouco ativado, o que permite o crescimento da população bacteriana intracelular. A reação de hipersensibilidade tardia, destrói estes macrófagos, liberando os bacilos com expansão e disseminação da doença • Mesmo nos imunocompetentes, a doença pode progredir quando ocorre liquefação e formação de cavidade. Nestes locais os bacilos crescem rapidamente e mesmo os macrófagos ativados não conseguem controlá-los. O recém nascido e a criança pequena tem maior probabilidade de desenvolver a doença disseminada devido a imaturidade dos sistemas imunocelulares, humoral e local pulmonar. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Nem todas as crianças que adquirem o bacilo da tuberculose adoecem. O risco de desenvolver a doença é de 5% durante os primeiros dois anos. As manifestações clínicas dependem da quantidade de bacilos, da virulência da cepa e da idade, da imunocompetência e da suscetibilidade do hospedeiro. Os sintomas e sinais costumam serem pobres e quando aparecem manifestam-se como tosse, febre baixa, perda de peso e ocasionalmente sudorese noturna. DOENÇA PULMONAR A primeira lesão pulmonar causada pelo bacilo da tuberculose é o complexo primário, constituído pelo foco parenquimatoso primário, pela línfangite e pela adenite hilar. Quase sempre essa lesão primária se resolve e acaba desaparecendo com poucos sintomas clínicos Quando os linfonodos hilares, subcarineal e paratraqueais aumentam muito, pode ocorrer obstrução das vias aéreas com compressão extrínseca, determinando o aparecimento de atelectasias. Os sintomas clínicos são pobres em contraste com os achados radiológicos. Quando existe queixas as mais comuns são: tosse seca, febre baixa, sudorese vespertina, falta de apetite, perda ou diminuição do ganho pondero estatural. O exame torácico é quase sempre inocente e na presença de atelectasia pode ocorrer diminuição do MV e submacicez. Essa lesão primária é sede frequente de infecções bacterianas, quando a criança apresenta sintomas de pneumonia aguda, observa-se a melhora clinica com o uso de antimicrobiano, porém persiste a imagem radiológica. O complexo primário após caseificação, quando evolui para resolução, costuma calcificar. O fenômeno de caseificação é muito mais frequente em crianças do que em adulto A Tb ganglionar periférica acomete com frequência, cadeias cervicais, e é geralmente unilateral, com adenomegalia de evolução lenta, superior a 3 semanas. Os gânglios tem consistência endurecida e podem fistulizar. É comum a suspeita de Tb em casos de adenomegalia que não respondem ao uso de antibióticos. Algumas localizações extrapulmonares são mais frequentes nas crianças como gânglios periféricos, pleura, ossos e meninges. A Tbc do aparelho digestivo (peritonite e intestinal) pericardite, genito- urinária e cutâneasão mais raras. A meningoencefalite tuberculosa costuma cursar com fase prodromica de 01 a 8 semanas, quase sempre com febre, irritabilidade, paralisia de pares cranianos e !2 pode evoluir com sinais clínicos de hipertensão intracraniana, com vômitos, letargia e rigidez de nuca. O liquor é claro com glicose baixa e predomínio de mononucleares A forma osteoarticular mais encontrada, situa-se na coluna vertebral, constituindo o Mal de Pott. Cursa com dor no segmento atingido e posição antálgica nas lesões cervicais e torácicas, paraplegias e gibosidade 1. Exame clínico – baseado nos sintomas e historia epidemiológica. 2. Exame bacteriológico – baciloscopía de escarro deverá ser indicado para todos os sintomáticos respiratórios(indivíduos com tosse e expectoração por 3 semanas respiratórias ou mais). 3. Cultura – indicada para suspeitos de tuberculose pulmonar com baciloscopias repetidas negativas diagnostico de formas extra pulmonares,como meníngea,renal,pleural,óssea e ganglionar e para o diagnóstico de todas as formas de tuberculose em paciente HIV positivo e para verificar caso de falência de tratamento. 4. Exame Radiológico de tórax – auxilia no diagnóstico ,permite medir a extensão das lesões e avaliar a evolução clínica do paciente de patologias concomitantes; 5. Prova tuberculínica (PPD) – auxilia no diagnóstico,indica apenas a presença de infecção e não é suficiente para diagnóstico da doença; 6. Exame anatomopatológico (histológico e c i t o l ó g i c o ) - i n d i c a d o n a s f o r m a s e x t r a - pulmonares,através de realização de biópsia; 7. Exames bioquímicos – mais usados nas formas extra -pulmonares,em derrame pericárdico e liquido cefa lor raquid iano em meningoencefa l i t e tuberculosa. Outros- exames sorológicos e de biologia molecular são úteis ,mas seus altos custos e complexidade os inviabilizam como exames de rotina. PCR (reação em cadeia da polimerase) Dosagem ADA (adenosina deaminase) – marcador biológico que é sintetizado pelos linfócitos T. US para detectar linfonodos abdominais TC tórax e cérebro RM para doença osteo-articular. Teste de Mantoux-PPD A positividade do teste indica infecção pelo M. Tuberculosis ou pelo M. Bovis (BCG) e aparecem de 2 a 12 semanas após o contagio. O diâmetro da enduração deve ser medido 48-72 horas após a aplicação. Não Reator 0 – 4 mm: indivíduo não infectado pelo BK ou outra mico-bactéria semelhante, não vacinado com BCG ou em fase de viragem tuberculínica, ou com condição clínica imunossupressora que impede a resposta celular. Reator fraco 5 a 9 mm; indivíduo vacinado com BCG nos últimos 2 anos ou infectado pelo BK ou outras bactérias, principalmente se a infecção não for recente. Reator Forte 10 mm: indivíduo vacinado recentemente com BCG, indivíduo infectado pelo BK (sobretudo se recentemente), doente ou não. Em algumas condições onde o risco de infecção é alto, o PPD pode auxiliar na indicação de quimioprofilaxia ou de vacinação com BCG 1. Crianças não vacinadas com BCG, contactantes de bacilíferos caso sejam não reatores, deverão ser vacinadas, caso sejam reatores (> 5 mm) deverão receber quimioprofilaxia. 2. Profissionais de saúde não vacinados que estão em contato com Tb ou Aids, se estes forem não reatores, indica-se a vacinação com BCG. 3. Pacientes com sorologia positiva para HIV, se forem reatores ( > 5 mm), deverão receber quimioprofilaxia. Pacientes inicialmente não reatores deverão ter o teste repetido após melhora clínica com o uso de retro- virais. Teste negativo jamais exclui a hipótese de tuberculose . Principais causas de falsos negativos: 1 - leitura incorreta 2 - teste feito durante PI 3 - doença disseminada ou grave 4 - coexistência de doença viral (sarampo, rubéola, varicela, HIV) 5 - imunodeficiência celulares 6 - desnutrição ! 3 A pesquisa de BAAR é feita no lavado gástrico, secreção respiratória, escarro, líq. Pleural, líquor. Em crianças, o lavado gástrico deve ser feito internado, com passagem de sonda á meia-noite e a secreção deve ser aspirada pela manhã antes de acordar, movimentar-se ou deambular. Deverá ser feita em 3 dias consecutivos. TRATAMENTO • Deve ser feito em regime ambulatorial sob supervisão,no serviço de saúde mais próximo de sua residência. A hospitalização indicada para os quadros mais graves. • Esquema I – sem tratamento anterior 02 meses – RHZ 04 meses – RH • Esquema IR - com tratamento anterior Recidivante do esquema I ou retorno após abandono do esquema IR 02 meses – RHZE 04 meses – RHE • Esquema II – meningite tuberculosa 03 meses – SETEZ 09 meses – ETE • Falência dos esquemas I ou IR —> III Sem tratamento: indivíduos que nunca se submeteram a quimioterapia anti Tb ou o fizeram por menos de 30 dias. Retratamento: o tratamento prescrito para o doente já tratado por 30 dias ou mais que venha necessitar de novo tratamento por falência, recidiva ou retorno após abandono • ESQUEMA basico p/ adultos e adolescente (2RHZE/4RH) R (Rifampicina) – H (Isoniazida) – Z (Pirazinamida) – E (Etambutol) • Indicações: - Casos novos* de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto meningoencefalite) infectados ou não pelo HIV. * caso novo - paciente que nunca usou ou usou por menos de 30 dias medicamentos antituberculose. - Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou retorno após abandono com doença ativa. ! • Recomenda-se a solicitação de cultura, identificação e teste de sensibilidade (TS) para todos os casos com baciloscopia positiva ao final do segundo mês de tratamento. • De acordo com o resultado do TS será identificada a possível resistência aos fármacos e mudança do esquema será avaliada na unidade de referência. • Até o retorno e avaliação do TS deverá ser mantido o esquema inicial • ESQUEMA PARA MENINGOENCEFALITE PARA ADULTOS E ADOLESCENTES (2RHZE/ 7RH) ! • Na meningoencefalite tuberculosa deve ser associado corticosteróide ao esquema anti-TB: - prednisona oral (1 -2 mg/kg /dia) por quatro semanas ou dexametasona intra-venoso nos casos graves (0.3 a 0.4mg /kg /dia), por 4-8 semanas, com redução gradual da dose nas quatro semanas subseqüentes VACINA • Origem - A vacina contra tuberculose (BCG-Bacilo de Calmente-Guérin) é elaborada a partir de uma bactéria atenuada de origem bovina(Mycobacterium bovis),que é semelhante ao microorganismo que causa a doença (Mycobactrium tuberculosis). • Via de administração - A vacina deve ser aplicada por via intradérmica na altura da inserção inferior do músculo deltóide direito(OMS). • Consenso-1ª dose da vacina BCG protege a criança contra as formas graves disseminada da doença(TB Regime& Fármacos& Faixa&de& peso& Unidades/dose& meses& 2RHZE&& Fase&intensiva& RHZE&& 150/75/400/275&& comprimido&& em&dose&fixa&& combinada& 20&a&35&kg&& 36&a&50&kg&& >50&kg&& 2&comprimidos&& 3&comprimidos&& 4&comprimidos& 2& 4RH&& Fase&de&& manutenção& RH&& 300/200&ou&& 150/100&& cápsula& 20&a&35&kg&& 36&a&50&kg&& >50&kg&& 1&cápsula&300/200&& 1&cáps&300/200&+&1& cáp&150/&100&& 2&cápsulas&300/200&& 4& Regime& Fármacos& Faixa&de&peso& Unidades/doses& meses& 2RHZE&& Fase&intensiva& RHZE&& 150/75/400/27 5&& comprimido&& em&dose&fixa&& combinada& 20&a&35&kg&& 36&a&50&kg&& >50&kg& 2&comprimidos&& 3&comprimidos&& 4&comprimidos& 2& 7RH&& Fase&de&& manutenção& RH&& 300/200&ou&& 150/100&& cápsula&& 20&a&35&kg&& 36&a&50&kg&& >50&kg&& 1&cápsula&300/200&& 1&cáps&300/200&+&1& cáp&150/100&& 2&cápsulas&300/200&7& !4 m i l i a r e m e n i n g i t e T B o s a ) , e s t u d o m e t a análise-86%.BCG proteção pulmonar - variam 79 a 88%.Portanto ,a vacina BCG não impede a infecção,não impede o desenvolvimento da TB pulmonar ou a primo infecção,mas confere proteção contra formas graves da TB. • O tempo de duração da proteção do BCG neonatal em pesquisa nacional foi de 15-20 anos. • Conservação—temp.de 2 a 8ºC,proteção da luz solar,antes de sua utilização deverá ser diluída em solução salina e homogeneizada suavemente e sem agitação. • Dose- Uma dose ao nascer ou no máximo durante o 1º mês de vida,até 3 meses de vida (OMS). SITUAÇÕES ESPECIAIS VACINA BCG • Mãe bacilífera (RX de tórax com imagem sugestiva,ou cultura de escarro + para BAAR): RN não vacina e faz profilaxia primária com isoniazida durante 3 meses,ao final teste tuberculínico. • Criança não reatora—vacina; Criança reatora, não sintomática e ou não apresente indícios de doença–profilaxia secundária- isoniazida por mais 3 meses; • Criança reatora sintomática e ou apresente indícios de doença Tratamento com isoniazida e rifampicina por 6 meses e os 2 primeiros meses tbem pirazinamida (esquema tríplice). Mãe deve amamentar com máscara e ambiente ventilado. • RN filhos de mães HIV positivas e crianças soropositivas para HIV poderão ser vacinadas,desde que não apresentem sinais e sintomas de AIDS. • Quando vacinados ,nessas condições ,deverão ser acompanhados nas unidades de referência para AIDS. • Quando não vacinados no 1º mês de vida ,deverão ser submetidos ao PPD,se não reatores –vacina normal/e e ser acompanhados. EVOLUÇÃO VACINAL • Vacinação - após duas semanas surge uma mácula avermelhada de 5 a 15 mm de diâmetro,no local da aplicação – pápula – vesícula – pústula – úlcera – crosta – cicatriz – aproximadamente com 10 semanas. • Caso não apareça a cicatrização até 6 meses ou mais ou não há cicatriz no local de inserção do músculo deltóide da vacina,recomenda-se revacinar a c r i a n ç a , s e m a n e c e s s i d a d e d e t e s t e tuberculínico(PPD) prévio. As contra – indicações absolutas específicas para a vacina contra a TB são: a)Imunodeficiência congênita e adquirida; b)Crianças infectadas pelo HIV e com evidência clinica de AIDS. As contra- indicações temporárias são: c)Reações dermatológicas graves no local da aplicação; d)No caso de terapia imunossupressora,adiar a vacina no mínimo,3 meses após o término do tratamento; e)RN vacinar com peso igual ou superior a 2kg e boas condições clínicas. REAÇÕES ADVERSAS DA VACINA BCG • A vacina BCG é bastante segura. • Complicações locais decorrentes da vacina: tipo de c e p a u t i l i z a d a , q u a n t i d a d e d e b a c i l o s administrada,técnica de administração usada e imunodeficiência . • A d e n i t e a x i l a r e m 1 0 % d a s c r i a n ç a s vacinadas,homolateral,na axilar direita – acompanhar até a regressão. • Caso não cicatriza a úlcera supurada com mais de 1cm ou aumento acentuado do gânglio, em 6 meses, deve ser notificada como efeito adverso e indicar quimioprofilaxia com isoniazida (10mg/Kg/dia),até a regressaõ da lesão. • Reações resultantes de disseminação podem ocorrer em indivíduos com compromet/o da imunidade celular – tratamento anti - tuberculoso por 6 meses. • OMS recomenda vacinar todos os estudantes e profissionais de saúde não reator ao PPD. ! 5 RUBÉOLA Aspectos clínicos e Epidemiológicos • Conceito: doença contagiosa ,causada por um vírus(gênero Rubivírus,da família Togaviridae)de alta contagiosidade. • Incidência: dos 5 aos 14 anos. • Período de incubação: 14-21 dias. • Período contagiosidade: 7 dias antes até 5 dias depois do exantema. QUADRO CLÍNICO Período Prodrômico: 1- Na criança não existe- o1º sinal já é o aparecimento de erupção 2- Adolescente e adulto jovem –febre baixa cefaléia ,mal estar, anorexia, coriza, tosse,mialgia, faringite, conjuntivite , duração 1-5 dias. • Exantema maculopapular ,inicia-se na face e se estende rapidamente para baixo ;e ao final do1º dia começa a desaparecer no rosto,dura de 3 dias(1-5). Linfoadenopatia: 1- Pode aparecer até 7 dias antes do exantema. 2- Generalizada. 3- Característica,mas não é patognomônica: retroauricular e occipital. 4- Aumento do volume e dor -1º dia da erupção. 5-Pode ocorrer discreta esplenomegalia. Artralgia ou artrite ocorre em especial no adolescente do sexo feminino ;simetricamente tanto nas pequenas como grandes articulações,aparece quando a erupção está esmaecendo,dura 5-10 dias. EXAMES COMPLEMENTARES 1- hemograma - leucopenía,aumento dos plasmócitos e ocasionalmente linfócitos atípicos. - Plaquetopenia discreta pode ocorrer. 2-Sorologia: IgM e IgG especificas DIAGNÓSTICO • Clínico-anamnese e exame físico. • Caso de dúvida,reação sorológica - IgM especifica. TRATAMENTO: • Sintomático - de suporte. Síndrome da rubéola congênita Aspectos clínicos e epidemiológicos • Definição: A síndrome da rubéola congênita(SRC): é grave e pode acometer de 40 a 60% de RN de mães infectadas durante os 2 primeiros meses de gravidez; 30 a 35 % no terceiro mês, e 10 % no quarto mês e é raro após 20 semanas de gestação. • Principais sinais e sintomas às infecções intra- uterina são: aborto espontâneo, mal formação congênita de grandes órgãos e sistemas( oculares, cardíaco, deficiência auditiva e alterações neurológicas). • Formas leves podem ocorrer, com surdez parcial ou pequenas deficiências cardíacas, diagnosticadas mais tarde. • Agente etiológico: vírus RNA, gênero Rubivírus, família togaviridae. • Reservatório: o homem. • Modo de transmissão: pela via intra uterina. • Período de incubação: não há período definido. • Período de transmissibilidade: lactente com SRC podem eliminar o vírus através das secreções nasofaringes, sangue, urina e fezes por longo período. Diagnóstico clínico, epidemiológico e laboratorial • O feto é capaz de produzir anticorpos específicos IgM e IgG, mesmo antes do nascimento. • A presença de IgM no feto, específico para a rubéola é evidência de infecção congênita e pode ser detectada em torno de 100% até o 5º meses,60%até 6 a 12meses , 40% de 12 a 18meses e raro após os 18 meses (SRC). • Os anticorpos IgG maternos podem ser transmitidos passivamente ao feto através da placenta. • Não é possível diferenciar os anticorpos IgG maternos dos produzidos no RN ,qdo infectado intra -útero . • Isolamento do vírus - pode ser realizado a partir secreções nasais, sangue, urina e liquor, com inoculação em cultura celular. Diagnóstico diferencial • Com outras infecções congênitas: toxicoplasmose, sífilis, malária, citomegalovírus, herpes, hepatite B e outras. TRATAMENTO: não há tratamento específico. • Características epidemiológicas: vacina tríplice- viral, iniciado em 1992 de forma gradativa, alcançando a totalidade em 2000. • Vigilância epidemiológica: 1. Objetivos: conhecer a magnitude da SRC e avaliar o impacto das estratégias de vacinação. 2. Notificação: doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória. !6 SARAMPO O QUE É SARAMPO? • Doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa, caracteriza por febre, coriza, tosse, conjuntivite, exantema maculopapular . • Agente etiológico: vírus RNA, pertence ao gênero morbillivírus, família Paramyxoviridae. • Reservatório: o homem. MODO DE TRANSMISSÃO • De pessoa a pessoa, através de secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirros, falar ou respirar. • Período de transmissibilidade:De 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema até 4 dias após. GRUPO ETÁRIO • 95% antes dos 15 anos, e 50% desses, são menores de 5 anos. CONDUTA DIAGNÓSTICA • Quadro clínico: • Período prodrômico( catarral): 1- duração:geralmente de 3 a 5 dias. 2 -clínica:febre elevada,sintomas oculares (fotofobia, congestão e lacremejamento), coriza, espirros, tosses. Em 50 a 80% dos casos, 2 a 3 dias depois aparece o característico enantema de KOPLIK, localizado ao nível dos malares e desaparece após 2 dias a 6. QUADRO CLÍNICO • Exantema: 1- surge no quarto dia da doença e dura de 6 a 7 dias. 2-clínica: 36 a 48 horas após o aparecimento das manchas de KOPLIK, surge o exantema. • O exantema é morbiliforme com máculas ou manchas róseas, não pruriginosas, deixando entre elas pele normal, sua evolução faz no sentido cabeça, tronco e membros. • Os sintomas catarrais do período prodrômico intensificam-se e o estado geral piora com prostração e anorexia intensa. • Nessa fase aparece uma pneumonite intersticial de evolução benigna. • Nos casos de médio e grave intensidade- linfo adenopatia generalizada. • Período de convalescença: dura de 1 a 2 semanas, o exantema atenua-se e é característico a descamação furfurácea da pele. Desaparece a febre os sintomas oculares e a tosse. COMPLICAÇÕES • Febre após o terceiro dia do exantema, suspeitar de complicações. • O t i t e m é d i a a g u d a - c o m p l i c a ç ã o m a i s freqüente( agente etiológico H. influenzae). • Laringotraqueite aguda- benigna. • Pneumonia e broncopneumonia- principal causa de óbito(bactérias estafilococos ,pneumococos e etc.) • Encefalite aguda- rara mas grave, ocorre no período exantemático ou após 8 dias do inicio da doença. • Evolução benigna- 60% dos casos. • Panencefalite esclerosante sub aguda -rara e tardia. DIAGNÓSTICO • Clinico, laborátorial e epidemiológico. • Laborátorio: a)Elisa(IgM e IgG), - Fixação de complemento, - Inibição de hemaglutinação , - Imunofluorescência indireta. b)isolamento do vírus em cultura DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Doenças exantemáticas febrís agudas: • rubéola,escarlatina,,exantema súbito,dengue,sifilis secundária e outras. Tratamento • O tratamento é sintomático. Características epidemiológicas- • Doenças de distribuição universal • Endêmica em alguns da África Vigilância epidemiológica • Objetivos:identificação precoce de casos para adoção das medidas de controle, bem como identificar e monitorar as de mais condições de risco. • Notificação:doença de notificação compulsória nacional e de investigação epidemiológica obrigatória imediata . ! 7 CAXUMBA • A caxumba é uma doença infecciosa causada por um vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero paramyxovirus, de curso geralmente benigno, transmitida pelo contato direto com uma pessoa infectada, através de gotículas de secreção de orofaringe, caracterizada pelo aumento das glândulas salivares, principalmente das parótidas, ASPECTOS CLÍNICOS • Cerca de 12 a 25 dias após (período de incubação), o paciente pode iniciar com febre, mal-estar, mialgia e cefaléia, com duração de cerca de um a dois dias (período prodrômico). Após esse período poderá apresentar aumento das parótidas, geralmente bilateral, ou de outras glândulas salivares, com duração em torno de cinco dias. O período de transmissibilidade é de um a dois dias antes do inicio do quadro até nove dias após. COMO SE TRANSMITE • Através do contato com as secreções da pessoa infectada. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS • A caxumba é uma doença exclusiva do homem, distribuídas mundialmente, ocorrendo principalmente nas áreas urbanas, em ambientes fechados como orfanatos, creches,escolas e quartéis. Nos países onde a vacinação ainda não foi iniciada, observa se surtos epidêmicos a cada dois e cinco anos, acometendo principalmente crianças na faixa etária de cinco a nove anos de idade. DIAGNÓSTICO • Exame de rotina: a)provas sorológicas(inibição da hemaglutinaçao ou Elisa). • Diagnóstico diferencial: cálculo de dutos parotidianos, parotídite de outras etiologias tumores, etc. COMPLICAÇÕES • M e n i n g i t e a s s é p t i c a , o r q u i e p i d i d i m i t e , meningoencefalite, orquite, oofarite e mais raramente p a n c r e a t i t e , n e f r i t e , t i r e o i d i t e , h e p a t i t e , trombocitopenia e surdez. • Mais raro é o desenvolvimento encefalite podendo leva a edema cerebral, manifestação neurológica grave e óbito. • Seqüelas: surdez unilateral(neurite do 8º par craniano) e atrofia testicular (raro esterilidade) . TRATAMENTO • Tratamento de suporte: repouso e analgésicos. • As complicações tratamento especifico para cada caso. CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS • Na ausência de imunização, 85% dos adultos tem parotidite e um terço dos infectados não apresentam sintomas . • Maior incidência de casos ocorrem no inverno e primavera em forma de surtos. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA • Objetivos: reduzir as taxas de incidências através da vacinação de rotina, investigar surtos para adoção de medidas de controle. • Notificação: não é doença de notificação compulsória. • Os surtos devem ser notificados. • Vacinação : esquema vacinal básico: vacina triple viral aos dozes meses de idade e uma dose de reforço entre 4 e 6 anos . • Mulheres vacinadas evita a gravidez por 30 dias após a aplicação. !8
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