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UNIDADE II DA RESPOSTA DO RÉU revisada

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Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
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DA RESPOSTA DO RÉU – UNIDADE II 
I – CONCEITO: é a forma pelo qual o réu objetiva uma decisão de improcedência da 
ação, a exclusão do direito do autor. 
II – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: 
 Art. 5°, acesso à Justiça (incisos XXXIV e XXXV, da CF/88); 
 Contraditório e ampla defesa (art. 5°, LV da CF/88); 
Instrumentos de defesa (1973) 
 Contestação; 
 Reconvenção; 
 Exceção 
CPC 2015 
 Art. 146 – exceção de impedimento e suspeição do juiz; 
 Art. 335, 336, 337 e sgs – previu a contestação e as matérias de defesa, sendo 
apresentada por petição escrita. 
III – CONCEITOS IMPORTANTES 
a) Angularização do processo; 
b) Citação: ato mais importante do processo; estabelece a relação processual; 
oportuniza a defesa do réu; afasta sentença unilateral/nulidade. 
c) Faculdade do réu: sanção – efeitos da revelia. 
IV – CLASSIFICAÇÃO DA DEFESA DO RÉU 
1. Defesa de Mérito: o réu, nega e resiste ao pedido do autor, ataca o mérito da 
causa e não questões processuais. É a defesa por excelência onde o réu tenta 
mostrar a impertinência do outro. 
Pode ser: 
1.1 – Direta: o réu, nega a ocorrência de fatos constantes na inicial. Afirma que não 
ocorreram ou ocorreram de forma diferente, com outras consequências jurídicas. 
 
1.2 Indireta: o réu admite os fatos narrados na inicial, mas contesta a ação com 
outros fatos que são impeditivos, modificativos e extintivos do direito do outro. 
O réu traz fatos novos ao processo que podem gerar a improcedência do pedido 
do autor. 
Será assegurado ao autor o direito de “réplica”, no prazo de 15 dias com 
autorização de juntada de provas (art. 350, CPC 2015) 
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O direito da réplica assegura as regras referentes ao ônus da prova do artigo 
373 do CPC 2015. 
 Defesa direta – ônus do autor; 
 Defesa indireta – ônus do réu dos fatos novos alegados. 
1.3 – DEFESA PROCESSUAL 
É o ataque do réu em face da relação jurídica processual, para atingir o 
processo e não a matéria. Objetiva impedir a decisão de mérito ou protelar sua 
confecção. 
Pode ser: 
1. Própria (peremptória): visa ou gera a extinção do processo sem resolução do 
mérito. 
Ex: coisa julgada; 
 Litispendência 
2. Imprópria (dilatória): gera a parada momentânea do processo, sem gerar sua 
extinção, para um ajuste processual que solucionado leva à sequência do 
processo. 
Ex: conexão 
 Nulidade da citação 
 Princípio da eventualidade (art. 336 do CPC 2015): o réu na defesa pode 
acumular tanto a de mérito quanto a processual, ou seja, o réu deve 
produzir toda defesa que estiver ao seu alcance em face dos argumentos 
dispostos pelo autor na petição inicial. 
V – Prazo para defesa (CPC/73, art. 297): 15 dias para contestação, reconvenção 
e exceção. 
Art. 335 do CPC/2015: 15 dias para peticionar por escrito, observando: 
I - Audiência de conciliação ou mediação; 
II – protocolo de cancelamento (art. 334, §4°, inciso I – interesse de ambas as partes); 
III – art. 231 – demais casos: leitura 
§1° - vários réus. Juntada do último mandado: 
 - AR; 
 - mandado de citação; 
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 - citação por edital; 
 - pessoal – do último réu. 
Vários litisconsortes (art. 335, II) – prazo começa para cada um, na data de seu 
pedido protocolado de cancelamento; 
Não havendo autocomposição (art. 334, 4°): 
II – havendo pelo autor desistência do réu principal; o litisconsorte tem prazo para 
defesa da data da intimação da decisão que homologou a desistência. 
VI – CONTAGEM DO PRAZO 
1. Dias úteis (art. 219, CPC 2015); 
2. Exclui-se a do início e conta-se a do final (art. 224, CPC 2015); 
3. Vários réus: flui no primeiro dia útil a juntada do último mandado (§1°, art. 231 
CPC 2015); 
Prazo da Fazenda Pública (art. 183, CPC 2015): em dobro; 
Defensoria Pública (art. 166, CPC 2015): em dobro; 
Advocacia pública (art. 182 e 183, CPC 2015); 
Réus com procurador diversos. Em dobro (art. 229, CPC 2015). Escritórios 
diversos. 
VII – FORMA DE DEFESA: escrita 
CPC/73: art. 297 
CPC/2015: art. 335 
Rito sumaríssimo: escrito ou oral (lei 9.099/95). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESPÉCIES DE DEFESA 
I – CONCEITO: é a defesa do réu por excelência, está para ele como a inicial para o 
autor. Nele o réu impugna o mérito do pedido do autor. 
 Deve vincular toda matéria de defesa (art. 336, CPC 2015) 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA DEFESA NA CONTESTAÇÃO 
 A defesa na contestação tem caráter preclusivo conjuntivo. Uma vez ventiladas o 
réu só pode desdizer nessas alegações se sobrevierem fatos supervenientes (art. 303, 
CPC 2015). Questões de mérito e de processo. 
II – PRINCÍPIO DO ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO NÃO ESPECIFICADA (ART. 341, CPC 
2015) 
 Ao réu cabe se manifestar precisamente e especificamente sobre cada fato 
alegado pelo autor na inicial; 
 Não impugnado o fato é tido como presumidamente verdadeiro; 
 Não impugnado o fato não necessita de prova, por se tornar incontroverso (art. 
374, III, CPC 2015). 
II.1 – NÃO SE APLICA ESTA REGRA: 
 Confissão de fatos relativos a direitos indisponíveis (art. 341, I, CPC 2015); 
EX: na defesa não se discute a guarda de réus filhos ou paternidade 
 Petição inicial ausente de instrumento público de que a lei considera como 
substância do ato (art. 341, II, CPC 2015) 
EX: discutir propriedade sem escritura e registro de imóvel – abre prazo, não sanado 
extingue o processo sem resolução do mérito. 
 Contradição com a defesa considerada em conjunto (art. 341, III, CPC 2015) 
EX:Parágrafo único. art. 341, CPC 2015 – MP, curador especial, advogado dativo. 
III – DA CONTESTAÇÃO. 
Deve conter a defesa processual (própria ou imprópria) e a defesa de mérito (direito ou 
indireta), sob pena de preclusão. 
Sempre deve alegar a defesa de mérito. 
Na ordem da peça, primeiro a defesa processual e, após, a defesa de mérito. 
 
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Estrutura da peça: 
 Endereçamento ao juiz da causa; 
 Qualificação corrigindo a erros da inicial; 
 Endereço do advogado para intimação; 
 Preliminares (art. 337 do CPC 2015) 
 Após contestação aos argumentos da inicial (mérito) 
III.1 – PRELIMINARES (ART. 337, CPC 2015) 
I – Inexistência ou nulidade da citação 
 O processo não está formado sem a citação válida. 
a) Se o réu alega a falta ou nulidade da citação em preliminares de contestação, o 
vício está sanado, pelo comparecimento espontâneo e produção de defesa ( art. 
239, §1° do CPC); 
b) Se, comparece sem contestação, alegando apenas a falta ou nulidade da 
citação, sendo reconhecida, a citação é a data da intimação da decisão, 
começando o prazo da defesa (art. 239, CPC) 
c) Se o réu apresenta contestação fora do prazo arguindo preliminares de nulidade 
de citação e esta é acolhida, afasta-se a revelia e renova-se o prazo da defesa, 
por ser matéria de ordem pública e, pressuposto de validade e prosseguimento 
do processo. 
II – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA. 
II.1. Absoluta 
 Independe de exceção; 
 Pode ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição (art. 64, § 1°, CPC) 
 Cabe ao réualegar na primeira oportunidade de falar nos autos (art. 64, § 1°, 
CPC) 
 São nulos os atos decisórios e os autos são remetidos ao juiz competente (art. 
64, § 2°, CPC) 
 Se o réu não alegar na defesa, ao fazer posteriormente responde integralmente 
pelos custos do processo; 
II.2 – Relativa 
 É preliminar da contestação (art. 337, II, CPC); 
 Art. 64, CPC (passou à preliminar da contestação); 
 Caso o réu não alegue a incompetência relativa em preliminar, ocorre a 
prorrogação da competência (art. 65, CPC); 
 A incompetência relativa não é conhecida de ofício pelo juiz (art. 337, §5° CPC) 
 Declarada a incompetência relativa os autos são remetidos ao juízo competente; 
 Da decisão que defere ou indefere cabe agravo. 
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III – Inépcia da inicial (art. 330, §1° CPC) 
Inciso IV, art. 337, CPC: ler 
* não acolhida a inépcia de plano pelo juiz, o réu pode alegar na contestação; 
IV – Perempção (inc. V, art. 337, CPC) 
* vedação ao autor de ajuizar ação contra o mesmo réu e com o mesmo objeto, por ter 
levado a extinção do processo por 03 vezes, por não promover os atos e diligências 
que lhe competiam. 
Vide art. 486, §3° do CPC; 
Vide art. 486, III do CPC. 
* se os autor for acionado judicialmente, pode alegar o réu direito em defesa, por que a 
perempção afeta apenas o direito de ação. 
V – Litispendência (inc. VI, art. 337 CPC) 
* havendo a mesma ação contra o mesmo réu, com mesmo pedido e causa de pedir, 
com citação válida, ocorre a “lide pendente” 
*na defesa da segunda ação é que a litispendência deve ser alegada como preliminar e 
está é que será extinta sem resolução de mérito (art. 485, V, CPC 2015) 
VI – Coisa Julgada (inc. VII, art. 337 do CPC) 
* quando já há ação pré-existente transitada em julgado, a segunda ação é extinta sem 
resolução de mérito, se arguida a matéria em contestação (art. 485, V, CPC) 
VII – Conexão (art. 337, VII, CPC) 
* defesa processual imprópria por não extinguis o processo sem resolução de mérito; 
* altera ou modifica a competência relativa, reunindo dois ou mais processos que 
estejam em juízos idênticos, para serem decididos simultaneamente. 
Vide art. 57, CPC. 
* inclui-se também a continência que tem o mesmo efeito de reunir processos 
semelhantes. (mesmas partes, mesma causa de pedir, pedido de uma maior que 
da outra ação) 
* fixa-se a competência por prevenção. 
VII – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização (inc. 
IX, art. 337, CPC) 
* acarretam a extinção de processo sem resolução de mérito; 
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* alegado o vício e reconhecido pelo juiz, suspenderá o processo (art. 76, CPC); 
* autor não sanando o vício, o processo é extinto (art. 76, §1°, I, CPC), sem 
resolução de mérito (art. 485, IV, CPC). 
 Pressuposto de validade do processo. 
IX – Convenção de arbitragem (art. Inc. X, art. 337 do CPC) 
* cabe quando envolver direitos patrimoniais disponíveis e pessoas capazes de 
contratos (art. 1°, lei 9.307/96); 
* deve ser celebrada antes do ajuizamento da ação pelo autor; 
* deve ser preliminar da defesa pelo réu, pois não é conhecida de ofício pelo juiz 
(art. 337, §5° CPC) 
Conceito: implica na renúncia à jurisdição estatal, pelo que a controvérsia será 
dirimida por um árbitro e não pelo juiz. 
Cabe se existir: 
a) Cláusula compromissória; 
b) Compromisso arbitral (pacto preliminar). 
Acarreta a extinção do processo sem resolução de mérito. 
X – carência da ação (art. 337, XI, CPC) 
* ausência de legitimidade ou interesse processual; 
* ausente as condições da ação extingue o processo sem resolução de mérito; 
* retirada a “possibilidade jurídica do pedido” das hipóteses. 
Vide art. 485, VI CPC (extinção do processo sem resolução de mérito) 
XI – Falta de caução ou de outra prestação que a lei exija como preliminar (art. 
337, XII CPC) 
Ex: ação rescisória (art. 968, II, CPC) 
 Requisito da inicial da ação 
Efeitos: o juiz deve intimar o autor a recolher a caução. Não o fazendo, extingue o 
processo sem resolução de mérito. 
XII – indevida concessão de benefício de justiça gratuita (inc. XII, art. 337, CPC) 
 Se acolher suspende o benefício e manda o autor recolher custas processuais 
iniciais. 
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Obs.: §5°, art. 337 CPC – todas as matérias podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz 
salvo a convenção de arbitragem e a incompetência relativa do juízo. 
XIII – incorreção do valor da causa (inc. III, art. 337 CPC) 
Vide art. 293, CPC 2015: não há suspensão do processo. 
 Não impugnado presume-se aceito pelo réu e preclui. 
 
RECONVENÇÃO (ART. 343, CPC) 
I – CONCEITO: é uma faculdade do réu que contratado o autor no mesmo processo. 
Não havendo reconvenção não afeta a ação própria. 
II – PRAZO: proposta no prazo da contestação pelo réu. 
III – FORMA: 
No bojo da contestação (na peça de contestação) tendo conexão com a ação principal. 
Cabe em peça autônoma, caso o réu não ofereça contestação (art. 343, CPC) 
IV – NATUREZA JURÍDICA: de demanda autônoma, pois com desistência da ação 
principal ou ocorrência de causa extintiva não afeta a reconvenção (§2°, art. 343, CPC); 
V – PRESSUPOSTOS: 
1. Pressupostos gerais do processo; 
2. Condições da ação; 
3. Conexão com a ação principal ou com fundamento da defesa; 
4. O juízo da demanda principal é o mesmo da reconvenção; 
5. Mesmo procedimento da ação principal (art. 327, §2° do CPC); 
6. Mesmo no bojo da contestação deve ser expresso os arts. 319 e 320 do CPC 
(inicial); 
7. A reconvenção pode ser apresentada pelo réu, em peça escrita e autônoma da 
contestação, caso esta não seja apresentada pelo réu, visto que sua defesa é 
uma faculdade. 
VI – PROCEDIMENTOS: 
a) Proposta a reconvenção: intimação do autor reconvindo em 15 dias para 
contestar, na pessoa de seu advogado (art. 343, §1° do CPC); 
b) Não contestando aplica-se a revelia: 
Presunção de verdade dos fatos; 
Possibilidade de julgamento antecipado. 
 
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c) Aguarda-se o final da instrução processual para sentenciar o mérito da ação 
principal e a reconvenção. 
 
Exemplo: 
 
A contra B 
 
A reconvenção B 
VII – RECONVENÇÃO EM FACE DO SUBSTITUTO (ART. 343, §5° DO CPC) 
O réu pode reconvir contra o substituto autor da ação principal, em face do direito cujo 
titular seja o substituto. 
Cabe Litisconsórcio entre substituto e substituído (§3°, art. 343, CPC) 
 Direito em face do substituído 
Direito (interesse) que envolve o substituto. 
Ex: associação cobrando aluguel de imóvel que lhe era emprestado por sócio. 
 
EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO/ SUSPEIÇÃO 
I – CONCEITO: é o incidente processual que visa a remessa dos autos ao substituto 
legal do juiz. 
Ataca o juiz e não o juízo; 
Há prevenção absoluta da parcialidade (art. 144, CPC) 
II – HIPÓTESES DE CABIMENTO (ART. 144, CPC) 
Obs: §3° - cônjuge, companheiro, parente até o 3° grau que esteja em escritório, 
mesmo sem entrar no processo. 
III – PROCEDIMENTO, IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÕES (ART. 146 E SEGUINTES, 
CPC) 
1. Prazo de 15 dias, a contar do conhecimento do fato; 
2. Petição escrita e autônoma dirigida ao juiz do processo; 
3. Querendo, deve instruir com documentos e rol de testemunhas (art. 146, caput); 
4. Juiz recebe a petição:Se acolher ordena a remessa dos autos ao seu substituto legal; 
Não acolhe. Determina a autuação (art. 146, §1° do CPC) em apartado e 
apresenta em 15 dias suas razões, com documentos e rol de testemunhas. 
Ordena a remessa dos autos ao Tribunal. 
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4.1 – Tribunal: 
 
Distribuição a um relator, que deve declarar os efeitos do incidente (§2°, art. 
146, CPC); 
 
Enquanto não for fixado o efeito do incidente, existindo tutela de urgência é 
decidida pelo substituto legal do juiz (§3°, art. 146 CPC) 
 
4.2 – Decisão: 
 
Tribunal pode rejeitar. Se rejeitar os autos são julgados pelo juiz questionado 
(§4°, art. 146 CPC); 
Procedente. O juiz é condenado a pagar custas e remeterá os autos ao 
seu substituto legal. 
O juiz pode recorrer da decisão. O Tribunal fixará o momento em que 
começa o impedimento do juiz; Os atos protocolados no período do 
impedimento são nulos. 
IV – DOIS OU MAIS JUÍZES PARENTES, CONSAGUÍNEOS OU AFINS (ART. 147, 
CPC) 
O primeiro que conhecer do processo já exclui o outro, que deve remeter os autos ao 
substituto legal de plano. 
1° juiz – impedido 
2° juiz (parente do 1° juiz) - remete ao substituto legal imediatamente. 
 
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO (ART. 145, CPC) 
I – mesmo procedimento de exceção de impedimento; 
II – cabimento (art. 145, CPC): ler 
1° grau: pai/ mãe/ filhos 
2° grau: avós de pai e mãe/ netos 
3° grau: tios por parte de pai/mãe 
III – MOTIVO DE FORO ÍNTIMO (§1°, ART. 145, CPC): juiz pode declarar-se de ofício, 
sem explicar suas razões. 
 
 
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PRECLUSÃO 
I – CONCEITO: é o fenômeno processual relacionado aos atos processuais que devem 
ser realizados em determinados prazos. Não prestados os atos no prazo ficam 
impedidos de serem realizados. 
II – ESPÉCIES: 
a) Temporal: é a que decorre do não pratica do ato processual no prazo legal. 
b) Consumativa: realizado o ato no prazo legal antes de seu término, o restante 
do prazo deixa de existir, impedindo a parte de o realizar novamente; 
c) Lógica: não depende diretamente do fator tempo no processo, mas resulta da 
prestação de outro ato incompatível com aquele que deveria ser o realizado. 
Ex: no prazo para o réu recorrer da sentença que o condenou e, vem a juízo e paga a 
dívida encerrando o processo. 
III – PRECLUSÃO PRO JUDICATO: 
 Se, refere ao juiz. Para ele não há preclusão temporal, se não obedecer o prazo 
não há em regra ônus processual. 
 
 Há PRECLUSÃO CONSUMATIVA, uma vez decidida a matéria em sentença, o 
juiz não pode mais rediscuti-la (art. 505, caput do CPC) 
 
 Há PRECLUSÃO LÓGICA, em caso do agravo de instrumento ou retido. Se em 
vez de se retratar do agravo no prazo, o juiz cumpre a decisão agravada, não 
pode voltar atrás e se retratar da matéria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REVELIA 
I – CONCEITO: é a ausência de contestação no prazo legal, uma vez validamente 
citado o réu. A defesa em regra deve ser assinada por advogado habilitado. 
I.1. O RÉU SERÁ REVEL, QUANDO CITADO: 
a) não comparece nos autos; 
b) comparece, mas desacompanhado de advogado; 
c) comparece, acompanhado de advogado e contesta fora do prazo; 
d) comparece, acompanhado de advogado, apresenta outra defesa, que não a 
contestação; 
I.2. CITAÇÃO: 
1. a revelia pressupõe a citação válida. Se nula ou inexistente é afastada; 
2. não suprime o contraditório e ampla defesa, o que se dá com a citação que 
oportuniza a defesa do réu; 
3. a ausência do réu não impede o prosseguimento do processo; 
I.3. Outras hipóteses de revelia: 
1. ART. 313, § 3° DO CPC: morte do procurador. Se não constituir outro em 15 dias, o 
processo segue à sua revelia; 
2. ART. 76, CAPUT e § 1°, II, CPC: irregularidade de representação da parte e 
incapacidade processual. 
 Prazo razoável pelo juiz para sanar o vício. Não comparecendo o réu é 
considerado revel e o processo segue. 
 Descumprimento de um ônus processual. 
III – EFEITOS DA REVELIA: 
 Presunção relativa da verdade dos fatos: dispensa a necessidade de provas (art. 
344, CPC); 
 Os fatos dos autos tornam-se incontroversos pela falta de contestação (art. 374, 
IV CPC); 
 Não consiste na procedência do pedido, por alcançar apenas os fatos 
narrados na inicial e, não o direito postulado. 
 Não consiste em procedência automática do pedido. 
 Autor pode narrar fatos inverossímeis, sem credibilidade; 
 O juiz não pode considerar fatos sem comprovação; 
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 O juiz deverá apreciar matérias de ofício, como as constantes nas preliminares 
(art. 377, CPC) 
 
 Desnecessidade de intimações: 
 Réu revel sem advogado nos autos; 
Prazos passam a ter fluência independente de intimação. 
IV – NÃO OCORRÊNCIA DOS EFEITOS DA REVELIA (ART. 345, CPC) 
1. Pluralidade de réus (litisconsórcio) – art. 345, I do CPC; 
Os fatos articulados pelo autor na inicial devem abarcar todos os réus, para afastar a 
revelia; 
Se houverem fatos específicos, um para cada réu, a contestação de um não afasta a 
revelia dos outros que não contestaram; 
Não afasta a necessidade de prova para análise de mérito do juiz. 
2. Direitos indisponíveis (art. 345, II, CPC) 
 Vida; 
 Liberdade 
 Direitos da Fazenda Pública. 
 
3. Falta de instrumento indispensável (prova indispensável). 
Ex: ação reivindicatória de propriedade – escritura pública é indispensável para prova 
do direito de propriedade postulado. 
V – OUTRAS HIPÓTESES EM QUE NÃO SE APLICA APRESENTAÇÃO DE 
VERDADE/ EFEITO DA REVELIA. 
1. Citação ficta; 
Réu não contestou; Réu citado por edital; réu citado por hora certa (Curador 
especial - art. 72, II, CPC). 
 Curador especial – contestação geral (art. 341, par. único, CPC) 
 Não podem ser refutados verdadeiros os fatos articulados pelo autor na 
inicial. 
2. Fatos incompatíveis com os elementos dos autos, fatos improváveis e 
inverossímeis; 
 
 
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VI – COMPARECIMENTO POSTERIOR DO REVEL (ART. 346, PAR. ÚNICO, CPC) 
 O revel recebe o processo no estado em que se encontra; 
 Preclui os prazos e atos anteriores a sua intervenção; 
 Se chegar na fase de instrução, não pode produzir provas, não pode atuar nos 
apresentados pelos autor; 
 É intimado da audiência, pode contraditar testemunha e formular perguntas; 
 Pode alegar matérias que o juiz conhecer de ofício: 
* constante em preliminares; 
* matérias de mérito, como a prova de pagamento de dívida objeto do 
processo; 
* Pode recorrer. Intervindo antes da sentença deve dela ser intimado.

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