Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Engenharia de computação Disciplina de produção de textos A textualidade Atividade da semana 6 Aluno: Rafael José da Rocha RA: 1843794 Mauá 2018 1-Explique os seguintes conceitos: 1- Princípio da coesão Coesão textual trata de um fator importante do texto que se refere à conexão de palavras, expressões ou frases dentro de uma determinada sequência. O texto coeso é construído com elementos de ligação que podem ser pronomes, verbos, advérbios, conectores coesivos (termos e expressões); e sem sequenciadores, sendo o lugar do conector marcado por sinais de pontuação (vírgula, ponto, dois-pontos, ponto-e-vírgula). Segundo Koch e Travaglia (1989:13), a coesão é explicitamente apresentada através de elementos lingüísticos, indicações na estrutura superficial do texto, sendo de caráter claro e direto, expressando-se na organização sucessiva do texto. Halliday e Hasan (1976 apud Koch & Travaglia, 1989:13) afirmam que a coesão é a relação semântica entre os elementos do texto que são decisivos para sua interpretação; e ainda que a coesão é a relação entre os componentes superficiais do texto e a maneira pela qual eles se interligam e se combinam para resultar num desenvolvimento desejado. Essa visão semântica da coesão diz respeito às relações de dependência que transformam enunciados interligados em um texto. Coesão é a relação de significado entre dois componentes do texto, sendo um dependente do outro. Ainda para Halliday e Hasan (apud Koch & Travaglia, 1989:15), “há dois tipos de coesão: coesão gramatical (expressa através da gramática) e coesão lexical (expressa através do vocabulário)”. Além dos conectores coesivos se faz necessário haver um certo grau de coerência para que um discurso seja um texto. 2- Princípio da intertextualidade Todo texto mantém, de alguma forma, um certo grau de relação com outros textos e temas, isso ocorre devido à intertextualidade que é mantida. Pode ser garantido quando o texto é coeso e coerente, apresentando uma unidade interna de sentidos. Há vários tipos de intertextualidade como as paródias e paráfrases que recriam outros enunciados e obras; o interdiscurso que carrega a fala do outro por meio de alusões ou citações; a temática e o gênero, por meio destes dois pode-se ter textos de autores e épocas distintas que abordem o mesmo assunto, ou ainda quando um gênero textual é produzido dentro do formato de outro gênero, como uma receita em formato de cartas. Sendo assim a intertextualidade é fundamental para a escrita e compreensão dos textos verbais ou não-verbais. 3- Princípio da intencionalidade Trata-se da capacidade que os textos apresentam de carregar uma determinada intenção discursiva. Às vezes, um autor produz um texto com intenção crítica, outras vezes, como na literatura, temos textos que carregam várias intenções, já que são considerados parte da nossa arte. Quando alguém escreve um texto, tem em mente uma intenção com a escolha das palavras e o uso temático que escolhe. Além disso, o gênero no qual escrevemos um texto pode, também, indicar a nossa intenção discursiva. 4- Princípio da informatividade Trata da possibilidade que os textos apresentam de mostrarem maior ou menor grau de capacidade de surpreender o leitor. Digamos que há três níveis , o baixo , o satisfatório e o alto. O mais indicado é que um texto esteja no nível satisfatório, uma vez que este, além de mobilizar o repertorio cultural do leitor, ainda lhe traz informações novas, (.)Por outro lado, um nível alto pode acabar por confundir o leitor pelo excesso de informações , este pode acabar não processando todas as informações em um primeiro momento. O texto deve partir do dado – conhecimento partilhado com o leitor – e progredir para o NOVO – informações novas – a fim de o leitor conseguir acompanhar o raciocínio do autor e a lógica das ideias e do texto. Assim, quando um texto apresenta apenas dado+dado= baixa informatividade, pois informa o que já é sabido e nada acrescenta. Novo+novo= alta informatividade, sem conhecimento prévio, o leitor não consegue construir sentidos por não compartilhar dos conhecimentos e informações presentes no texto, ou seja, prejudica a comunicabilidade. Dado+novo = nível satisfatório de informatividade. 5- Metarregra da progressão Para que um texto seja microestruturalmente ou macroestruturalmente coerente, é preciso que haja no seu desenvolvimento uma contribuição semântica constantemente renovada”. (Charolles, 1978:57). A progressão complementa a primeira meta-regra, já que a coerência do enunciado vai além da recorrência de elementos. 6- Metarregra da relação Para que uma seqüência ou um texto sejam coerentes, é preciso que os fatos que se denotam no mundo representado estejam relacionados.” (Charolles, 1978:71-2). De natureza essencialmente pragmática, a “avaliação de congruência” de uma seqüência depende exclusivamente da percepção das relações entre os fatos, o que a torna bem pouco rígida 2- Por que se diz que a textualidade é construída com princípios linguísticos e extralinguísticos? Para cada um desses aspectos, cite pelo menos o nome de um princípio. Para ser considerado texto um conjunto de frases e parágrafos precisa seguir algumas ordens lógicas, pois isso interfere na sua recepção pelo leitor.. Sendo o texto um “evento comunicativo em que convergem ações linguísticas sociais e cognitivas”. Sua compreensão se dá não só pela linguística, mas é muito mais uma forma de inserção e um modo de agir sobre o mundo na relação com o outro. Os elementos linguísticos de um texto seria o texto em si. A coesão, coerência, os conectivos utilizados durante as sentenças que fazem com que o texto seja compreensível. Os aspectos extralinguísticos estão externas a língua, como a pragmática. A pragmática é o contexto que não está inserido literalmente na frase. A interpretação acontece por um conjunto de elementos externos ao enunciado. Já que existe uma gama de informações cabíveis de interpretações que poderiam ser interpretadas pelo enunciado em si. Enfim, é o que pode ser entendido mesmo sem estar escrito. 3- Considerando a polêmica sobre a existência da língua brasileira, explique o significado da expressão “Língua portuguesa de expressão brasileira”. A língua portuguesa foi trazida pelos portugueses na colonização, já as brasileiras vieram com a riqueza cultural dos índios, que já habitavam o país antes da chegada dos portugueses e, incorporaram as palavras de suas línguas ao português do Brasil. É importante lembrar que existe uma relação linguística entre as duas línguas, como por exemplo, palavras iguais significam coisas diferentes, expressões iguais significam expressões diferentes. Apesar da língua ser “a mesma”, existe muita dificuldade em entender o português de outros países, pois cada país molda a língua. A questão cultural altera o idioma, através de decorrentes fatos históricos, da sociedade, do meio em que a língua está envolvida. Mesmo havendo coincidências entre os idiomas, há sempre uma diversidade cultural que a modifica. Possuímos dialetos, sotaques, pronúncias diferentes em cada região do Brasil, porém todos ainda pertencem à língua portuguesa de expressão brasileira. Bibliografia CHAROLLES, M. Introdução aos problemas de coerência dos textos: abordagem teórica e estudo das práticas pedagógicas. In: Leitura e escrita. Org. e rev. Téc./ GALVES, C., ORLANDI, E. e OTONI, P. 03. ed. rev. Campinas, Pontes, 2002. KOCH, Ingedore & TRAVAGLIA, Luiz Carlos (1989).Texto e coerência. São Paulo, Cortez.
Compartilhar