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INTRODUÇÃO A PESQUISA: CONCEITO, ESTRUTURA E ELABORAÇÃO
Métodos e técnicas atuais de investigação científica
Andre Teles
Beatriz Pereira
Jose Fabio de Souza
Eduardo Fernandes Loreto
Tutor Externo: Flavio Luiz Beccon Brustoloni
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Negócios Imobiliários (EMD0755) – Seminário Interdisciplinar I
12/04/2017
RESUMO: O presente artigo propõe o estudo dos métodos e técnicas atuais de investigação científica no meio academico, com o objetivo de compreender as etapas da pesquisa, contribuindo para a disseminação do conhecimento científico em busca do bem comum.... A pesquisa foi feita com base em materiais teóricos e dados coletados e apresentados em outros artigos....Conclui-se que... 
Palavras - chave: pesquisa, metodologia, ciência. 
1: “INTRODUÇÃO 
 Todo conhecimento produzido no mundo provém de dedicados processos de pesquisas realizadas ao longo da historia da humanidade. Diferentes tipos de conhecimentos contribuíram para que fossem desenvolvidos métodos e técnicas que comprove a fidedignidade das informações. 
Para compreendermos as etapas da produção cientifica precisamos obter uma definição sobre o que é a pesquisa e qual sua relevância para o conhecimento cientifico. A pesquisa se constitui como uma ferramenta fundamental para o planejamento das etapas da produção cientifica, para a construção de conhecimentos gerais e promove os recursos essenciais para as diversas áreas cientificas.
 Existem vários tipos de pesquisa que são desenvolvidos para responder aos inúmeros questionamentos levantados pelos pesquisadores, sendo necessário estabelecer um procedimento lógico e racional com métodos científicos e que possam ser submetidos à verificação. Dessa forma, propõe-se que a pesquisa surge da necessidade de buscar um conhecimento confiável, que possa resolver as demandas que surgem no cotidiano.
(o que)O presente artigo relata uma analise dos atuais métodos e técnicas de investigação científica utilizados no meio acadêmico, propondo uma compreensão do processo metodológico através da pratica de pesquisa documental na abordagem qualitativa. (como)Este artigo consiste em uma revisão teórica e interpretação dos dados coletados de fontes bibliográficas e banco de dados digitais, que dispõe o levantamento de informações e estudos sobre os principais autores do campo da pesquisa. O tema proposto é fundamental para a construção do conhecimento cientifico...( porque).
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 DEFINIÇÕES DE CIÊNCIA E CRITÉRIOS DE CIENTIFICIDADE
O conhecimento científico difere do senso comum por ser resultante de uma série de procedimentos metodológicos sistematizados que são confirmados através da pesquisa.
Demo (2000, p. 22), em contrapartida, acredita que “no campo científico é sempre mais fácil apontarmos o que as coisas não são, razão pela qual podemos começar dizendo o que o conhecimento científico não é.” Para o autor, apesar de não haver limites rígidos para tais conceitos, conhecimento científico...
Tendo visto o que o conhecimento não é, podemos arriscar a dizer o que é. Conforme Demo (2000, p. 25), “do ponto de vista dialético, conhecimento científico encontra seu distintivo maior na paixão pelo questionamento, alimentado pela dúvida metódica.”
O termo ciência provém do verbo em latim Scire, que significa aprender, conhecer. Essa definição etimológica, entretanto, não é suficiente para diferenciar ciência de outras atividades também envolvidas com o aprendizado e o conhecimento. Segundo Trujillo Ferrari (1974), ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação
2.1.1 Principais conceitos e etapas da pesquisa cientifica 
Diferentes autores trazem conceitos diferentes sobre a definição da pesquisa. Dentre eles, GIL (2002, p.17) diz que “pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.” 
A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade é descobrir respostas para questões mediante a aplicação do método científico. A pesquisa sempre parte de um problema, de uma interrogação, uma situação para a qual o repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada. Para solucionar esse problema, são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas pela pesquisa.
 Portanto, toda pesquisa se baseia em uma teoria que serve como ponto de partida para a investigação. No entanto, lembre-se de que essa é uma avenida de mão dupla: a pesquisa pode, algumas vezes, gerar insumos para o surgimento de novas teorias, que, para serem válidas, devem se apoiar em fatos observados e provados. Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é entendida tanto como procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como procedimento de aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte integrante de todo processo reconstrutivo de conhecimento.”
. 
2.1.2 Construção da hipótese 
Conforme MARCONI E LAKATOS (2003) para se obter êxito na pesquisa científica é imprescindível formular hipóteses que orientem a busca do que se pretende investigar. Ainda conforme Marconi e Lakatos ( 2003, p. 161), a hipótese “é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema”, conduzindo a uma constatação provisória que após ser testada denotara uma verificação empírica
Chama-se de “hipótese” a fase do método de pesquisa que vem depois da formulação do problema. Sob certo aspecto, podemos afirmar que toda pesquisa científica consiste apenas em enunciar e verificar hipóteses. Uma hipótese de pesquisa é a “resposta” que você imagina para o problema formulado. Ela deve conter todos os conceitos e variáveis envolvidas. Deve ser redigida de forma clara, sem termos ou conceitos implícitos. A hipótese da pesquisa é uma suposição objetiva e não uma mera “opinião”. Além disto, precisa ter bases sólidas, assentadas e garantidas por “boas” teorias e por matérias primas consistentes da realidade observável.
 Para que o pesquisador obtenha melhores resultados, ele precisa de embasamento teórico claro, habilidade na coleta e interpretação dos dados, bem como obter conhecimentos das técnicas de pesquisas existentes que tenha maior controle das variáveis.
3. TIPOS DE PESQUISA
De acordo com as circunstancias de cada pesquisa, existem procedimentos variados que instrumentalizam a coleta de dados conforme o tipo de investigação. Para definir qual o melhor método de pesquisa é preciso classificar os objetivos a serem alcançados. KOLLER, et.all (2014, p.) continuar falando sobre etapas da pesquisa citando autores..
 A classificação dos tipos de pesquisa só é possível mediante o estabelecimento de um critério. Se classificarmos as pesquisas levando em conta os aspectos metodologicos, teremos conforme Barros e Lehfeld (1990), três grandes grupos: pesquisa experimental, pesquisa descritiva e pesquisa de. Descrever cada tipo de pesquisa, citando o autor
Muitos foram os pensadores e filósofos do passado que tentaram definir um
único método aplicável a todas as ciências e a todos os ramos do conhecimento. Essas tentativas culminaram no surgimento de diferentes correntes de pensamento,
por vezes conflitantes entre si. Na atualidade, já admitimos a convivência, e até a
combinação, de métodos científicos diferentes, dependendo do objeto de investigação
e do tipo de pesquisa.
Tabela sobre os pesquisadores...
3.1 PLANEJAMENTO OPERACIONAL DA PESQUISA 
O planejamento operacional da pesquisa consiste em prever as ações que deverão ser efetuadas para aplicar a estratégia da pesquisa escolhida. Estas ações dizem respeito à seleção da população a ser estudada, à definição das variáveis e à coleta de dados, assim como à análise dos dados recolhidos. 
População:
Toda questão de pesquisa define um universo de objetos aos quais os resultados do estudo deverão ser aplicados. A população alvo, também chamada população estudada, é composta de elementos distintos possuindo um certo número de características comuns. Estes elementos, chamados de unidades populacionais, são as unidades de análise sobre as quais serão recolhidas informações. Uma população é um conjunto de pessoas, objetos, acontecimentos ou fenômenos com pelo menos uma característica comum. 
Amostra: Uma amostra é um subconjunto de indivíduos da população alvo. Para que as generalizações sejam válidas, as características da amostra devem ser as mesmas da população. 
 Existem dois tipos de amostras, as probabilísticas, baseadas nas leis de probabilidades, e as amostras não probabilísticas, que tentam reproduzir o mais fielmente possível a população.
Continuar a fundamentando sobre os métodos e técnicas utilizados para o conhecimento cientifico... 
Métodos de abordagem - bases lógicas da investigação
Por método podemos entender o caminho, a forma, o modo de pensamento. É a forma de abordagem em nível de abstração dos fenômenos. É o conjunto de processos ou operações mentais empregados na pesquisa.
Os métodos gerais ou de abordagem oferecem ao pesquisador normas genéricas destinadas a estabelecer uma ruptura entre objetivos científicos e não científicos (ou de senso comum).
Esses métodos esclarecem os procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade. São, pois, métodos desenvolvidos a partir de elevado grau de abstração, que possibilitam ao pesquisador decidir acerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações.
Podem ser incluídos, neste grupo, os métodos: dedutivo, indutivo, hipotéticodedutivo, dialético e fenomenológico. Cada um deles se vincula a uma das correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade. O método dedutivo relaciona-se ao racionalismo; o indutivo, ao empirismo; o hipotético-dedutivo, ao neopositivismo; o dialético, ao materialismo dialético e o fenomenológico, à fenomenologia.
A utilização de um ou outro método depende de muitos fatores: da natureza do objeto que pretendemos pesquisar, dos recursos materiais disponíveis, do nível de abrangência do estudo e, sobretudo, da inspiração filosófica do pesquisador. Comentamos, na sequência, cada um dos métodos gerais ou de abordagem.
Método dedutivo
O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com base na lógica. “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica.” (GIL, 2008, p. 9).
Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo, a construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão. Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo a seguir:
Todo homem é mortal ............................................................................. (premissa maior)
Pedro é homem ....................................................................................... (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal ............................................................................... (conclusão)
O método dedutivo encontra ampla aplicação em ciências como a Físicae a Matemática, cujos princípios podem ser enunciados como leis. Já nas ciências sociais, o uso desse método é bem mais restrito, em virtude da dificuldade para obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser colocada em dúvida.
Mesmo do ponto de vista puramente lógico, são apresentadas várias objeções ao método dedutivo. Uma delas é a de que o raciocínio dedutivo é essencialmente tautológico, ou seja, permite concluir, de forma diferente, a mesma coisa. Esse argumento pode ser verificado no exemplo apresentado. Quando aceitamos que todo homem é mortal, colocar o caso particular de Pedro nada adiciona, pois essa característica já foi adicionada na premissa maior.
“Outra objeção ao método dedutivo refere-se ao caráter apriorístico de seu raciocínio.” (GIL, 2008, p. 10). De fato, partir de uma afirmação geral significa supor um conhecimento prévio. Como é que podemos afirmar que todo homem é mortal?
Esse conhecimento não pode derivar da observação repetida de casos particulares, pois isso seria indução. A afirmação de que todo homem é mortal foi previamente adotada e não pode ser colocada em dúvida. Por isso, os críticos do método dedutivo argumentam que esse raciocínio se assemelha ao adotado pelos teólogos, que partem de posições dogmáticas.
Método indutivo
É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo
particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007, p. 86),
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo os argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
Essa generalização não ocorre mediante escolhas a priori das respostas, visto que essas devem ser repetidas, geralmente com base na experimentação. Isso significa que a indução parte de um fenômeno para chegar a uma lei geral por meio da observação e de experimentação, visando a investigar a relação existente entre dois fenômenos para se generalizar. Temos, então, que “o método indutivo procede inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de coleta de dados particulares.” (GIL, 2008, p. 10).
No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações. Entre as críticas ao método indutivo, a mais contundente é aquela que questiona a passagem (generalização) do que é constatado em alguns casos (particular) para todos os casos semelhantes (geral).
Nesse método, partimos da observação de fatos ou fenômenos cujas causas desejamos conhecer. A seguir, procuramos compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procedemos à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Consideremos, por exemplo:
Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal....
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João, Paulo ... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
As conclusões obtidas por meio da indução correspondem a uma verdade não contida nas premissas consideradas,
[...] diferentemente do que ocorre com a dedução. Assim, se por meio da dedução chega-se a conclusões verdadeiras, já que baseadas em premissas igualmente verdadeiras, por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis. (GIL, 2008, p. 11). 
O raciocínio indutivo influenciou significativamente o pensamento científico. 
Desde o aparecimento no Novum organum, de Francis Bacon (1561- 1626), o método indutivo passou a ser visto como o método por excelência
das ciências naturais. Com o advento do positivismo, sua importância foi reforçada e passou a ser proposto também como o método mais adequado para investigação nas ciências sociais. (GIL, 2008, p. 11).
Devido à sua influência é que oram definidas técnicas de coleta de
dados e elaborados instrumentos capazes de mensurar os fenômenos sociais. O raciocínio indutivo influenciou significativamente o pensamento científico.
Desde o aparecimento no Novum organum, de Francis Bacon (1561-1626), o método indutivo passou a ser visto como o método por excelência das ciências naturais. Com o advento do positivismo, sua importância foi reforçada e passou a ser proposto também como o método mais
adequado para investigação nas ciências sociais. (GIL, 2008, p. 11).
Nesse sentido, conforme Gil (2008), não há como deixar de reconhecer e destacar a importância do método indutivo na constituição das ciências sociais. Surgiu e serviu para que os estudiosos da sociedade abandonassem a postura especulativa e se inclinassem a adotar a observação como procedimento indispensável para atingir o conhecimento científico. Devido à sua influência é que foram definidas técnicas de coleta de dados e elaborados instrumentos capazes de mensurar os fenômenos 
Dedutivo:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
Indutivo:
Todos os cães que foram observados tinham um coração.
Logo, todos os cães têm um coração.
Método hipotético –dedutivo ......
Método dialético .....
Método fonomelógico .....
Método histórico .....
Método observacional.....
Método estatístico.....
Método monográfico......
Métodos de procedimentos – meios técnicos da investigação
Diferentes dos métodos de abordagem, os métodos de procedimentos (considerados às vezes também em relação às técnicas) são menos abstratos; são etapas da investigação. Assim, os métodos de procedimento, também chamados de específicos ou discretos, estão relacionados com os procedimentos técnicos a serem seguidos pelo pesquisador dentro de determinada área de conhecimento. O(s) método(s) escolhido(s) determinará(ão) os procedimentos a serem utilizados, tanto na coleta de dados e informações quanto na análise. 
“Esses métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos, para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fatos sociais.” (GIL, 2008, p. 15). Mais especificamente, visam a fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa social, em especial no que diz respeito à obtenção, ao processamento e à validação dos dados pertinentes à problemática objeto da investigação realizada.
Podem ser identificados vários métodos dessa natureza nas ciências sociais. Nem sempre um método é adotado rigorosa ou exclusivamente numa investigação. Com frequência, dois ou mais métodos são combinados. Isso porque nem sempre um único método é suficiente para orientar todos os procedimentos a serem desenvolvidos ao longo da investigação. 
Os métodos específicos mais adotados nas ciências sociais são: o histórico, o experimental, o observacional, o comparativo, o estatístico, o clínico e o monográfico.
Método experimental
O método experimental consiste, especialmente, em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto (GIL, 2008). Não seria exagero considerar que parte significativa dos conhecimentos obtidos nos últimos três séculos se deve ao emprego do método experimental, que pode ser considerado como o método por excelência das ciências naturais.
No entanto, assinalamos que as limitações da experimentação no campo das ciências sociais fazem com que esse método só possa ser aplicado em poucos casos, visto que situações éticas e técnicas impedem sua utilização.
Método observacional
O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos interessantes. “Por um lado, pode ser considerado como o mais primitivo e, consequentemente, o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita o mais elevado grau de precisão nas ciências sociais.” (GIL, 2008, p. 16).
Destacamos que o método observacional difere do experimental em apenas alguns aspectos na relação entre eles: “nos experimentos, o cientista toma providências para que alguma coisa ocorra, a fim de observar o que se segue, ao passo que, no estudo por observação, apenas observa algo que acontece ou já aconteceu.” (GIL, 2008, p. 16).
Podemos ressaltar, ainda, que existem investigações em ciências sociais que se utilizam exclusivamente do método observacional. Outras o utilizam em conjunto com outros métodos. E podemos afirmar que qualquer investigação em ciências sociais deve se valer, em mais de um momento, de procedimentos observacionais.
Método estatístico
O papel do método estatístico é, essencialmente, possibilitar uma descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado.
Conforme Gil (2008, p. 17), “este método se fundamenta na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais.” Devemos considerar, no entanto, que as explicações obtidas mediante a utilização do método estatístico não devem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas portadoras de boa probabilidade de serem verdadeiras.
Com base na utilização de testes estatísticos, possibilita-se determinar, em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido (GIL, 2008). Assim, “o método estatístico passa a se caracterizar por razoável grau de precisão, o que o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de ordem quantitativa.” (GIL, 2008, p. 17). Nesse sentido, os procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às
conclusões obtidas, sobretudo, mediante a experimentação e a observação.
Método clínico
O método clínico baseia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. “É utilizado, principalmente, na pesquisa psicológica, cujos pesquisadores são indivíduos que procuram o psicólogo ou o psiquiatra para obter ajuda.” (GIL, 2008, p. 17).
O método clínico tornou-se um dos mais importantes na investigação psicológica, em especial depois dos trabalhos de Freud (GIL, 2008). Sua contribuição à Psicologia tem sido muito significativa, particularmente no que se refere ao estudo dos determinantes inconscientes do comportamento. No entanto, enfatizamos que o pesquisador que adota o método clínico deve se precaver de muitos cuidados ao propor generalizações, visto que esse método se apoia em casos individuais e envolve experiências subjetivas.
Método monográfico
O método monográfico tem como princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes (GIL, 2008). Esses casos podem ser indivíduos, instituições, grupos, comunidade etc. Nessa situação, o processo de pesquisa visa a examinar o tema selecionado de modo a observar todos os fatores que o influenciam, analisando-o em todos os seus aspectos.
Embora reconhecendo a importância de o pesquisador seguir um método como referência, entendemos que o ideal é empregar métodos e não um método, visando a ampliar as possibilidades de análise, considerando que não há apenas uma forma capaz de abarcar toda complexidade das investigações.
3.1.2 Metodologia Da Pesquisa: Métodos E Técnicas Atuais De Investigação Científica
Primeiramente, apresentamos a definição etimológica do termo: a palavra Metodologia vem do grego “meta” = ao largo; “odos” = caminho; “logos” = discurso, estudo.
A Metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa acadêmica. A Metodologia, em um nível aplicado, examina, descreve e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a coleta e o processamento de informações, visando ao encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação. 
A Metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados para
construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS:
MARCONI Marina de Andrade, LAKATOS Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, 2002.
KOLLER, Sílvia H; COUTO, Maria Clara P. de Paula; HOHENDORFF, Jean Von. Manual de produção científica – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Penso, 2014.

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