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Capitulo 01

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1
1 Lesões Brancas
Lesões brancas da mucosa bucal são um grupo de desordens multifatoriais, cuja 
cor é produzida pela dispersão da luz sobre uma superfície epitelial alterada. O 
diagnóstico clínico e diferencial das lesões brancas bucais deve ser baseado na 
história médica, nas características clínicas e nos testes laboratoriais.
• Leucoplasia • Matéria alba da gengiva
• Leucoplasia pilosa • Grânulos de Fordyce
• Líquen plano • Leucoedema
• Reações liquenóide • Nevo branco esponjoso
• Linha alba • Disceratose congênita
• Estomatite nicotínica • Paquioníquia congênita
• Estomatite urêmica • Síndrome da hiperceratose palmo-
plantar e da mucosa bucal focal• Estomatite por contato com canela
• Queimadura química • Papiloma
• Candidíase • Carcinoma verrucoso
• Lesão por mordiscamento • Carcinoma espinocelular
• Língua geográfi ca • Enxertos de pele e mucosa
• Língua pilosa • Peeling epitelial
• Língua saburrosa
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2 Lesões Brancas
Leucoplasia
Defi nição Leucoplasia é um termo clínico, e a lesão é defi nida como uma 
mancha ou placa branca, fi rmemente aderida à mucosa bucal, que não pode 
ser classifi cada como nenhuma outra lesão ou patologia. É uma lesão cance-
rizável.
Etiologia A etiologia exata continua desconhecida. Cigarro, álcool, irritação 
local crônica e Candida albicans são fatores predisponentes importantes. O 
papilomavírus do humano (HPV) pode também estar envolvido na patogenia 
da leucoplasia bucal.
Aspecto clínico Três tipos clínicos (Figs.1 e 2) são reconhecidos: a homogê-
nea (comum), a salpicada (menos comum) e a verrucosa (rara). As leucoplasias 
salpicada e verrucosa apresentam um risco maior de transformação maligna 
do que a forma homogênea. A taxa média de transformação maligna para a 
leucoplasia varia entre 4 e 6%. As localizações afetadas com maior freqüência 
são a mucosa jugal, a língua, o assoalho de boca, a gengiva, e o lábio inferior.
Testes laboratoriais Exame histopatológico.
Diagnóstico diferencial Líquen plano, estomatite por contato com canela, 
candidíase, leucoplasia pilosa, reação tipo líquen plano, lesão por mordisca-
mento, ceratose no fundo de sulco relacionada ao tabaco, leucoedema, quei-
madura química, estomatite urêmica, enxerto cutâneo, algumas genodermato-
ses e lúpus eritematoso discóide.
Tratamento Eliminação ou suspensão dos fatores predisponentes compos-
tos retinóides; sistêmicos. A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha.
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Lesões Brancas 3
Figura 1 Leucoplasia homogênea.
Figura 2 Leucoplasia salpicada.
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4 Lesões Brancas
Leucoplasia Pilosa
Defi nição A leucoplasia pilosa é uma das lesões mais comuns e caracte-
rísticas da infecção do vírus da imunodefi ciência humano (HIV). Em raros 
casos, pode ser observada em pacientes imunossuprimidos após transplante 
de órgãos.
Etiologia O vírus Epstein-Barr parece desempenhar papel importante na pa-
togenia.
Aspecto clínico A leucoplasia pilosa apresenta-se como uma placa bran-
ca, geralmente elevada, não-removível e assintomática. A lesão é quase 
sempre observada nas bordas da língua bilateralmente e pode envolver o 
dorso e a superfície ventral da língua (Fig. 3). Caracteristicamente, a su-
perfície da lesão é corrugada com orientação vertical. Entretanto, também 
podem ser observadas lesões lisas ou planas. Não é considerada uma lesão 
cancerizável.
Testes laboratoriais Exame histopatológico, hibridização in situ, reação 
em cadeia da polimerase (PCR) e microscopia eletrônica.
Diagnóstico diferencial Lesão por mordiscamento, líquen plano, ceratose 
friccional, estomatite por contato com canela, estomatite urêmica, candidíase.
Tratamento Não requer. Em alguns casos, entretanto, o aciclovir e o valaci-
clovir podem ser usados com sucesso.
Líquen Plano
Defi nição Líquen plano é uma doença crônica infl amatória mucocutânea 
relativamente comum.
Etiologia Apesar de a causa ser desconhecida, mecanismos auto-imunes 
mediados por células T estão envolvidos na patogenia do líquen plano.
Aspecto clínico As lesões bucais que caracterizam a doença são pápulas 
brancas que geralmente coalescem formando um rendilhado (estrias de Wi-
ckham). São reconhecidas seis formas da doença na mucosa bucal, classifi -
cadas de acordo com sua freqüência: comum (reticular e erosiva, Figs. 4 e 5); 
menos comum (atrófi ca e hipertrófi ca, Fig. 6); e rara (bolhosa e pigmentada, 
Fig. 7). Afeta indivíduos de meia-idade com maior freqüência (a relação de 
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Lesões Brancas 5
Figura 3 Leucoplasia pilosa.
Figura 4 Líquen plano na mucosa jugal: forma reticular.
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6 Lesões Brancas
mulheres para homens é de 3:2). Os locais mais afetados são a mucosa jugal, 
a língua e a gengiva. As lesões cutâneas caracteristicamente aparecem como 
pápulas pruriginosas, poligonais de coloração púrpura, geralmente nas su-
perfícies fl exoras das extremidades. A glande do pênis e as unhas também po-
dem ser afetados. A doença pode ser, em geral, diagnosticada clinicamente. O 
prognóstico do líquen plano é bom, e a possibilidade de transfomação maligna 
(particularmente da forma erosiva) continua controversa.
Testes laboratoriais O exame histopatológico é de grande valia. A imuno-
fl uorescência direta pode ser utilizada, apesar de as características não serem 
específi cas.
Diagnóstico diferencial Lúpus eritematoso discóide, candidíase, doença do 
enxerto versus hospedeiro, língua geográfi ca, leucoplasia, eritroplasia, penfi -
góide cicatricial, pênfi go e penfi góide bolhoso.
Tratamento Nenhuma terapia é necessária nas lesões assintomáticas. O 
uso de esteróides tópicos (sob a forma de orabase ou injeção intralesional) 
pode ajudar. Pode-se utilizar esteróides sistêmicos em baixas doses nos casos 
severos e disseminados. Deve-se evitar o uso tópico de enxaguatórios bucais 
anti-sépticos.
Figura 5 Líquen plano na mucosa jugal, forma papular e reticular.
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Lesões Brancas 7
Figura 6 Líquen plano no dorso da língua: forma hipertrófi ca.
Figura 7 Líquen plano na mucosa jugal, forma pigmentada.
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8 Lesões Brancas
Reações Liquenóides
Defi nição Reações liquenóides ou reações do tipo líquen plano são um gru-
po heterogêneo de lesões que acometem a mucosa bucal e que apresentam 
semelhanças clínicas e histopatológicas com o líquen plano, porém com curso 
diferente.
Etiologia Os fatores causais mais comuns são hipersensibilidade a mate-
riais restauradores dentais, amálgama, resinas compostas e acúmulo de placa 
dental. Em raros casos, uma reação a drogas pode ser responsável pelo apare-
cimento da lesão.
Aspecto clínico Clinicamente, aparecem como lesões brancas e/ou eritema-
tosas geralmente associadas a uma delicada estria branca periférica (Fig. 8). 
Também é comum erosão (Fig. 9). As lesões imitam o líquen plano erosivo. 
Elas estão confi nadas estritamente à mucosa que está em contato direto com o 
material restaurador, não migrando para outros locais. As lesões desaparecem 
após a remoção do material adjacente. O diagnóstico é geralmente clínico.
Testes laboratoriais Em alguns casos, um teste cutâneo pode ser útil.
Diagnóstico diferencial Líquen plano, por drogas de uso contínuo, lú-
pus eritematoso discóide, penfi góide cicatricial e estomatite por contato com 
canela.
Tratamento Recomenda-se a substituição do material restaurador, polimen-
to e alisamentoda restauração, e higiene bucal satisfatória. O uso tópico de 
esteróides por um curto período de tempo pode ajudar.
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Lesões Brancas 9
Figura 8 Reação liquenóide a amálgama e frio: lesões brancas e eritematosas na 
mucosa jugal.
Figura 9 Reação liquenóide à droga alopurinol: lesões brancas hiperceratóticas e 
erosões superfi ciais nas bordas da língua.
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10 Lesões Brancas
Linha Alba
Defi nição A linha alba é uma alteração da mucosa jugal relativamente 
comum.
Etiologia Pressão e sucção através da face vestibular dos dentes.
Aspecto clínico Apresenta-se como uma elevação linear, bilateral, assinto-
mática, de coloração levemente esbranquiçada e localizada na altura da linha 
oclusal dos dentes (Fig. 10). Tem consistência normal à palpação. O diagnós-
tico é clínico.
Tratamento Não requer tratamento.
Estomatite Nicotínica
Defi nição Estomatite nicotínica, ou palato de fumante, é um tipo de ceratose 
comum, relacionada ao tabaco e que ocorre exclusivamente no palato duro. É 
classicamente associada ao uso de charuto e cachimbo.
Etiologia O fator responsável pela lesão é a temperatura elevada, mais do 
que os produtos químicos do tabaco.
Aspecto clínico Clinicamente, a mucosa palatina responde inicialmente às 
altas temperaturas com eritema. Posteriormente, assume aspecto verrucoso 
e coloração branco-acinzentada difusa, com numerosas pápulas com ponto 
avermelhado no centro, que representam orifícios dilatados e infl amados dos 
ductos das glândulas salivares menores (Fig.11). A estomatite nicotínica não é 
uma lesão cancerizável, ao contrário do palato do fumante invertido, que está 
associado com o hábito de fumar invertido.
Testes laboratoriais Geralmente não requer testes laboratoriais. Entretan-
to, o exame histopatológico pode ser útil.
Diagnóstico diferencial Palato do paciente que tem hábito de fumar inver-
tido, leucoplasia, lúpus eritematoso discóide, candidíase e líquen plano.
Tratamento Suspensão do hábito de fumar.
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Lesões Brancas 11
Figura 10 Linha alba.
Figura 11 Estomatite nicotínica.
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12 Lesões Brancas
Estomatite Urêmica
Defi nição Estomatite urêmica é uma desordem rara que pode ocorrer em 
pacientes com defi ciência renal aguda ou crônica.
Etiologia Aumento da concentração de uréia e seus produtos no sangue e na 
saliva. A patogenia das lesões bucais não é clara. Aparece geralmente quando 
a concentração de uréia no sangue excede 30 mmol/1. A degradação da uréia 
presente na boca pela enzima urease forma amônia livre, que pode danifi car 
a mucosa bucal.
Aspecto clínico São descritas quatro formas de estomatite urêmica: (a) 
forma ulcerada, (b) forma hemorrágica, (c) forma não-ulcerada, pseudomem-
branosa e (d) forma hiperceratótica. As duas últimas formas apresentam-se 
como lesões brancas. A forma pseudomembranosa, não-ulcerada, apresenta-se 
como um eritema difuso recoberto por uma pseudomembrana espessa bran-
co-acinzentada, com sintomatologia dolorosa (Fig. 12). A forma hipercerató-
tica apresenta-se como uma lesão branca hiperceratótica com projeções fi nas 
e sintomatologia dolorosa (Fig. 13). As áreas mais afetadas são a língua e o 
assoalho da boca. Os sintomas comumente observados são xerostomia, hálito 
urinífero, sensação gustativa desagradável e sensação de queimação. As com-
plicações bucais mais comuns são candidíase e infecções virais e bacterianas. 
O diagnóstico baseia-se na história, características clínicas, exame de urina e 
determinação dos níveis sangüíneos de uréia.
Diagnóstico diferencial Candidíase, estomatite por contato com canela, 
leucoplasia pilosa, nevo branco esponjoso e reações a drogas.
Tratamento As lesões bucais melhoram com a hemodiálise. Sugere-se higie-
ne bucal cuidadosa, uso de enxaguatórios com agentes que liberam oxigênio 
e saliva artifi cial. Se necessário, podem ser utilizados agentes antimicóticos, 
antivirais e antimicrobianos.
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Lesões Brancas 13
Figura 12 Estomatite urêmica, pseudomembrana acinzentada na língua e assoalho 
de boca.
Figura 13 Estomatite urêmica, lesões brancas hiperceratóticas mimetizando leuco-
plasia pilosa na borda lateral da língua.
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14 Lesões Brancas
Estomatite por Contato com Canela
Defi nição Estomatite por contato com canela é uma reação relativamente 
comum da mucosa bucal ao contato contínuo com substâncias que contêm 
canela.
Etiologia Temperos artifi ciais de canela especialmente sob a forma de goma 
de mascar, doces, pasta de dente, balas, etc.
Aspecto clínico A condição caracteriza-se por eritema na mucosa bucal, ge-
ralmente associado com descamação e erosão. É comum a presença de placas 
brancas hiperceratóticas (Figs. 14 e 15). São relatados freqüentemente sinto-
mas de queimação e dor. Os locais comumente afetados são borda lateral da 
língua, mucosa jugal e gengiva. Pode ocorrer queilite esfoliativa e dermatite 
peribucal. O diagnóstico baseia-se na história e nas características clínicas.
Diagnóstico diferencial Estomatite por contato com amálgama, lesão por 
mordiscamento, leucoedema, peeling epitelial, leucoplasia pilosa, leucoplasia, 
candidíase, estomatite urêmica, líquen plano, lúpus eritematoso discóide.
Tratamento A suspensão dos produtos com canela melhora os sinais e sin-
tomas em aproximadamente duas semanas. A utilização de baixas doses de 
esteróides (por exemplo, 10 mg/dia de prednisona) pode auxiliar na cicatriza-
ção de lesões erosivas extensas e severas.
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Lesões Brancas 15
Figura 14 Estomatite por contato com canela, lesão branca na superfície ventral da 
língua.
Figura 15 Estomatite por contato com canela, lesões brancas severas localizadas na 
borda lateral da língua.
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16 Lesões Brancas
Queimadura Química
Defi nição É uma lesão à mucosa bucal causada pela aplicação de agentes 
cáusticos.
Etiologia Agentes causais incluem aspirina, peróxido de hidrogênio, fenol, 
álcool, perborato de sódio, nitrato de prata, ácido tricloroacético, ataque ácido 
e vernizes odontológicos.
Aspecto clínico Clinicamente, a mucosa afetada apresenta-se recoberta por 
uma membrana branca resultante de necrose (Figs. 16, 17 e 18). O epitélio 
necrosado pode ser facilmente removido, resultando em uma superfície aver-
melhada e sangrante. As lesões são dolorosas. O diagnóstico baseia-se nas 
características clínicas e na história.
Diagnóstico diferencial Gengivite e estomatite ulcerativa necrosante, ma-
téria alba, candidíase, trauma mecânico e doenças bolhosas.
Tratamento Tratamento é sintomático.
Figura 16 Queimadura por fenol.
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Lesões Brancas 17
Figura 17 Queimadura por ácido tricloroacético.
Figura 18 Queimadura por aspirina.
Laskaris_01.indd 17Laskaris_01.indd 17 8/9/07 2:39:35 PM8/9/07 2:39:35 PM
18 Lesões Brancas
Candidíase
Defi nição Candidíase é a infecção fúngica mais comum que acomete a boca. 
Nas últimas duas décadas a doença tem assumido grande importância.
Etiologia É causada geralmente pela Candida albicans e, com menos fre-
qüência, por outras espécies do fungo (C. glabrata, C. krusei, C. tropicalis, 
C. parapsilosis). Os fatores predisponentes são locais (má higiene bucal, xe-
rostomia,dano à mucosa, próteses totais, enxaguatórios com antibióticos) e 
sistêmicos (antibióticos de largo espectro, esteróides, drogas imunossupres-
soras, radiação, infecção por HIV, doenças malignas hematológicas, neutro-
penia, anemia por defi ciência de ferro, imunodefi ciência celular, desordens 
endócrinas).
Aspecto clínico A candidíase bucal é classifi cada como primária, consis-
tindo em lesões localizadas exclusivamente na região bucal ou peribucal, e 
secundária, consistindo em lesões bucais resultantes de doença mucocutânea. 
A candidíase primária inclui cinco variantes clínicas: pseudomembranosa, eri-
tematosa, nodular, hiperplasia papilomatosa do palato e lesões associadas à 
Candida (queilite angular, glossite romboidal mediana, estomatite por denta-
dura). As principais formas de candidíase que resultam em lesões brancas são 
as seguintes:
A candidíase pseudomembranosa é a forma mais comum da doença e caracte-
riza-se clinicamente por pontos ou placas brancas cremosas, levemente eleva-
das, que podem ser removidas por raspagem (Fig. 19). As lesões podem ser lo-
calizadas ou generalizadas e aparecem com maior freqüência na mucosa jugal, 
no palato mole, na língua e nos lábios. Os sintomas comumente relatados são 
xerostomia, sensação de queimação e gosto alterado.
A candidíase nodular é uma forma crônica da doença; aparece clinicamente 
como uma placa branca elevada e fi rme que geralmente não se solta (Fig. 20).
A candidíase mucocutânea é um grupo raro e heterogêneo de síndromes clíni-
cas, caracterizado por lesões crônicas na pele, unhas e mucosa, e geralmente 
associado a defeitos imunológicos. Clinicamente as lesões bucais aparecem 
como múltiplas placas brancas que não podem ser removidas (Fig. 21).
Testes laboratoriais Citologia e exame de cultura tecidual; a biópsia é indi-
cada apenas nos casos crônicos.
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Lesões Brancas 19
Figura 19 Candidíase pseudomembranosa no palato.
Figura 20 Candidíase nodular.
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20 Lesões Brancas
Diagnóstico diferencial Leucoplasia, leucoplasia pilosa, líquen plano, pla-
cas brancas sifi líticas, nevo branco esponjoso, lesões químicas ou traumáticas, 
estomatite por contato com canela, lúpus eritematoso.
Tratamento Agentes antifúngicos tópicos (nistatina, derivados azóis, anfo-
tericina B); azóis sistêmicos (cetoconazol, fl uconazol, itraconazol).
Lesão por Mordiscamento
Defi nição e etiologia A lesão por mordiscamento da mucosa bucal é co-
mum em pessoas ansiosas. Esses pacientes mordiscam a mucosa jugal, lábios 
e língua conscientemente rompendo as camadas superfi ciais do epitélio.
Aspecto clínico As lesões caracterizam-se por fendas brancas irregulares e 
difusas e descamação do epitélio (Fig. 22). Ocasionalmente podem ser observa-
das erosões e petéquias. O diagnóstico é clínico.
Diagnóstico diferencial Candidíase, líquen plano, leucoplasia, leucopla-
sia pilosa, nevo branco esponjoso, leucoedema, estomatite por contato com 
canela.
Tratamento Recomenda-se a suspensão do hábito de mordiscar a mucosa.
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Lesões Brancas 21
Figura 21 Candidíase crônica mucocutânea: múltiplas lesões na língua.
Figura 22 Lesão por mordiscamento da mucosa jugal.
Laskaris_01.indd 21Laskaris_01.indd 21 8/9/07 2:39:38 PM8/9/07 2:39:38 PM
22 Lesões Brancas
Língua Geográfi ca
Defi nição A língua geográfi ca, ou eritema migratório, é uma condição benig-
na relativamente comum, que afeta principalmente a língua e mais raramente 
outras localizações da mucosa bucal (estomatite geográfi ca) (Fig. 23).
Etiologia A etiologia exata permanece desconhecida. Pode ser genética.
Aspecto clínico Clinicamente, essa condição caracteriza-se por múltiplas 
áreas eritematosas, despapiladas, bem-demarcadas, envoltas por uma borda 
esbranquiçada levemente elevada, e geralmente restrita ao dorso da língua 
(Figs. 24 e 25). As lesões apresentam a característica de persistir em um local 
por um curto período de tempo, desaparecer completamente e reaparecer em 
outra área. A condição é geralmente assintomática e, com freqüência, está as-
sociada à presença de língua fi ssurada. O diagnóstico é clínico.
Diagnóstico diferencial Candidíase, líquen plano, psoríase, síndrome de 
Reiter, placa mucosa sifi lítica.
Tratamento Orientação do paciente.
Figura 23 Estomatite geográfi ca.
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Lesões Brancas 23
Figura 24 Língua geográfi ca, lesão localizada.
Figura 25 Língua geográfi ca, com borda esbranquiçada proeminente.
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24 Lesões Brancas
Língua Pilosa
Defi nição A língua pilosa é uma desordem relativamente comum devido ao 
acúmulo de ceratina nas papilas fi liformes da língua, resultando em um aspec-
to que lembra cabelo.
Etiologia Desconhecida. Fatores predisponentes são higiene bucal defi ciente, 
enxaguatórios bucais oxidantes, antibióticos, consumo exagerado de cigarro, 
radioterapia, estresse e infecção bacteriana ou por espécies do fungo Candida.
Aspecto clínico Clinicamente, caracteriza-se por ser um alongamento das 
papilas fi liformes do dorso da língua, assintomático, estendendo-se algumas 
vezes por vários milímetros. A coloração pode variar de esbranquiçada (Figs. 
26, 27 e 28) a marrom ou preta. O diagnóstico é clínico.
Tratamento Eliminação dos fatores predisponentes, escovação da língua, 
uso tópico de agentes ceratolíticos (ácido tricloroacético, podofi lina).
Figura 26 Língua pilosa.
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Lesões Brancas 25
Figura 27 Língua pilosa.
Figura 28 Língua pilosa.
Laskaris_01.indd 25Laskaris_01.indd 25 8/9/07 2:39:43 PM8/9/07 2:39:43 PM
26 Lesões Brancas
Língua Saburrosa
Defi nição A língua saburrosa é um distúrbio relativamente incomum, apare-
cendo, na maioria das vezes, durante doença febril.
Etiologia A causa não é clara. Fatores predisponentes são lesões bucais do-
lorosas e febris, higiene bucal defi ciente, desidratação e dieta pastosa.
Aspecto clínico Clinicamente apresenta-se como uma camada espessa bran-
ca ou branco-amarelada na superfície dorsal da língua (Fig. 29). A lesão é re-
sultante do alongamento de até 3 a 4 mm das papilas fi liformes e acúmulo de 
restos alimentares e bactérias. A língua saburrosa caracteriza-se por aparecer 
e desaparecer em um curto período de tempo.
Diagnóstico diferencial Língua pilosa, leucoplasia pilosa, candidíase.
Tratamento Tratar a doença existente e melhorar a higiene bucal.
Matéria Alba na Gengiva Inserida
Defi nição e etiologia A matéria alba resulta do acúmulo de restos alimen-
tares, células epiteliais descamadas e bactérias. É comum na margem dento-
gengival. Em casos raros, a matéria alba pode ser vista na superfície vestibular 
da gengiva inserida em pacientes com higiene bucal defi ciente.
Aspecto clínico Apresenta-se como um placa amolecida, esbranquiçada, 
que pode ser facilmente removida com leve pressão (Fig. 30).
Diagnóstico diferencial Candidíase, queimadura química, leucoplasia.
Tratamento Higiene bucal adequada.
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Figura 29 Língua saburrosa.
Figura 30 Placa branca na gengiva inserida e na mucosa alveolar, causada pelo acúmulo 
de matéria alba.
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28 Lesões Brancas
Grânulos de Fordyce
Defi nição Grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas ectópicas na mucosa 
bucal.
Etiologia É uma variaçãoanatômica normal.
Aspecto clínico Os grânulos apresentam-se como numerosos pontos de co-
loração branco-amarelada levemente elevados, assintomáticos (Fig. 31). Os lo-
cais preferenciais são vermelhão do lábio superior, comissuras e mucosa jugal. 
Acometem cerca de 80% dos adultos de ambos os sexos. O diagnóstico baseia-
se apenas nas características clínicas.
Diagnóstico diferencial Leucoplasia, leuclopasia pilosa, líquen plano.
Tratamento Não necessita de tratamento.
Leucoedema
Defi nição Leucoedema é uma variação anatômica normal.
Etiologia Resulta de um aumento da espessura do epitélio e de edema intra-
celular nas células da camada espinhosa.
Aspecto clínico A mucosa apresenta uma coloração branco-acinzentada 
opaca (Fig. 32) e superfície levemente enrugada, que, caracteristicamente, de-
saparece quando a mucosa é evertida e distendida. Pode ser observado de for-
ma bilateral na mucosa jugal e, em raros casos, na língua e nos lábios.
Diagnóstico diferencial Leucoplasia, leucoplasia pilosa, líquen plano.
Tratamento Não requer tratamento.
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Lesões Brancas 29
Figura 31 Grânulos de Fordyce na mucosa jugal.
Figura 32 Leucoedema na mucosa jugal.
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30 Lesões Brancas
Nevo Branco Esponjoso
Defi nição Nevo branco esponjoso, ou doença de Cannon, é uma genoderma-
tose relativamente rara.
Etiologia Genética. Herdada como um caráter autossômico dominante.
Aspecto clínico Apresenta-se como lesões brancas com sulcos múltiplos e 
textura esponjosa (Fig. 33). As lesões podem ser observadas ao nascimento ou, 
mais freqüentemente, na infância. A mucosa jugal e a superfície ventral da lín-
gua são os locais preferenciais, apesar das lesões poderem ocorrer em qualquer 
localização da boca, até mesmo na mucosa vaginal e retal.
Diagnóstico diferencial Leucoplasia, líquen plano, epidermólise bolhosa, 
paquioníquia congênita.
Tratamento Não necessita de tratamento.
Disceratose Congênita
Defi nição A disceratose congênita, ou síndrome de Zinsser-Engman-Cole, é 
uma desordem rara.
Etiologia Genética. Provavelmente herdada como um caráter autossômico 
recessivo ligado ao X.
Aspectos clínicos Caracteriza-se por uma hiperpigmentação, áreas cutâne-
as atrófi cas, telangiectasia, unhas distrófi cas, hiperidrose, bolha mucosa ou 
cutânea, blefarite e ectrópio, anemia e manifestações bucais. As lesões de boca 
consistem em bolhas recorrentes, atrofi a epitelial e leucoplasia (Fig. 34). Pode 
ocorrer carcinoma espinocelular.
Diagnóstico diferencial Leucoplasia, líquen plano, epidermólise bolhosa, 
paquioníquia congênita.
Tratamento De suporte.
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Lesões Brancas 31
Figura 33 Nevo branco esponjoso na mucosa jugal.
Figura 34 Disceratose congênita, leucoplasia e carcinoma verrucoso na superfície 
dorsal da língua.
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32 Lesões Brancas
Paquioníquia Congênita
Defi nição A paquioníquia congênita, ou síndrome de Jadassohn-Lewando-
wski, é uma genodermatose pouco comum.
Etiologia Genética. Herdada como um caráter autossômico dominante.
Aspecto clínico Caracteriza-se por um aumento da espessura das unhas, 
simétrico, hiperceratose palmoplantar, hiperidrose, formação de bolhas, cera-
tose folicular e lesões bucais. As lesões bucais aparecem no nascimento, ou 
logo após, e apresentam-se como uma placa branca ou branco-acinzentada 
espessa, geralmente na mucosa jugal, na língua ou na gengiva (Fig. 35). O 
diagnóstico baseia-se na história e nas características clínicas.
Diagnóstico diferencial Disceratose congênita, leucoplasia, líquen plano, 
nevo branco esponjoso, síndrome da hiperceratose palmoplantar e da mucosa 
bucal focal.
Tratamento De suporte.
Síndrome da Hiperceratose Palmoplantar e da
Mucosa Bucal Focal
Defi nição É uma desordem mucocutânea rara.
Etiologia Genética. Herdado como um caráter autossômico dominante.
Aspecto clínico As manifestações clínicas principais são hiperceratose focal 
nas áreas que recebem muito peso ou pressão das palmas das mãos, solas dos 
pés e da mucosa bucal (Fig. 36). Em raros casos pode ser observado aumento 
de espessura das unhas e hiperidrose. As lesões bucais apresentam-se como 
placas brancas hiperceratóticas (leucoplasia), principalmente na gengiva inse-
rida, borda lateral da língua e palato (Fig. 37). As lesões, na maioria das vezes, 
desenvolvem-se na infância.
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Lesões Brancas 33
Figura 35 Paquioníquia congênita: lesões branco-acinzentadas na mucosa jugal.
Figura 36 Hiperceratose palmoplantar focal.
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34 Lesões Brancas
Diagnóstico diferencial Paquioníquia congênita, disceratose congênita, 
leucoplasia.
Tratamento De suporte. O uso de retinóides pode ser útil.
Papiloma
O papiloma (ver p. 200) aparece como um crescimento exofítico, geralmente 
pediculado e indolor. O tumor apresenta coloração branca ou da mucosa nor-
mal, com numerosas projeções digitiformes, resultando em um aspecto seme-
lhante a uma couve-fl or (Fig. 38). O papiloma é geralmente uma lesão única, 
com tamanho de 0,5 a 1 cm.
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Lesões Brancas 35
Figura 37 Síndrome da hiperceratose palmoplantar e da mucosa bucal focal: hiperce-
ratose na gengiva inserida.
Figura 38 Papiloma na mucosa jugal.
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36 Lesões Brancas
Carcinoma Verrucoso
Defi nição O carcinoma verrucoso é uma variante do carcinoma espinocelu-
lar de baixo grau.
Etiologia O papilomavírus humano está provavelmente envolvido na pato-
genia.
Aspecto clínico Clinicamente, apresenta-se como uma massa branca exofí-
tica com uma superfície verrucosa ou lobulada (Fig. 39). O tamanho varia de 
1 cm nas fases iniciais a lesões muito extensas. Os locais mais freqüentes são 
a mucosa jugal, o palato e a mucosa alveolar. O carcinoma verrucoso acomete 
principalmente fumantes acima dos 60 anos de idade.
Testes laboratoriais Exame histopatológico.
Diagnóstico diferencial Leucoplasia verrucosa, papiloma, xantoma verru-
ciforme, nevo branco esponjoso, carcinoma espinocelular.
Tratamento Excisão cirúrgica.
Carcinoma Espinocelular
O carcinoma espinocelular apresenta um amplo espectro de características 
clínicas (ver p. 172). Em cerca de 5 a 8% dos casos, aparece nas fases iniciais 
como uma placa branca assintomática idêntica a uma leucoplasia (Fig. 40). 
Nesses casos, a biópsia e o exame histopatológico são importantes para o 
diagnóstico.
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Lesões Brancas 37
Figura 39 Carcinoma verrucoso em fase inicial na mucosa jugal.
Figura 40 Carcinoma verrucoso em fase inicial, apresentando-se como uma placa 
branca.
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38 Lesões Brancas
Enxertos de Pele e Mucosa
Defi nição Os enxertos de pele e mucosa são freqüentemente utilizados na 
boca para o recobrimento de defeitos de mucosa resultantes de ressecções 
cirúrgicas amplas de tumores benignos e malignos, ou como enxerto livre 
gengival.
Aspecto clínico Clinicamente ambas as formas de enxerto (pele e mucosa) 
apresentam-se como placa esbranquiçada ou branco-acinzentada (Figs. 41 e 
42). O tamanho da placa depende do tamanho do enxerto. Em algumas ocasi-
ões, a coloração do enxerto de pele é preta, devido à produção aumentada de 
melanina.Se no enxerto tiverem folículos pilosos, pode haver crescimento de 
pêlos na boca. Os locais da pele e da mucosa onde os enxertos são utilizados 
mais freqüentemente são a língua, a mucosa jugal, o palato, a gengiva e a mu-
cosa alveolar. A presença de enxertos cutâneos na boca pode estar associada 
a uma sensação desagradável. O diagnóstico baseia-se na história e caracte-
rísticas clínicas.
Diagnóstico diferencial Leucoplasia, cicatriz traumática, epidermólise 
bolhosa.
Tratamento Não requer tratamento.
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Lesões Brancas 39
Figura 41 Enxerto de mucosa.
Figura 42 Enxerto cutâneo apresentando-se como placa branca na borda lateral da 
língua.
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40 Lesões Brancas
Peeling Epitelial
Defi nição O peeling epitelial é uma descamação superfi cial da mucosa bucal 
(epiteliólise) relativamente comum.
Etiologia É causado pelo efeito irritante direto de dentifrícios que contêm 
laurilsulfato de sódio ou pirofosfatos. O mesmo fenômeno pode estar associa-
do ao uso de enxaguatórios bucais à base de clorexidina. Algumas vezes, as 
lesões são idiopáticas.
Aspecto clínico Do ponto de vista clínico, o peeling epitelial apresenta-se 
como placas ou pontos brancos superfi ciais assintomáticos que podem ser fa-
cilmente destacados da mucosa bucal (Figs. 43 e 44). Os locais afetados com 
maior freqüência são a mucosa jugal, a mucosa do lábio, a mucosa do fundo 
de sulco. As lesões, em geral, desaparecem com a suspensão do uso do den-
tifrício ou do enxaguatório bucal. O diagnóstico baseia-se na história e nas 
características clínicas.
Diagnóstico diferencial Queimadura química, lesão por mordiscamento, 
candidíase, leucoplasia.
Tratamento Suspensão do uso do dentifrício ou do enxaguatório bucal 
envolvido.
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Figura 43 Peeling da mucosa.
Figura 44 Peeling da mucosa.
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