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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR Marcela Calderón Valdivia – RA 1830368 Mogi das Cruzes 2018 2 PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP EaD, referente ao curso de graduação em Sociologia, como um dos requisitos para a avaliação na disciplina Prática de Ensino: Observação e Projeto. Mogi das Cruzes 2018 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 2.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................... 5 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 5 3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 5 3.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 5 3.2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................. 7 3.2.1 Ambientes e público-alvo .......................................................... 7 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos ......................... 8 3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas ............................... 8 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma ............................ 8 4. AVALIAÇÃO ............................................................................................................ 9 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 10 4 1. INTRODUÇÃO A Serra do Itapeti é um terreno acidentado do relevo brasileiro, que se estende por aproximadamente 5,2 mil hectares, cobrindo parte do território dos municípios de Mogi das Cruzes, Suzano e Guararema. Do total de 5,2 mil hectares, 442 hectares são legalmente protegidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, sendo 89,7 hectares pertencentes à Estação Ecológica de Itapeti, e 352,3 hectares ao Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello, ambos localizados em Mogi das Cruzes. O Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello, com a fauna e flora nativas da Mata Atlântica, é referência para a comunidade científica e um referencial para a comunidade em geral. “O parque abriga 32 espécies de anfíbios, 185 de aves, 24 de mamíferos, 245 de borboletas, 165 de formigas e 83 espécies de aranha. Além disso, o parque abriga 122 espécies de plantas e angiospermas” (MORINI, M. OLIVEIRA, V. 2012). A Secretaria do Verde e Meio Ambiente de Mogi das Cruzes é a responsável pela preservação, entre outras coisas, das áreas protegidas da Serra, sendo assim o órgão responsável por, Aumentar a eficiência da fiscalização, com a delimitação do Parque Municipal da Serra do Itapeti para garantir a preservação e controlar limites para impedir invasões; agilizar providências para atuação da Prefeitura e demais órgãos competentes nos casos de violação da legislação ambiental, através do sistema de informações geográficas; acompanhamento permanente de cada situação irregular registrada, com divulgação pública via internet; identificação de fragmentos florestais para formar os corredores ecológicos; condições para incrementar o ecoturismo na Serra do Itapeti; divulgação e incentivo à pesquisa científica, o que, com a difusão de conhecimentos, aproximará a Serra do Itapeti da comunidade, estabelecendo a relação de "conhecer e preservar" - alicerce da educação ambiental. (SECRETÁRIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE, 2018) O Ecoturismo é um tipo de turismo alternativo (o ecológico), diferente ao turismo tradicional, que privilegia a sustentabilidade, a preservação e a apreciação do meio ambiente. O objetivo deste tipo de turismo é minimizar os impactos negativos no ambiente, construir uma base de respeito e consciência ambiental, proporcionar experiencias positivas para os visitantes, proporcionar benefícios financeiros para a conservação, proporcionar benefícios financeiros e fortalecer a participação na toma de decisões da comunidade local, criar sensibilidade em relação ao clima político, ambiental e social da comunidade, apoiar os direitos humanos universais e as leis laborais. 5 Este projeto tem como foco aproximar aos alunos do ensino médio do Colégio Gutenberg à comunidade na qual estão inseridos -política e socialmente-, por meio da elaboração de projetos de ecoturismo na Serra do Itapeti. Estes projetos serão elaborados após uma visita com fins pedagógicos à Secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade. 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Promover a participação dos alunos -como exercício de sua cidadania- em questões relacionadas com a preservação do meio ambiente e melhorias nos espaços urbanos, a partir do desenvolvimento de atividades pedagógicas em um ambiente não escolar -envolvendo as disciplinas de Arte, Ciência Biológicas, Sociologia e Língua Portuguesa-. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Compreender as implicações do conceito de cidadania. - Compreender a importância da preservação do meio ambiente em espaços urbanos. - Aplicar os conceitos básicos de uma boa redação em uma situação de uso real. - Conscientizar aos alunos a respeito de sua função como agentes de câmbio. 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio a escola deve preparar o jovem para participar de uma sociedade complexa como a atual, que requer aprendizagem autônoma e contínua ao longo da vida, porém, o que temos visto atualmente, é um ensino médio quase que exclusivamente voltado para a preparação do aluno para os exames vestibulares, em detrimento das finalidades atribuídas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que enfatiza a formação de um 6 cidadão critico e competente para exercer sua cidadania. A proposição das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio (DCNEM), segundo a Ministerio de Educação (2016), articulam-se em três áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Elas estabelecem, também, as competências e habilidades que deverão servir como referenciais para as propostas pedagógicas, além de recomendar a interdisciplinaridade e a contextualização. (MEC, 2016) A interdisciplinaridade mais que uma recomendação se torna uma exigência, considerando que: Por tratarem de questões sociais, os Temas Transversais têm natureza diferente das áreas convencionais. Sua complexidade faz com que nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao contrário, a problemática dos Temas Transversais atravessa os diferentes campos do conhecimento. Por exemplo, a questão ambiental não é compreensível apenas a partir das contribuições da Geografia. Necessita de conhecimentos históricos, das Ciências Naturais, da Sociologia, da Demografia, da Economia, entre outros. (MEC, 1997) Por isto, Dentre as recomendações sobre a práxis pedagógica, a Educação Ambientalenvolve o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa, onde cada indivíduo aprende com conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes tradicionais, possibilitando a tomada de decisões transformadoras a partir do ambiente natural ou construída no qual as pessoas se inserem. (MEC, 2016) Voltando a questão da cidadania, cabe enfatizar que “a formação da cidadania se faz, antes de mais nada, pelo seu exercício. A escola possui condição especial para essa tarefa e os Temas Transversais têm um papel diferenciado por tratar de assuntos diretamente vinculados à realidade e seus problemas” (MEC, 1997). Assim, o MEC afirma nos PCNs que: A participação é um princípio da democracia que necessita ser trabalhado: é algo que se aprende e se ensina. A escola será um lugar possível para essa aprendizagem, se promover a convivência democrática no seu cotidiano, pois aprende-se a participar, participando. No entanto, se a escola negar aos alunos a possibilidade de exercerem essa capacidade, estará, ao contrário, ensinando a passividade, a indiferença e a obediência cega. É aqui que a importância do convívio escolar ganha amplitude, a fim de tomar a escola como espaço de atuação pública dos alunos. (MEC, 2016) Neste sentido, se enfatiza, a importância da participação do aluno, da interação com a sociedade, e a contextualização dos conteúdos, do mesmo modo que “a organização dos conteúdos em torno de projetos, como forma de desenvolver atividades de ensino e aprendizagem, que visam favorecer a compreensão da 7 multiplicidade de aspectos que compõem a realidade” (MEC, 1997). A preocupação em relacionar a educação com a vida do aluno — seu meio, sua comunidade — não é novidade. Ela vem crescendo especialmente desde a década de 60 no Brasil. Exemplo disso são atividades como os “estudos do meio”. Porém, a partir da década de 70, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão “Educação Ambiental” para qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais e não- governamentais por meio das quais se busca conscientizar setores da sociedade para as questões ambientais. Um importante passo foi dado com a Constituição de 1988, quando a Educação Ambiental se tornou exigência a ser garantida pelos governos federal, estaduais e municipais (artigo 225, § 1o, VI). A Educação Ambiental, portanto, tenta avançar na construção de uma cidadania mais equilibrada, estimulando interações mais justas entre os seres humanos e os demais seres que habitam o mundo, na construção de um ideário onde o presente e futuro se fundem na visão sustentável, sadia e socialmente justa. (DE JESUS, D. SILVA, R., 2016) Em consequência, “a Educação Ambiental de modo geral trata de assuntos que visam construir uma cidadania voltada a pensamentos sustentáveis” (DE JESUS, D; SILVA, R. 2016). Como resultado, A Educação Ambiental tem assumido cada vez mais uma função transformadora, na qual a corresponsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo modelo de desenvolvimento, chamado por muitos de desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a Educação Ambiental constitui uma das condições necessárias para modificar o quadro de crescente degradação socioambiental, com ênfase em um modelo educacional que vise equacionar o relacionamento entre homem e natureza. (ZUQUIM; FONSECA; CORGOZINHO, 2010). Finalmente, é dever da escola formar alunos -cidadãos e líderes do amanhã- críticos, participativos e conhecedores dos processos sociais e burocráticos, a fim de que possam “ refletir sobre como devem ser essas relações socioeconômicas e ambientais, para se tomar decisões adequadas a cada passo, na direção das metas desejadas por todos: o crescimento cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental” (MEC, 1997). 3.2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.2.1 Ambientes e público-alvo Para a elaboração deste projeto foi proposto o aproveitamento pedagógico da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade de Mogi das Cruzes, 8 tendo em vista o desenvolvimento de um trabalho multidisciplinar envolvendo os alunos do 1ro e 2do ano do Colégio Gutenberg de Mogi das Cruzes, contando com a participação de todos os estudantes, um total de 52 alunos. 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos - Arte: Estética e Urbanismo. - Ciências Biológicas: os conteúdos de Biologia devem propiciar condições para que o educando compreenda a vida como manifestação de sistemas organizados e integrados. Biodiversidade local. - Sociologia: Cidadania. Burocracia. - Língua Portuguesa: Coesão, coerência, intertextualidade. 3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas Os alunos deverão elaborar um projeto de ecoturismo na Serra do Itapeti, com base nos conteúdos teóricos desenvolvidos na sala de aula e as informações obtidas da vista à Secretaria do Verde e Meio Ambiente de Mogi das Cruzes responsável pelos parques protegidos na Serra. 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma O projeto será dividido em três etapas, de acordo com o cronograma a seguir: Conteúdo Local Data Etapa 1 Desenvolvimentos dos conceitos teóricos de cada disciplina. Esta etapa proporcionara uma base teórica para o desenvolvimento dos projetos. Colégio Gutenberg Mogi das Cruzes Desde 12/11/2018 até 15/11/2018 Etapa 2 - Realização das entrevistas aos respetivos órgãos da Secretaria afim de arrecadar as informações necessária para a elaboração de um projeto de ecoturismo na Serra do Itapeti. Secretaria do Verde e Meio Ambiente de Mogi das Cruzes. 16/11/2018 Etapa 3 Apresentação dos projetos realizados. Auditório da Prefeitura de Mogi das Cruzes. 30/11/2018 9 4. AVALIAÇÃO Após a visita a Secretaria do Verde e Meio Ambiente os alunos serão avaliados pela apresentação de suas propostas de projeto de desenvolvimento de ecoturismo na Serra do Itapeti. Os projetos serão avaliados de acordo aos seguintes critérios: - Originalidade; o projeto deve ser inovador e desenvolvido pelos alunos. - Factibilidade; o projeto deve ater-se as leis e normas de preservação ambiental da Secretaria do Verde e Meio Ambiente. - Conteúdo e informação; o projeto deve ter uma base informativa confiável e se desenvolver de acordo com as premissas da Educação Ambiental, principalmente a de “conhecer e preservar”. Por outro lado, deve considerar-se a preservação das espécies nativas no local. - Redação; o projeto será avaliado pela organização das ideias, a coesão, coerência, intertextualidade, e o uso e conhecimento da norma padrão da língua portuguesa. - Linguagem; o projeto será avaliado pelo uso de diversas linguagens comunicativas na apresentação. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final do projeto espera-se que os alunos tenham compreendido seu papel, como agentes de cambio, na sociedade. Tenham compreendido também, como realizar um projeto, em relação a redação, expressão, linguagem, etc. Tenham conhecimento dos mecanismos burocráticos e leis -aspetos políticos- em relação a preservação do meio ambiente em sua comunidade, e finalmente, se sensibilizem e possam tomar consciência de sua responsabilidade em relação a preservação ambiental. Como fim último, espera-se possibilitar ao aluno desenvolver as habilidades necessárias para a compreensão do papel do homem na natureza. 10 REFERÊNCIAS DE JESUS, D. SILVA, R. A inclusão da Educação Ambiental do Ensino Superior sul-mato-grossense: cenáriose perspectivas. In Revista brasileira de educação ambiental. São Paulo, V. 11, Nº 2: 164-177, 2016. MORINI, M. OLIVEIRA, V. Serra do Itapeti: Aspectos Históricos, Sociais e Naturalísticos. São Paulo: Canal 6 Editora, 2012. Sites: MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Brasília, 2016. Disponível: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf Acesso em: 12 nov. 2018. MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997. Disponível: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf. Acesso em: 13 nov. 2018. SECRETÁRIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE DE MOGI DAS CRUZES, http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/pagina/secretaria-do-verde-e-meio- ambiente/institucional. Acesso em: 13 nov. 2018. ZUQUIM, F.A.; FONSECA, A.R.; CORGOZINHO. B.M.S. Educação Ambiental e cidadania. Revista Educação Ambiental em Ação, n.41. 2012. Disponível: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1317. Acesso em: 27 jul. 2014.
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