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1. Impostos Federais 1.1 Imposto de Importação – II a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, I, CF. Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros b) Explique qual a função preponderante do imposto de importação e, em razão disso, aponte os princípios constitucionais que não precisam ser obedecidos por este imposto, explicando os motivos de cada exceção. Função marcantemente extrafiscal, uma vez que seu principal objetivo não é carrear recursos para os cofres públicos federais, mas sim servir como mecanismo de controle sobre as importações, podendo ser utilizado, por exemplo, como instrumento de proteção de determinado setor da indústria nacional que esteja sofrendo dificuldades em face da concorrência de produtos similares estrangeiros. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do II? O fato gerador do tributo é definido pelo art. 19 do CTN. Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. Base de cálculo está prevista no art. 20 do CTN. Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Segundo o art. 22 do CTN, contribuinte do imposto de importação é: Art. 22. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O imposto de importação é, em regra, lançado por homologação, pois são de competência do importador o cálculo do montante do imposto devido e o seu recolhimento antecipado. Para o cálculo, o importador elabora a declaração de importação - DI e a registra no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior). No momento do registro, o próprio sistema informatizado se encarrega de retirar da conta corrente do importador o montante do imposto devido. Posteriormente, caberá a um Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil homologar o procedimento do contribuinte, praticando o ato denominado "desembaraço aduaneiro" da mercadoria importada. 1.2 Imposto de Exportação - IE a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, II, CF e explique a redundância da expressão “exportação para o exterior” que aparece na denominação. A constituição Federal denomina o tributo de imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. b) Explique qual a função preponderante do imposto de exportação e, em razão disso, aponte os princípios constitucionais que não precisam ser obedecidos por este imposto, explicando os motivos de cada exceção. O imposto de exportação é também um tributo com finalidade marcantemente extrafiscal, que serve como instrumento da atuação da União no controle do comércio exterior. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do IE? O fato gerador segundo o art. 23 do CTN o imposto, de competência da União, sobre a exportação para o estrangeiro de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. Segundo o art. 24 do CTN, a base de cálculo do imposto é: Art. 24. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Segundo o art. 27 do CTN, contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele se equiparar. e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. Nas raríssimas hipóteses em que há a incidência de imposto de exportação com alíquota diferente de zero, o tributo é lançado por homologação. Cabe ao exportador elaborar e registrar no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior) a declaração de exportação, bem como fornece à alfândega os documentos necessários à instrução do despacho, entre eles, na hipótese de haver crédito de IE, o Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF comprovando o recolhimento antecipado do tributo. 1.3 Imposto de Renda - IR a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, III, CF e aponte os conceitos de renda e de proventos de qualquer natureza. Renda e proventos de qualquer natureza Conceito de renda compreende o produto do capital (como os rendimentos obtidos com uma aplicação financeira), do trabalho (como o salário recebido pelo empregado) ou da combinação de ambos (como o lucro). Conceito de proventos é definido por exclusão, compreendendo todos os acréscimos patrimoniais não enquadráveis no conceito legal de renda. b) Explique qual a função preponderante do imposto e apresente os princípios constitucionais aplicáveis ao IR e os princípios que não se aplicam a ele. O denominado Imposto de Renda é tributo com finalidade marcantemente fiscal, constituindo-se no maior arrecadador entre os impostos federais. c) Qual é o fato gerador do IR? Explique os §§ 1° e 2° do art. 43/CTN. A definição legal do fato gerador do imposto de renda consta do art. 43 do CTN Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. § 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. Aquisição de disponibilidade jurídica é a obtenção de direitos de créditos, não sujeitos a condição suspensiva. Aquisição de disponibilidade econômica é a obtenção da faculdade de usar, gozar e dispor de dinheiro ou coisas nele conversíveis,entrados para o patrimônio do adquirente por ato ou fato jurídico. d) Informe a base de cálculo da exação, diferenciando os conceitos montante real, montante arbitrado e montante presumido. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveis (art. 44, CTN). Lucro real, o contribuinte efetivamente calcula seu lucro abatendo do faturamento as despesas legalmente autorizadas. Lucro presumido, o sujeito passivo aplica um percentual legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro. Lucro arbitrado é aplicada quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido. e) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. A definição dos contribuintes do imposto de renda se encontra no art. 45 do CTN Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. f) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. A formulação de declaração pelo sujeito passivo é mera obrigação assessória que auxilia no cálculo pelo próprio sujeito passivo, do tributo devido. Caso haja imposto a pagar, o próprio declarante deve antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, lançamento por homologação. 1.4 Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, IV, CF. Imposto sobre produtos industrializados. b) Explique o porquê da divergência doutrinária sobre a função do imposto e, os motivos da obrigatoriedade da aplicação dos princípios constitucionais, explicando especialmente a seletividade e a não cumulatividade, bem como, das exceções a ele aplicadas. Durante muito tempo, a doutrina se referiu ao IPI como um tributo de finalidade precipuamente extrafiscal. Na esteira deste entendimento, da mesma forma que o II, IE e IOF o legislador constituinte originário optou por possibilitar ao Poder Executivo alterar as alíquotas do IPI, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, sem necessidade de obediência ao princípio da anterioridade para a cobrança, em havendo majoração. No entanto, a arrecadação do IPI é a segunda entre os impostos federais, o que demostra a finalidade fiscal ganhou grande relevância, justificando o pleito de que se estendesse ao tributo alguma garantia que protegesse o contribuinte contra a elevação repentina da carga do imposto. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do IPI? O fato gerador do IPI está disciplinado pelo art. 46 do CTN Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. De acordo com o art. 47 do CTN, a base de cálculo do imposto é: Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. O CTN traz a seguinte rol de contribuintes do IPI Art. 51. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O IPI é lançado por homologação, pois é o próprio sujeito passivo que, a cada período de tempo determinado na lei, respeitando a sistemática de débitos e créditos, calcula o valor do imposto devido e antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa cabendo a esta verificar a correção do procedimento e, se for o caso, homologá-lo, podendo, ainda, lançar de ofício as diferenças porventura devidas. 1.5 Imposto sobre Operações Financeiras - IOF a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, V, CF. Impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; b) Explique qual a função preponderante do IOF e, em razão disso, aponte os princípios constitucionais que não precisam ser obedecidos por este imposto, explicando os motivos de cada exceção. O imposto possui clara finalidade extrafiscal, pois possibilita à União intervir no funcionamento do mercado financeiro, "aquecendo-o" ou "esfriando-o" de acordo com a necessidade. Se, a título de exemplo, o excesso de demanda está gerando um surto inflacionário, uma das alternativas viáveis é o aumento da alíquota do IOF incidente sobre as operações de crédito. O acesso a financiamentos se tornará mais oneroso, e a tendência passa a ser desaceleração do consumo, conforme desejado nas circunstâncias. Percebe-se que é necessário conceder à União agilidade na alteração da alíquota do tributo, o que levou o legislador a, seguindo o regime jurídico do II e do IE, excluir o IOF do princípio da legalidade, no tocante à alteração de alíquotas, e dos princípios da anterioridade e da noventa. c) Informe qual o fato gerador do IOF, explicando, especificamente, o IOF sobre o Ouro. Qual é a base de cálculo do IOF? § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima seráde um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem. Conforme art. 64 do CTN, a base de cálculo do imposto é: Art. 64. A base de cálculo do imposto é: I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate, o preço. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. O art. 66 do CTN determina que contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O IOF é lançado por homologação, pois incumbe ao sujeito passivo antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, cabendo a esta verificar a correção do procedimento e, se for o caso, homologá-lo, podendo, ainda, lançar de ofício as diferenças porventura devidas. 1.6 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, VI, CF. Imposto sobre a propriedade territorial rural; b) Explique porque o ITR possui finalidade marcadamente extrafiscal e explique a aplicação da progressividade apresentando a fundamentação. O ITR é imposto com finalidade marcantemente extrafiscal, pois, nos termos do art. 513 § 4º, I da CF/88, suas alíquotas serão fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedade improdutivas. Conforme afirma o mesmo art. 153 § 4, I, da CF/88, o ITR é progressivo. Na prática, o aumento da alíquota toma como critério a área do imóvel. § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; c) Apresente como se dá a possibilidade de delegação da fiscalização e cobrança do ITR, com a fundamentação correspondente. A EC 42/20013 trouxe importante inovação, ao possibilitar que o ITR seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. d) Informe qual é o fato gerador e a base de cálculo do ITR? De acordo com o art. 29 do CTN, o ITR tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizada fora da zona urbana do município. De acordo com o art. 30 do CTN, a base do cálculo do ITR é o valor fundiário. e) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Contribuinte do ITR é o proprietário do Imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título (art. 31 do CTN). f) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O ITR é lançado por homologação 1.7 Imposto sobre Grandes Fortunas - IGF a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 153, VII, CF. Imposto sobre grandes fortunas. b) Apresente um argumento doutrinário favorável e um argumento doutrinário contrário a respeito da não instituição do imposto pela União. Alguns doutrinadores mais críticos afirmam que o tributo não foi criado porque as grandes fortunas estariam muito bem representadas no parlamento federal, inibindo qualquer iniciativa no sentindo de exercício da competência. Entretanto, a criação do tributo também encontra alguns entraves quanto à sua viabilidade, visto que, criado o tributo, as grandes fortunas tenderiam a se retirar do País, tendo assegurados, aliás, 90 dias para tomar tal providência (noventena). c) Informe a reserva legal exigida pela Constituição Federal para a instituição do imposto pela União. O fato gerador, base de cálculo e contribuinte devem necessariamente ser disciplinados na via da lei complementar. 2. Impostos Estaduais e do Distrito Federal 2.1 Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCMD a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 155, I, CF. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; b) Explique o porquê da fixação de alíquotas máximas pelo Senado Federal e como ocorre a definição do ente (Estado ou DF) competente para a cobrança. Compete ao Senado Federal estabelecer as alíquotas máximas do ITCMD. O STF entende que não pode o Estado ou o Distrito Federal editar lei afirmando genericamente que a alíquota do seu ITCMD é igual à alíquota máxima fixada pelo Senado, de forma que se este alterar a alíquota máxima, imediatamente a alíquota estadual se tenha por alterada. Assim, se o Estado quer manter sua alíquota no limite máximo fixado pelo Senado, deve, a cada alteração levada a cabo por este, editar nova lei estadual especificando a alíquota. c) Informe qual é a função preponderante do imposto e os princípios constitucionais a que ele está obrigado. Função predominante Fiscal, está sujeito aos princípios da legalidade, anterioridade e noventena. d) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do ITCMD? Fazendo-se uma leitura do art. 35 do CTN à luz da CF, pode-se afirmar que o fato gerador do ITCMD é a transmissão, por causa mortis ou por doação, de quaisquer bens ou direitos Como no ITCMD a transmissão de propriedade ocorre a título gratuito, não se poderia imaginar que a base de cálculo fosse outa que não o valor de mercado dos bens ou direitos Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. e) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Nos termos do art. 42 do CTN, contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. f) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. Lançamento por declaração. na sistemática de lançamento do ITCMD, a autoridade administrativa constitui o crédito tributário como base em informações prestadas pelo próprio sujeito passivo ou por terceiro. 2.2 Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços - ICMS a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 155, II, CF. Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; b) Informe qual é a função preponderante do imposto e os princípios constitucionais a que ele está obrigado e explique a facultatividade da seletividade. O ICMS tem finalidade indiscutivelmentefiscal. apesar de a Constituição Federal permitir que seja seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços (CF art. 155, § 2º, III), faculdade que, se utilizada, proporcionaria visíveis notas de extrafiscalidade ao tributo, pois sua incidência seria mais elevada sobre as mercadorias e serviços consumidos pelas pessoas de maior capacidade contributiva, de modo a redistribuir renda. Obedece ao princípio da legalidade, admitindo exceção no caso da incidência monofásica sobre combustíveis definidos em LC, princípio da anterioridade, salvo o restabelecimento das alíquotas no caso da incidência Monofásica sobre combustíveis definidos em LC e ao principio da noventena. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do ICMS? A LC 87/1996 não define os fatos geradores do ICMS, mas, no seu art. 2º, enumera os fatos em que o legislador estadual pode atuar tipificando as hipóteses de incidência. A base de cálculo do ICMS< compreende o próprio montante do tributo. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. A definição dos contribuintes do ICMS encontra-se no art. 4º da LC 87/1996 Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O ICMS é lançado por homologação, pois é o pois é o próprio sujeito passivo que, a cada período de tempo determinado na lei, respeitando a sistemática de débitos e créditos, calcula o valor do imposto devido e antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa cabendo a esta verificar a correção do procedimento e, se for o caso, homologá-lo, podendo, ainda, lançar de ofício as diferenças porventura devidas. 2.3 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 155, III, CF. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores b) Informe qual é a função preponderante do imposto e os princípios constitucionais a que ele está obrigado. Tributo com finalidade marcantemente fiscal, pois tributa uma manifestação de riqueza do contribuinte com o objetivo de carrear recursos para os cofres públicos estaduais. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do IPVA? Não há norma nacional definindo fato gerador, base de cálculo e contribuintes do IPVA, o que defere aos Estados a competência legislativa plena em tal matéria. Assim, a hipótese de incidência será a de encontrar-se alguém na situação de proprietário de veículo automotor na data em que a lei considera efetivamente verificado o fato gerador do tributo. A base de cálculo do imposto necessariamente deve quantificar o fato gerador, podendo ser definida como o valor venal do veículo. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. O contribuinte deve ser o proprietário do veículo automotor. e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste A autoridade administrativa constitui o crédito tributário relativo ao IPVA utilizando-se das informações que constam no seu banco de dados relativos à propriedade de veículos automotores licenciados no Estado. O imposto é, portando sujeito a lançamento de ofício. 3. Impostos Municipais e do Distrito Federal 3.1 Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 156, I, CF. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; b) Informe qual é a função preponderante do imposto e os princípios constitucionais a que ele está obrigado e a extrafiscalidade em razão do art. 182, § 4°, II/CF. O IPTU, por sua vez, possui característica predominantemente fiscal, sendo importante fonte de arrecadação municipal, sem prejuízo da sua excepcional utilização extrafiscal Segundo o art. 182 § 4, da CF é facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento. Sujeito aos princípios da legalidade, anterioridade e noventa c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do IPTU? Segundo o art. 32 do CTN, o IPTU tem como fato gerador a propriedade o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física como definido em lei civil, localizado na zona urbana do Município Segundo o art. 33 do CTN, a base do cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Segundo o art. 34 do CTN, contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste A autoridade administrativa constitui o crédito tributário relativo ao IPTU utilizando-se das informações que constam no seu banco de dados relativos à propriedade de imóveis na área urbana no Município. 3.2 Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 156, II, CF. Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; b) Informe qual é a função preponderante do imposto e os princípios constitucionais a que ele está obrigado. Finalidade fiscal, sujeito aos princípios da legalidade, anterioridade e noventa. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do ITBI? Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O ITBI é lançado por declaração, uma vez que, à semelhança do ITCMD estadual, a autoridade administrativa constitui o crédito tributário como base em informações prestadas pelo próprio sujeito passivo ou por terceiro.3.3 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS a) Informe a denominação constitucional do imposto de acordo com o art. 156, III, CF. Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. b) Informe qual é a função preponderante do imposto e os princípios constitucionais a que ele está obrigado. Possui finalidade fiscal, constituindo-se em importante fonte de recursos para o desempenho da atividade financeira dos municípios. c) Qual é o fato gerador e a base de cálculo do ISS? O fato gerador do ISS está definido no art. 1 da LC 116/2003, nos seguintes termos: Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. § 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. § 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. § 3o O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. § 4o A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado. A base de cálculo do ISS é o preço do serviço. d) Aponte o sujeito passivo (contribuintes) do imposto. Nos termos do art. 5º da LC 116/2003, contribuinte do ISS é o prestador do serviço e) Informe qual é o tipo de lançamento do imposto, explicando no que ele consiste. O ISS é lançado por homologação, pois é o próprio sujeito passivo que, a cada fato gerador, calcula o montante do tributo devido e antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, cabendo a esta verificar a correção do procedimento e, se for o caso, homologá-lo, podendo, ainda, lançar de ofício as diferenças porventura devidas.
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