Buscar

Vitaminas, sais minerais, lipídeos e carboidratos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vitaminas, sais minerais, lipídeos e carboidratos 
	
Elaboração: 
Thaís Ingrid Bordin
Jeane Nascimento Souza 
 
Bioquímica: vitaminas, sais minerais, lipídeos e carboidratos 
Trabalho apresentado à disciplina de Bioquimica do curso de Farmácia - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Araçatuba
 Prof.a Rosemeire Parra
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
 – Araçatuba- SP
CURSO DE FARMÁCIA
 
Araçatuba - SP
2018 
Araçatuba - SP
2018 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................3
2. VITAMINAS....................................................................................................3
2.1. Vitaminas lipossolúveis ........................................................................4
2.2. Vitaminas hidrossolúveis......................................................................5
3. SAIS MINERAIS.............................................................................................8
3.1 Funções genéricas ..................................................................................9
3.2 Funções especificas..................................................................................9
4. LIPÍDEOS.......................................................................................................10
4.1 Lipídeos de cadeia aberta .....................................................................11
4.1 Lipídeos de cadeia fechada....................................................................13
5. CARBOIDRATOS.........................................................................................13
5.1 Classificação dos carboidratos..............................................................14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................15
1. INTRODUÇÃO
A matéria viva caracteriza-se pelo equilíbrio de incontáveis íons e moléculas que constituem o equipamento bioquímico da célula. A análise química das células de qualquer ser vivo revela a presença constante de certas substancias que, nos diversos organismos, desempenham fundamentalmente o mesmo papel biológico, diferenciando-se apenas pela proporção dessas substâncias. 
Mais de 96% de toda matéria viva são representadas por hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio. Associados a estes, em menores quantidades, encontram-se o cálcio, fosforo, potássio e o enxofre. 
A água, os sais minerais, o gás oxigênio e o gás canônico representam as substâncias inorgânicas, pouco complexas e pobres em energia. Já as proteínas, carboidratos, lipídeos e ácidos nucleicos representam as substâncias orgânicas, que geralmente são complexas e ricas em energia. 
2. VITAMINAS
Vitaminas são micronutrientes orgânicos que os organismos não produzem em quantidade suficiente e, portanto, precisam ser ingeridas em pequenas quantidades nas suas dietas alimentares. São moléculas essenciais que atuam como coenzimas, ativando enzimas fundamentais no processo metabólico dos seres vivos. Ao contrário dos carboidratos, lipídeos e das proteínas, as vitaminas não possuem função estrutural nem energética. Cada vitamina tem um papel biológico específico, portanto nenhuma vitamina pode substituir outra diferente. 
Para qualquer nutriente, particularmente minerais e vitaminas, existe uma faixa de ingestão entre aquela que é claramente inadequada, resultando em doença clínica por deficiência, e aquela que ultrapassa tanto a capacidade metabólica do organismo que podem haver sinais de toxicidade. Entre esses dois extremos existe um nível de ingestão que é adequado à saúde normal e à manutenção da integridade metabólica. Os indivíduos não apresentam todos eles a mesma necessidade de nutrientes, até mesmo quando esta foi calculada baseada no tamanho corpóreo ou no gasto de energia. 
Ao balanceamento vitamínico no organismo estão relacionados os seguintes termos: 
- Avitaminose: carência total de uma determinada vitamina;
- Hipovitaminose: carência parcial de uma determinada vitamina;
- Hipervitaminose: aquisição excessiva de determinada vitamina. 
As principais fontes de vitaminas são as frutas, verduras, legumes, carne, leite, ovos e cereais. Existem ainda as pró-vitaminas, substâncias a partir das quais o organismo é capaz de sintetizar vitaminas, por exemplo: carotenos (pró-vitamina A) e esteróis (pró-vitamina D).
2.1 Vitaminas lipossolúveis 
Consistem em compostos apolares hidrofóbicos que podem ser apenas absorvidos quando existe absorção normal de gorduras. São as vitaminas solúveis em gordura e por isso podem ser armazenadas em células adiposas. São transportadas no sangue em lipoproteínas ou ligadas a proteínas ligadoras especificas, da mesma forma que qualquer outro lipídio apolar. Fazem parte deste grupo as vitaminas A, D, E e K., que apresentam diversas funções:
Vitamina A (Retinol/ β-Caroteno): Age no crescimento e desenvolvimento dos tecidos, possui ação antioxidante que protege as células dos radicais livres, funções reprodutivas, importante para a integridade dos epitélios e para a visão. É encontrada nos seguintes alimentos: fígado, rim, nata, manteiga, leite integral, gema de ovo, queijo e peixes oleosos. Fontes de carotenos presentes na cenoura, abobrinha, batata doce, manga, melão, mamão, pimentão vermelho, brócolis, agrião, espinafre.
 Sua hipovitaminose causa a queratinização das membranas de mucosas que revestem o trato respiratório, tubo digestivo e trato urinário. Queratinização da pele e do epitélio do olho. Alterações na pele, insônia, acne, pele seca com descamações, diminuição do paladar e apetite, cegueira noturna, úlceras na córnea, perda de apetite, inibição do crescimento, fadiga, anormalidades ósseas, perda de peso, aumento da incidência de infecções.
Sua hipervitaminose causa dores nas articulações, afinamento de ossos longos, perda de cabelo e icterícia.
Vitamina D: Ajuda na absorção de cálcio e fósforo, auxilia o crescimento e a resistência dos ossos, dentes, músculos e nervos. É encontrada no leite e seus derivados, margarinas e cereais enriquecidas, peixes gordos, ovos, levedo de cerveja. É sintetizada com a ajuda dos raios solares e imprescindível para a produção de insulina e a manutenção do sistema imunológico.
Sua hipovitaminose causa anormalidades ósseas, raquitismo e osteomalácia, enquanto sua hipervitaminose causa hipercalemia, dor óssea, enfraquecimento, falhas no desenvolvimento, depósito de cálcio nos rins.
Vitamina E (Tocoferol): Tem ação antioxidante, protege as células dos danos provocados pelos radicais livres, auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, protege o sistema reprodutor; previne catarata; reforça o sistema imunológico; melhora a ação da insulina. É encontrada em óleos vegetais, nozes, amêndoa, avelã, gérmen de trigo, abacate, aveia, batata doce, vegetais verde-escuros.
Sua hipovitaminose causa anemia hemolítica, distúrbios neurológicos, neuropatia periférica e miopatia esquelética, enquanto que sua hipervitaminose não existe toxicidade conhecida.
Vitamina K: Componente na formação de 13 proteínas essenciais para a coagulação do sangue, atua na produção de protrombina, que combina com o cálcio para ajudar a produzir o efeito coagulante, além de ser necessária na manutenção da saúde dos ossos. É encontrada em vegetais verdes folhosos, fígado, feijão, ervilha e cenoura. 
Sua hipovitaminose gera tendências a hemorragias, enquanto sua hipervitaminose ocasiona dispnéia e hiperbilirrubinemia.
2.2 Vitaminas hidrossolúveis 
Compreendem as vitaminas que são solúveis em água, como as vitaminas C e as do complexo B. Elas não podem ser armazenadas, portanto permanecem no corpo por um pequeno período de tempo antes de serem excretadas pelos rins e, por essa razão, devem ser ingeridas diariamente. A B12 é uma exceção,já que também é hidrossolúvel, mas permanece armazenada no fígado.
Vitamina C (ácido ascórbico): apresenta funções antioxidantes e cicatrizantes, indispensável para a síntese do colágeno; ajuda na manutenção das funções glandulares e do crescimento; manutenção dos tecidos; previne o câncer; aumenta a imunidade; protege contra infecções. É encontrada principalmente em frutas cítricas, frutas vermelhas, tomate, batata inglesa, batata doce, repolho, brócolis.
Sua hipovitaminose causa pontos hemorrágicos na pele e nos ossos, capilares fracos, articulações frágeis, dificuldade de cicatrização de feridas, sangramento de gengivas, queda de cabelo e dentes (escorbuto), 
Vitaminas do Complexo B - As vitaminas do complexo B compreendem oito vitaminas, são elas:
Tiamina (B1): Mantém sistema nervoso e circulatório saudáveis; auxilia na formação do sangue e no metabolismo de carboidratos; previne o envelhecimento; melhora a função cerebral; combate a depressão e a fadiga; converte o açúcar no sangue em energia. É encontrada no gérmen de trigo, na ervilha, levedura, cereais matinais fortificados, amendoim, fígado, batata, carne de porco e vaca, fígado, grãos, leguminosas.
Sua hipovitaminose causa o Beribéri (dor e paralisia das extremidades, alterações cardiovasculares e edema), anorexia, indigestão, constipação, atonia gástrica, secreção insuficiente de ácido clorídrico, fadiga, apatia geral, enfraquecimento do músculo cardíaco, edema, insuficiência cardíaca e dor crônica no sistema músculo-esquelético, enquanto sua hipervitaminose pode interferir na absorção de outras vitaminas do complexo B.
Riboflavina (B2): Ligada à formação de células vermelhas do sangue e anticorpos; envolvida na respiração e processos celulares; previne catarata; ajuda na reparação e manutenção da pele e na produção do hormônio adrenalina. Disponibiliza a energia dos alimentos, crescimento em crianças, restauração e manutenção dos tecidos. Suas principais fontes são o leite e derivados, fígado, rim, coração, gérmen de trigo, cereais matinais vitaminados, grãos, peixes oleosos, levedura, ovos, siri, amêndoa, semente de abóbora, vegetais.
Sua hipovitaminose causa a queilose (rachaduras nos cantos da boca), glossite (edema e vermelhidão da língua), visão turva, fotofobia, descamação da pele, dermatite seborréica.
Niacina (B3): Aumenta a circulação; reduz triglicérides e colesterol; ajuda no funcionamento adequado do sistema nervoso e imunológico; regula o açúcar no sangue; protege o corpo contra poluentes e toxinas. Necessária para a produção de energia nas células, desempenha papel nas ações das enzimas no metabolismo dos ácidos graxos e respiração dos tecidos. É encontrada em carnes magras, fígado, peixes oleosos, amendoim, cereais matinais vitaminados, leite, queijo cogumelo, ervilha, vegetais folhosos verdes, ovos, alcachofra, batata, aspargos.
Sua hipovitaminose causa fraqueza, pelagra, anorexia, indigestão, erupções na pele, confusão mental, apatia, desorientação, neurite.
Ácido Pantotênico (B5): Ajuda na formação de células vermelhas do sangue e na desintoxicação química; previne degeneração de cartilagens; ajuda na construção de anticorpos; reduz colesterol e triglicérides; ajuda nas disfunções hormonais. Está relacionada à transformação da energia de gorduras, proteínas e carboidratos em substâncias essenciais como hormônios e ácidos graxos. Suas fontes são: fígado, rim, gema do ovo, leite, gérmen de trigo, amendoim, nozes, cereais integrais, abacate.
Sua hipovitaminose causa doenças neurológicas, cefaleia, cãibras e náuseas.
Piridoxina (B6): Reduz o risco de doenças cardíacas; ajuda na manutenção do sistema nervoso central e no sistema imunológico; reduz espasmos musculares; alivia enxaquecas e náuseas; reduz o colesterol; melhora a visão; previne aterosclerose e câncer, além de participar no metabolismo dos lipídeos, na estrutura da fosforilase e no transporte de aminoácidos através da membrana celular. É encontrada no gérmen de trigo, batata, banana, vegetais crucíferos, castanhas, nozes, peixe, abacate, semente de gergelim.
Sua hipovitaminose causa anomalias do sistema nervoso central, desordens da pele, anemia, irritabilidade e convulsões, enquanto que sua hipervitaminose causa ataxia e neuropatia sensorial.
Biotina (B7): Auxilia no crescimento celular, produção de ácidos graxos e redução de açúcar no sangue; combate infecções; promove a saúde das glândulas sudoríparas, do tecido nervoso, da medula óssea, das glândulas sexuais e células sanguíneas; previne a calvície; alivia dores musculares; baixa a intolerância à insulina em diabéticos. São encontradas em gema de ovo, fígado, rim, coração, tomate, levedura, aveia, feijão, soja, nozes, alcachofra, ervilha e cogumelo.
Sua hipovitaminose acarreta em alterações cutâneas.
Folato (B9) - Ácido Fólico: Manutenção dos sistemas imunológico (juntamente com a vitamina B12), circulatório e nervoso; antitóxico; ajuda a combater o primeiro infarto, o câncer de mama e de cólon, parasitas intestinais e envenenamento alimentar; diminui o risco de aterosclerose; promove a saúde dos cabelos e da pele; reforça o sistema imunológico e o sistema nervoso central, atua como coenzima no metabolismo dos carboidratos e está presente na síntese de DNA e RNA, além de participar na formação e maturação de células do sangue. É encontrada em vegetais folhosos verdes, fígado, beterraba, gérmen de trigo, cereais vitaminados, nozes, amendoim, grãos, leguminosas.
Sua hipovitaminose ocasiona a anemia megaloblástica, lesões de mucosas, má formação do tubo neural, problemas de crescimento, transtornos gastrointestinais, alterações na morfologia nuclear celular.
Cobalamina (B12): atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos e na formação da porção heme da hemoglobina; essencial para a síntese de DNA e RNA; participa na formação de células vermelhas do sangue, além de proporcionar a manutenção do sistema nervoso e ajudar no crescimento e desenvolvimento do corpo. Suas principais fontes estão em alimento de origem animal, fígado, rim, carne magra, leite, ovos, queijo, leveduras.
Sua hipovitaminose ocasiona a anemia perniciosa, anemia megaloblástica, distúrbios gastrointestinais.
3. SAIS MINERAIS
Diferentemente dos carboidratos, lipídios e proteínas, os sais minerais são substâncias inorgânicas, ou seja, não podem ser produzidos por seres vivos. São encontrados em diversos alimentos e sua ingestão é necessária em quantidades adequadas.
 Sua maior parte está concentrada nos ossos. Entre os mais conhecidos estão o cálcio, o fósforo, o potássio, o enxofre, o sódio, o magnésio, o ferro, o cobre, o zinco, o selênio, o cromo, etc.
Estas substâncias inorgânicas possuem funções muito importantes no corpo e a falta delas pode gerar desequilíbrios na saúde. Contudo, há alguns minerais como, por exemplo, o alumínio e o boro, que podem estar presentes no corpo sem nenhuma função.
Podem ser encontrados nos organismos sob duas formas básicas: insolúvel e solúvel.
São encontrados na forma insolúvel quando, por exemplo, participam da estrutura esquelética. Nos vertebrados, os fosfatos de cálcio são encontrados nos ossos, onde contribuem para a rigidez característica deste órgão; nos corais, o exoesqueleto é organizado principalmente por carbonatos de cálcio (calcário), cuja resistência é bem evidente nos recifes; nas algas diatomáceas, a carapaça envolvente apresenta grande rigidez por ser altamente impregnada por sais de silício. Nas cascas dos ovos dos repteis e aves, é marcante a presença de sais de cálcio insolúveis.
Sob a forma solúvel, os sais minerais encontram-se dissolvidos na água em forma de íons. Podem atuar como ativadores de enzimas, como componentes estruturais de moléculas orgânicas diversas e participam da manutenção do equilíbrio osmótico, entre outras funções.
3.1 Funções genéricas 
Regulação da quantidade de agua nas células: quando o meio intracelular é mais concentrado em partículas dissolvidas, a agua flui para dentro das células; quando o meio extracelular é mais concentrado,as células perdem agua. Esse fluxo de agua denomina-se osmose.
Equilíbrio elétrico das células: a distribuição de íons dentro e fora das células estabelece uma diferença de cargas elétricas nas faces da membrana plasmática em repouso, que tem a face externa positiva e a interna negativa. 
Equilíbrio ácido-base: alguns íons minerais contribuem para manter o meio intracelular com pH neutro, semelhante ao da água pura.
Funcionamento das enzimas: muitas enzimas só se tornam ativas quando associadas a um fator auxiliar (chamado co-fator) que pode ser um íon mineral, como o ferro, magnésio, cobre ou zinco. 
3.2 Funções específicas 
Fósforo: Componente das moléculas de DNA e RNA, o fósforo auxilia na formação dos ossos e dos dentes. Encontrado no leite e derivados, ovos, carnes, peixe, repolho, ervilha, feijão e cereais.
Ferro: Auxilia na absorção e transporte de oxigênio no corpo. Encontrado em vegetais verdes, leite, ovos, carnes, fígado, gema de ovo, aveia, feijão, pinhão, aspargos.
Magnésio: Auxilia nas reações químicas celulares e nos processos enzimáticos. Encontrado em legumes, hortaliças de folhas verdes, nozes, maçã, banana, figo, soja, gérmen de trigo, aveia, cereais, peixes, carnes, ovos, feijão.
Sódio: Auxilia na contração muscular e regula o líquido do corpo. Encontrado no sal de cozinha, ovos, carnes, verduras, algas marinhas.
Iodo: Componente de alguns hormônios importantes para o organismo, como por exemplo, da Tireoide. Encontrado em frutos do mar, peixes, sal de cozinha iodado.
Cálcio: Auxilia na calcificação e formação de ossos e dentes; coagulação do sangue, contração muscular. Encontrado no leite e derivados, ovos, couve, espinafre, rúcula, brócolis, cereais.
Flúor: Auxilia na remineralização dos dentes, protegendo da formação de cáries. Encontrado em verduras, carnes, peixes, arroz e feijão. É acrescentado na água encanada.
Potássio: Auxilia na contração muscular e transmissão dos impulsos nervosos. Encontrado em carnes, leite, ovos, cereais, banana, melão, batata, feijão, ervilha, tomate, frutas cítricas.
Zinco: Auxilia no metabolismo da insulina. Encontrado em carnes, fígado, frango, peixe, mariscos, ovos, germe de trigo, ervilha, castanha do Pará.
Selênio: Auxilia no metabolismo de gorduras. Encontrado em carnes, ovos, tomate, milho, cereais, frutos do mar.
Manganês: Auxilia nos processos enzimáticos. Encontrado em cereais integrais, legumes, café, chás.
Cobre: Auxilia na produção de hemoglobina. Encontrado no fígado, ovos, peixe, trigo integral, ervilhas, amendoim, feijão, cereais integrais, nozes.
Enxofre: Auxilia o metabolismo e estruturação das proteínas. Encontrado em carnes, peixes, ovos, feijão, repolho, brócolis, cebola, alho, germe de trigo.
Cromo: Auxilia no metabolismo da glicose. Encontrado em carnes, mariscos, cereais integrais, levedo de cerveja.
4. LIPÍDEOS
Os lipídios biológicos constituem um grupo de compostos que, apesar de quimicamente diferentes entre si, exibem, como característica definidora e comum, insolubilidade em água (hidrofóbicos). Ainda apresentam grande solubilidade em solventes orgânicos, como éter, benzeno e clorofórmio. Incluem ácidos graxos, triacilgliceróis (ou triglicerídeos), fosfolipídios, esteroides e ceras.
As funções biológicas dos lipídios são tão diversas quanto a sua química. Em muitos organismos, gorduras e óleos são as principais formas de armazenamento de energia, em animais, por exemplo, quase todo excedente energético é convertido em gorduras, que são isolantes térmicos. Fosfolipídios e esteróis são os principais elementos estruturais de membranas biológicas. Outros lipídios, mesmo quando presentes em quantidades relativamente pequenas, têm papéis cruciais como co-fatores enzimáticos, transportadores de elétrons, pigmentos que absorvem radiações luminosas, âncoras hidrofóbicas, agentes emulsificantes, hormônios e mensageiros intracelulares. 
Comparados com os carboidratos, os lipídeos concentram maior quantidade de energia. O transporte dos lipídeos no organismo se dá por meio de lipoproteínas, estas englobam dentro de si triglicerídeos, colesterol, ésteres de colesterol, uma vez que são insolúveis em água. As apolipoproteínas auxiliam na solubilização dos lipídeos no plasma e atuam como sítios de reconhecimento, são receptores de superfície celular.
As lipoproteínas são classificadas de acordo com sua densidade. O HDL conhecido como "bom colesterol" é aquele que retira o LDL "colesterol ruim" da corrente sanguínea a fim de ser excretado do organismo, protegendo-o. O desequilíbrio na quantidade de lipoproteínas pode gerar um quadro de dislipidemia. Dislipidemia: é a elevação da taxa de gorduras na corrente sanguínea.
Os lipídeos quando em excesso causam obesidade e aterosclerose. Outras doenças ligadas ao metabolismo dos lipídeos também são encontradas, como a adrenoleucodistrofia (ALD) - acúmulo de ácidos graxos de cadeia longa principalmente no cérebro que acaba destruindo a bainha de mielina. Doença de Refsum - Acúmulo de ácido fitâmico (ácido graxo ramificado) no plasma e tecidos. Ambas as doenças acarretam sérias consequências neurológicas.
São classificados em lipídeos de cadeia aberta e de cadeia fechada. 
4.1 Lipídeos de cadeia aberta
Ácidos graxos: Ácidos Graxos são componentes estruturais dos fosfolipídios das membranas celulares. Também podem ser encontrados na sua forma livre e ser oxidados em certos tecidos para produzir energia. São constituídos por átomos de carbono ligados que podem formar cadeias curtas ou longas, e podem ser classificados em saturados ou insaturados.
As gorduras insaturadas são encontradas nos óleos vegetais e em alimentos como as nozes e o abacate e ajudam a elevar o nível do HDL, chamado "bom colesterol" porque retira o excesso de gordura do sangue, sendo por isso considerado mais saudável. Enquanto as saturadas são consideradas mais prejudiciais porque aumentam os níveis de colesterol no sangue.
Quando os átomos de carbono apresentam ligações simples entre si, o ácido graxo é saturado. Se houver ligações duplas entre um ou mais pares de carbonos, a molécula é chamada de monoinsaturada ou poli-insaturada, respectivamente.
Triacilglicerol: Os lipídios mais simples, construídos a partir de ácidos graxos, são os triacilgliceróis, também chamados triglicerídios, gorduras ou gorduras neutras, é a forma mais abundante na alimentação (95%). Triacilgliceróis são compostos de três ácidos graxos, cada um em ligação éster com o mesmo glicerol. Aqueles contendo o mesmo tipo de ácido graxo em todas as três posições são classificados como triacilgliceróis simples e sua nomenclatura é derivada do ácido graxo que contêm. Na maioria das células eucarióticas, os triacilgliceróis formam uma fase separada de gotículas microscópicas de óleo no citoplasma aquoso, servindo como depósitos de combustível metabólico. 
Nos animais vertebrados, células especializadas, chamadas adipócitos, ou células gordurosas, armazenam grandes quantidades de triacilgliceróis como gotículas de gordura, as quais quase preenchem a célula. Triacilgliceróis também são armazenados como óleos nas sementes de muitos tipos de plantas, fornecendo energia e precursores biossintéticos durante a germinação das sementes.
Fosfolipideos: São os principais componentes das membranas das células, formados por dois ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol ou esfingosina, além de fosfato e álcool. São moléculas anfipáticas.
Esfigoslipideos: são anfipáticos, derivados de ceramidas. Estão presentes em todas as membranas do corpo; compõem a camada externa da membrana plasmática, participam da regulação de interações, são fontes de antígenos dos grupos sanguíneos, atuam como receptores de certas toxinas e fazem parte da composição da bainha de mielina. Formam: 
 Glicoesfingolipídeos (Glicolipídeos): uma esfingosina, um AG e um carboidrato - atuam como receptores de membrana 
 Esfingomielina: uma esfingosina, um AG de cadeia longa, um fosfato e um álcool - formação da bainha de mielina
Ceras: As ceras servem comoarmazéns de energia, como repelentes de água e atuam na proteção do corpo. Ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa.
Estão presentes nas superfícies das folhas de plantas e do corpo de alguns insetos, as ceras de abelhas e mesmo aquela que há dentro do ouvido humano são outros exemplos desse tipo de lipídeo altamente insolúvel, que evita a perda de água por transpiração. São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 ou mais ácidos graxos.
4.2 Lipídeos de cadeia fechada
Esteróis: constituem um grupo de substancias lipídicas formadas a partir de álcoois policíclicos, de cadeia fechada, denominados esteróis. Entre os vários tipos de esteróis, destaca-se o colesterol. No corpo humano, grande parte do colesterol esterifica-se com ácidos graxos de cadeia longa, o restante pode ser encontrado sob a forma livre. 
O colesterol participa da composição quimica da membrana plasmática das células, além de atuar como substancia percursora de hormônios sexuais, como a testosterona (hormônio sexual masculino) e a progesterona (hormônio sexual feminino). 
5. CARBOIDRATOS
Também conhecidos como hidratos de carbono ou glicídios, os carboidratos são biomoléculas mais abundantes na face da terra, são amplamente distribuídas nas plantas e nos animais, em que desempenham tanto funções estruturais quanto metabólicas. Nas plantas, a glicose é sintetizada a partir de dióxido de carbono e água na fotossíntese e armazenada como amido ou é utilizada para sintetizar a celulose, que é responsável pela sustentação da planta.
 Os animais podem sintetizar carboidratos do glicerol dos lipídeos e de aminoácidos, porém a maior parte dos carboidratos dos aminoácidos originam-se fundamentalmente de plantas. Certos carboidratos, açúcar comum e amido, são a base da dieta na maior parte do mundo e a oxidação dos carboidratos é a principal via metabólica fornecedora de energia na maioria das células não-fotossintéticas. Polímeros insolúveis de carboidratos funcionam tanto como elementos estruturais quanto de proteção nas paredes celulares bacterianas e vegetais e nos tecidos conjuntivos de animais. Outros polímeros de carboidratos agem como lubrificantes das articulações esqueléticas e participam do reconhecimento e coesão entre as células. Polímeros mais complexos de carboidratos, ligados covalentemente a proteínas ou lipídios, agem como sinais que determinam a localização intracelular ou o destino metabólico destas moléculas hídricas, denominadas glicoconjugadas. 
A glicose é o carboidrato mais importante. É sob a forma de glicose que a maioria dos carboidratos da dieta são absorvidos pela corrente sanguínea ou é em glicose que o fígado converte os outros açúcares. A glicose é o principal combustível metabólico dos tecidos dos mamíferos, exceto ruminantes, e é o combustível universal dos fetos. Ela é precursora da síntese de todos os outros carboidratos do organismo, inclusive do glicogênio, a forma de armazenamento da glicose; da ribose e da desoxirribose dos ácidos nucléicos, da galactose da lactose do leite e dos glicolipídios, e em combinação com proteínas nas glicoproteínas e proteoglicanas. As doenças associadas ao metabolismo dos carboidratos incluem: o diabetes mellitus, a galactosemia e a intolerância à lactose.
 Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise. Muitos carboidratos, mas não são todos, tem fórmulas empíricas (CH2O), alguns também contém nitrogênio, fósforo ou enxofre. 
5.1 Classificação dos carboidratos 
Monossacarídeos: são os carboidratos que não podem ser hidrolisados em carboidratos mais simples. Eles podem ser classificados em trioses, tetroses, pentoses, hexoses, heptoses, dependendo do número de átomos de carbono, aldoses e cetoses, dependendo da presença de grupo aldeído ou cetônico na molécula. 
Dissacarídeos: são os produtos de condensação de dois monossacarídeos. Os exemplos são a maltose e a sacarose.
Oligossacarídeos: são os produtos de condensação de dois a dez monossacarídeos. Um exemplo é a maltotriose.
Polissacarídeos: são os produtos de condensação de mais do que dez monossacarídeos. Os exemplos são os amidos e as dextrinas, que podem ser polímeros lineares ou ramificados. Os polissacarídeos, algumas vezes, são classificados como hexosanas ou pentosanas, dependendo do número de átomos de carbono de seus monossacarídeos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FacMais. Lipídeos. Disponível em: <http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/lipidios.pdf>. Acesso em 22/05/2018
FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Ed.1. São Paulo: Moderna, 2005. p60-65.
IG. Vitaminas. Disponível em: < http://saude.ig.com.br/vitaminas/>. Acesso em 20/05/2018
Toda matéria. Vitaminas. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/vitaminas/>. Acesso em 22/05/2018
LISBOA, Wolney Conde; CASTRO, Teresa Gontijo de. Lipídeos. Disponível em: <http://www.fsp.usp.br/~marlyac/lipideos.pdf>. Acesso em 22/05/2018
MENDES, Maximiliano. Os sais minerais e as vitaminas. Disponível em: <http://maxaug.blogspot.com.br/2013/04/os-sais-minerais-e-as-vitaminas.html>. Acesso em 20/05/2018
NELSON, David; COX, Michael M. Lehninger: princípios de bioquímica. Ed.3. São Paulo: Sarvier, 2002.
NELSON, David; COX, Michael M. Lehninger: princípios de bioquímica. Ed.4. São Paulo: Sarvier, 2006.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: citologia e histologia. Ed.1. São Paulo: Ática, 2005. v.1, p38-48; 68-72.
PINHEIRO, Denise Maria; PORTO, Karla Rejane de Andrade; MENEZES, Maria Emília da Silva. A Química dos Alimentos: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e minerais. Disponível em: < www.usinaciencia.ufal.br/multimidia/livros-digitais-cadernos-tematicos/A_Quimica_dos_Alimentos.pdf>. Acesso em 23/05/2018
Portal da educação. Lipídeos. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/lipideos/36051>. Acesso em 23/05/2018
ROBERT, K Murray; et al. Harper: Bioquímica ilustrada. Ed.26. São Paulo: Atheneu editora, 2006
Toda biologia. Sais minerais. Disponível em: < https://www.todabiologia.com/saude/sais_minerais.htm>. Acesso em 22/05/2018
Toda matéria. Ácidos graxos. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/acidos-graxos/>. Acesso em 22/05/2018
Toda matéria. Biologia: sais minerais. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/sais-minerais/>. Acesso em 22/05/2018

Continue navegando