Buscar

anticorpo e sistema complemento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anticorpos e sistema complemento
Elaboração: 
Thaís Ingrid Bordin
Orientação: Fausto de Souza 
Imunologia: Anticorpos e Sistema Complemento
Trabalho apresentado à disciplina de imunologia do curso de Farmácia - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Araçatuba
 Prof.a Fausto de Souza 
Araçatuba - SP
2018 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
 – Araçatuba
-
 SP
CURSO DE 
F
ARMÁCIA
 
Araçatuba - SP
2018 
1 ANTICORPOS
Também chamados de imunoglobulinas ou gamaglobulinas, os anticorpos são moléculas de glicoproteínas com a função de reconhecer, neutralizar e marcar (opsonizar) antígenos para que eles sejam eliminados ou fagocitados pelos macrófagos.
 Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B e têm a capacidade de se combinar especificamente com substâncias estranhas ao corpo, inativando-as. O anticorpo é uma proteína específica que reage apenas com o corpo estranho contra o qual foi produzido.
 Os antígenos são extremamente específicos, por isso podemos dizer que para cada um dos seus tipos existe um tipo de anticorpo, com forma complementar à do antígeno. 
Anticorpos são extremamente diversos e específicos em sua habilidade de reconhecer estruturas estranhas, e são os mediadores primários da imunidade humoral contra todas as classes de microrganismos. 
No sangue humano, aproximadamente 20% das proteínas encontradas no plasma sanguíneo são anticorpos, sendo que todos eles são produzidos quando há alguma substância estranha no organismo.
1.2 Funções 
Como os anticorpos se encontram na forma livre na corrente sanguínea, diz-se que fazem parte do sistema imunitário humoral. Os anticorpos circulantes são produzidos por linhas clonais de linfócitos B que respondem especificamente a um antígeno que pode ser um fragmento de proteína da cápside viral, por exemplo. Os anticorpos contribuem para a imunidade de três formas: podem impedir que os patógenos entrem nas células ou as danifiquem ao unir-se a elas (neutralização). Podem estimular a eliminação dum patógeno pelos macrófagos e outras células recobrindo o patógeno (opsonização) e podem desencadear a destruição direta do patógeno estimulando outras respostas imunes como a via do complemento (lise).
Os principais tipos de ação dos anticorpos no sistema imunitário podem resumir-se a:
Neutralização, na qual anticorpos neutralizantes bloqueiam partes da superfície duma célula bacteriana para fazer com que o seu ataque não seja efetivo ou neutralizam toxinas.
Opsonização e fagocitose de microrganismos
Aglutinação, na qual os anticorpos fazem com que as células estranhas "se peguem umas às outras" formando grupos compactos que são alvos atrativos para a fagocitose.
Citotoxicidade celular dependente de anticorpos
Precipitação, na qual os anticorpos fazem com que os antígenos solúveis no soro se "peguem entre si", o que provoca a sua precipitação fora da solução em grupos que depois serão fagocitados.
Inflamação
Ativação do complemento (fixação), na qual os anticorpos que estão unidos à superfície das células estranhas favoreçam o ataque do complemento e a formação do complexo de ataque à membrana, o que conduz a lise das células estranhas e impulsiona a inflamação por atração quimiotáctica de células inflamatórias.
1.3 Estrutura química 
Os anticorpos são proteínas plasmáticas globulares pesadas, também conhecidas por imunoglobulinas. Têm cadeias de açúcares unidas a algum dos seus resíduos de aminoácidos; ou seja, são glicoproteínas. 
A unidade básica funcional dos anticorpos é o monómero de imunoglobulina, que contém uma só unidade de Ig. Os anticorpos segregados também podem ser dímeros com duas unidades de Ig, como no caso das IgA, tetraméricos com quatro unidades Ig como nas IgM de teleósteos, ou pentaméricos com cinco unidades de IgM, como no caso das IgM de mamíferos
O anticorpo é constituído por 4 cadeias polipeptídicas, possuindo dois sítios de ligação para o antígeno, é formado de duas cadeias leves e duas cadeias pesadas unidas por pontes dissulfeto. 
Cada cadeia leve possui um domínio variável e um constante. As cadeias pesadas possuem um domínio variável e três ou quatro domínios constantes. Cada domínio se constitui numa alça da cadeia polipeptídica, com cerca de 110 aminoácidos. Essas cadeias apresentam uma região aminoterminal variável e uma região constante. Uma cadeia leve liga-se à pesada por ligações dissulfeto.
Nas cadeias pesadas, existem porções carboxílicas terminais constantes, denominadas de fragmento Fc, que são responsáveis pelas ações biológicas do anticorpo. Os segmentos presentes na extremidade amínica pertencentes às cadeias leves e às cadeias pesadas são chamados de fragmento Fab, região onde o antígeno liga-se. A sequência de aminoácidos da sequência Fab é variável.
1.4 Isotipos 
Os anticorpos podem existir em diferentes formas conhecidas como isotipos ou classes. Nos mamíferos existem cinco isotipos diferentes de anticorpos, conhecidos como IgA, IgD, IgE, IgG e IgM com diferentes cadeias pesadas. Possuem o prefixo "Ig" que significa imunoglobulina, e diferenciam-se pelas suas propriedades biológicas, localizações funcionais e habilidade para lidar com diferentes antígenos.
O isotipo altera-se durante o desenvolvimento e a ativação dos linfócitos B. Antes da maturação destes últimos, quando ainda não foram expostos ao seu antígeno, são conhecidos como linfócitos B virgens e só expressam o isotipo IgM na sua forma ancorada à superfície celular. Os linfócitos B começam a expressar tanto IgM como IgD ligadas à membrana quando alcançam a maturação e nesse momento estão prontos para responder ao seu antígeno. A ativação dos linfócitos B continua ao encontro e ligação deste com o seu antígeno, o que estimula a célula para que se divida e se diferencie numa célula produtora de anticorpos denominada plasmática. Nesta forma ativada, os linfócitos B começam a segregar anticorpos em vez de ancorá-los à membrana. Algumas células filhas dos linfócitos B ativados sofrem uma mudança isotípica, um mecanismo que faz com que a produção de anticorpos nas formas IgM ou IgD se trasmute para os outros tipos, IgE, IgA ou IgG, que desempenham diferentes funções no sistema imunitário.
Os anticorpos são classificados pelo seu tipo de cadeia em cinco tipos. São eles:
→ Imunoglobulina A (IgA): é o tipo de imunoglobulina predominante em secreções como saliva, lágrima, leite, mucosas do trato gastrintestinal, trato respiratório e geniturinário.
→ Imunoglobulina E (IgE): presente em baixas concentrações, esse tipo de imunoglobulina é encontrado na superfície dos mastócitos, eosinófilos e basófilos, sendo muito importante no combate a parasitas helmintos e também às reações alérgicas.
→ Imunoglobulina G (IgG): esse tipo de imunoglobulina é produzido em larga escala, assim que ocorre o reconhecimento do antígeno, sendo ele o responsável pela memória específica contra determinado antígeno.
→ Imunoglobulina M (IgM): imunoglobulina encontrada principalmente no meio intravascular, sendo um tipo de anticorpo produzido em grandes quantidades nas fases iniciais das doenças. Também pode ser encontrada na superfície dos linfócitos B, realizando a função de receptor de antígenos.
2 SISTEMA COMPLEMENTO
O sistema complemento (SC) é o principal mediador humoral do processo inflamatório junto aos anticorpos. Está constituído por um conjunto de proteínas, tanto solúveis no plasma como expressas na membrana celular, e é ativado por diversos mecanismos por duas vias, a clássica e a alternativa.
O Sistema Complemento é composto por 20 proteínas de membrana plasmática e solúveis no sangue e participam das defesas inatas (natural) e adquiridas (memória). Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do complementosão proteases que se auto ativam por clivagem proteolítica. As funções principais são a defesa frente às infecções por microrganismos, a eliminação da circulação dos complexos antígeno-anticorpo e alguns dos seus fragmentos atuam como mediadores inflamatórios.
Para que o sistema complemento expresse a sua atividade é necessária à sua ativação prévia. A clivagem de tais proteínas é feita por proteases altamente específicas, as convertases. Ativação é feita por três vias do complemento, denominadas vias: clássica, da lectina, e alternativa.
2.1 Funções 
O complemento é um dos mecanismos efetores mais importantes da resposta imune inata. Quando um microrganismo penetra no organismo, normalmente provoca a ativação do complemento. Como resultado da sua ativação e amplificação, alguns componentes do complemento depositam-se sobre a superfície do patogénico responsável pela ativação, o que determina a sua destruição (lise) e/ou a sua eliminação por células do sistema fagocítico.
Dentre as principais funções do sistema complemento, estão: 
Eliminação de microrganismos: Opsonização, fagocitose e lise celular
Inflamação
Remoção de imunocomplexos
2.2 Mecanismos de ativação 
A ativação do complemento pode ser dividida em três vias: a via clássica, a via da lecitina e a via alternativa. Ambas as vias, clássica e alternativa, levam à ativação da C5 convertase e resulta na produção de C5b que é essencial para a ativação da via do ataque à membrana.
→ Via clássica: Nessa via a montagem e a organização das convertases são habitualmente iniciadas por anticorpos da classe IgG ou IgM formando complexos com o antígeno. Várias outras substâncias, tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR), determinados vírus e bactérias Gram-negativas, também podem ativar esta via. Os ativadores são reconhecidos por C1q, uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação ativa C1r que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s ativado cliva C4, resultando na fixação covalente do seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador. O componente C2 liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois fragmentos (este processo necessita da intervenção de Ca2+ o Mg2+), dos quais C2a permanece ligado a C4b, completando a montagem do complexo C4b2a, que é a C3 convertase da via clássica. Esta cliva C3 resultando na ligação de C3b à superfície do ativador e na ligação posterior de C3b à subunidade C4b2a, formando a C4b2a3b que é C5 convertase da via clássica.
→ Via da Lecitina: A via da lecitina utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a cascata do complemento, a lecitina ligadora de manose (MBL). A MBL liga-se a resíduos de manose e outros açúcares, organizados em um padrão, que recobrem superficialmente muitos patógenos. A lecitina ligadora de manose é uma molécula formada por duas a seis cabeças, semelhante a C1q, que formam um complexo com duas serina proteases a MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo MBL liga-se à superfície de um patógeno, MASP-2 é ativada para clivar C4, em C4a e C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a C3 convertase da via da lecitina - C4b2b. O papel de MASP-1 ainda não está bem claro na ativação do complemento.
As pessoas deficientes em MBL têm maior suscetibilidade a infecções na infância, o que mostra a importância da via da lecitina na defesa do hospedeiro.
→ Via Alternativa: Esta via foi denominada alterna por razões históricas, por ter sido descoberta após a via clássica. A ativação desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea tiol-éster localizada na cadeia alfa do componente C3, gerando o C3(H20). Esta molécula exibe sítios reativos que permite a ligação de uma proteína plasmática, fator B (fB), formando o complexo C3(H2O)B. O fB então é clivado por uma enzima denominada fator D (fD). Esta clivagem origina 2 fragmentos Ba e Bb. O fragmento Bb fica ligado a C3(H2O), gerando o C3(H2O)Bb, que na presença de íons Mg++, tem atividade serino-protease, clivando o C3 em C3a e C3b. Assim como o C3(H2O), C3b também apresenta sítio de ligação com o fB. Formando o complexo C3bBb, após clivagem do fB em fBb e fBa pelo fD. O C3bBb atua então como C3 convertase, clivando mais moléculas de C3, formando C3bBb3b que cliva C5 em C5a e C5b. O fragmento C5b permanece ligado ao complexo e os outros componentes (C6,C7, C8 e C9)se ligam para a formação MAC.
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOUREDO, Paula. Imunologia: anticorpos. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/anticorpos.htm>. Acesso em 10/06/2018 
SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. O que é anticorpo?. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-anticorpo.htm>. Acesso em 10 de junho de 2018.
LOPES, Priscila Diniz. Anticorpos e Imunoglobulinas. Disponível em: < http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/aula-4--anticorpos-e-imunoglobulinas.pdf>. Acesso em 10/06/2018
MAYER, Gene. Imunoglobulinas – Estrutura e Função. Imunologia - Capitulo 4. Disponível em: < http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter4.htm>. Acesso em 10/06/2018
Imunologia: sistema complemento. Disponível em: < http://imunofarma.blogspot.com/2010/09/sistema-complemento.html>. Acesso em 10/06/2018
MAYER, Gene. Sistema complemento: Imunologia – capitulo 2. Disponível em: < http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/ed-6-o-sistema-complemento.pdf>. Acesso em 10/06/2018
O sistema complemento. Disponível em: < http://iba.fmrp.usp.br/sites/default/files/04_sistema_do_complemento.pdf>. Acesso em 10/06/2018
Sistema complemento. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/imunologia-distúrbios-alérgicos/biologia-do-sistema-imune/sistema-complemento>. Acesso em 10/06/2018.

Outros materiais