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Banco de Sangue Banco de Sangue (Imuno-Hematologia) 2ª Edição Instituto de Ciências de Saúde da Beira Elaborado por : Yuka YOSHIDA (JOCV/JICA), 2008 Bibliografia 1. Manual de imunohematologia : H.C.M. - Banco de Sangue, 1996 2. Método de Laboratório - Aplicados à Clínica : GUANABARA KOOGAN, 2001 3. Laboratório Clínico – Técnicas Básicas : ARTMED, 1998 4. O Uso do Clínico do Sangue : O.M.S., 2005 Índice 1. Introdução ao Banco de Sangue ---------------------------------------------2 2. Doação de Sangue --------------------------------------------------------------3 3. Densidade de Sangue ----------------------------------------------------------4 4. Saco de Sangue -----------------------------------------------------------------6 5. Produto Sanguíneo -------------------------------------------------------------7 6. 1º Exercício -----------------------------------------------------------------------8 7. Uso de Produto Sanguíneo ----------------------------------------------------9 8. Alteração do Sangue Armazenado ----------------------------------------12 9. 2º Exercício ----------------------------------------------------------------------14 10. Imunologia de Base ----------------------------------------------------------15 11. Noções de Genética ---------------------------------------------------------16 12. Sistema ABO ------------------------------------------------------------------17 13. Determinação de Sistema ABO -------------------------------------------19 14. Sistema Rhesus --------------------------------------------------------------21 15. 3º Exercício --------------------------------------------------------------------23 16. Determinação de Sistema Rhesus ---------------------------------------24 17. Outros Grupos Sanguíneos ------------------------------------------------25 18. 4º Exercício --------------------------------------------------------------------26 18. Compatibilidade ---------------------------------------------------------------27 19. Coombs Indirecto -------------------------------------------------------------29 20. Coombs Directo ---------------------------------------------------------------30 21. Reagentes para Teste de Coombs ---------------------------------------30 22. Doença Hemolítica do Recém Nascido ---------------------------------31 23. 5º Exercício --------------------------------------------------------------------33 24. Reacções Transfusionais ---------------------------------------------------34 25. Selecção de Unidade --------------------------------------------------------36 26. Guião de Correcção de Exercício --------------------------------------- 37 Introdução ao Banco de Sangue Introdução O estudo de Banco de Sangue, ou Imunohematologia, é a união de duas ciências médicas afins, a Imunologia e a Hematologia. O estudo de banco de sangue usa os princípios de imunologia para identificar e estudar os grupos sanguíneos. O banco de sangue também pode envolver as técnicas para contribuir as terapias hematológicas e investigar as reacções pós-transfusionais, como os testes de compatibilidade e identificação de anticorpo. O estudo de banco de sangue é uma área do laboratório em que a qualidade dos testes laboratoriais pode ter um impacto directo e imediacto no paciente. Uma transfusão de sangue é um evento potencialmente salvador de vidas. Uma transfusão de sangue é, na verdade, um transplante de tecido. Erros ou enganos em cruzar os sangues para transfusão podem levar a sérios danos ao paciente e algumas vezes pode ser fatal. História A história das transfusões, tal como a de outras descobertas, foi influenciada por importantes descobertas. A lista que se segue mostra alguns morcos fundamentais das transfusões de sangue. 1628 Wiliam Harvey descobre a circulação do sangue 1900/01 Landsteiner, um cientista austríaco, descobre as reacções entre as substâncias existentes à superfície dos glóbulos vermelhos (antigénios) e outras substâncias existentes no plasma (anticorpo). Tal facto leva-o à classificação do sangue em quatro grupos sanguíneos que constituem o sistema ABO de classificação de sangue. 1914/15 Discobrem que o citrato de sódio é eficiente no impedimento da coagulação do sangue no processo de transfusão. 1917/18 Introduz o uso de soluções de citrato de sódio e glucose para conservar o sangue colhido. 1922 Em Londres, cria o primeiro Serviço de Dadores de Sangue da Cruz Vermelha. 1940 Landsteiner e Wiener descobrem o factor Rh. 1943 Aperfeiçoam o preservante de sangue como CPD.. 1944 Aperfeiçoa uma capacidade de fraccionar o sangue nos seus diversos componentes. 1958/59 As bolsas de material plástico para conservação do sangue substituem os frascos de vidro. Factores que Afectam o Desenvolvimento de Banco de Sangue Descobrta de grupos sanguíneos Desenvolvimento de conservador de sangue Estabelecimento de doação voluntária de sangue Fluxograma Doação do Sangue Introdução Em 1922, o serviço de dadores de sangue foi começado por cruz vermelha em Londres. O estabelecimento de doação voluntária de sangue contribuiu para desenvolvimento do sistema de banco de sangue. A colheita de sangue deve ser apenas de dadores voluntários e não remunerados de populações de baixo risco, e procedimentos rigorosos para a selecção de dadores. Os dadores pagos ou remunerados geralmente apresentam a maior incidência e prevalência de infecções transmitidas transfusionais. O sangue doado por familiares ou por “reposição“ também apresenta um risco maior para infecções transmitidas transfusionais do que o sangue doado por dadores voluntários e não remunerados. A doação autónoma não tem risco de infecções transmitidas transfusionais e é recomendada, apesar que tenha limitada. Critérios de Aceitabilidade dos Dadores Idade 16 a 65 anos Peso >= 50kg Nível de Hemoglobina >= 12,5 g/dl (mulher) >= 13,5 g/dl (homen) Tensão Arterial 100 a 150 mmHg (máxima) 70 a 80 mmHg (mínima) Intervalo 3 meses (homen), 4meses (mulher) Volume das doações 450 ml Cuidados a Colheita Ao colher o sangue para transfusão, o que é o mais importante é a assépsia para prevenir a contaminação bacteriana. O local de punção deve ser desinfectado rigorosamente. Durante de colheita de sangue, o sangue colhido deve ser misturado com anticoagulante no saco para não coagular. Se o dador ficar nervoso, vai aparecer o reflexo vagonerval. Por isso, devem fazer um ambiente relaxado na sala de colheita e observar bem. Causa Medo, nervosa, dor e hipocirculação Frequência 1% Sintoma Iº grau : bocejo, náusea e sente mau IIº grau : vômito e branqueado IIIº grau : desmaio e convulsão Profilaxia relaxamento 1º Socorro Deitar com perna levantada Esfriar a cabaça Soro «reflexo vagonerval» Testes para Sangue Doado Grupo sanguíneo ( ABO e Rh(D) ) Anticorpos irregulares Testes para infecções transmitidas transfusionais Infecções Transmitidas Transfusionais Todos os sangues doados devem ser testados por ; HIV-1 e HIV-2 anticorpo Hepatite B surfície antigénio ( HBs Ag ) Sífilis Se for possível, todos os sangues doados devem ser testados por ; Hepatite C anticorpo Doença de Chagas : em pais onde é comun Malária : em pais de baixa prevalência, quando o dador tinha ido àrea malarial A determinação da densidade do sangue usa-se para saber alteração do sangue no corpo, como anemia, sangue concentrado e desidratação. Especialmente utiliza-se no banco de sangue como uma técnica para converter a concentração de hemoglobina, porque o método é fácil e rápido. Princípio A densidade do sangue é estabelecida deixando-se cairgotas de material em soluções de sulfato de cobre de densidade conhecida: O componente da gota com relação à solução fornece a densidade do material em estudo. Determinando-se a densidade do sangue, têm-se os valores da hemoglobina e do volume globular. Os resultados são obtidos consultando-se o gráfico. Preparação de Solção 1. Dissolver 8,81g de CuSO4.5H2O em 100ml de H2O destilada. 2. Controlar o peso específico com o urómetro. No banco de sangue, prepara-se D=1,053 que corresponde 12,5g/dl de Hemoglobina para mulher ou D=1,055 que corresponde 13,5g/dl para homen. Nota: A temperatura pode diminuir ou aumentar o peso específico da solução. A temperatura para determinar o valor de Hemoglobina é 20ºC. Técnica Colher o sangue venoso ou capilar. Não manter o garrote por mais de um minuto. Imediatamente após a colheita, colocar-se à extremidade da agulha da seringa a cerca de 1cm do nível da solução de sulfato de cobre. Deixar-se cair uma gota do sangue. Observar-se o comportamento de gota depois que perder o impulso de queda. Interpretação dos Resultados A gota do sangue sobe à extremidade da solução. Significa que a densidade do sangue é mais baixa do que da solução. ( Não pode aprovar a doação. A gota do sangue fica paralisada. Significa que a densidade do sangue é igual com da solução. ( Pode aprovar a doação. A gota do sangue continua a cair no fundo da solução. Significa que a densidade do sangue é mais alta do que da solução. ( Pode aprovar a doação. 1 2 3 Gráfico para Obter a Hemoglobina da Densidade Para obter o valor da hemoglobina e do hematócrito, determinam-se as densidades do plasma e do sangue total; por meio de uma régua, ligam-se, no gráfico, as duas densidades à esquerda e à direita e lêem-se, na linha oblíqua do centro, os respectivos valores. Por exemplo: a densidade do sangue total é de 1,059, a desidade do plasma é de 1,027; lendo-se no na linha oblíqua, temos: hemoglobina __________ g/dl, hematócrito ________ %. Saco de Sangue Tipos de Saco Existe quatro tipos de saco de sangue para que dependa os tipos de produtos sanguíneos produzidos. O sangue doado é colhido ao saco original que contém preservantes. 1. Saco Singular : Tem saco original só. O sangue colhido no saco singular não tem processamento e fica o sangue total. 2. Saco Duplo : Tem saco original e secundário. O sangue colhido no saco duplo é separado o concentrado dos G.V. e plasma pela centrifugação. 3. Saco Triplo : Tem saco original, secundário e terceiro. O sangue colhido no saco triplo é separado o concentrado dos G.V., plasma e concentrado das plaquetas pelas centrifugações. Existe outro tipo de saco triplo para adicionar uma solução nutriente eritrocitária como ADSOL. 4. Saco Quádruplo : Tem saco original, secundário, terceiro e quarto que contém uma solução nutriente eritrocitária como ADSOL. O sangue colhido no saco quádruplo é separado a suspenção de G.V., concentração das plaquetas e plasma pelas centrifugações. Anticoagulante e Preservante 1. Tipo de preservantes no saco Nome Componentes Tempo CPD Citrato-Fosfato-Dextrose 21 dias CPDA-1 Citrato-Fosfato-Dextrose-Adenina 35 dias ACD Acido-Citrato-Dextrose 21 dias ADSOL Adenina-Dextrose-Salina-Manitol 42 dias Heparina Heparina 24 horas 2. Função de componentes de preservante Componente Função C Citrato de sódio Anticoagulante P Fosfato Ajudar o metabolismo de eritrócitos D Dextrose Manter a menbrana de eritrócitos A Adenina Prover a energia aos eritrócitos Produto Sanguíneo Introdução Os produtos sanguíneos são classificados por três: Sangue Total, Componente Sanguíneo e Derivados Plasmáticos. Sangue Total É sangue não separado, colhido num dador aprovado, contendo anticoagulante e preservante. 1. Sangue Total 2. Sangue Total Fresco 3. Sangue Total Fresco com Heparina Componente Sanguíneo É um constituinte do sangue, separado do sangue total. O preparo de componentes sanguíneos permite que uma única doação de sangue proporcione tratamento para dois ou três pacientes, e tambám evita a transfusão de elementos do sangue total que o paciente não necessite. O plasma ou plaquetas também podem ser colhidos por aféreses. 1. Concentrado dos G.V. (papa de glóbulos) 2. Suspensão dos G.V. 3. Glóbulos Vermelhos Leucodepletados 4. Concentrado das Plaquetas 5. Plasma Derivados Plasmáticos São as proteínas do plasma humano preparadas sob condições de manufatura farmacêutica, a partir de grandes volumes de plasma, compreendendo muitas doações individuais. O plasma utilizado neste processo deve ser testado individualmente antes do pool, para minimizar o risco de transmissão de doenças. Os factores VIII, IX e as imunoglobulinas também são feitos por tecnologia de ADN recombinante, sendo geralmente preferidos, pois não causam risco de transmissão de doenças ao paciente. Contudo, os custos são elevados. 1. Albumina 2. Concentrados de Factores de Coagulação 3. Imunoglobulinas Conservação Produto Preservante Temperatura Tempo Sangue Total CPD ou ACD 2 a 6 ºC 21 dias CPDA-1 35 dias Sangue Total Fresco CPD ou ACD 21 dias * CPDA-1 35 dias * Heparina 24 horas Concentrado dos G.V. CPD ou ACD 21 dias CPDA-1 35 dias Suspensão dos G.V. ADSOL 45 dias G.V. Leucodepletados Soro fisiológico 24 horas Conc. das Plaquetas ** 18 a 22 ºC 4 dias Plasma - 20 ºC 1 ano * : Têm função de sangue total fresco até 72 horas depois de colheita. ** : É preciso agitar durante a conservação. 1º Exercício de Banco de Sangue Duração : 45 minutos Classificação : _______ Valores 1. Complete os espaços em branco. (3v) a) Em ____________, Landsteiner descobriu ____________________. b) Em 1940, Landsteiner e Wiener descobriram ____________________. c) Em 1943, aperfriçoou ______________________. d) ______________________ e _________________ determinam-se a partir de densidade do sangue total e do plasma com um gráfico. 2. Assinale com V ou F, conforme for verdadeira ou falsa. (3v) a) A transfusão de sangue é um transplante de tecido. ( ) b) Erros dos testes pré-transfusionais nem provocam a sérios danos ao paciente. ( ) c) O preservante mais utilizado em Moçambique é ACD. ( ) d) A heparina é um preservante que tem função de manter o metabolismo eritrocitário. ( ) e) O plasma para transfusão pode ser colhido por aféreses. ( ) f) Os derivados plasmáticos são feitos a partir de muitas doações individuais. ( ) 3. Faça corresponder a coluna dos sacos à esquerda através de uma linha recta com os produtos sanguíneos à direita. (2v) a) Saco singlar Conc. de G.V. + Plasma b) Saco duplo Conc. de G.V. + Conc. de plaquetas + Plasma c) Saco triplo Sangue total d) Saco triplo com ADSOL Suspensão de G.V. + Plasma e) Saco quádruplo Suspansão de G.V. + Conc. de plaquetas +Plasma 4. Preencha a tabela de conservação abaixo. (2v) Produto Preservante Temperatura Tempo Conc. de G.V. CPDA-1 Conc. de plaquetas ----------------- Plasma ----------------- 5. O estabelecimento de doação voluntária de sangue contribuiu o desenvolvimento de Banco de Sangue. (6v) a) Mencione outros factoresque afectam o desenvolvimento de Banco de Sangue.___________________________________________________ b) Que tipo de doação conhece ? _______________________________ c) Explique as vantagens e/ou desvantagens dum tipo de doação. __________________________________________________________ d) Escolhe as afirmações adequadas como dador. 1. Tem 60 anos de idade 2. Tem 45kg de peco corporal 3. Tem hemofilia 4. Tem 10g/dl de conc. de hemoglobina 5. Tem Rh positivo 6. Ontem doou sangue num Banco de Sangue e) Descriva 6 infecções transmitidas transfusionais.__________________ 6. A determinação de densidade do sangue faz-se na sala de triagem. (4v) a) Qual é o objectivo desta determinação ? ________________________ b) Que reagente necessita para esta determinação ? ________________ c) Uma gota de sangue metido ficou à extremidade superior duma solução que tem D=1,053. Qual é significa ? ______________________ e) Neste caso em linha c), pode se aprovar a doação de sangue ? E justifique sua resposta._______________________________________ Uso de Produto Sanguíneo Introdução O uso apropriado de sangue e produtos sanguíneos significa a transfusão de produtos sanguíneos seguros para tratar apenas uma condição que não possa ser prevenida ou controlada efectivamente de outra maneira. Uma vez que a decisão de se transfundir tenha sido feita, o produto sanguíneo correcto seja administrado no paciente correcto e no tempo correcto. Se utilizada correctamente, a transfusão pode salvar vidas. O uso inadequado pode pôr em risco de vida. A decisão de transfundir os produtos sanguíneos deve ser sempre baseada numa avaliação cuidados da indicações clínicas e laboratoriais de que a transfusão é necessária para salvar vidas e prevenir uma morbidade significativa. Sangue Total Descrição 450ml de sangue doado + 63ml de preservante Hemoglobina de 12g/dl Hematócrito de 35 a 45% Plaquetas não funcionais Risco infeccioso Não esterilizado, portanto, capaz de transmitir qualquer agente presente nas células ou plasma que não tenha sido detectado por triagem rotineira para infecções transmitidas transfuionais, incluindo: HIV-1 e 2, Hepatite B e C, Sífilis, Malária e Doença de Chagas Armazenamento 2 a 6 ºC A transfusão deve ser iniciada dentro de 30 minutos após a entrega (remoção da geleira) Indicação Reposição de G.V. em perdas sanguíneas agudas com hipovolemia Administração Deve ser ABO e Rh(D) compatível Completar a transfusão dentre 4 horas após o seu início Vantagem Simple e barato para preparar Não precisa equipamento especial Desvantagem Risco de sobrecarga circulatória em paciente Concentrado dos G.V. Descrição 150 a 200ml de G.V. Maior parte do plasma foi removida Hemoglobina de 20g/dl Hematócrito de 55 a 75% Risco infeccioso O mesmo do sangue total Armazenamento O mesmo do sangue total Indicação Reposição de G.V. em anemia Administração A mesma do sangue total Vantagem Simple e barata para preparar Permite o uso de outros componentes Desvantagem Aumenta de tempo requerido transfusional devido a viscocidade alta Suspensão dos G.V. Descrição 150 a 200ml de G.V. + 100ml de ADSOL Hemoglobina de 15g/dl Hematócrito de 50 a 70% Risco infeccioso O mesmo do sangue total Armazenamento O mesmo do sangue total Indicação A mesma do concentrado dos G.V. Administração A mesma do sangue total Vantagem Permite o uso de outros componentes Viscocidade reduzida Prolonga o tempo de conservação com boa condição Desvantagem Caro para preparar Preciso equipamento especial como centrífuga Critérios de Tranfusão dos G.V. 1. No caso de perdas sanguíneas agudas Volume de perdas Produto transfundido Até 600 ml Nenhum 600 a 1200 ml Concentrado ou Suspensão 1200 a 2000 ml Sangue total + Concentrado ou Suspensão Mais de 2000 ml Sangue total 2. No caso de anemia Valor de hemoglobina : < 7 g/dl ( < 8 g/dl em gravidez ) O valor de hemoglobina do paciente, embora importante, não deve ser o único factor de decisão para se iniciar a transfusão. Esta decisão deve ser amparada pela necessidade de se aliviar sinais e sintomas clínicos, e prevenção de morbidade e mortalidade significativa. Efeito de Transfusão dos G.V. O efeito de transfusão dos G.V. é calculado como seguinte; Geralmente, o valor de hemoglobina aumenta 2g/dl após duma transfusão de uma unidade. Concentrado das Plaquetas Descrição 50 a 60ml de plaquetas Pelo menos 55 x 109 plaquetas Risco infeccioso O mesmo do sangue total Armazenamento 18 a 22 ºC com agitação até 4 dias Indicação Tratamento de sangramentos devido a trombocitopenia e defeitos da função plaquetária Prevenção de sangramento devido a trombocitopenia Administração Sempre que possível, administre ABO compatível Não administre Rh(D) positivo de dador em mulher Rh(D) negativo Completar a transfusão num período de 30 minutos Dose Uma unidade de conc. das plaquetas / 10 kg de peso Geralmente, 4 a 6 unidades por uma transfusão A elevação será menor se houver: esplenomegalia, CID e septicemia Critérios de Transfusão das Plaquetas Nº de plaquetas Condição < 50000 / ul Pré-operação < 20000 / ul Tem hemorragia e anormalidade de factores de coagulação < 5000 / ul Prevenção de hemorragia Efeito de Transfusão das Plaquetas O efeito de transfusão das plaquetas é calculado como seguinte; 1/3 de plaquetas transfundidas será removidas pelo baço e 2/3 de plaquetas transfundidas só ficará no vaso sanguíneo. Geralmente, o Nº de plaquetas aumenta 10000/ul após duma transfusão de uma unidade. Plasma Descrição 200 a 300ml de plasma Plasma separado duma doação de sangue total dentro de 6 horas após a colheita, e rapidamente congelado a -20ºC ou menos. Risco infeccioso O mesmo de sangue total Armazenamento -20ºC ou menos até 1 ano Antes de utilização, descongelar em água 30 a 37ºC Uma vez descongelado, armazenar em 2 a 6ºC Indicação Deficiências de múltiplos factores de coagulacão como doenças hepáticas, após de grandes volumes transfusionais CID (Coagulação Intravascular Disseminada) Administração Deve ser ABO compatível Completar a transfusão dentre 6 horas após o descongelamento Dose Dose inicial de 15ml/kg Critérios de Tranfusão do Plasma TP (Tempo de protrombina) : < 50 % TTPA (Tempo de tromboplastina parcial activada) : prolonga mais de 10 segundos contra um controle normal. Alteração do sangue Armazenado Introdução Os produtos sanguíneos devem ser mantidos dentro das condições correctas de armazenamento no banco de sangue, durante o transporte e no local onde ocorrerá a transfusão, a fim de se evitar perda de função ou contaminação bacteriana do produto. Equipamento para Armazenamento A geleira e congelador no banco de sangue devem ser específicos para armazenamento de sangue. A temperatura dentro da geleira utilizada para armazenamento de sangue deve ser monitorada e registrada cada 4 horas, de sorte a garantir que permaneça entre 2 a 6ºC. Só se deve abrir as portas da geleira em caso de necessidade, e o tempo de abertura deve ser o mínimo indespensável. O sangue recente deve ficar atrás e o antigo à frente. O sangue deve ser dividido em grupos sanguíneos. Se a enfermaria ou sala de operação não tiver uma geleira que seja adequada para armazenamento de sangue, este não deve ser liberado do banco de sangue até imediatamente antes da transfusão. Meio de Transporte Devem ser liberados do banco de sangue numa caixa isotérmica que mantenha a temperatura aprovada de cada produto sanguíneo, se a temperatura ambiente for maiordo que 25ºC ou se houver uma possibilidade que o sangue não seja transfundido imediatamente. Alterações dos Aspectos 1. Vazamentos O saco do sangue não pode ter nenhum vazamento. Deve tratar o plasma congelado com cuidado para não partir. Antes de liberar os produtos, precisa confirmar as presenças dos vazamentos das saida e entrada no saco do sangue com pressão. 2. Coágulos no plasma A presença de coágulos no plasma pode significar que o sangue não foi bem misturado com o anticoagulante durante a colheita, ou pode também indicar contaminação bacteriana devido à utilização do citrato pelas bactérias proliferantes. 3. Hemólise Qualquer sinal de hemólise no plasma ou na linha entre os glóbulos e o plasma, indicando que o sangue tenha se contaminado, congelado ou se aquecido demais. A hemólise pode causar ineficácia e insuficiência renal. 4. Mudança da cor dos glóbulos vermelhos A mudança da cor dos glóbulos vermelhos, que geralmente ficam mais escuros ou púrpuros/negros, é sinal de contaminação bacteriana. As causas de ser contaminadas são segunites: 1. falta assépsia na colheita ou enfermaria, 2. bacteriemia asintomática do dador, 3. saco do sangue contaminado, 4. descongelar o plasma com água contaminada. 50% da septicemia devida à transfusão dos G.V. são provocados pela Yersina enterocolitica, que é um bacilo intestino gram negativo. Alterações de Bioquímica Durante a conservação dos produtos dos G.V., algumas substâncias bioquímicas podem alterar por causa de função de membranas eritrócitarias. A alteração mais importante é a concenteração do potássio, que é um ião intracelular. Quando o G.V. conservar na geleira, o potássio que fica na célula vai sair ao plasma, resultando a concentração do potássio no plasma aumentará. A elevação da concentração do potássio provoca insuficiência renal. Então é preciso liberar os produtos dos G.V. mais recente para paciente que tem insuficiência renal. Influências de Temperatura 1. Produto dos G.V. O limite superior de 6ºC é essencial para minimizar o crecimento de qualquer contaminação bacteriana na unidade de sangue. O limite inferior de 4ºC é essencial para se prevenir a hemólise. 2. Concentrados das plaquetas Os produtos de plaquetas que são mantidos a temperaturas mais baixas perdem a sua capacidade hemostática e sem aditação provocam a sua agregação. Plasma Vários dos factores de coagulação são estáveis nas temperaturas de congelador, excepto o Factor V e Factor VIII. Se o plasma não for armazenado congelado a -20ºC ou menos, o Factor VIII decai rapidamente por 24 horas. O factor V decai mais lentamente. Prática Objectivo Para conhecer as alterações de sangue que dependem de as condições de armazenamento. Reagentes 1. Soro fisiológico (NaCl a 0,9%) 2. Solução para conservação 2,3g de glicose + 0,9g de NaCl ➝ até 100ml de H2O Procedimento Tubo com EDTA 1 2 3 4 5 Sangue 1ml 1ml 1ml 1ml 1ml Soro fisiológico 0,5ml 0,5ml ------ ------ 0,5ml Solução p cons. ------ ------ 0,5ml 0,5ml ------ Temperatura 4ºC -20ºC 4ºC 25ºC 25ºC Resultados 1. Tubo 1 e 2 : Temperatura entre 4ºC e -20ºC ( 2. Tubo 1 e 3 : Solução para conservação em 4ºC ( 3. Tubo 3 e 4 : Temperatura com solução para conservação ( 4. Tubo 4 e 5 : Solução para conservação em 25ºC ( 5. Tubo 1 e 5 : Temperatura com soro fisiológico ( 2º Exercício de Banco de Sangue Duração : 90 minutos Classificação : _______ Valores 1. Complete os espaços em branco. (1,5v) a) ADSOL é uma solução _____________________________. b) Os factores de coagulação são estáveis no congerador, excepto os factores ______ e _____. . 2. Assinale com V ou F, conforme for verdadeira ou falsa. (3v) a) A doação autónoma não tem risco de infecções transmitidas transfusionais. ( ) b) O sangue colhido no saco quádruplo pode ser separado aos 4 componentes de sangue. ( ) c) O antigénio de hepatite C no sangue doado deve ser testado antes de uma transfusão. ( ) d) A conservasão de sangue numa enfermaria é mais recomendada do que no banco de sangue. ( ) e) O plasma descongelado deve ser armazenado na geleira até o uso. ( ) f) A decisão de transfusão deve ser baseada nas avaliações laboratoriais e clínicas. ( ) 3. CPDA-1 é um preservante mais comun em Mozambique. Preencha a tabela abaixo sobre CPDA-1. (4v) Abreviatura Componente Função C P D A 4. O armazenamento correcto dos produtos sanguíneos é um papel importante no banco de sangue. (7,5v) a) Os produtos sanguíneos devem ser conservados em condições correctas para quê ? _________________________________________ b) Mencione 4 factores precisados para geleira como conservador de produtos sanguíneos.________________________________________ c) Quais são as alterações dos aspectos de produto sanguíneo que devem ser confirmadas antes de liberar à enfermaria ? ______________ d) Que alteração tem o produto sanguíneo contaminado pela bactéria ? _________________________________________________________ e) Descriva as profilaxias para evitar a contaminação dos produtos sanguíneos pela bactéria._____________________________________ f) Que substância bioquímica pode se alterar durante a conservação dos produtos dos G.V. ? _________________________________________ 5. Cada produto sanguíneo tem sua caractéristica para ser transfundido. (4v) a) Mencione as indicações de cada produto sanguíneo. Sangue total : _____________________________________________ Concentrado e suspenção de G.V. : ____________________________ Concentrado de plaquetas : __________________________________ Plasma : _________________________________________________ b) Mencione os efeitos de cada produto sanguíneo pós-transfusão de uma unidade. Produtos de G.V. : ________________________________________ Concentrado de plaquetas : ________________________________ c) Descriva as vantegens de que vários produtos sanguíneos podem ser obtidos de uma doação.______________________________________ Imunologia de Base Definições 1. Antigénio : É uma substância estranha ou desconhecida para o corpo e que pode provocar uma resposta imunológica. 2. Anticorpo (Imunoglobulina) : É uma proteína produzida pelas células plasmáticas em resposta a uma substância estranha (antigénio) com a qual reage especificamente. Conhecem-se 5 classes imunoglobulinas: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. As imunoglobulinas mais importantes em Imunohematologia são IgG e IgM. 3. Complemento : É um sistema complexo de cerca de 20 proteínas presentes no soro. A maioria dos complementos é produzida pelo fígado. É activado pelo complexo de antigénio-anticorpo, resultando lise de células com complexo de C5, C6, C7, C8 e C9 activado, que se chama complexo de ataque à membrana. Propriedades das IgG e IgM IgG IgM Peso molecular Baixo Elevado Forma Monomer Pentamer Placenta Atravessa Não atravessa Complemento Fixa (menos de IgG4) Fixa Tipos de Anticorpo 1. Anticorpo Completo : Anticorpo que, além de reagir com o antigénio correspondente, evidência o segundo estágio das reacções antigénio-anticorpo em meio salino, isto é, apresenta o fenómeno visível constituído por precipitação, aglutinação, etc. Ex: IgM. 2. Anticorpo Incompleto : Anticorpo que se combina com o antigénio correspondente, sem apresentar o segundo estágio da reacção antigénio-anticorpo, isto é, reage com o antigénio homologo, mas dessa reacção não resulta nenhum fenómeno visível. Isto acontece quando a reacção dá-se no meio salino, porque no meio albuminoso os anticorpos incompletos funcionam como completos. Ex: IgG. 3. Anticorpos Naturais : Produzem-se rapidamente após nascimento, por exposição de substâncias antigénicas existentes nos alimentos, bactérias, pólens, etc. Ex: Isoaglutininas. 4. AnticorposIrregulares : São auqeles com excepção de anticorpos naturais. Ex: Anticorpo anti-Rh 5. Aloanticorpos : São aqueles que reconhecem os antigénios não presentes no indivíduo. 6. Autoanticorpos : São aqueles que reagem contra os antigénios do mesmo indivíduo. Factores que Afectam as Reacções Antigénio-Anticorpo in Vitro 1. Razão Ag-Ac : Existe uma proporcão óptima e efeito prozona. 2. pH : A maioria reacção acontece entre 6,5 a 7. 3. Temperatura : As IgG reagem a 37ºC e as IgM reagem a 4 a 27 ºC. Os anticorpos mais importantes reagem in vitro a 37ºC. 4. Força iónica : Os iões Na+ e Cl- numa salina agrupam-se ao Ag e Ac. 5. Tempo de incubação : Depende da classe de Ig e forma de antigénio. 6. Potencial zata : Os G.V. possuem cargas negativas na superfice. Causas do Falsos Resultados nas Reacções de Aglutinação 1. Falsos Positivos : Troca da amstra ou reagente, temperatura baixa demais, leitura tardia, amostra ou reagente contaminado com bactérias, tubos sujos, prova mal feita, presença de Rouleaux, etc. 2. Falsos Negativos : Troca da amostra ou reagente, temperatura alta demais, determinação rápida demais, prova mal feita, etc. Noções de Genética Introdução Todos os grupos ou sistemas sanguíneos humanos transmitem-se segundo a lei da Hereditariedade de Mendel. Para melhor compreensão dos factos, torna-se necessário o conhecimento dos princípios fundamentais de Genética relacionados com tais leis. Definições 1. Cromossomo : É uma substância filamentosa situada no núcleo e que transmite a informação genética. Na espécie humana, tem 23 pares de cromossomos (22 pares de autossomos e 1 par de cromossomos sexuais). 2. Gene : Parte de um cromossoma que é responsável por uma marca ou característica. Portanto, em cada cromossomo há tantos genes quantos são os caracteres herediatários. A presença, pois, de determinado carácter ou propriedade seria recebida através de um gene. 3. Alelo : São formas alternativas de genes que realizam a mesma função mas de modo diferente. Cada gene tem 2 alelos que podem ser iguais (homozigótico) ou diferentes (heterozigótico) 4. Dominante : É o alelo mais forte e cobre um outro alelo. 5. Recessivo : É o alelo mais fraco e coberto pelo dominante. 6. Codominante : É a expressão completa de ambos alelos no heterozigótico. 7. Genótipo : É a constituição genética que está no gene. 8. Fenótipo : É a aparência ou características externas do organismo que depende do genótipo. Hereditariedade do Grupo Sanguíneo As informações do grupo sanguíneo encontram-se nos genes. Os antigénios do grupo sanguíneo transmitem-se exactamente de acordo com a lei da hereditariedade de Mendel. Não há possibilidade de se mudar de grupo. : genótipo : fenótipo Crianças possíveis Hereditariedade do Sistema ABO 1. Os grupos A e B são dominantes sobre o grupo O. 2. O grupo O é recessivo sobre os grupos A e B. 3. Os grupos A e B são codominantes. 4. O genótipo AA é alelo homozigótico. 5. Os genótipos AO, BO e AB são alelos heterozigóticos. Sistema ABO Introdução O sistema ABO é o principal sistema de grupos sanguíneos humano. O sistema ABO de grupos sanguíneos foi descoberto pelo Landsteiner. Em 1900, Landsteiner demonstrou o fenômeno da aglutinação: a mistura do soro de um indivíduo com os glóbulos de outro da mesma espécie acompanha-se, por vezes, de aglutinação. Esclareceu-se,assim, a razão pela qual certos sangues humanos prvocam acidentes, quando se praticam transfusões: o soro humano pode conter anticorpos que aglutinam os glóbulos do sangue transfundido. O autor admitiu a existência de um anticorpo no soro, correspondente a um antigénio presente nos eritrócitos. A demonstração da diversidade entre sangue de indivíduos da mesma espécie constituiu descoberta fundamental, permitindo a Landsteiner classificar os seres humanos em três grupos (grupos A, B e O), baseado na peova da aglutinação. Um ano mais tarde, os seus colaboradores estabeleceram a existência de um quarto grupo (grupo AB), muito menos frequente. A classificação dos grupos sanguíneos humano em quatro grupos fendamentais baseia-se na existência de dois factores antigénicos (antigénios A e B), contidos nos glóbulos vermelhos, e de dois anticorpos (anti-A e anti-B) correspondentes, que existem naturalmente no soro. As percentagens dos grupos sanguíneos são de: Grupo A Grupo B Grupo O Grupo AB Moçambique 24 % 15,5 % 58,5 % 2 % Japão 40% 20% 30% 10% Estados Unidos 41% 10% 41% 4% Antigénios A e B A classificação ABO é baseada na presença ou ausência de dois antigénios de grupos sanguíneos, que são encontrados na superfície dos glóbulos vermelhos. Também, existem em quase todas as células e líquidos corporais com excepção de LCR. Grupo A Grupo B Grupo O Grupo AB Antigénio A + - - + Antigénio B - + - + A substância de base dos antigénios A e B chama-se substância H. A pré-substância H transforma-se em substância H pela transferase H produzida pelo gene H, que é de 19º cromossomo. A substrância H transforma-se em antigénio A pela transferase A produzida pelo gene A, que é de 9º cromossomo. O proceso de antigénio B é mesmo com antigénio A. A única diferença existente entre os antigénio A e B é que cada um tem um tipo diferente de açúcar. O número de antigénios A e B em recém-nascidos é cerca de 1/3 de níveis de adulto. Na infância, atinge os níveis de adulto. Isoaglutininas A e B A descoberta dos antigénios A e B foi acompanhada da descoberta dos anticorpos dos grupos sanguíneos correspondentes. Os anticorpos do sistema ABO chamam-se isoaglutininas. Se um antigénio está faltando, o anticorpo específico para o antigénio faltante estrará presente. Grupo A Grupo B Grupo O Grupo AB Isoaglutinina A - + + - Isoaglutinina B + - + - O macanismo de formação das isoaglutininas explica-se por dois grupos de teorias: teoria espontânea e adquirida (imune). 1. Teoria espontânea : A formação das aglutininas naturais, como a de todos os órgãos anatômicos, obedece às Embriologia e Genética. 2. Teoria adquirida (imune) : As isoaglutininas aparecem sob o efeito de estímulos antigénicos de bactérias e plantas através de alimentação, de estrutura química semelhante aos antigénios A e B. As isoaglutininas A e B raramente são observadas no soro dos recém-nascidos. Quando aí se encontram, provêm da mãe através da placenta, e são sempre da classe IgG. As isoaglutininas naturais aparecem nos 6 meses de idade de vida, e são da classe IgM. Aumentam rapidamente de título para atingir o máxima na puberdade, depois do que seu título diminui de maneira progressiva. Isohemolisinas Os anticorpos que provocam uma lise dos eritrócitos no vidro e no vivo chamam-se isohemolisinas. Para mostrar uma hemólise é preciso a activação de complementos via clássica pelo complexo de antigénio-anticorpo. A sensibilização dos isohemolisinas é a menos de 20ºC. A reacção do complemento é a 37ºC. Na prática, precisa incubar os tubos no banho-maria a 37ºC. As isohemolisinas são determinadas no soro fresco. Subgrupos A Em 1911, observaram que nem todos os soros do grupo B reagem com os glóbulos do grupo A. Concluíram pela existência de dois subgrupos A como A1 e A2, dependentes da existência de dois tipos de antigénios A e A1. O grupo A constitui-se de 80% do subgrupo A1 e de 20% do subgrupo A2. O grupo AB consiste em 60% do subgrupo A1B e em 40% do subgrupo A2B. Grupo Sanguíneo Bombay (Oh) O grupo sanguíneo Bombay é desprovido da substância H devido ao genótipo hh (heterozigótico recessivo). As pessoas do tipo Bombay têm as isoaglutininas A, B e H no soro. O resultado é o seguinte: Anti-AAnti-B Anti-H Susp.A Susp.B Susp.O Grupo O Ø Ø + + + Ø Bombay Ø Ø Ø + + + O sangue do grupo O não é compatível. As pessoas do tipo Bombay somente podem receber o sangue de uma outra pessoa do tipo Bombay. Como o nome indica, este grupo sanguíneo foi descoberto em Bombaim e, embora raro na Índia (1/13000) e muito mais raro em outros país. Determinação do Sistema ABO Introdução O erro na determinação do sistema ABO traz, como consequência, na maioria dos casos, graves acidentes hemolíticos, nos quais a morte ocorre em cerca de 50% das casos. Este facto mostra a grande responsabilidade de quem faz tais determinações. Equipamentos Necessários 1. Tubos de ensaio : 12 x 75mm 2. Centrifugadora : É usada para acelerar a reacção dos aglutinações. 3. Aglutinoscópio : É uma caixa com luz que está aquecida pela lâmpada a 37ºC e agitadas suavemente para manter as condições constantes em provas com lâminas. Também, é utilizado para facilitar observar as aglutinações em provas com tubos. 4. Banho-maria : Incubar a 37ºC ou inactivar o soro a 56ºC durante 10 minutos. Amostras Necessárias 1. Grupo sanguíneo : 2ml de sangue com EDTA + 2ml de soro 2. Compatibilidade : 2ml de sangue doado com citrato + 2ml de soro do paciente 3. Titulações das isoaglutininas : 3ml de soro 4. Coombs directo : 2ml de sangue com EDTA 5. Coombs indirecto : 2ml de soro fresco Preenchimento do Protocolo + Reacção positiva (aglutinação) +h Reacção positiva (hemólise) Ø Reacção negativa / O teste não foi feito Tipagem Directa (Antigénio A e B) 1. Teste na lâminas a) Marcar as lâminas b) Colocar 1 gota do soro anti-A, B e AB na lâminas. c) Colocar 1 gota pequena de sangue ao lado de cada anti-soro. d) Misturar bem. e) Agitar a lâmina em 2 minutos e observar as aglutinações. 2. Teste no tubo a) Preparar a suspensão dos G.V. do paciente a 5%. b) Marcar os 3 tubos (nome de paciente e A, B ou AB). c) Pôr 2 gotas de soto anti-A, B e AB no cada tubo (A, B, e AB). d) Juntar 1 gota de suspensão de paciente em cada tubo. e) Misturar bem. f) Esperar 30 minutos a temperatura ambiente ou centrifugar 30” Low. g) Observar as aglutinações. Tipagem Inversa (Isoaglutinina) A temperatura óptima que faz a reacção com isoaglutinina é de 4ºC. Existe os anticorpos do frio não específicos com 4ºC. A determinação na rotina é temperatura ambiente (18 a 25ºC). Deve ser feito no tubo, porque o título de isoaglutininas é variavel. A suspensão O utiliza-se para detectar os anticorpos irregulares classe IgM. a) Marcar os 3 tubos (nome de paciente e A, B ou O). b) Pôr 2 gotas do soro do paciente em cada tubo. c) Pôr 1 gota de suspensão A1, B e O no cada tubo (A, B e O). d) Misturar bem. e) Esperer 30 minutos a temperatura ambiente ou centrifugar 30” Low. f) Observar as aglutinações. Resultados Directa Inversa Anti-A Anti-B Anti-AB A1 B O Grupo A1 4+ Ø 4+ Ø 4+ Ø Grupo B Ø 4+ 4+ 4+ Ø Ø Grupo O Ø Ø Ø 4+ 4+ Ø Grupo AB 4+ 4+ 4+ Ø Ø Ø Grupo A2 4+ Ø 4+ + 4+ Ø Anti-A1 : Ø Bombay Ø Ø Ø 4+ 4+ 4+ Anti-H : Ø Incompatibilidade de Resultados de Directa e Inversa 1. Causas na técnica : veja o apontamento de “Imunologia de base”. 2. Causas nos glóbulos : grupos sanguíneos variantes, decrecimento de antigénio (leucemia e neoplasma), rouleaux (rolo de dinheiro), auto-anticorpo, pós-transfusão incompatível 3. Causas no soro : insuficiência de imunoglobulinas (recém nascidos, idosos, quimioterapia, radioterapia), aumento de substências A ou B (neoplasma), anticorpo irregular (classe IgM) Subgrupo A e Bombay (Oh) O anticorpo A1 pode aparecer no soro das pessoa que não têm o antigénio A1. Este anticorpo pode ser natural ou irregular. O anticorpo H é um anticorpo do frio. Faz a reacção no frio a menos de 18ºC com o seu antigénio. a) Marcar os 4 tubos (nome de paciente e A, A1, AB ou H) b) Pôr 2 gotas de soro anti-A, A1, AB e H no cada tubo (A, A1, AB e H). c) Juntar 1 gota de suspensão de paciente a 5% em cada tubo. d) Misturar bem. e) Pôr na geleira cerca de 5 minutos. f) Centrifugar 30” Low. g) Observar as aglutinações. Titulação contra Soros É utilizada para investigar o número de antigénio no G.V. e determinar os tipos de variantes como grupo A2 e A2B. Resultados são seguintes: Grupo A1 Grupo A2 Grupo A1B Grupo A2B Título 256 a 512 64 a 128 128 a 256 16 a 64 a) Marcar os tubos como se segue: 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256 e 512. b) Colocar 0,1ml de soro fisiológico no tubo 2 até ao tubo 512. c) Pôr 0,1ml de soro anti-A nos tubos 1 e 2. d) Misturar bem. e) Passar 0,1ml do tubo 2 para o tubo 4. f) Misturar bem, assim sucessivamente até ao último tubo, de onde se tira 0,1ml que são dispensados. g) Juntar 0,1ml de suspensão de paciente a 2% em cada tubo. h) Misturar bem. i) Esperar 30 minutos a temperatura ambiente ou centrifugar 30” Low. j) Observar as aglutinações. k) O último tubo onde a reacção é positiva vai ser o seu título. Preparação de uma Suspensão a 5% Para retirar o anticoagulante e substâncias A e B no soro. a) Colocar 3 gotas dos G.V. de paciente num tubo. b) Acrescentar 9 partes de soro fisiológico. c) Misturar bem. d) Centrifugar 60” High. e) Despejar o sobrenadante. f) Acrescentar 1ml de soro fisiológico aos G.V. lavados. 3º Exercício de Banco de Sangue Duração : 45 minutos Classificação : _______ Valores 1. Complete os espaços em branco. (4v) a) Em ____________, Landsteiner descobriu _______________. b) Todos os grupos sanguíneos transmitem-se segundo a ____________. c) Os genes de A e B são de ________ cromossomo. d) As fruquências dos grupos sanguíneos em Moçambique são de : Grupo A Grupo B Grupo O Grupo AB 2. Assinale com V ou F, conforme for verdadeira ou falsa. (3v) a) Os anticorpos completos apresentam as aglutinações, quando reage com o antigénio correspondente no meio salino. ( ) b) Os glóbulos vermelhos possuem cargas positivas, que se chama potencial zeta, na superfície. ( ) c) O grupo A1 é dominante sobre o grupo A2. ( ) d) Os antigénios A e B existem em quase todas as células e líquidos corporais incluindo LCR. ( ) e) As isohemolisinas provocam uma hemólise com complemento activado via alterna. ( ) f) Quanto maior for o título contra soros, menor é seu número de antigénio no G.V. ( ) 3. Preencha a tabela dos resultados de sistema ABO abaixo. (3v) Grupo Sanguíneo Directa Inversa Anti-A Anti-A1 Anti-B Anti-AB Anti-H A1 B O Grupo B 4+ 4+ 4+ 4+ 4+ Ø Ø Ø Bombay 4. O sistema ABO é o princípio sistema de grupos sanguíneos humano. (5v) a) Os anticorpos de sistema ABO são naturais. Por que se chamam naturais ? _________________________________________________ b) O mecanismo de formação das isoaglutininas aplica-se por duas teorias. Quais são ? _________________________________________ c) Explique uma delas.________________________________________ d) Descriva a classe e fonte das isoaglutininas que se encontram no soro dos recém-nascidos._________________________________________ e) Explique a característica genética dos grupo sanguíneo Bombay. _________________________________________________________ 5. A determinação de sistema ABO é um teste mais importante no banco de sangue. (5v) a) Por que é que diz assim ? ___________________________________ b) Que classe de anticorpos que se detectam na tipagem inversa ? _____ c) Justifique sua resposta em linha b).____________________________ d) Que importância tem as determinação dos grupo A2 para uma transfusão? _______________________________________________ e) Descriva o papel de centrifugadora para teste no tubo em Imunohematologia.___________________________________________ f) Mencione 2 causas no glóbulos e no soro de incompatibilidade de resultados de directa e inversa. Causas no glóbulos : _________________________________________ Causas no soro : ____________________________________________ Sistema Rhesus Introdução Em 1940, Landsteiner e Wiener afirmaram poder produzir um soro em coelhos e cobaias imunizados com glóbulos do Macacos Rhesus. O soro assim obtido aglutinava os glóbulos do Macacos Rhesus, e provocava aglutinação no sangue de 85% dos indivíduos de raça branca. Tratava-se, pois, de novo factor antigênico, responsável pela reacção, existente nos eritrócitos humanos e idêntico ou semelhante ao dos glóbulos do Macacos Rhesus, ao qual denominaram factor Rh (as duas primeiras letras da palavra Rhesus) para mostrar o mecanismo pelo qual foi descoberto. Ao soro do coelho, obtido após as injecções de glóbulos lavados de Macacos Rhesus, contendo as aglutininas correspondentes ao factor Rh, denominaram soro anti-Rh. Criaram, assim, a distinção inicial e fundamental de nova classificação. As pessoas que fazem aglutinação com soro anti-Rh chamam-se Rh-positivo. As que não fazem reacção chamam-se Rh-negativo. Em 1943, foram descobertos mais factores deste sistema, e em 1946 tínhamos os factores D, C, E, c, e. Na prática não existe o antigénio d. No fim dos anos 40, encontrou-se também variações de D. Hereditariedade do Sistema Rh O gene de sistema Rhesus é de 1º cromossomo. Existem as duas teorias de hereditariedade de acordo com a lei de Mendel no sistema Rhesus: Teoria de Wiener e Fisher-Race. 1. Teoria de Wiener : O sistema Rh é o produto de um gene só. Existem 3 aglutinogênios Rh0, rh´ e rh´´, correspondente factor D, C e E, respectivamente. 2. Teoria de Fisher-Race : Cada factor do sistema depende de um gene. O sistema Rh depende de 3 genes do mesmo cromossomo. Os factores D e d, C e c, E e e são localizados como alelos no cromossomo. : genótipo CcDEe CcDee ccDEE ccdEe : fenótipo Crianças possíveis Nomenclatura do Sistema Rh As duas teorias de hereditariedade no sistema Rh têm cada sua nomenclaturas. Os nomes das duas teorias são dados na tabela abaixo. Rh-positivo significa que o factor D existe. Os reagentes de banco de sangue usam ambos as nomenclaturas. Nomenclatura Antigénio Anticorpo Wiener Rh0 Anti-Rh0 Fisher-Race D Anti-D Antigénio do Sistema Rh Os antigénios do sistema Rh são produtos de genes hereditários e estão presentes na superfície dos G.V. O principal antigénio do sistema Rh é o antigénio D. Os G.V. que possuem o antigénio D são chamados Rh(D) positivos e os G.V. que não possuem o antigénio D chamados Rh(D) negativos. Vários outros antigénios são agora conhecidos no sistema Rh. Todavia, o antigénio D é o mais forte dos antigénios e somente este é testado rotineiramente. Anticorpos Rh Diferente do sistema ABO, o sistema Rh não tem anticorpos naturais. Todavia, anticorpos contra o antigénio D podem ser produzidos por uma pessoa Rh(D) negativa que foi imunizada com o antigénio D. Isto pode ocorrer na gravidez ou em transfusões sanguíneas. O anticorpo de sistema Rh sempre é de classe IgG e irregular. A imunização ao antigénio D e subsequente produção de anti-D pode ocorrer se uma pessoa Rh(D) negativa for transfundida com sangue Rh(D) positivo. Se esta pessoa for transfundida novamente com sangue Rh(D) positivo, uma severa reacção irá acontecer quando o anticorpo anti-D do paciente reagir com o antigénio D das células transfundidas. A probabilidade de imunização pela transfusão com Rh(D) positivo é de 50%. A imunização ao antigénio D tambem pode ocorrer durante a gravidez. Quando uma mãe Rh(D) negativa gera um bebê Rh(D) positivo, algum sangue positivo do bebê poderá entrar na circulação da mãe durante a gravidez ou no processo do parto. Esta exposição às células D positivas pode estimular a produção de anticorpo anti-D pela mãe. A primeira criança Rh(D) positiva nacsida da mãe Rh(D) negativa usualmente não é afectada porque a imunização geralmente começa no parto. Todavia, o efeito será sentido em gravidezes subsequentes nas quais o feto seja Rh(D) positivo. Neste caso, os anticorpos anti-D da mãe vão entrar na circulação do feto e atacarão os glóbulos vermelhos do bebê. Esta condição é conhecida como deonça hemolítica do recém nascido (DHRN). O efeito sobre o feto pode ser suave ou severo. Em casos severos, aborto ou feto natimorto podem ocorrer. A probabilidade de imunização pela gravidez com Rh(D) positivo é de 10%. Factor Du (débil) Em 1946, descobriu novo factor, vizinho de Rh(D), ao qual denominou Du. As reacções com anti-D variavam; com uns eram fortes, com outros fracas e com alguns nulas. Tais variações consideraram-se que o antigénio Du é um variante de factor D. No facto, não existe o antigénio Du e anticorpo Du. A diferença entre factor D e Du é a quantidade ou formação de antigénio existente nos glóbulos vermelhos. A causa de Du é hereditária ou um efeito da posição. Na prática, a identificação do factor Du é de grande importância. O sangue de Du, dando reacção negativa com o soro anti-D, serão classificados como Rh(D) negativo. Esta falsa interpretação pode provocar consequências graves nas transfusões, pois o factor Du deve ser considerado Rh(D) positivo. A determinação de Du só é possível com a ajuda do soro de Coombs. + ( ( A pessoa de Du tem possibilidade de produzir o anticorpo anti-Du, pois deve ser tratado como receptor Rh(D) negativo. Por outro lado, dá estímulo para a produção do anticorpo anti-D, pois deve ser tratado como dador Rh(D) positivo. Determinação de Sistema Rhesus Reagentes (Soro Anti-D) 1. Anti-D Incompleto : contém os anticorpos classe IgG. Para se conseguir uma aglutinação precisa juntar a albumina. Normalmente inclui a albumina no reagente. Por causa de albumina é preciso fazer o controle que deve ser sempre negativo. 2. Anti-D Completo : contém os anticorpos classe IgM. Não precisa de ajudar a albumina para se aglutinar. Este soro é caro, e por isso não se utiliza para rotina. 3. Anti-D Misto : tem mistura de anticorpos classe IgG e IgM. Fluxograma de Determinação Determinação do Antigénio D 1. Teste na lâminas a) Marcar as lâminas. b) Colocar 1 gota do anti-D incompleto e albumina a 22% na lâmina. c) Colocar 2 gotas do sangue ao lado de cada reagente. d) Misturar bem. e) Agitar a lâmina no aglutinoscópio a 37ºC. f) Observar as aglutinações em 2 minutos. 2. Teste no tubo a) Preparar a suspensão dos G.V. do paciente a 5%. b) Marcar os 2 tubos (nome de paciente e D ou albumina). c) Pôr 2 gotas de anti-D incompleto e albumina em cada tubo. d) Juntar 1 gota de suspensão de paciente em cada tubo. e) Misturar bem. f) Incubar 15 minutos em banho maria a 37ºC ou centrifugar a 30” Low. g) Observar as aglutinações. Interpretação Anti-D Albumina Resultado + Ø Rh(D) positivo Ø Ø Rh(D) negativo ou Du + ou Ø + --------------- (Determinação de Du (Repetição* * : Se fôr albumina (controle) positivo, deve confirmar Coombs directo e determinação de Rh com anti-D completo. Determinação de Du a) Marcar os 2 tubos (nome do paciente e D ou albumina) b) Pôr 2 gotas de anti-D incompleto e albumina a 22% em cada tubo. c) Juntar 1 gota de suspensão em cada tubo. d) Misturar bem. e) Incubar 15 a 60 minutos em banho maria a 37ºC. f) Lavar 3 vezes com soro fisiológico. g) Juntar 2 gotas de soro de Coombs. h) Misturar e centrifugar a 30” Low. i) Observar as agluitnações. Anti-DAlbumina Resultado + Ø Du Ø Ø ---------- ( Confirmação com Coombs-controle j) Se fôr negativo nos 2 tubos, pôr 1 gota de Coombs-control em cada tubo. k) Misturar bem e centrifugar a 30” Low. l) Confirmar as aglutinações nos 2 tubos. Anti-D Albumina Resultado + + Rh(D) negativo Ø Ø ------- + Ø ------- + Ø ------- ( Repetição** (Repetição** (Repetição** ** : Falta de lavagem dos G.V., soro de Coombs ou Coombs-control. Preparação de Coombs-controle a) Preparar a suspensão dos G.V. de grupo O, Rh(D) positivo a 50%. b) Juntar 15 gotas de anti-D incompleto, 20 gotas de soro fisiológico e 30 gotas de suspensão em linha a). c) Misturar e incubar a 37ºC durante 30 minutos. d) Lavar 3 vezes com soro fisiológico. e) Diluir a 3% com soro fisiológico. f) Fazer a confirmação. g) Pôr 2 gotas de soro de Coombs e 1 gota deste Coombs-controle. h) Misturar bem e centrifugar a 30” Low. i) Confirmar as aglutinação positivas. Outros Sistemas dos Grupos Sanguíneos Existem 23 sistemas dos grupos sanguíneos. A determinação dos outros sistemas não tem a mesma importância que os sistemas de ABO e Rhesus. O soro do paciente raramente contém anticorpos irregulares contra os outros sistemas. Alguns anticorpos irregulares provocam as reacções pós-transfusionais. 1. Tem importância para uma transfusão : ABO, Rh, Duffy, Kidd, Ss, Kell... 2. Se fôr as reacções a 37 ºC, tem importância : Lewis, MN, P1, A1, I... Sistema Duffy Existem os antigénios Fya e Fyb. O Fy(a- b-) é muito frequente nos indivíduos de raça negra por ser resistente à Plasmodium vivax. O anti-Duffy podem provocar uma reacção transfusional e muito raramente podem provocar DHRN. Não se pode detectar a anti-Duffy pelo método enzimático, pois a enzima destrói os antigénios. Sistema Lewis É uma combinação de gene Lewis (Le) e Secretor (Se). A pessoa com gene Se pode se detectar as substâncias A e/ou B na saliva. A pessoa com gene se (homozigótico recessivo) não pode se detectar. Os anticorpos do sistema Lewis são de naturais. Sistema I O antigénio existente nos G.V. altera na vida. O recém-nascido tem o antigénio i (I- i+). O adulto tem o antigénio I (I+ i-), passando o antigénio I e i (I+ i+). Os adultos têm anti-I como auto-anticorpo que reage os G.V. próprio em frio (anticorpo frio). Normalmente, as aglutinações são muito fracas. Mas alguns têm o título alto e as reacções em 37ºC. Neste caso provoca falso positivo na determinação de grupo sanguíneo e compatibilidade. Para saber se tem o anti-I ou não, utiliza os G.V. de recém-nascido que não tem o antigénio I. 4º Exercício de Banco de Sangue Duração : 90 minutos Classificação : _______ Valores 1. Complete os espaços em branco. (1,5v) a) Rh-positivo significa que ____________________ existe. b) A substância de base do sistema ABO chama-se _______________. c) O grupo sanguíneo de sistema ABO mais frequente em Moçambique é _______________. 2. Assinale com V ou F, conforme for verdadeira ou falsa. (1,5v) a) A temperatura óptima para reacção de IgG é de 37 ºC. ( ) b) DHRN é conhecida como doença hematológica do récem-nascido. ( ) c) As teorias de hereditariedade do sistema Rhesus são de Wiener e de Landsteiner. ( ) d) A pessoa de grupo Bambay que é um variante de grupo O pode receber o sangue de grupo O. ( ) e) A pessoa de Rh-positivo pode receber o sangue de Rh-negativo. ( ) 3. Preencha a tabela dos resultados de sistema ABO abaixo. (3v) Grupo Sanguíneo Directa Inversa Anti-A Anti-A1 Anti-B Anti-AB Anti-H A1 B O Grupo A1 4+ Ø 4+ 4+ 4+ 4+ Ø Ø Grupo O 4. A determinação de sistema ABO é um teste mais importante no banco de sangue. (6v) a) Quais são os tubos de colheita necessários para determinar o grupo sanguíneo ? _______________________________________________ b) O que detectam as tipagens directa ou inversa, respectivamente ? Tipagem directa : _________________________________________ Tipagem inversa : _________________________________________ c) A tipagem inversa deve ser feita no método de tubo por quê ? _______ d) Por que se faz duas tipagens para determinar um grupo sanguíneo ? __________________________________________________________ e) Os anticorpos anti-ABO são os naturais. Será que não existem os anticorpos irregulares anti-ABO ? Marque uma resposta correcta : Existem Não existem f) Justifique sua resposta na alínea e).____________________________ g) O que é o anticorpo irregular ? ________________________________ 5. O sistema Rhesus é um grupo sanguíneo importante nos Humanos. (8v) a) Quais são os factores de sistema Rhesus que conhece ? ___________ b) Que factor é o mais importante nos factores de sistema Rhesus ? ____ c) Justifique sua resposta na alínea b).____________________________ d) O que é o factor Du (débil) ? _________________________________ e) Quando o doente de grupo Du se faz uma transfusão, como deve ser tratado ? __________________________________________________ f) Justifique sua resposta na alínea e).____________________________ g) Quando o dador de grupo Du de faz uma doação, como deve ser tratado ? __________________________________________________ h) Justifique sua resposta na alínea g). ___________________________ Compatibilidade Introdução Para fazer uma transfusão de sangue precisa ter compatível de ABO e Rh(D) entre o sangue de dador e de paciente. Mas muitos antigénios sobre grupos sanguíneos existem na superfície de G.V. Na prética, não é possível concordar com todos os sistema de grupo sanguíneo. Então, ocorre as reacções pós-transfusionais, pois geralmente faz a transfusão com compatível de nem todos os sistemas. As provas de compatibilidade sanguínea são praticadas a fim de seleccionar dadores para a transfusão de sangue com mínimo risco que ocorre as reacções pós-transfusionais devido ao anticorpo irregular. As provas de compatibilidade compreendem dois tipos: a prova maior e a menor. Métodos de Compatibilidade Os métodos aprovados para compatibilidade são que detectam incompatível de ABO e os anticorpos irregulares que fazem as reacções em 37ºC. Para detectar os anticorpos classe IgM é utilizado a prova no meio salino, e para classe IgG é o teste de Coombs, no meio de albumina e de enzima. 1. Prova no meio salino Cada G.V. tem uma carga positiva no meio do soro fisiológico. Os anticorpos completos podem fazer a ligação entre os G.V. porque são grandes. Os anticorpos IgG são demasiados pequenos para fazer uma ligação visível. 2. Prova no meio de albumina Cada G.V. tem potencial-zeta que é carga negativa. A albumina pode reduzir a carga negativa. Os anticorpos incompletos podem fazer a ligação. Algumas pessoas tem uma reacção específica com albumina. 3. Prova no meio enzimático A enzima (Bromelase, Papain etc.) deminui potencial-zeta devido à decomposição de proteína de membrana dos G.V. Os anticorpos incompletos podem fazer a ligação. Alguns antigénios são decomposto pelas enzimas. 4. Teste de Coombs (anticorpo anti-IgG humano) Se os anticorpos incompletos fôr a ligação com G.V., não resultará uma reacção visível. Para visualizar a ligação precisa ajudar do soro de Coombs que é anticorpo anti-IgG. Compatibilidade Maior A prova maior, assim chamada por ser a mais importante, porque a introdução de G.V. incomptíveis na circulação do paciente é a causa mais comum das reacções hemolíticas, e consiste em verificar a compatibilidade sanguínea entre o soro do paciente e os G.V. do dador. Compatibilidade Menor A prova menor pratica-se entre os G.V. do paciente e o soro do dador. Prova de Compatibilidade 1. Prova no meio salino a) Marcar 3 tubos e colocar as amostras como tabelaabaixo. Maior Menor Controle Soro do paciente 2 gotas ------ 2 gotas Susp. do paciente a 5% ------ 1 gota 1 gota Soro do dador ------ 2 gotas ------ Susp. do dador a 5% 1 gota ------ ------ b) Miaturar bem. c) Esperar 30 minutos a temperatura ambiente ou centrifugar a 30” Low. d) Observar as aglutinações. Maior Menor Controle Interpretação Ø Ø Ø Compatível + Ø Ø Incompatível Ø + Ø Incompatível + + Ø Incompatível + ou Ø + ou Ø + Repetição e/ou Pendente* * : anticorpo frio, rouleaux ou aglutinação inespecífica. 2. Prova no meio de albumina e de Coombs a) Marcar 3 tubos e colocar as amostras como tabela abaixo. Maior Menor Controle Soro do paciente 2 gotas ------ 2 gotas Susp. do paciente a 5% ------ 1 gota 1 gota Soro do dador ------ 2 gotas ------ Susp. do dador a 5% 1 gota ------ ------ Albumina a 30% 3 gotas 3 gotas 3 gotas b) Misturar bem e incubar 30 a 45 minutos em banho maria a 37ºC. c) Centrifugar a 30” Low. d) Observar as aglutinações. ( prova no meio de albumina Maior Menor Controle Interpretação Ø Ø Ø Fazer teste de Coombs + Ø Ø Incompatível Ø + Ø Incompatível + + Ø Incompatível + ou Ø + ou Ø + Repetição e/ou Pendente** ** : aglutinação específica com albumina ou Coombs directo positivo ? e) Lavar 3 ou 4 vezes com soro fisiológico. f) Juntar 2 gotas de soro de Coombs em cada tubo. g) Centrifugar a 30” Low. h) Observar as aglutinações. ( teste de Coombs Maior Menor Controle Interpretação Ø Ø Ø Fazer Coombs-controle + Ø Ø Incompatível Ø + Ø Incompatível + + Ø Incompatível + ou Ø + ou Ø + Repetição e/ou Pendente*** *** : aglutinação inespecífica ou Coombs directo positivo ? i) Pôr 2 gotas de Coombs-controle em cada tubo. j) Misturar bem e centrifugar a 30” Low. k) confirmar as aglutinações. ( confirmação com Coombs-controle l) Devem ser positivos nos todos os tubos. m) Se fôr negativo, devem repetir. Coombs Indirecto Introdução A prova de Coombs indirecto é utilizada na pesquisa dos anticorpos incompletos, livres no soro. Também é aplicada à identificação dos anticorpos pelo Panel. O Panel é um conjunto de G.V., previamente determinado que contém todos os antigénios. Após conhecer-se os anticorpos existentes, pode se dar o sangue que não tenha o antigénio contra esses anticorpos. Quando se faz ? 1. Antes de uma transfusão (teste de Coombs como compatibilidade) 2. Determinação de Du (confirmação de presença de anti-D) 3. Gravidez com mãe Rh(D) negativa 4. Depois de uma reacção transfusional Amostra : Soro a partir de tubo seco Suspensão do G.V. a 5%, lavado 1 vez, a partir de tubo com EDTA como auto-controle. Como se faz ? 1. Marcar 2 tubos e colocar as amostras como tabele baixo. Coombs indirecto Controle Soro do paciente 2 gotas 2 gotas Susp. do grupo O* 1 gota ------ Susp. do paciente ------- 1 gota Albumina a 30% 3 gotas 3 gotas * : Deve-se preparar pelo menos 5 unidades de sangue com grupo O Rh(D) positivo. 2. Misturar bem e centrifugar a 30” Low. 3. Observar as aglutinações. (Aglutinação é Coombs indirecto positivo.(Controle deve ter negativo.) 4. Se for negativo, misturar bem e incubar 30 a 45 minutos em banho maria a 37ºC. 5. Centrifugar a 30” Low. 6. Observar as aglutinações. (Aglutinação é Coombs indirecto positivo.(Controle deve ter negativo.) 7. Se for negativo, lavar 3 ou 4 vezes com soro fisiológico. 8. Juntar 2 gotas de soro de Coombs e centrifugar a 30” Low. 9. Observar as aglutinações. (Aglutinação é Coombs indirecto positivo.(Controle deve ter negativo.) 10. Se for negativo, juntar 1 gota de Coombs-controle. 11. Observar as aglutinações. Positivo nos ambos tubos Negativo Coombs indirecto negativo. Repetição** ** : Falta lavagem os G.V., soro de Coombs ou Coombs controle. N.B: Controle sempre deve ter negativo antes de colocar Coombs-controle. Se for positivo no controle, será as aglutinações específicas com albumina, inespecíficas ou Coombs directo positivo ? Coombs Directo Introdução A prova de Coombs directo é executada em demonstrar a presença de glóbulos revestidos ou sensibilizados, in vivo, pelas imunoglobulinas humanas classe IgG. Esta prova tem sua principal aplicação no diagnóstico da DHRN. Quando se Faz? 1. Anemia hemolítica 2. Depois de uma reacção transfusional 3. Pesseas com controle positivo (determinação de Rh, compatibilidade) 4. Doença hemolítica recém-nascido NB: Alguns medicamentos provocam positivo. Amostra Suspensão do G.V. a 5%, lavado 3 a 4 vezes com soro fisiológico, a partir de sangue colhido com EDTA. Como se Faz ? 1. Colocar 1 gota de suspensão do pociente no tubo. 2. Juntar 2 gotas de soro de Coombs. 3. Misturar bem e incubar 5 minutos em temperatura ambiente. 4. Centrifugar a 30” Low. 5. Observar as aglutinações. ( Aglutinação é Coombs directo positivo. 6. Se for negativo, pôr 1 gota de Coombs-controle. 7. Misturar bem e centrifugar a 30” Low. 8. Observar as aglutinações. Positivo Negativo Coombs directo negativo. Repetição** ** : Falta lavagem os G.V., soro de Coombs ou Coombs controle. Reagentes para Testes de Coombs Soro de Coombs Contém os anticorpos classe IgG anti-IgG humano. Se o anticorpo incompleto fazer a ligação com o G.V. que tem o antigénio correspondente, não aparecerá as aglutinações visto que cada G.V. tem uma carga negativa. Para fazer as aglutinações entre os G.V. sensibilizados precisa ajudar o soro de Coombs. Os anticorpos anti-IgG humano incluidos o soro de Coombs fizerão as aglutinações entre os anticorpos incompletos ligados com G.V. A produção do soro de Coombs faz-se a imunização dum animal, que é de coelho ou cabrito na maioria caso, com IgG humana. O animal imunizado produz os anticorpos contra IgG humana. Coombs-controle É os G.V. de grupo O Rh(D) positivo sensibilizados com anti-D. O teste de Coombs negativo antes de colocar Coombs-controle ainda contém o soro de Coombs não utilizado. Depois de colocar Coombs-controle, o soro de Coombs deverá reagir com Coombs-controle, resultando as aglutinações positivo. Doença Hemolítica do Recém Nascido (DHRN) Introdução É uma anemia muito grave, até mortal, provoca transtorno mental do recém nascido. Esta doença conhecida desde muito tempo, mas ninguém sabia a Etiologia. Depois da descoberta do sistema Rhesus em 1940 a causa era clara. História Em 1939, Levine e Stetson relataram o seginte caso que investigavam: mulher, grávida pela segunda vez, ocorreu um natimorto de oito meses de gestação; em virtude da grande perda de sangue, transfundiram-lhe 500ml de sangue do seu marido, ambos do grupo O. A transfusão acompamhou-se de reacções graves, das quais, entretanto, a doente se restabeleceu. Verificaram que o soro da paciente aglutinava os glóbulos do marido. Concluíram que o soro da doente continha uma aglutinina atípica, independente do sistema ABO. Levantaram a hipótese, depois confirmada, de que esse anticorpo havia aparecido como consequência da gravidez, em resposta à sensibilização por um antigénio proveniente do feto, herdado do pai e ausente da mãe, disfundido através da placenta. Nessa brilhante comunicação, os autores não menciomaram a possibilidade de serem as aglutininas maternas a causa da morte do feto no útero. Ano seguinte, Landsteiner descobriu que os anticorpos deste caso eram de sistema Rhesus. Em 1941, novas observações clínicas sugeriram, a teoria da imunização materna pelo factor Rh como causa da DHRN. Condições que Provacam a DHRN 1. A criança deve terum antigénio do pai, que a mãe não tem. 2. A mãe deve ter o anticorpo contra este antigénio ou começou a produzir os anticorpos. 3. Os anticorpos devem ser da classe IgG, só estes podem passar a placente e entrar na circulação da criança. Causas e Frequências ABO incomptível > Rh(D) incompatível > Rh(E) incompatível Caracterícticas pela Incompatibilidade Rh e ABO Rh ABO Anemia Moderada a grave Ausente ou moderada Icterícia Imediata 3 a 4 dias pós-parto Gravidez Depois da primeira Qualquer gestão Teste pré-natal Útil Inútil Tratamento Maioria das vezes (Fototerapia ou exsanguínea transfusão) Raramente Prevenção Ig anti-Rh(D) na mãe Não tem A hemoglobina libertada pela hemólise transforma-se em bilirubina, a qual se acumula no sangue e nos tecidos, dando origem à icterícia. Rh(D) Incompatível A mãe é Rh(D) negativo, a criança tem o antigénio Rh(D) positivo do pai. Nos último três meses de gravidez, o sangue do bebé pode passar a placenta e entrar na circulação sanguínea da mãe e durante o parto também. O sistema imunológico da mãe começa a produzir os anticorpos contra estes antigénios estranhos. Para a primeira criança de Rh(D) positivo não existe esse perigo, mas para as crianças seguintes de Rh(D) positivo podem acontecer a DHRN. Porque a mãe já tem os anticorpos classe IgG, que podem passar a placenta e provocar uma hemólise. 1. Teste pré-natal i) Fazer a mulher grávida grupo sanguíneo ABO e Rh. ii) Se for Rh(D) negativo, fazer grupo sanguíneo ABO e Rh do pai. iii) Se o pai for Rh(D) positivo, fazer a mãe o teste de Coombs indirecto. iv) Se o teste positivo, deve investigar o título desses anticorpos. v) Se a titulação for <= 1:16 até o fim da gravidez, será pouco risco de DHRN. Se a titulação for > 1:16, existe alto risco de morte fetal ou neonatal. 2. Teste no recém nascido i) Determinar o grupo sanguíneo ABO e Rh(D) da criança. ii) Se for Rh(D) positivo, fazer o teste de Coombs directo. iii) Se o teste positivo, informar ao médico para observar bem a anemia e icterícia da criança. Na maioria caso, o teste é positivo pela presença de anticorpo anti-D da mãe. O teste de Coombs pode ser negativo devido à quantidade de anticorpos anti-D que atravessam a placenta. 3. Tratamento Consiste na exsanguínea transfusão que é a extração de sangue do doente e sue reposição do sangue compatível para eliminar os G.V. sensibilizados que tem os anticorpos adquiridos na sua superfície e remover os anticorpos incompatíveis da mãe e bilirubinas. A selecção do sangue é importante, e deve ser concentrado de G.V. de menos de 3 dias de doação do mesmo grupo ABO e Rh(D) negativo. 4. Prevenção Depois de um parto de uma criança Rh(D) positivo, a mulher Rh(D) negativo não imunizado com Rh(D) deve receber a imunoglobulina anti-D até 72 horas do parto. A imunoglobulina anti-D neutraliza os antigénios D nos G.V. fetais para evitar a imunização da mãe e produção de anticorpos anti-D, resultando não se sofre a criança seguinte. ABO Incompatível É muito mais frequente e raras vezes severas. É mais frequente nas mães do grupo O com crianças que têm os antigénios do pai A, B e AB. O sistema imunológico da mãe começa a produzir o anticorpo anti-A ou B da classe IgG. Estes anticorpos podem provocar a mesma doença como no sistema Rhesus. 1. Tratamento Geralmente não requer o tratamento. Se é preciso a transfusão ou exsanguínea transfusão, utilizar o concentrado de G.V. do grupo O com Rh respectivo e o plasma do grupo AB. 5º Exercício de Banco de Sangue Duração : 90 minutos Classificação : _______ Valores 1. Complete os espaços em branco. (2v) a) O soro anti-D incompleto contém os anticorpos anti-D classe _______. b) Os anticorpos irregulares que ragem em _______ ºC provocam as reacções transfusionais. c) Os sintomas importantes da DHRN são as __________ e __________. 2. Assinale com V ou F, conforme for verdadeira ou falsa. (3v) a) Todos os sistemas de grupo sanguíneo não se alteram na vida. ( ) b) O grupo ABO pode se detectar com saliva. ( ) c) A DHRN por ABO incompatível é mais frequente na mãe de grupo A. ( ) d) A criança da mãe de grupo AB não tem o risco de DHRN por ABO incompatível. ( ) e) A DHRN por ABO incompatível é mais grave do que Rh(D) incompatível. ( ) f) A DHRN por Rh(D) incompatível pode se prevenir com imunoglobulina anti-Rh(D). ( ) 3. A determinação de Rh(D) é uma prova rotina no banco de sangue. (4v) a) Sempre deve fazer auto-control com albumina na deternimação de Rh(D) para que ? ___________________________________________ b) Quendo se faz a determinação de Du ? ________________________ c) Qual é o soro de anti-D (completo ou incompleto) que deve utilizar na determinação de Du ? _______________________________________ d) Justifique a sua resposta na alínea____________________________ 4. As provas de compatibilidade são praticadas a fim de seleccionar dadores para a transfusão. (7v) a) Qual é o objectivo de prova de compatibilidade ? _________________ b) Por que deve fazer a compatibilidade, mesmo que o sangue para transfusão tenha mesmo grupo de ABO e Rh(D) com paciente ? _________________________________________________________ c) O que detectam as compatibilidades maior e menor, respectivamente ? Maior : __________________________________________________ Menor : __________________________________________________ d) Qual é mais importante, a compatibilidade maior ou menor ? ________ e) Justifique a sua resposta na alínea d).__________________________ f) Mencione 4 métodos de compatibilidade.________________________ 5. As provas de Coombs são aplicadas para diagnosticar algumas doenças e identificar os anticorpos irregulares. (4v) a) O que detectam os Coombs directo e indirecto, respectivamente ?. Coombs directo : __________________________________________ Coombs indirecto : _________________________________________ b) Quando se faz o Coombs directo ? ____________________________ c) O que é os reagentes de soro de Coombs e Coombs-control, respectivamente ? Soro de Coombs : __________________________________________ Coombs-control : __________________________________________ d) Descreva as causas de Coombs-control negativo._________________ Reacções Transfusionais Introdução As reacções transfusionais, que são os efeitos adversos provocados pelas transfusão do sangue ou seus componentes, ocorrem quando há uma incompatibilidade entre o sangue do dador e do doente. A incompatibilidade pode ter várias causas, como por exemplo: entre G.V., entre leucócitos, entre plaquetas, entre plasma e proteínas. Erros e falhas na rotulação do saco do sangue e na identificação da amostra também são as causas mais frequentes de reacções transfusionais. Reacções Agudas da Transfusão As reacções agudas ocorrem durante ou logo após (dentro de 24 horas) a transfusão em 1 a 2% dos pacientes transfundidos. Quando ocorre uma reacção aguda, pode ser difícil decidir sobre o tipo e gravidade, pois no início, os sinais e sintomas podem não ser específicos e de fácil diagnóstico. Contudo, com excepção das reacções febris não hemolíticas, urticária e alérgicas, todas são potenciialmente fatais e requerem tratamento urgente. Reacções leves Sinais Sintomas Possível causa Urticária Prurído Hipersensibilidade Reacções moderadamente graves Sinias Sintomas Possível causa Rubor Ueticária Tremores Febre Impaciência Taquicardia Ansiedade Prurído Palpitações Dispnéia leve Cefaléia Hipersensibilidade Reacções febres não-hemolíticas (anticorpos contra leucócitos, plaquetas e proteínas incluindo IgA) Contaminação bacteriana Reacções potencialmente fatais Sinais Sintomas Possível causa Tremores Febre Impaciência
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