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Resumo de Microbiologia

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Resumo de Microbiologia 
 
 Definição
 Micro-organismos, compreendem a bactérias, fungos, protozoários, algas microscópicas e vírus 
 Nem sempre causam prejuízos, degradam matéria orgânica, trazem benefício / prejuízo a saúde do homem.
 Componente da microbiota dos animais e plantas
 Produtos como cerveja, queijo, picles, vinagre,etc.
 
 Geração espontânea 
 As pessoas acreditaram que era a vida que poderia surgir espontaneamente na matéria morta 
 Francesco reidi era contra esta teoria, pois se na tampa fechada não tinha larva e na aberta tinha larva então algo havia pousado e contaminado 
 John needman era a favor, pegou um caldo nutritivo, tampou e cresceu microoganismo e em outro não tampou e cresceu 
 
 
 Teoria da biogênese
 Uma célula viva veio de outro organismo vivo pré-existente 
 
 Descobertas de Pasteur
 Pasteurização é o processo em que aquece em alta temperatura e em seguida abaixa a temperatura sendo possível matar a maioria dos germes e bactérias no alimento
 1850 – Estabeleceu primeira teoria microbiana da fermentação
Teoria microbiana das doenças 
 Koch descobriu o bacilo anthracis pelo método do postulado de Koch 
 1- O microorganismo sempre deve estar presente no hospedeiro (associação constante)
 2- O Microoganismo deve ser olhado e cultivado em cultura (cultura pura de ágares)
 3- O microoganismo deve ser re-isolado, colocado em outro organismo e esperar os sintomas (reproduzir sintomas)
 
1665- Robert Hooke – Denominou de “células” aos compartimentos visualizados num pedaço de cortiça.
 1673- Antonie Van Leeuwenhoek – Identificou “seres invisíveis”, aos quais chamou de “animáculos”.
 1798- Edward Jenner – Produziu a primeira vacina, contra a varíola, coletando pústulas. 
1857- Louis Pasteur – Identificou a fermentação, deu fim à Teoria da geração espontânea e postulou teorias. 
1860- Robert Koch – Postulou a Teoria microbiana das doenças e identificou o bacilo da tuberculose.
Robert Hooke observou que amostras de cortiça eram compostas de “pequenas caixas”; ele Introduziu o conceito de célula (1665).
 
 As observações de Hook forneceram a base para o desenvolvimento da teoria celular, o conceito de que todas as coisas vivas são compostas por células.
 
 Antoni Van Leeuwenhoek, utilizando um microscópio muito simples, foi o primeiro a observar microrganismos (1673-1723). 
 Até a metade do 1880, muitas pessoas acreditavam na geração espontânea, a ideia de que os Microrganismos vivos poderiam surgir a partir da matéria não-viva.
 
 Louis Pasteur demonstrou que os microrganismos estão presentes no ar e em todos os lugares e ofereceu provas para a teoria da biogênese (1861).
 
 As descobertas de Pasteur levaram ao desenvolvimento de técnicas de assepsia, utilizadas em laboratórios e nos procedimentos médicos para prevenir a contaminação pelos microrganismos presentes no ar. 
 
 
 Joseph Lister pai da cirurgia moderna introduziu o uso de um desinfetante fenol para a limpeza das roupas cirúrgicas, a fim de controlar as infecções nas pessoas (década de 1827-1912).
 Robert Koch provou que os microrganismos causam doenças. Ele utilizou uma série de procedimentos, chamados postulados de Kock (1876), que são utilizados até hoje para provar que um determinado microrganismo causa uma determinada doença. 
 Vacinação 
 Na vacinação, a imunidade (resistência a uma determinada doença) é conferida pela Inoculação com uma vacina. 
 Em 1798, Edward Jenner demonstrou que a inoculação com material de vaccínia proporciona Imunidade aos seres humanos contra a varíola.
Ele provou sua teoria infectando um garoto primeiro com a varíola bovina (vacina) e depois com varíola. O menino estava imune à doença.
 Por volta de 1880, Pasteur descobriu que uma bactéria não-virulenta poderia ser utilizada como uma vacina para a cólera em aves domésticas; ele criou a palavra vacina. 
 As vacinas modernas são preparadas a partir de microrganismos não-virulentos, de patógenos mortos, ou de componentes de patógenos e pela tecnologia do DNA Recombinante. 
 
 Alexander Fleming observou que o bolor (fungo) Penicillium inibia o crescimento de uma Cultura de bactérias. Ele chamou o ingrediente ativo de penicilina (1881-1955). 
 A penicilina tem sido utilizada clinicamente como antibiótico desde a década de 40. 
 Os pesquisadores estão atacando o problema de resistência dos micróbios ás drogas. 
Classificação dos micro-organismos 
 Whitaker propôs os 5 reinos 
 Taxonomia é o sistema de organização e nomenclatura; reino, divisão, classe, ordem, família, gênero espécie.
Célula procariótica 
 Dna não envolvido 
 Cromossomo circular, sem proteína e histona 
 Não tem organela 
 Parede celular peptideoglicana 
 Divide por fissão binaria 
 
 Célula eucariótica 
 Dna encontrado na célula 
 Nucleo separado do citoplasma por membrana 
 Dna está em múltiplos cromossomos 
 Contem histonas
 Se divide por mitose
 Tem organelas 
 
 Microbiologia da bactéria 
 Tamanho da célula bacteriana: 0,2 a 2,0 um (dm) e 2 a 8 um (cmp)
 Forma das células bacterianas 
 - Cocos (esférico)
 - Bacilos (bastão)
 - Espiral
 Arranjo das bactérias 
 - Diplococos 
 - Streptococcus
 - Tetracoccus
 - Staphylococcus
 
 - Bacilo 
 - Diplobacilo
 - Streptobacilo 
 - Cocobacilo 
 
 - Vibrio
 - Espirilo 
 - Espiroqueta.
 
Estrutura celular da bactéria 
 Membrana citoplasmática 
 - Envoltório interno, respiração celular, transporte 
 
Citoplasma 
 - Solução coloidal (gelatina molenga)
 - Grânulos insolúveis pelo coloide 
 - Ribossomos que recebem o Dna e formam a proteína, é responsável pela tradução 
 
Cromossomo 
 - Não tem histona 
 - Única molécula de Dna 
 - Nem sempre é circular
 - Para a célula dividir tem que duplicar o cromossomo 
 Plasmídeo 
 - É circular 
 - Menor que cromossomo 
 - Expressa genes que darão resistência ao antibiótico 
 - Recombinação genética é quando uma bactéria passa o plasmídeo para outra pelo pili 
 
Esporos / endósporos
 - Estrutura que dá proteção a bactéria (resistência)
 - Tem elevada resistência térmica (se colocada na autoclave não morre com a variação de temperatura brusca)
 - É formado dentro da bactéria 
 - Permanece latente por até 02 anos
 - Quando a bactéria se sente ameaçada ela duplica o material genético e se separa e forma uma capsula de proteção; a membrana fica torcida para diminuir o volume de material genético e usar o mínimo possível de vida. Forma-se uma capsula que a deixa resistente.
 
Estrutura externas à parede 
 Glicocálice – revestimento de açúcar
 - Revestimento externo 
 - Composto de polissacarídeo ou polipeptideos
 - Forma a capsula 
 - Polímero viscoso e gelatinoso
 - Tem função de: proteção, patogenicidade, evita desidratação, adesão a superfícies, fonte de reserva nutritiva 
 Flagelos 
 - Pode ser único ou vários, tem função de auxiliar a movimentação da bactéria 
 - Monotriquio, 1 flagelo
 - anfitriquio, o flagelo está interno e pode ter várias formas 
 - Peritriquio, vários flagelos na periferia 
 - lofotriquio, flagelo no final 
 *Movimentação do flagelo 
 - Fototaxia: se movimenta com luz 
 - Quimiotaxia 
 Fimbrias e pili 
 - São apêndices
 - Pili, faz comunicação, mais longo que a fimbria, são 1 ou 2 por células, transfere DNA 
 - Fimbrias, polos ou distribuídas, adesão, quantidade variada 
 
 Parede celular 
 Porção externa mais dura, responsável por manter a forma do organismo 
 Proteção contra agentes físicos, mantendo as células rígidas,atua como barreira contra agentes químicos e fisicos
 Está acima da membrana citoplasmática
Gram + / Gram – 
 G+: peptideoglicano, membrana plasmática
 G-: peptideoglicano, membrana citoplasmática, periplasma, membrana externa
 Parede celular G+
 Proteína associada a parede 
 Membrana citoplasmática 
 Peptideoglicano
 Ácido lipoteicoico faz comunicação 
 Ácido teicoico faz o reconhecimento 
 Mais difícil de sofrer lise 
 Parede rígida 
 Penicilinaimpede ligações cruzadas e desestabilizam a parede celular g+
Ácido teicoico 
 São polímeros de glicerol que conservam a membrana da bactéria, se ligam no açúcar ou aminoácidos 
 Fica ligado ao peptideoglicano 
 Regula a atividade de autolisinas, estruturas que podem danificar a membrana da bactéria 
 
 Ácido lipoteicoico 
 Ligados a fração lipídica da membrana plasmática 
 Facilita a regulação da entrada e saída de cátions na celula, ajuda a evitar quimiotaxia
 Regula autolisinas durante a mitose 
Parede celular G-
 Membrana citoplasmática 
 Fosfolipideos
 Peptideoglicano
 Membrana externa 
 Porinas captam nutrientes e excreção
 Lps (lipopolissacarideo) é altamente antigênico é uma endotoxina capas de causar febre, uma bactéria difícil de matar, pois tem uma estrutura resistente na membrana. É responsável a aderência, composto de lipídeo A (externo) e antígeno O e polissacarídeo O (interno).
 Barreira para alguns antibióticos 
 Evasão de fagocitose
 Barreira contra lisozimas
 Permite a passagem de nutrientes
 
 Coloração
 Coloração simples para identificação 
 Coloração diferencial é feita para saber o tipo e o antibiótico que é mais sensível para G+ ou G-.
 Importância da coloração é de distinguir as bactérias e ver qual é a mais e a menos resistente de acordo com a composição da parede celular.
 Auxilia no tratamento de doenças 
Coloração de Gram 
 Diferencial 
 Hans C. Gram 
 S.pneumoniae / K.pneumoniae
 Se divide em:
 G+: azul ou roxo (Gram)
 G-: vermelho (neelsen – não gram)
 O álcool desidrata a parede celular G+
 Na parede G- ela deixa finos buracos por onde a safranina vai sair 
Coloração álcool-ácido resistente (baar)
 Diferenciação de bacilo de Koch
 Na parede da bactéria tem a membrana, camada peptideoglina e ácido micolico e glicose de superfície (com exceção da membrana o resto é parede celular)
 O ácido micolico torna a bactéria resistente
Cora de vermelho 
 Cora de vermelho
 
 Continua vermelho
 Descora
 
 Não cora de azul
 Cora de azul 
 
 
 Não descora porque o ácido micolico não deixa
 O que descora, é descorado porque o álcool destrói a membrana
 Se tiver uma cultura de bac g (+), o HCL vai destruir a camada de peptideoglicano, a g (+) não é ácido resistente 
VIROLOGIA
 
 Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, utilizam as enzimas da célula hospedeira para sintetizar seus componentes e perpetuar a espécie 
 Não são vistos em microscópio óptico, não são cultivados em meio artificial, não se replicam fora da célula animal/vegetal.
 É um intracelular inanimado, não tem metabolismo, mede de 20 a 300 nm, possui apenas um dna ou rna, se reproduz por replicação,sofre mutação.
 São agentes causadores de infecção, não possuem metabolismo próprio 
 Apresentam fase prodômica (sintomas inespecíficos)
 São passados por via oral, placentária, trato genital, trato digestório, pele, conjuntiva, sangue (transfusão) e são oncogênicos
 São sensíveis a variabilidade de pH e temperatura 
CLASSIFICAÇÃO DOS VIRUS 
 Poxyviridae, herpesviridae, parvoviridae, retroviridae, picornaviridae
 Entovírus – trato alimentar, cardiovirus – neutrotópicos, rhinovirus – nasofaringea, hepatovirus – fígado 
 Familia: envelopados (herpesviridae, hepadnaviridae)
 - Circular (papilomaviridae, polyomaviridae 
 - Linear (adenoviridae)
 - Complexo envelopado (parvoviridae)
Termos 
 Virion é a partícula viral completa e infecciosa 
 - Composta de ácido nucleico
 - Revestido por um capsídeo que contém ou não lipídeos e açucares 
Capsídeo
 São as proteínas que revestem o genoma viral 
 - É o material envoltório do vírus 
 - Protegem o ácido nucleico 
 - Se combina quimicamente com substâncias da superfície celular
 - Capsídeos podem ser: helicoidal, icosaédrica e complexa 
 - Fazem proteção e disseminação viral na célula – alvo do hospedeiro 
 - É muito resistente
 - Helicoidal: unidades proteicas que interagem com o ácido nucleico e formam uma espiral, tem formato de bastões que podem ser rígidos ou flexíveis
 - Icosaedrica: 20 triangulos equiláteros e 12 vértices, mínimo de energia e menor área externa com maior área interna 
 - Complexa: estrutura regular sem assimetria definida 
Replicação viral 
 Os ciclos dependem do local, duração, destino da célula infectada
 Vírus em estado latente (ficam quietos sem se manifestar)
 Vírus fazem transcrição e tradução (Dogma central)
 Vírus fazem transcrição > transcrição > tradução reversa gerando cópias do DNA a partir do RNA viral (transcriptase reversa)
 Mecanismo que depende do tipo de ácido nucleico e organização do genoma viral 
 O ciclo é seguido pela ordem de: ligação nos receptores específicos do P glicoproteico, penetração por invaginação simples na membrana celular, desnudamento removendo o capsídeo e liberando ácido nucleico, síntese proteica, replicação do genoma formando novos genomas, montagem e liberação que é a lise da célula hospedeira.
 
Desnudamento: é semelhante à penetração, é a degradação do capsídeo viral seguido da exposição do material genético do vírus no local replicado
 Morfogênese: é a montagem de subunidades proteicas e empacotamentos 
 A replicação acontece nas seguintes etapas:
 - Adsorção: Ligação específica entre os receptores virais e receptores celulares localizados na membrana citoplasmática, que pode ser bloqueada por receptores específicos 
 - Penetração: fusão de membranas e endocitose depende de claritina
 - Desnudamento: degradação do capsídeo/nucleocapsídeo viral seguido da exposição do material genético do vírus no respectivo sítio replicativo.
 - Biossíntese 
 - Morfogênese: Montagem das subunidades protéicas (e dos componentes da membrana no caso dos vírus envelopados) e empacotamento do ácido nucléico viral, com formação de novas partículas virais completas em um determinado sítio da célula.
 - Morfogênese vírus envelopados: não são capazes de sintetizar lipídeos. Assim envelopes devem ser adquiridos de compartimentos membranosos da célula (previamente modificados por proteínas virais)
 - Liberação: O processo de liberação está intimamente relacionado com as características biológicas do vírus: Envelopado x Não-envelopado; Lítico x Lisogênico; Sítio de Replicação celular
 
 
Bactérias 
 
 As bactérias são organismos unicelulares. Como não possuem núcleo, as células são descritas como procarióticas, não tem carioteca (membrana celular)
Material genético disperso no citoplasma.
 
 
As três formas básicas de bactérias são os bacilos, os cocos e os espirilos. 
Muitas bactérias possuem uma parede celular composta por peptideo-glicanas; dividem-se por fissão binária e muitas delas possuem flagelos.
 
As bactérias podem utilizar uma grande variedade de substâncias químicas para a sua nutrição.
 Archea 
 
As arquibactérias são células procarióticas; as paredes celulares não são compostas por peptideo-glicanas. 
As arquibactérias incluem as metanogênicas, as halofélicas extremas e as termófilas extremas.
 
Fungos 
 Os fungos (cogumelos, bolores e leveduras) possuem células eucarióticas (com um núcleo Verdadeiro). Muitos fungos são multicelulares.
Os fungos obtêm os nutrientes por meio da absorção de material orgânico do ambiente em que vivem.
 
São eucariontes unicelulares ou pluricelulares 
 Membrana celular: ergostero e abre buracos na M.C.F (?)
 Azolicos e equinocandinas: interfere na síntese de ergosterol
 Tem parede celular rica em carboidratos com proteínas 
 Capsula com capa polissacaridica 
 São divididos em Leveduras, mofo, fungos dimórficos, saprófitos, hifas
 
 Protozoários 
 
 Os protozoários são seres eucarióticos unicelulares. 
 Os protozoários obtêm seus alimentos pela absorção ou ingestão através de estruturas especializadas. 
 
Algas 
 
 As algas são organismos eucarióticos uni ou multi-celulares que obtêm sua nutrição por meio da fotossíntese
 As algas produzem oxigênio e carboidratos, que são utilizados por outros organismos.Vírus 
 Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, acelulares e sem nenhuma estrutura semelhante às organelas celulares
 Morfologicamente, os vírus são compostos por: • Ácido nucleico (ADN ou ARN); • Capsídeo, formado por capsômeros.
 Alguns vírus são envelopados, pois possuem um envoltório externamente ao capsídeo; cada vírus possui tamanho e características diferentes uns dos outros
 
 Em geral, proporcionalmente, os vírus são muito menores que as células, como bactérias e hemácias.
Apesar de possuírem morfologias diferentes, os vírus apresentam características comuns, tais como: 
São acelulares; São parasitas intracelulares obrigatórios; utilizam toda a maquinaria da célula para realização sua replicação; possuem tropismo celular, isto é, possuem “afinidade” por um ou poucos tipos celulares; Fora da célula se cristalizam, tornando inativos; ao penetrarem em uma célula se tornam ativos e replicam.
Replicação viral
Cada vírus apresenta o ciclo de replicação com etapas semelhantes, mas que podem ocorrer em diferentes locais da célula.
 Etapas da replicação viral: 
1 – Adsorção 4 – transcrição e tradução 7 – saída de novos 
2 – Penetração 5 – replicação do ácido nucleico da célula 
3 – Desnudamento 6 – montagem de novos 
Adsorção e penetração do vírus na célula
Para que um vírus infecte uma célula, é necessário que uma estrutura de membrana, desta célula, sirva de receptor para o vírus e, assim, este faça a adsorção.
 Após a adsorção ocorre a penetração do vírus na célula.
 Cada família de vírus tem uma forma de entrada na célula. Uns entram por fusão de membrana, outros com o envelope, endocitose etc.
 Assim que ocorre a penetração do vírus na célula, este sofre desnudamento, libertando o ácido nucleico para as etapas seguintes da replicação viral. 
Saída dos vírus da célula
Após a montagem de novos vírus, estes podem sair da célula por: 
SAÍDA POR BROTAMENTO 
SAÍDA POR LISE CELULAR
Retrovírus
Os retrovírus são vírus que, apesar de possuírem genoma ARN, utilizam a enzima transcriptase reversa, para sintetizarem uma molécula de ADN.
ARN → ADN → ARNm → Proteínas virais
Estas são chamados vírus lisogênicos, pois o ADN sintetizado será incorporado ao genoma da célula do indivíduo, tornando a célula uma fábrica de vírus.
O vírus HIV é um exemplo de retrovírus.
Patogênese viral
Uma infecção viral inicia após a fase de penetração do vírus na célula.
 Este pode entrar por diferentes vias: 
Sanguínea, respiratória, pele, trato genital etc. 
Após a penetração do vírus na célula, inicia-se o período de disseminação do vírus, com sua chegada à célula-alvo e replicação. 
O período compreendido entre a entrada do vírus no organismo e a manifestação dos sintomas é chamado de período de incubação.
PRIONS
Os PRIONS são proteínas infecciosas, que não apresentam ácido nucleico conhecido. Em alguns organismos podem sofrer diferenciação e causar encefalopatias espongiformes. Algumas doenças priônicas acometem os humanos, causando quadros de demência rápida e progressiva, como a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que pode ser confundida com casos de Alzheimer. A Doença da vaca louca é uma doença priônica em bovídeos e a ingestão da carne contaminada provoca doença humana.
Taxonomia
0s vírus são classificados de acordo com características que apresentam.
 Os vírus são agrupados em ordens, famílias, subfamílias, gênero e espécie
 Seguidamente aos REINOS, os seres vivos são classificados, em FAMÍLIAS, GÊNEROS e ESPÉCIES.
 Biossegurança
 
 A Biossegurança é “o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados"
 Seguir as normas de Biossegurança requer:
 Usar equipamentos de proteção individual (EPI) e coletivo (EPC); 
 Classificar dos riscos de cada setor; • promover e realizar as normas assépticas; • seguir os procedimentos operacionais padrão (POP) de cada técnica e equipamento;
 Conhecer os símbolos dos riscos. 
 
 
Viroses importantes
Flavivírus é um gênero da família Flaviviridae. Possuem genoma ARN de cadeia simples, com sentido positivo. São transmitidos por mosquitos, outros insetos ou carrapatos. 
As principais flavoviroses são a DENGUE e a FEBRE AMARELA. 
As doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes vetores são chamadas de arboviroses.
Vírus Dengue (DEN)
Os vírus dengue são transmitidos no momento do repasto sanguíneo da fêmea do mosquito Aedes aegypti. 
O vírus DEN-5 foi descoberto em 2007 e ainda não existem casos epidêmicos relacionados a ele. Todos os vírus dengue podem causar desde sintomas inaparentes, dengue clássica, dengue hemorrágica ou choque por dengue que, geralmente, evolui para óbito.
Aedes aegypti – ciclo biológico as fêmeas do mosquito Aedes aegypti podem transmitir, no Brasil, diferentes Flavivírus, como os vírus que causam dengue, febre amarela, febre Zika e febre Chikungunya.
Vírus da Febre amarela A febre amarela é uma doença febril, que não ocorre em todo o Brasil, mas apresenta gravidade. É transmitida pelo Aedes aegypti em ambiente urbano e por outros mosquitos no ambiente silvestre, onde animais vertebrados servem de reservatório para o vírus.
Vírus HTLV
O vírus HTLV (Human T-cell Lymphotropic vírus) é um vírus linfotrópico humano, pertencente à
Família Retroviridae e causador de doenças graves.
Existem dois tipos desse vírus: o HTLV-1 e o HTLV-2 e ambos
infectamlinfócitos humanos.
O HTLV-1 está relacionado a doenças graves neurológicas
Degenerativas e hematológicas, como a leucemia infecciosa e
O linfoma de células T humanas do adulto (ATL). É um
oncovírus, devido à leucemia (câncer) que promove.
Hepatites virais Hepatites virais
A hepatite caracteriza-se por inflamação no fígado e pode ocorrer por causas variadas, desde toxicidade por substâncias químicas (hepatite química) a infecções virais (hepatites virais).
As hepatites virais podem ser transmitidas de formas diferentes, de acordo com o tipo de vírus, podendo ser por via oral-fecal, parenteral,sexual e/ou vertical. A vacina contra Hepatite B é obrigatória para profissionais de saúde.
Hepatites virais: tipos e modos de contágio
Transmissão oral-fecal – Ocorre através da ingestão de água e alimentos contaminados. 
 Transmissão parenteral – Ocorre através de contato com sangue, hemoderivados, secreções e/ou excreções. 
Transmissão sexual – Ocorre através de contato sexual oral, anal e/ou vaginal. Transmissão vertical – Ocorre de mão para o feto, durante a gestação, parto ou amamentação.
Herpes vírus
Os vírus pertencentes à família Herpesviridae são chamados de herpesvírus. Apresentam características como formação de vesículas (herpes simples e varicela-zoster) ou de linfadenopatias (citomegalovírus e mononucleose).
Herpes vírus: Herpes simples 1 e 2
Os vírus de herpes HSV-1 e HSV-2 causam vesículas recorrentes, não evoluindo para a cura. O vírus HSV-1 causa lesões labiais e olhos, enquanto o vírus HSV-2 causa herpes genital 
Herpes vírus: Varicela-zoster
O vírus varicela-zoster é o agente etiológico da catapora e da herpes-zoster.
Herpes vírus: citomegalovirose e mononucleose
A citomegalovirose e a mononucleose são doenças causadas por herpesvírus e que causam, entre outros aspectos, linfadenopatias locais ou generalizadas. Podem ocorrer de forma assintomática ou com grande manifestação de sintomas.
Vírus associados ao sistema respiratório
As infecções respiratórias podem ter causas diversas, como vírus, bactérias, fungos, protozoários e Helmintos.
Entre os vírus que causam infecções respiratórias, temos, principalmente
Influenza vírus;
• Parainfluenza vírus;
• Coronavírus;
• Vírus Respiratório Sincicial;
• Rinovírus;
Gripe e resfriado
A gripe e o resfriado sãoinfecções virais diferentes entre si. Diferem quanto aos agentes Etiológicos e também na intensidade das manifestações clínicas.
Pneumonias virais
Os pulmões são alvo de infecção por diversos microrganismos, principalmente, bactérias e vírus.
As pneumonias virais costumam ser debilitantes e com alta probabilidade de óbito por Insuficiência respiratória.
As principais pneumonias virais são:
Vírus do sincício respiratório (VSR)
Influenza vírus A H1N1
Características gerais das bactérias
As bactérias são seres vivos, pertencentes ao Reino Monera, do Domínio Eubactéria.
Apresentam as características: 
 Procariotos (sem núcleo); 
Unicelulares; 
 Desprovidos de vacúolos contráteis e fagossomo; 
Presença de ribossomos livres e ausência de outras organelas citoplasmáticas. 
 Presença de parede celular externa à membrana celular.
Morfologia bacteriana
 As bactérias podem apresentar diferentes morfologias. 
Formas morfológicas bacterianas: Cocos (e arranjos); Bacilos (e arranjos); Vibriões; Espirilos; Espiroquetas.
Estruturas bacterianas
 Bactérias possuem membrana celular e citoplasma como as demais células. 
Apresentam estruturas obrigatórias, presentes em todos os gêneros e estruturas facultativas, presentes em algumas espécies bacterianas.
OBRIGATÓRIAS 
 Parede celular -Plasmídeos- ADN cromossômico– Ribossomos 
FACULTATIVAS
Flagelo Fímbrias e pili Endósporo Cápsula
Estruturas obrigatórias bacterianas
Plasmídeos 
 São formados por um ADN extracromossômico. Não possuem informações relacionadas à morfologia e fisiologia celular. 
São autoduplicáveis e podem receber ou doar genes em trocas genéticas entre bactérias. 
Flagelos 
As bactérias flageladas podem ser classificadas quanto à localização e a quantidade de flagelos.
A = MONÓTRICAS, com um único flagelo
 B = LOFÓTRICAS, com vários flagelos em um ponto
 C = ANFÍTRICAS, com flagelos em extremidades opostas 
D = PERÍTRICAS, com flagelos em toda a superfície do corpo
Fímbrias / Pili 
As fímbrias ou pili (pilus) são estruturas finas e curtas, proteicas, que recobrem algumas bactérias Gram negativas.
 Apresentam diversas funções, como a facilitar a fixação em superfícies e formar “pili sexual”. 
Através do “pili sexual” bactérias trocam material genético.
Cápsula 
Estruturas polissacarídicas e/ou polipeptídicas que estão externamente aderidas à parede celular bacteriana. Impedem a fagocitose, armazenam nutrientes e favorecem adesão a superfícies.
Endósporos bacteriano
 Formadas por bactérias dos gêneros Clostridium e Bacillus, principalmente, em condições de carência de nutrientes e água.
 Podem permanecer por muitos anos de forma latente e, ao entrarem no organismo vivo, voltam à forma viva (vegetativa). 
Genoma bacteriano 
Bactérias apresentam ADN cromossômico de fita dupla, disperso no citoplasma, numa região denominada nucleoide, uma vez que não possuem núcleo.
Fisiologia e metabolismo bacteriano
 A manutenção da vida bacteriana, assim como seu crescimento, requer condições ideais. 
Cada espécie bacteriana requer fatores gerais, específicos e em proporções diferentes.
 Estas condições envolvem: Obtenção de macro e micronutrientes; Temperatura; pH; Respiração; Umidade; Luz; Obtenção de energia.
 O metabolismo bacteriano é o resultado das reações anabólicas e catabólicas bacterianas.
Parede celular bacteriana
A parede celular é a estrutura presente externamente à membrana celular de bactérias do Domínio Eubactéria.
 A parede celular bacteriana pode ser identificada pelo Método de coloração de Gram, criada em 1884 pelo bacteriologista Hans Christian Gram. 
 As que se coram de roxo (azulado) são denominadas Gram positivas, enquanto as que se coram de vermelho (róseo) são denominadas de Gram negativas.
GRAM POSITIVAS → apresentam extensa camada de peptideoglicano, com ácidos teicoicos e lipoteicoicos inseridos nessa. 
GRAM NEGATIVAS → apresentam espaço periplásmico, fina camada de peptideoglicano e outra membrana celular externa
Método de coloração de Gram
O Método de coloração de Gram é a técnica aplicada para a identificação da parede celular bacteriana.
 Reagentes utilizados: 
 Violeta de genciana (Cristal de violeta) 
 Lugol (Iodo) 
 Solução álcool-acetona 
 Fucsina
Os micoplasmas e as micobactérias não se coram pelo Método de Gram.
Método Ziehl Neelsen
As bactérias do gênero Mycobacterium (micobactérias) não se coram pelo Método de coloração de Gram
São bacilos-álcool-ácido-resistentes (BAAR) e possuem, externamente à parede celular, uma camada composta por ácidos micólicos. 
Os BAAR são corados pelo Método de Ziehl Neelsen.
Reprodução bacteriana
Crescimento microbiano é o aumento na quantidade de células. 
 O crescimento ocorre por divisão binária (fissão binária). 
 Bactérias formam colônias e estas podem ser vistas a olho nu. 
 Cada bactéria possui taxa de crescimento e tempo de geração específicos.
Curva de crescimento
Em meio de cultura (sistema fechado), o crescimento bacteriano ocorre em etapas, denominadas: Fase lag, Fase log (ou exponencial), Fase estacionária e Fase de declínio (ou morte).
Meios de cultura
O cultivo bacteriano pode ser realizado, fornecendo as condições ótimas para cada espécie bacteriana. 
Os meios de cultura são substâncias suplementadas de nutrientes e elementos químicos, necessários ao metabolismo bacteriano.
 Existem meios de cultura sólidos, líquidos ou semissólidos.
 Os meios sólidos, em geral, são produzidos com a alga Agar agar e são específicos para gêneros ou espécies bacterianas.
Coleta de material
 Para a identificação bacteriana, é necessário a coleta do material.
 Em geral, a coleta de superfícies é feita com swab estéril. 
Urina e secreções são coletados em frascos, e sangue em tubos ou frascos de hemocultura.

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