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TCC completo Alimentos Gravidicos

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FACULDADE ESTACIO DE SERGIPE
ELSON SILVA GUIMARÃES
A POSSIBILIDAD DE INDENIZAÇÃO NOS ALIMENTOS GRAVIDICOS AO SUPOSTO PAI, QUANDO NÃO CONFIRMADA A PATERNIDADE.
Aracaju - SE
2017
ELSON SILVA GUIMARÃES
A POSSIBILIDAD DE INDENIZAÇÃO NOS ALIMENTOS GRAVIDICOS AO SUPOSTO PAI, QUANDO NÃO CONFIRMADA A PATERNIDADE.
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Direito, sob a orientação do orientador: Dr(a). Patricia Esteves de Mendonça.
Aracaju/SE
2017
RESUMO
O trabalho tem o objetivo a analise da lei nº. 11. 804/ 2008, com relação as garantias proferidas em relação a gestante de acordo com o tema “Alimentos Gravídicos”. A garantia que a lei dar a um direito pétreo, a vida, desde o momento da sua concepção, como o mesmo esta sendo tratado no mundo jurídico de acordo com a jurisprudência, A aferição da responsabilidade da genitora, em caso da litigância de má-fé. Em um primeiro momento venho fazer uma breve contextualização sobre alimentos e suas características que são em comum com os alimentos gravídicos, venho mostrar os caminhos que trilham os representantes do nascituro para propor a ação e a responsabilidade de quem os pleiteia, sempre dando a devida importância a Doutrina e a Jurisprudência que convergem, com a proteção vida.
Palavras-chave: Alimentos; Alimentos Gravídicos; Genitora; Direito de Família; Concepção.
ABSTRACT
The work aims to analyse the law no. 11.804/2008, regarding the guarantees given in respect of pregnant womwn according to the theme “ Food Gravid”. To guarantee y=that the law give a right petrous, life, from the moment of its conception, as the same, this being treated in the legal world in accordance with the case-law, the measurement of the liability of the mother, in the event of litigation in bad faith. At first I make a brif background on food and its features, which are in commom with the food gravid, I show the paths who walk representatives of the unborn to propose action and the responsibility of those who plead, always giving due importance to the doctrine and the jurisprudence that converge, with life protection.
Keywords: Food; Gravitational foods; Genitor; Family right; Conception.
1 - INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade apresentar uma análise clara e objetiva sobre o moderno instituto de prestação alimentar, os alimentos gravídicos, que foram instituídos tendo como foco a proteção a vida do nascituro, criando meios de diminuir as dificuldades e as necessidades que existam durante o período de gestação, pois tanto o mãe, quanto o possível genitor são considerados responsáveis pela gestação.
A principal finalidade é apresentar a possibilidade legal da genitora, representando o nascituro, pleitear alimentos junto ao possível genitor, seja para garantir o direito à vida do nascituro, o direito de nascer, ou até mesmo para proteger a própria dignidade da gestante, bem como a possibilidade de indenização em favor do suposto pai, caso venha a ser demonstrado ao final, o equívoco apontado pela mãe, no sentido de não ser verdadeira a paternidade, de um modo que venha causa dano a parte contraria da ação.
A Lei 11. 804/ 2008 compreende uma nova modalidade na interpretação de alimentos, uma vez que a mês	ma garante a proteção ao indivíduo que ainda não nasceu, mas já tem sua personalidade postulatória no ordenamento jurídico brasileiro, garantindo assim, direitos para a guarnição da sua dignidade, a lei trata sobre o direito da mulher gestante de receber alimentos, do suposto pai da criança, desde a concepção até o parto. Resguardando um direito maior que todos os outros, a vida, tanto da gestante, quanto do nascituro.
Há então uma garantia que a mulher será assessorada pelo possível pai da criança, trazendo as suas responsabilidades desde sua concepção, resguardando assim uma melhor gestação.
A declaração de paternidade imediata, não está ligada a lei de Alimentos Gravídicos, pois tal declaração poderia trazer uma demora não justificada para a aquisição da lei, tendo em vista que a norma adotada tem um caráter de urgência, para sua aplicabilidade, pois o objetivo principal da lei é a proteção do nascituro desde sua concepção, o exame de DNA é descartado, tendo em vista que este também poderia ser prejudicial a saúde do feto, mas como também, poderia trazer um risco, para com a saúde da genitora. Os meios probatórios, são examinados de forma subjetiva.
Os indícios de paternidade que serão arguidos pelo Juiz, far-se-á prova bastante para o convencimento do Juiz para a definição da paternidade, tendo em vista as provas aparentes para tal comprovação.
A comprovação da má-fé pela autora da ação de alimentos, poderá ensejar sobre a mesma uma ação sobre a reparação de danos causados ao suposto genitor, tendo em vista a utilização do direito ter sido abordada de forma equivoca, o suposto genitor então poderá interpor ação própria, para pleitear junto a genitora a indenização cabível.
2 - A TUTELA JURÍDICA DO NASCITURO 
2.1 NASCITURO: POR UM CONCEITO 
O tema nascituro é pouco tratado no nosso ordenamento jurídico, embora mereça maior atenção e prestação jurisdicional. O próprio Código Civil já reconhece a existência do nascituro, ressalvando-lhe direitos. Conforme dispõe o Art. 2° do Novo Código Civil/2003: “Art. 2°: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Porém, não se pode confundir nascituro com fertilização in vitro, uma vez que um dos requisitos para ser considerado nascituro é que o ovo fecundado deve estar no ventre materno, ou seja, dentro do útero da mãe. Quando a fecundação ocorre fora do corpo da mãe, enquanto não implantado no útero, o ovo não pode ser considerado nascituro.
2.1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO NASCITURO
O primeiro ordenamento a admitir a capacidade jurídica do nascituro foi na Grécia Antiga. Em Tebas, havia penalidades para quem praticasse o aborto, tutelando assim, de certa forma, os direitos do nascituro. No direito romano clássico, Savigny advertia que a capacidade jurídica começa com o nascimento, ou seja, a separação do feto do corpo da mãe. Esses dois últimos casos elencados, tutelam o direito fundamental à vida do nascituro, surgido no Direito Romano. Verifica-se com isto, no Direito Romano, a primeira manifestação de direitos a alimentos conferidos ao nascituro desde a sua concepção, não dependendo, mas sim objetivando o nascimento com vida. No Direito Intermediário, após a morte de Justiniano, em 565 D.C., verifica-se uma forte influência do Cristianismo, no que diz respeito ao nascituro. Bem salienta Alexandre Marlon da Silva Alberton que deve ser feita uma interpretação do art.2° do Código Civil em consonância com o art. 5° da Constituição Federal, sendo portanto o nascituro titular do direito à vida, e também aos alimentos, o que irá garantir a sua subsistência. 2269 da Magna Carta. 22710 mais uma vez faz menção ao direito à vida, desta vez, em relação à criança e ao adolescente.
Assim, fica clara a importância da Constituição Federal frente aos direitos do nascituro, especialmente o direito à vida, o qual serve de interpretação para todas as normas que tratarão especificamente a tutela dos direitos do nascituro.
2.1.2 O NASCITURO NO NOVO CÓDIGO CIVIL 
O Código Civil de 2002 adotou a Teoria da Personalidade Condicional, prevendo, no teor do seu art. 2°, a intenção do legislador em tutelar os direitos do nascituro, independente do fato dele não possuir personalidade.
2.1.3 DISTINÇÃO ENTRE PERSONALIDADE E CAPACIDADE
Personalidade jurídica significa a aptidão de adquirir direitos e contrair obrigações. A personalidade torna o homem sujeito de direitos. Porém, conforme previsto no Pacto São José da Costa Rica,da qual o Brasil é signatário desde 25.09.1992, a personalidade começa com a concepção.
2.1.3.1 TEORIAS DO INÍCIO DA PERSONALIDADE
 2.1.3.1.1 TEORIA NATALISTA
Para os adeptos desta teoria, a personalidade civil só começa com o nascimento, quando o feto passa a ter existência própria, antes disso existindo apenas uma expectativa personalidade, e por este motivo, a lei resguarda direitos ao nascituro. Todavia, reconhecem a existência de direitos ao nascituro, que são exaustivamente enumeradas pelo legislador. Consideram o nascituro como uma expectativa de adquirir direitos, sendo estes apenas efetivados somente se o nascituro nascer com vida.
Não exige a viabilidade, basta o nascimento com vida, sendo os direitos adquiridos somente após o nascimento, bastando a respiração e a separação do corpo da mãe. Só após o nascimento há aquisição de direitos.
2.1.3.1.2 TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL
Para alguns autores, esta teoria foi adotada pelo Novo Código Civil, uma vez que os direitos tutelados ao nascituro somente serão alcançados com o nascimento com vida, sendo esta a condição para que se efetivem estes direitos. Nesse caso, há expectativas de direitos. O novo código civil não atribui personalidade ao nascituro.
2.1.3.1.3 TEORIA CONCEPCIONISTA
Para os seguidores desta teoria, a personalidade começa a partir da concepção, devendo o nascituro ser considerado pessoa, já que por contrair direitos e possuir personalidade, considera-se que o nascituro possui todos os direitos do estado de filho. Conforme esta teoria, a personalidade independe do nascimento com vida.
Porém, independente da teoria que for adotada quanto à personalidade do nascituro, deve-se reconhecer a proteção atribuída ao nascituro, levando em consideração as situações envolvidas no processo da formação deste ser humano, não só bens patrimoniais, mas principalmente os de caráter não patrimoniais.
3 - ALIMENTOS COMUNS E ALIMENTOS GRAVÍDICOS.
O termo alimentos, em Direito, é uma referência explícita às prestações periódicas e indispensáveis devidas àquele que necessita, abrangendo o necessário à sua existência digna, o que inclui não só a alimentação em si, mas também vestuário, lazer, educação, moradia, etc. Essas prestações são devidas por quem tem o dever legal de pagá-las e decorrem ou do poder familiar, ou do dever de mútua assistência entre os cônjuges.
Os alimentos estão previstos no caput do artigo 1.694 do Código Civil de 2002, “podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.” Uma vez que decorrem do poder familiar, faz se mister a comprovação de parentesco, geralmente a paternidade, a fim de pleiteá-los.
Já os alimentos gravídicos são alimentos como qualquer outro, no entanto, para a sua fixação não há necessidade de prova concreta, sendo aceitos ‘meros indícios de paternidade’. Essa ‘facilidade’ visa a assegurar os direitos do nascituro que, em nascendo com vida, adquire personalidade e torna se sujeito de direitos.
Alimentos gravídicos são, portanto, a prestação indispensável devida à mulher gestante a fim de assegurar as despesas básicas do período gestacional bem como àquelas decorrentes deste, como despesas hospitalares, por exemplo, além de outras que o juiz considerar indispensáveis. No entanto, mister é esclarecer que tais alimentos não são devidos apenas pelo suposto pai. Uma vez que a Constituição Federal de 1988 (doravante CF/88) assegura a igualdade entre homem e mulher no âmbito familiar, tais despesas devem ser divididas tanto pela gestante quanto pelo suposto pai, na medida de suas condições.
Quanto à classificação, no tocante à causa jurídica, “os alimentos dividem-se em legais, voluntários e indenizatórios.” Os alimentos gravídicos são legais, pois são devidos em virtude de uma obrigação legal, a saber, a Lei 11.804/2008 que entrou em vigor em 6/11/2008.
Tal lei quis proteger, na verdade, o nascituro. Nela, vislumbramos a busca pela dignidade da pessoa humana, considerada desde a sua concepção, conforme a teoria adotada pelo Código Civil de 2002, chamada de nidação: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” 
O nascituro possui, portanto, um direito sob condição suspensiva, que adquirirá eficácia após o nascimento com vida, quando os alimentos gravídicos serão convertidos em pensão alimentícia até que uma das partes solicite a sua revisão, segundo dizer do art. 6º da Lei 11.804/2008. Portanto, uma vez que o nascituro tem apenas uma expectativa de direito, a legitimação para pleitear tais alimentos pertence à mulher gestante, sendo devedor o futuro pai.
3.1 - CONSIDERAÇOES SOBRE ALIMENTOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E CÓDIGO CIVIIL 2002
Em seu art. 227 a Constituição Federal de 1988 afirma que é garantia da família proporcionar a criança e adolescente de forma consistente a garantia do direito a vida, ao lazer, à saúde, à alimentação, à educação. Acrescentando ainda aos pais o dever de assessorar, na criação e educação dos filhos menores, sendo este dever ser incondicional. O código civil abrange o tema no seu art 1920, em os alimentos prestados é mais que o simples comer, abrangendo tudo que é necessário para que a pessoa exista, como comida, vestuário, educação, lazer, saúde, habitação, transporte, etc., para fim de satisfação de suas necessidades, resguardada a sua dignidade. Existem outras abordagens sobre alimentos em nosso ordenamento jurídico, sendo elas previstas na Constituição Federal ou fora dela, sendo infraconstitucionais.
A obrigação se encaixa perfeitamente na fundamentação do princípio da dignidade e da solidariedade, uma vez que se trata de direito personalíssimo e não se refere tão somente às necessidades materiais (alimentação propriamente dita, vestuário) daquele que recebera o benefício, o alimentado, mas também às intelectuais (lazer, educação). As características são de caráter alimentar, mais abrange todas as necessidades para a manutenção da ordem econômica do indivíduo que não pode exercer seu sustento próprio, dando a esse, condições de existência, resguardando a sua dignidade. 
Os alimentos é uma forma de garantir com que as gestantes que não tem condições necessárias para a sua manutenção, os fazer de uma forma digna. Desta forma pode se observar que o fundamento da obrigação alimentícia está ligado ao dever natural existente nas relações humanas, ou seja, os efeitos naturais decorrentes do surgimento do poder familiar e o dever em relação para com o próximo.
	 A manutenção da mãe e do seu futuro filho é a principal indagação a ser feita, pois a mesma precisa da participação do genitor em todos os momentos da gravidez.
3.2 - COMO SURGIU E CARACTERISTICAS DOS ALIMENTOS NO BRASIL
No Brasil os alimentos tiveram maior repercussão no código civil de 1916, dando uma maior garantia a família, tal código excluía filhos que foram concebidos fora do casamento, o homem era considerado o chefe da família, que deveria arcar com qualquer pretensão, mas excluindo qualquer tipo de obrigação alimentar, o direito igualitário a prestação alimentar aos filhos concebidos fora do casamento, ocorreu legalmente no advento da constituição Federal de 1988, ratificado no surgimento do código civil de 2002, o mesmo vem dar uma maior ênfase ao direito já abordado na CF.
Alimentos tem uma característica personalíssima e impenhorável, pois o objetivo é assegurar a vida com dignidade de quem será o alimentado, sendo assim intransferível esse direito concebido para com o próximo.
O Brasil nas relações conjugais respeita a regra de que qualquer um dos conjugues pode pleitear alimentos um para com o outro, mostrando sua dependência nas relações oriundas do poder Familiar, naquele momento, tendo a ideia do princípio da reciprocidade.
Os alimentos são inalienáveis, pois o interesse da condição do indivíduo é de ordem pública,não podendo assim haver nenhuma espécie de transação, apesar desse ser de ordem pública os representantes legais podem desfrutar dos alimentos como quiserem.
Os alimentos são considerados também incompensáveis, pois os alimentos que foram prestados não são devolvidos, pois a sua função é de garantir a sobrevivência e manutenção de dignidade. Existe a ideia também que os alimentos é uma forma genérica, tendo em vista que eles podem ser prestados, não somente na forma de compensação financeira.
Não existe no Brasil uma maneira única em satisfazer a obrigação de alimentar, tendo em vista que o alimentante pode fornecer moradia, sustento, pagamentos escolares, etc. em regra a prestação de alimentos é paga em dinheiro.
O herdeiro do alimentante pode ser obrigado a prestar alimentos que é devido por seu hereditário uma vez que nosso ordenamento jurídico preza o princípio da transmissibilidade, desde que, seu devedor de tal prestação tenha falecido, ocorrendo a transmissão da prestação, dependendo do caso concreto, podendo ocorrer também a transmissão da obrigação por comprovação de não conseguir realizar o pagamento devido.
O representante legal do filho pode não pleitear alimentos, entendo que não há necessidade para seu desenvolvimento, porem o direito a Alimentos é irrenunciável, obedecendo o princípio da irrenunciabilidade.
A quitação de obrigação alimentar se faz com o pagamento em dinheiro, é a forma habitual no Brasil à serem prestados os alimentos, que geralmente é feito de forma mensal, dependera do caso concreto pois existem alimentantes que efetuam o deposito de valores periódicas, sem deixar o Alimentado descoberto da obrigação. As necessidades de cada ser alimentado, vai de acordo com o caso concreto, tendo em vista que as necessidades do indivíduo se alterna de acordo com o meio vivenciado.
Os alimentos gravídicos é uma derivação dos alimentos, o que nos traz a ideia de coerência entre os princípios abordados na matéria. Pois os alimentos aqui citados é uma derivação da estabilidade e entidade familiar.
3.3 - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE ALIMENTOS E ALIMENTOS GRAVÍDICOS.
No Direito o termo Alimento é representado por prestações periódicas e indispensáveis pleiteadas por aquele que necessita, abrangendo tudo que se compreende como necessário para existência, o que inclui não só a alimentação em si, mas também vestuário, lazer, educação, moradia, etc. Para Orlando Gomes “alimentos são prestações para a satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si”. As prestações Alimentares são devidas por quem tem o dever legal de pagá-las e decorrem do poder familiar, ou do dever de mútua assistência entre os cônjuges. Pois os mesmos são os responsáveis pela subsistência um para com outro, com relação aos seus filhos.
 A previsão de quem pode pleitear alimentos está prevista no artigo 1.694 do Código Civil de 2002, “podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.” Desde que decorra do poder familiar, tendo como característica obrigacional a comprovação do parentesco, geralmente a paternidade, a fim de pleiteá-los, em parte os alimentos gravídicos quebra essa regra, pois a subjetividade na demonstração da paternidade é evidente.
Nos alimentos gravídicos apesar de ser um alimento como qualquer outro não, há a necessidade de prova concreta, tendo em vista que a prova com maior relevância só poderá ser produzida com o nascimento da criança, com o exame de DNA. Então o critério utilizado será o de mero indício de paternidade, que é expostos pela gestante. Essa ‘facilidade’ visa a assegurar os direitos do nascituro que, em nascendo com vida, adquire personalidade e torna se sujeito de direitos.
Alimentos gravídicos é a prestação que cabe a gestante a fim de assegurar despesas básicas do período pré-natal, como custos provenientes do mesmo como despesas hospitalares, por exemplo, além de outras que o juiz considerar indispensáveis. No entanto, Abordando a própria lei 11.804 e a Constituição Federal 1988 percebemos que a possibilidade de custear a gestação não é responsabilidade somente do possível pai, tendo em vista que tais despesas devem ser custeadas tanto pelo genitor quanto pela genitora do nascituro, de acordo com as condições de cada um, dependendo do caso concreto.
Cristiano Chaves aborda os alimentos gravídicos da seguinte forma “ ... são aqueles que correspondem à pensão fixada judicialmente, em favor do nascituro, destinada à manutenção da gestante durante o período de gravidez, cobrindo o natural aumento de despesas”. Cabe ressaltar que os alimentos gravídicos tem a finalidade de proteger o nascituro, dando uma melhor condição para sua existência.
 De acordo com a classificação jurídica no tocante a causa dos alimentos gravídicos, eles são considerados legais por força de exigência da lei, existindo assim uma obrigação legal, a saber, a Lei 11.804/2008 que entrou em vigor em 6/11/2008. 
O Brasil adota a teoria natalista de acordo código civil de 2002, “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”; o feto necessita de suporte para que tenha condições de nascer, e não apenas nascer no sentido genérico, nascer com saúde e com respeito à sua dignidade. Foi neste contexto que foi pensada a Lei nº. 11.804/2008, que disciplina o direito aos alimentos gravídicos, onde por mais que o feto ainda não tenha voz para reclamar seus direitos, ele poderá fazê-lo por meio de sua representante legal, sua genitora, vemos ai a capacidade postulatória garantida desde a concepção.
O nascituro possui, portanto, um direito sobre a condição suspensiva, que adquirirá eficácia após o nascimento com vida, quando os alimentos gravídicos serão convertidos em pensão alimentícia até que uma das partes solicite a sua revisão, segundo dizer do art. 6º da Lei 11.804/2008, apesar de não haver certeza em relação a paternidade poderá o suposto genitor prestar alimentos. 
O poder constituinte veio de regra igualar gastos que eram custeados somente pela genitora, dando a ela o direito de pleitear alimentos gravídicos em relação ao companheiro, que antes da Lei 11.804, não conseguia dar uma condição adequada a sua própria gestação, fazendo com que seu filho nascesse sem as condições ideais, trazendo o pai da criança uma responsabilidade antes inexistente, para a satisfação de tal gastos supervenientes da gravidez. Trazendo curiosidades antes não discutidas na doutrina.
3.4 - COMO PLEITEAR ALIMENTOS GRAVÍDICOS
Como na ação de Alimentos comum a gestante que tem interesse em pedir alimentos o faz com a petição inicial contendo o que ocorre na realidade. Cabe ao Juiz observar quem são os legitimados da ação, observando quem são os sujeitos da ação, que conforme o art. 1º da lei 11.804 da lei é a gestante, que representa o nascituro atuando no polo ativo da ação e o suposto pai que por sua vez tem sua legitimidade passiva, sendo a parte que é demandada.
O domicilio da autora é o foro competente da ação de alimentos gravídicos, tendo em vista que o legislador nada o modificou, com a nova lei, sendo previsto no artigo 100, II do Código de Processo Civil, como as demais demandas que são pleiteada em razão da obrigação alimentar, e seguirá o rito especial previsto na Lei de Alimentos – Lei nº 5.478/68.
O polo passivo da ação não pode ser composto por mais de um sujeito, o litisconsórcio, tal feito traria uma dúvida, que geraria um desconforto para o magistrado na hora de tomar sua decisão, acarretando na improcedência do pedido, uma vez que a genitora tem a certeza que o demandado é o genitor do seu filho.
O código civil em seu art. 1.698 aborda a transferência da responsabilidade para os Pais paternos, daqueles que tem a obrigação originaria, logo se o mesmo comprovar a impossibilidade custearAlimentos Gravídicos, essa obrigação terá a mesma incidência, que é abordado no Código Civil de 2002, respeitando assim o princípio da solidariedade. Podendo essa obrigação ser estendida aos parentes até o segundo grau, mas uma vez percebesse que o intuito da norma é a proteção da vida, tendo em vista a busca do adimplemento da obrigação alimentar.
Existe uma discussão sobre onde se inicia a obrigação gravídica, diferente dos alimentos em comum os alimentos gravídicos serão devidos desde o momento da concepção e não no momento em que a mãe pleiteia tal ação. No projeto que deu origem a lei era previsto que seu termo inicial era a citação, mas mesmo com o veto presidencial teoricamente a regra é a mesma determinada pelo Código de Processo Civil. 
O valor da ação também se dará com a necessidade da gestante, que deverá ser comprovada na petição inicial, de um modo que não gere um enriquecimento sem causa, pois a finalidade da norma é a garantia de um bem estar do nascituro, que ele tenha seu desenvolvimento adequado, que as condições sejam favoráveis para a seu nascimento.
3.5 - QUANTIDADES DE ALIMENTOS GRAVIDICOS, QUE DEVEM SER PRESTADOS
A obrigação iniciada com a concepção, no momento que fora gerado o Nascituro, onde caberá ao juiz resguardar as reais necessidades, de acordo com a possibilidade do alimentante para saciar a obrigação.
O valor é fixado no artigo 2º da lei, ou seja, os alimentos gravídicos compreendem os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período da gravidez e as despesas que sejam dela decorrentes, tendo a contribuição do suposto pai e da mulher gestante na proporção dos recursos de ambos.
Cabe ao suposto Pai todas as despesas que da gestação vir a se necessitar, quanto às despesas de internação e parto, salvo ajuste entre as partes, não cabe impor ao suposto pai se a gestante possuir plano de saúde ou realizar parto pelo SUS. A LEI 11.804 é bem clara quando diz que o pai tem a obrigação de ajudar custear as despesas e não arcar com elas sozinho. Pois a obrigação é dos conjugues para com o futuro filho. O papel deste será primordial para o nascimento do suposto filho.
3.6 - ALIMENTOS GRAVÍDICOS ALGUMAS POLÊMICAS 
A Fixação de alimentos baseada em indícios de paternidade é uma das principais discussões com relação ao tema no âmbito do direito tendo em vista que no art. 6o da lei 11.804 prevê tal presunção acerca da paternidade, levara em conta o convencimento do juiz de família, tendo o mesmo a discricionariedade para decidir tais indícios de paternidade, convencendo-se por provas que estarão presentes na ação.
Em seu projeto original de lei em seu art 8o acerca dos alimentos gravídicos previa a possibilidade de realização de exame de DNA através da coleta do líquido amniótico da gestante a fim de comprovar a paternidade e, assim, fixar os alimentos. Tal artigo foi vetado diante da impossibilidade da coleta sem acarretar danos à gestação, o que levou à impossibilidade de prova material com maior relevância para a comprovação da paternidade antes do nascimento da criança. Diante disso, foi estipulado que os meros indícios de paternidade são suficientes ao convencimento do juiz a fim de que fixe os alimentos. 
A comprovação de paternidade se perfaz como suficiente a fala da autora da ação, como comprovação do relacionamento amoroso, quando confirma-se com declarações do suposto pai, podendo também ser caracterizada por fotos do casal, e-mails, postagens eletrônicas, ou qualquer outro documento que comprove qualquer indicio de manutenção sexual, provando assim o indicio de paternidade. É necessário evidenciar por algum modo a paternidade não havendo o in dúbio pro actore, no caso da autora da ação, não admitindo a simples palavra da gestante, conforme aparece em alguns julgados.
Deste modo cabe à genitora-autora apresentar o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu direito. Segundo artigo 1.605 do Código Civil de 2002, a filiação poderá ser provada por qualquer modo admissível em direito.
Sobre o assunto, Cesar Caldeira se manifesta da seguinte maneira: “Assim, bilhetes, cartões ou e-mails com referência ao ‘nosso futuro bebê’, pagamento de conta de ginecologista pelo indigitado pai ou relacionamentos sexualmente exclusivos na época da concepção seriam veementes presunções de paternidade.”  Então os indícios da paternidade dará por meios de comprovação suficiente para que seja caracterizada a filiação e não a presunção de veracidade das afirmações da gestante. Havendo assim um entendimento único na jurisprudência pátria, quanto à necessidade de indícios da paternidade para que sejam fixados os alimentos à gestante.
A fixação de Alimentos Gravídicos, é subjetivo, pois percebesse que irá ocorrer de acordo com o convencimento do juiz com o mínimo de provas que lhe convenção da suposta paternidade, o que será analisado caso a caso, os critérios para a análise do caso serão adotados pelo juiz de família, que estiver apreciando a ação, não havendo um critério específico para análise, o réu, suposto pai, poderá recorrer da ação, pois estará efetivando seu direito de contestação. Logo como a ação de alimentos tem um caráter de urgência isso se dará de maneira célere, que não traga tanta dificuldade ao caso concreto. Pois a prestação de Alimentos Gravídicos perderia a razão de existir.
3.7 - POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO, REVISÃO E EXTINÇÃO DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS
A lei de alimentos Gravídicos dispõe no artigo 6º sobre a conversão dos alimentos gravídicos em alimentos quando o mesmo tenha nascido com vida, para não haver nenhum período em que o menor fique sem essa garantia (alimentos). 
Após o nascimento da criança a mãe não terá a obrigação de entrar, com uma nova ação de alimentos, mas se houver a necessidade a mesma pode pleitear a revisão dos alimentos, podendo ser pleiteado também pelo genitor, os mesmo terão que se atentar as regras do código civil de 2002 em seu art. 1699, comprovando assim as mudanças na necessidade do alimentado e as condições do alimentante. 
A conversão em alimentos gravídicos em alimentos é claro e evidente que o legislador mais uma vez, privilegiou o nascituro, tendo em vista, que suas necessidades não acabarão com o seu nascimento.
A extinção ocorrerá apenas nos casos de aborto ou natimorto, que é quando o feto morre antes do parto, fazendo que a obrigação cesse. Pois aquele que é a parte mais interessada da obrigação, não dela mais necessita por força alheia a sua vontade.
4 - A POSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO
A litigância de má-fé pela genitora pode gerar em obrigação de indenizar para o respectivo pai, tendo em vista que a paternidade fora demonstrada em questão subjetiva, a mesmo pode usar a referida norma, em busca de uma melhor condição social, tendo assim um intuito de benefício próprio e sem se importar com os danos causados para a vida do outro, na obrigação de alimentar tais alimentos como já aqui citados tem característica de não se repetir, não ser devolvido.
A indenização estava prevista e era cabível desde que verificada a culpa da genitora no art. 10 do Projeto da Lei dos Alimentos Gravídicos previa a responsabilidade objetiva da gestante pelos danos morais e materiais no caso de o réu não ser o pai da criança. Tal artigo foi vetado, pois entendeu-se que o artigo poderia inibir que a gestante pleiteasse os alimentos gravídicos. Em regra permanece a responsabilidade subjetiva da autora da ação tendo em vista que ela pode sim causar danos ao polo passivo da ação, de acordo com o código civil em seu art.186 respondendo com a indenização cabida.
Como a restituição é indevida por causa de sua natureza alimentar, o que pode haver é uma indenização por danos morais e materiais pelo lesado, caso fique comprovada a ausência de vínculo de paternidade. A mãe moveu ação para receber os alimentos gravídicos e logo após o nascimento da criança foi atestado que o alimentante não é de fato o pai da criança, ela terá o dever de indenizá-lo. Tendo em vista que a mãe cometeu ato ilícito, surgindo assima reparação por dano moral, pois a mesma agiu com má-fé, tendo agora que haver a comprovação do alimentante que a mesma sabia que ele não era o pai da criança. A simples comprovação de não filiação não faz prova suficiente, para a reparação dos danos causados, a comprovação será dada pela comprovação da má-fé, realizada pela genitora. 
Percebesse que a retirada da norma que abordava o tema exposto, não excluiu a responsabilidade da autora, pois a mesma poderá ser arguida de acordo com os aspectos gerais de âmbito civil. Na qual a autora poderá responder tanto pela culpa quanto pelo dolo, ao propor ação de alimentos gravídicos.
Os danos sofridos pelo autor serão realizados pelos valores gastos em todo período que teve descontos em folha, que sejam demonstrados por documentos, para que esses gastos sejam acrescidos aos danos morais. Comprovando que com esses gastos inesperados ocorreu um abalo psicológico daquele que se fora lesado.
O código civil em seu art. 927 aborda o tema da indenização a medida que aquele que comete ato ilícito tem a obrigatoriedade de reparação do dano, pois quando a genitora que entra com ação contra falso genitor comete ato ilícito, pois está exercendo seu direito de forma arbitraria. 
Nota-se que os magistrados estão atuando de uma forma condizente com a lei, privilegiando a vontade da genitora, tendo em vista que a subjetividade que alcançam a norma e passível de contestação, percebesse que resguardasse um direito constitucional maior, á vida, que nessa condição deverá prevalecer com relação aos outros direitos inerentes a pessoa, como no caso dos direitos patrimoniais.
5 - CONCLUSÃO
O trabalho objetivou a análise da Lei n.º 11.804/08, referente aos Alimentos Gravídicos, a partir do estudo da evolução do instituto dos alimentos e os direitos do nascituro com fundamento nos Princípios da Solidariedade Familiar, Paternidade Responsável e a Dignidade da Pessoa Humana bem como os atributos da obrigação legal dos alimentos, e o direito do nascituro aos alimentos, requeridos pela genitora, aspecto controvertido no meio jurídico. 
No Direito Romano, a família se caracterizava como sendo um conjunto de pessoas sujeitas ao poder do pater-famílias, onde a estrutura dessa família despótica era um poder total, os filhos que não fossem gerados pela esposa, não detinham os mesmos direitos dos que nasciam dessa entidade familiar. A partir do século V o Cristianismo provocou grande influencia na família, elevando o casamento à sacramento. Foi então que a mulher começou a obter mais notoriedade, e, assim nasceu um novo conceito de família baseado nos laços de afeto e não mais apenas pelo casamento como sacramento. A família pós-modernidade é considerada a base da sociedade pelo art. 226 da Constituição Federal de 1988, o reconhecimento da união estável, o a família monoparental, a igualdade entre o homem e a mulher e a igualdade entre filhos de qualquer espécie, foram responsáveis pela definição dos novos padrões do direito de família. A Constituição Federal também trouxe a importante proteção à família, ampliando o espaço apara a dignidade de todos os seus membros. 
Procurou o legislador ao regulamentar a Lei Alimentos Gravídicos, pacificar aquilo que a doutrina e a jurisprudência já resguardavam ao nascituro. Entende-se, nesta pesquisa, que os alimentos gravídicos permitirão melhor tutela às gestantes e aos futuros filhos, que precisam de suporte financeiro do pai ou de outros parentes, porém, exige-se cautela, para que não se torne sinônimo de excessos por sua má utilização. Por isso, a cognição sumária feita pelo juiz precisará ser cautelosa, rigorosa e perspicaz. 
Foi observada a fundamentação da obrigação de alimentar, baseada nos princípios da dignidade da pessoa humana, solidariedade familiar e paternidade responsável. Essa obrigação alimentar garante as condições mínimas de sobrevivência para aquele que não possuam meios de se manter, seja do nascituro, aos pais na velhice que não consigam prover seu sustento. Dentro deste aspecto, o princípio da solidariedade familiar foi abordado, e é caracterizado por originar-se de vínculos afetivos e ser aquilo que cada um deve ao outro. Nesse aspecto, os integrantes de uma família são credores e devedores de alimentos, a imposição de obrigação alimentar entre parentes concretiza esse princípio. Com isso não se permite mais, que a mãe que carrega em seu ventre fique desamparada, sem fazer valer os direitos do nascituro. A inovação da Lei de alimentos gravídicos surge para ter amparar legalmente, antes mães e filhos que ficavam a obscuridade. 
Sendo assim, a referida Lei conferiu legitimidade a própria gestante, que a partir de então, torna-se parte legitima para requer em seu nome, acionar o suposto pai para satisfazer as despesas decorrentes da gravidez, sendo esta a nova dogmática de dever de todo ordenamento jurídico. Esses alimentos se reúnem com a realidade social e ampara-se para fins de materialização das normas constitucionais do Direito de Família contemporâneo aos quais são os princípios constitucionais, centralizando a pessoa humana dentro da proteção jurídica, ao invés do individualismo e patrimonialismo que foram muito presentes no Código Civil de 1916. 
Portanto, foi observado que mesmo existindo dúvidas em relação ao suposto pai, o Juiz, ao convencer-se de que há possibilidade para que esse assuma o papel de genitor, irá fixar os alimentos, de maneira que o nascituro tenha seu desenvolvimento garantido e assegurado. Com a nascimento com vida, é possível realizar o exame de DNA que comprove ou não essa parentalidade. É de extrema importância que o objeto da Lei 11.804/08 seja levado em prática, pois este nasceu para firmar as obrigações de todos perante aquele que não possui alternativas de lutar por si, garantindo assim o respeito à Constituição. Nesse sentido, o Direito de Família constantemente se inova, trazendo para o âmbito familiar, não apenas aspectos jurídicos traz a relevância da criação da entidade familiar baseada no afeto, no amor, igualdade, respeito e direito a integridade física de todos os seus membros, mostrando a relevância do tema escolhido para a presente pesquisa.
6 - REFERÊNCIAS
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