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powerpoint - semana 2

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Direito Civil V
Direito das Coisas
Profa. Andreia Ribeiro
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Semana 2
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TEMA: Direito das Coisas - Introdução
Fundamento: Código Civil Brasileiro: art. 1.196 a 1.203
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Objetivos - Possibilitar :
- A compreensão do conceito, características e natureza jurídica da posse. 
- O conhecimento de cada uma das diversas espécies de posse, bem como o desenvolvimento da capacidade de distinção entre elas.
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TEMA 1 - Noções Gerais Sobre a Posse:
Introdução 
Se alguém se mantém, pacificamente em um imóvel, por mais de ano e dia, cria uma situação possessória, que lhe proporciona direito a proteção (contra terceiros e contra o proprietário), trata-se do jus possessionis ou posse formal(posse autônoma). 
A posse titulada, por sua vez, é denominada jus possidendi ou posse causal (posse não tem autonomia = conteúdo do direito real).
 Nas duas situações é assegurado o direito à proteção dessa situação contra atos de violência, para garantir a paz social (ação possessória: reintegração / ação reivindicatória). 
A lei socorre a posse enquanto o direito do proprietário não desfizer esse estado de coisas e se sobreleve como dominante. O JUS POSSESSIONIS persevera até que o JUS POSSIDENDI o extinga. 
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2) Teorias
Subjetiva (de Savigny): a posse caracteriza-se pela conjugação do CORPUS (elemento objetivo que consiste na detenção física da coisa ou mesmo a mera possibilidade de exercer esse contato) e do ANIMUS (elemento subjetivo, consistente na intenção de exercer sobre a coisa um poder no interesse próprio de defende-la. Não se trata da convicção de ser dono, mas da vontade de tê-la como sua(animus rem sibi habendi).
Objetiva (de Ihering): consiste no ANIMUS já incluído no CORPUS, que significa CONDUTA DE DONO. A CONDUTA é analisada objetivamente, sem necessidade de pesquisar-se a intenção do agente. Nesse sentido, a posse é a exteriorização do domínio. (Teoria adotada pelo CC, art. 1.196). A posse se revela na maneira como o proprietário age em face da coisa (exteriorização da propriedade / visibilidade do domínio). A proteção possessória = escudo à propriedade – dispensa prova do domínio. 
Sociológica (de Perozzi, Saleilles e Hernandes Gil): enfatiza o caráter econômico e a função social da posse. Posse = relação de fato suficiente para estabelecer a independência econômica do possuidor. 
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3) Conceito
- De acordo com a teoria acolhida pelo direito civil brasileiro (objetiva), posse é a conduta de dono. 
Sempre que haja o exercício dos poderes de fato, inerentes à propriedade, existe posse, a não ser que alguma norma (a exemplo dos arts. 1.198 e 1.208) diga que esse exercício configura a detenção, e não a posse (somente a posse gera efeitos jurídicos – nomeação à autoria).
Detentor conserva a posse em nome de outro (relação de dependência)
Possuidor exerce o poder de fato em interesse próprio. 
- Os romanos só consideravam posse a emanada do direito de propriedade. A exercida nos termos de qualquer direito real menor (como no caso do usufruto, por exemplo) era chamada da quase posse, devido ao fato de ser aplicada aos direitos ou coisas incorpóreas. Atualmente, tais situações são tratadas como posse propriamente dita.
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Não autorizam a aquisição da posse:
Art. 1.208 – Atos de Mera Permissão ou Tolerância
Na permissão há consentimento expresso do possuidor; Na tolerância há uma atitude espontânea de não intervenção.
A permissão representa uma manifestação de vontade; Na tolerância não se leva em conta a vontade de quem tolera.
A permissão diz respeito a atividade que ainda deve ser realizada; A tolerância concerne a atividade que se desenvolveu ou já se exauriu. 
Art. 1.208 – Atos violentos ou clandestinos - cessada a violência os atos da posse daí por diante praticados constituirão o ponto de partida da posse útil, como se nunca tivesse sido eivada de vício.
Trata-se de hipótese de detenção sem dependência (detenção independente)
Art. 1.224 – ocupação de imóvel de pessoa ausente. Até que se tenha notícia do esbulho o ocupante é mero detentor. 
Bem público: sem posse = mera detenção consentida
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4) Natureza Jurídica
A posse tem natureza dupla: É FATO e DIREITO. 
Considerada em si mesma, é um fato.
Contudo, pelos efeitos que gera, entra na esfera do direito.
Assim, poder-se dizer que a posse não se trata de um DIREITO REAL, NEM PESSOAL, trata-se, na realidade, de um DIREITO ESPECIAL. 
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TEMA 2: Classificação da Posse
POSSE DIRETA OU IMEDIATA – é a daquele que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de contrato (a exemplo do locatário, que a exerce por concessão do locador – art. 1.197).
POSSE INDIRETA OU MEDIATA – é a daquele que cede o uso do bem (a do locador, por exemplo). Dá-se o desdobramento da posse. Uma não anula a outra. Nessa classificação não se propõe o problema da qualificação da posse, porque ambas são posses jurídicas (jus possidendi) e têm o mesmo valor.
EXEMPLOS: Contrato de compra e venda com reserva de domínio, alienação fiduciária, compromisso de compra e venda
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Desdobramentos sucessivos 
Poderá o possuidor direto efetivar novo desmembramento, tornando-se, assim, possuidor indireto, pois, deixa de ter a coisa consigo. Ex.: Proprietário/ Usufrutuário/ Locatário - Proprietário/Locatário/sublocatário.
Posse exclusiva (se contrapõe à desdobrada)– de um único possuidor (direto ou indireto)
Posse plena - o possuidor exerce de fato todos os poderes inerentes à propriedade. Pode ser, ou não, concomitantemente, exclusiva.
A posse exclusiva não se contrapõe à posse desdobrada em direta e indireta (um só possuidor), mas à composse (vários compossuidores). 
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Composse:
Composse simples – cada compossuidor exerce sozinho o poder de fato sobre a coisa, sem excluir, todavia, os demais.(Brasil).
Composse em mão comum – somente todos os compossuidores, em conjunto, podem exercer o poder de fato sobre a coisa (Alemanha).
Composse pro diviso - divisão de fato, para utilização pacífica do coisa. Aqui, se a situação se consolida no tempo (+ de ano e dia), poderá cada qual recorrer aos interditos contra aquele que atentar contra tal exercício. Em relação a terceiros, cada qual pode exercitar seu direito como se fosse um único sujeito. 
Composse pro indiviso - todos exercem, ao mesmo tempo e sobre a totalidade da coisa, os poderes de fato (utilização ou exploração do bem comum). 
Composse (várias posses concomitantemente sobre a mesma coisa) é DIFERENTE de posses paralelas (posses múltiplas, sobreposição de posses(existência de posses de natureza diversa sobre a mesma coisa).
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POSSE JUSTA – é não violenta, clandestina ou precária (art. 1.200). É adquirida legitimamente, sem vício jurídico externo.
Violência (física ou moral); Candestina (furta objeto ou ocupa imóvel às escondidas); Precária (quando o agente se nega a devolver a coisa, findo o contrato).
POSSE INJUSTA – é adquirida viciosamente (vim, clam aut precário). Ainda que viciada, não deixa de ser posse, uma vez que sua qualificação é feita em face de determinada pessoa. Assim:
 - será injusta em face do legítimo possuidor
 - será justa e suscetível de proteção em relação 
 às demais pessoas estranhas ao fato. 
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POSSE DE BOA-FÉ – configura-se quando o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa (art. 1.201). É fundamental a CRENÇA do possuidor de encontrar-se em uma situação legítima. O Código Civil estabelece presunção (relativa) de boa-fé a quem tem justo título (art. 1.201, parágrafo único). 
POSSE DE MÁ-FÉ – é aquela em que o possuidor tem conhecimento dos vícios na aquisição da posse e, portanto, da ilegitimidade de seu direito. A posse de boa-fé se transforma em posse de má-fé desde o momento em que as circunstâncias demonstrem que o possuidor não mais ignora que possui indevidamente (art 1.202). 
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POSSE NOVA – é a de menos
de ano e dia. Não se confunde com AÇÃO DE FORÇA NOVA, que leva em conta não a duração temporal da posse, mas o tempo decorrido desde a ocorrência da turbação ou do esbulho. 
POSSE VELHA – é a de ano e dia ou mês. Não se confunde com AÇÃO DE FORÇA VELHA, intentada depois de ano e dia da turbação ou esbulho.
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POSSE NATURAL – é a que se constitui pelo exercício de poderes de fato sobre a coisa. 
POSSE CIVIL OU JURÍDICA – é a que assim se considera por força de lei, sem necessidade de atos físicos ou materiais. É a que se transmite ou se adquire pelo t´titulo (escritura pública, por exemplo).
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POSSE ad interdicta – é a que pode ser defendida pelos interditos ou ações possessórias, quando molestada, mas não conduz à usucapião (a do locatário, por exemplo). 
POSSE ad usucapionem – é a que se prolonga por determinado lapso de tempo estabelecido por lei, deferindo a seu titular a aquisição do domínio. 
Usucapião ordinária – 10 anos (art. 1.242)
Usucapião extraordinária – 15 anos (art. 1.238)
(decurso do tempo; exercício manso e pacífico; animus domini)
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POSSE pro diviso – é a exercida simultaneamente (composse) estabelecendo-se, porém, uma divisão de fato entre os compossuidores. 
POSSE pro indiviso – é aquela em que se exercem, ao mesmo tempo e sobre a totalidade da coisa, os poderes de utilização ou exploração comum do bem. 
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