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powerpoint - semana 5

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Direito Civil V
Direito das Coisas
Profa. Andreia Ribeiro
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Semana 5
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TEMA: Efeitos da Posse
(continuação)
Fundamento: Código Civil Brasileiro: art. 1.210 – 1.222
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Objetivos - Possibilitar :
- A compreensão dos demais efeitos (principais) decorrentes da posse. 
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Tutela da Posse
A partir do momento que ocorre a aquisição da posse, surgem vários efeitos que, por sua vez, a distinguem da mera detenção. 
EFEITOS MAIS EVIDENTES 
A Proteção Possessória
É o principal efeito da posse e abrange a autodefesa e a invocação dos interditos (ou ações possessórias).
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B) A Percepção dos Frutos
Introdução: os frutos devem pertencer ao proprietário, como acessórios da coisa. Todavia, tal regra não prevalece quando o possuidor está possuindo de boa-fé, com a convicção de que é dono do bem (art. 1.214, CC).
Exigência de justo título (ainda que putativo).
Frutos X Produtos: Os frutos são acessórios, pois dependem da coisa principal.
Enquanto os frutos são utilidades que uma coisa produz periodicamente, sem exaurir a fonte (frutas, cereais, leite),
Os produtos, que também são acessórios, são utilidades que se retiram da coisa diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente (pedras, metais).
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B) A Percepção dos Frutos
Espécies de Frutos: os frutos podem ser classificados:
 I) Quanto à origem:
 i) Naturais: se desenvolvem e renovam periodicamente 	por força orgânica 	da própria natureza.
 ii) Industriais: decorrem da atuação do homem sobre a 	natureza (produção 	fabril).
 iii) civis: são as rendas produzidas pela coisa, em 	virtude de sua 	utilização por outrem (juros, aluguéis).
 II) Quanto ao seu estado:
 i) Pendentes: enquanto unidos à coisa que os produziu.
 ii) Percebidos ou colhidos: depois de separados da coisa que os produziu.
 iii) Estantes: os separados e armazenados ou acondicionados para venda.
 iv) Percipiendos: deviam ser mas não foram colhidos ou percebidos
 v) Consuidos: os que não existem mais porque foram utilizados.
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B) A Percepção dos Frutos
Regras da Restituição:
O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos (art. 1.214). Os pendentes e os colhidos antecipadamente devem ser restituídos, deduzidas as despesas de produção e custeio (§ único). A colheita antecipada aproveita ao possuidor se não houver intenção fraudulenta.
Os frutos naturais e industriais reputa-se colhidos e percebidos logo que são separados (sejam consumidos ou mesmo estando armazenados); os civis reputam-se percebidos dia por dia (art. 1.215) - ao contrário dos naturais e industriais, não é necessário que tenham sido efetivamente recebidos, o possuidor tem direito de os receber até o dia em que cessar a boa-fé.
O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constitui de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
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C) Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa:
O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa, ou seja, se não agir com dolo ou culpa (art. 1.217, CC).
O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando na posse do reivindicante (art. 1.218). 
Presunção juris tantum de culpa do possuidor de má-fé (inversão do ônus da prova). Não basta a prova da ausência de culpa nem de força maior, ele tem que provar que a perda ou deterioração teriam acontecido mesmo estando em poder do proprietário.
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D) Indenização das benfeitorias e o Direito de Retenção: O possuidor tem o direito de ser indenizado pelos melhoramentos que introduziu no bem. As benfeitorias pode ser:
Necessárias: têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (permitir a normal exploração). Impedir que 
Úteis: aumentam ou facilitam o uso do bem. Embora não sejam necessárias, aumentam objetivamente o valor do bem. 
Voluptuárias: consistem em objetos de luxo e recreio. Não aumentam o valor venal da coisa ou aumentam em proporção significante. Não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
- Acessões industriais: Enquanto as benfeitorias são melhoramentos efetuados em coisa já existente, as acessões industriais são obras que criam coisas novas, diferentes e que vêm aderir à coisa anteriormente existente (plantações, construções).
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Regras da Indenização das benfeitorias:
 O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis (art. 1.219, CC).
Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias, não lhe assistindo o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias (art. 1220, CC).
As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam o ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem (art. 1.221) = obrigações recíprocas, a diferença é computado ao devedor maior.
O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé, indenizará pelo valor atual (art. 1222) = Equidade.
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Direito de Retenção:
Consiste o ius retentionis num meio de defesa outorgado ao credor, a que, é reconhecida a faculdade de continuar a deter a coisa alheia, mantendo-a em seu poder até ser indenizado pelo crédito, que se origina, via de regra, das benfeitorias ou de acessões por ele feitas. 
Fundamento: Equidade (manter igualdade e evitar injusto enriquecimento). Trata-se de um meio coercitivo de pagamento.
Natureza Jurídica: o direito de retenção é reconhecido pela jurisprudência como o poder jurídico direto e imediato de uma pessoa sobre uma coisa, com todas as características de um direito real.
Modo de Exercício: Via de regra, o direito de retenção deve ser alegado em contestação para ser reconhecido em sentença. Pode o devedor ainda, na execução para entrega da coisa certa (art. 621, CPC), deduzir Embargos de retenção por benfeitorias.
Requisitos: detenção legítima da coisa que se tenha obrigação de restituir; crédito do retentor, exigível; relação de conexidade; inexistência de exclusão convencional ou legal de seu exercício.
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Próxima aula
Direitos Reais:
		Introdução; conceito; espécies
Da Propriedade em Geral: 
		Introdução; conceito; elementos constitutivos
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