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Aula 04_parte1 - OK pptx

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DIREITO DE POSSE 
E PROPRIEDADE 
E RITOS ESPECIAIS
AULA 4
2. Efeitos da Posse
2.1 Percepção dos Frutos e Produtos
2.2 Responsabilidade pela Perda ou Deterioração da Coisa
2.3 Indenização pelas Benfeitorias e o Direito de Retenção
3 Proteção Possessória
3.1 Efeitos de Direito Material
3.2 Efeitos de Direito Processual.
Conteúdo da Aula 
2. Efeitos da Posse
São efeitos da posse: 
❑ Percepção dos frutos e produtos (art. 1.214/1.216, CC);
❑ Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa(art. 
1.217/1.218, CC); 
❑ Indenização pelas benfeitorias e o direito de retenção (art. 
1.219/1.222, CC); 
❑ Proteção possessória(autodefesa, invocação dos interditos) 
(art. 1.210, CC); 
❑ Usucapião.
2.1 Percepção dos Frutos e Produtos 
a) Frutos 
Espécies de bens acessórios, os frutos podem ser definidos 
como utilidades que a coisa principal periodicamente 
produz, cuja percepção não diminui a sua substância. Ex.: a 
soja, a maçã, o bezerro, os juros, o aluguel.
Se a percepção causar a destruição total ou parcial da coisa 
principal não há que se falar, tecnicamente, em frutos. 
Quanto à natureza, os frutos podem ser: 
❏ Naturais - são gerados pelo bem principal sem 
necessidade da intervenção humana direta. Decorrem do 
desenvolvimento orgânico vegetal (laranja, soja) ou animal 
(crias de rebanho); 
❏ Industriais - são decorrentes da atividade industrial 
humana (bens manufaturados); 
❏ Civis - são os rendimentos produzidos pela utilização 
econômica da coisa principal, decorrentes da concessão do 
uso e gozo da coisa (ex: juros, pensões, foros, aluguéis).
Quanto à ligação com a coisa principal, os frutos podem ser 
classificados em: 
❏ colhidos ou percebidos - são os frutos já destacados da coisa 
principal, mas ainda existentes; 
❏ pendentes - são aqueles que ainda se encontram ligados à 
coisa principal; 
❏ percipiendos - são aqueles que deveriam ter sido colhidos, 
mas não foram;
❏ estantes - são os frutos já destacados, que se encontram 
estocados e armazenados para venda;
❏ consumidos - que não mais existem.
Possuidor de Boa-fé x Possuidor de Má-fé
❏ Em regra, o possuidor de boa-fé (art. 1.201) ficará com os 
frutos colhidos. No entanto, vale lembrar que ele deverá 
restituir os pendentes e os colhidos de maneira antecipada 
(estantes), conforme prevê o art.1.214 do CC. 
❏ Com relação ao possuidor de má-fé, destaca-se que ele 
responderá pelos frutos colhidos e percipiendos, conforme 
prevê o art. 1.2016 do CC. 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou 
quando a lei expressamente não admite esta presunção.
b) Produtos
Ao contrário dos frutos, a extração dos produtos diminui a 
essência da coisa principal. 
O Código Civil não detalha como ficará a percepção dos produtos 
se o possuidor estiver agindo de boa-fé e de má-fé, motivo pelo 
qual a doutrina tende a aplicar os art. 1.214 e 1.216 por 
analogia. 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de 
deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com 
antecipação.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, 
por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às 
despesas da produção e custeio.
Josefina, de boa-fé, ocupou um terreno vizinho ao seu que 
estava abandonado e nele plantou um pomar de jacas. Vinha 
colhendo as jacas e vendendo no mercado local até ontem, 
quando recebeu citação e intimação em ação movida pelo 
proprietário do imóvel, sendo determinado liminarmente que 
ela desocupasse imediatamente o terreno. Ela, ao receber a 
citação e intimação, desocupou o terreno, mas antes disso 
colheu todas as frutas que ainda estavam verdes.
A partir de agora Josefina:
a) não pode colher mais jacas no terreno e deve restituir as 
colhidas ainda verdes, mas tem direito a reter aquelas que 
já tinha colhido antes da citação e intimação;
b) não pode colher mais jacas no terreno e deve restituir ao 
proprietário todas aquelas que já tinha colhido até então;
c) não pode colher mais jacas no terreno, mas tem direito a 
reter todas aquelas que já tinha colhido até então;
d) não pode colher mais jacas no terreno e tem direito a 
reter as colhidas ainda verdes, mas deve restituir aquelas 
que já tinha colhido antes da citação e intimação;
Resposta: 
a) não pode colher mais jacas no terreno e deve 
restituir as colhidas ainda verdes, mas tem 
direito a reter aquelas que já tinha colhido 
antes da citação e intimação;
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, 
enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo 
em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, 
depois de deduzidas as despesas da produção e 
custeio; devem ser também restituídos os frutos 
colhidos com antecipação.
2.2 Responsabilidade pela Perda ou Deterioração da Coisa
A perda refere-se ao perecimento total do bem, enquanto 
a deterioração se refere ao estrago ou dano parcial.
PERDA DETERIORAÇÃO
O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou 
deterioração da coisa, se não der causa a ela (art. 
1.217, CC).
O possuidor de má-fé, a seu turno, responde pela 
perda ou deterioração da coisa, ainda que 
acidentais, salvo se provar que de igual modo se 
teriam dado (art. 1.218, CC).
2.3 Indenização pelas benfeitorias e o direito de retenção
Pode-se definir benfeitoria como uma obra realizada na 
estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-la, 
melhorá-la ou embelezá-la. 
BE
N
FE
IT
O
RI
A
S
NECESSÁRIAS 
VOLUPTUÁRIAS
Para conservar a coisa e evitar 
sua deterioração.
Para mero deleite ou prazer, sem 
aumento da utilidade da coisa.
ÚTEIS
Aumentam e facilitam o uso da 
coisa. 
O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, e poderá exercer o direito de 
retenção pelo valor das mesmas. Quanto às benfeitorias 
voluptuárias, se não lhe forem pagas, poderá levantá-las se 
isso não prejudicar a essência/estrutura da coisa (art. 1.219).
Lembrar que, no caso das benfeitorias voluptuárias não há 
que se falar em direito de retenção. 
O possuidor de má-fé, em regra, apenas terá direito de ser 
indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias, sem 
qualquer tipo de direito de retenção. 
Analise as assertivas abaixo e responda:
I - O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos.
II - O possuidor de má-fé responde por todos os frutos 
colhidos e percebidos, mas tem direito às despesas da 
produção e custeio.
III - O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis.
IV - O possuidor de boa-fé pode exercer o direito de 
retenção pelo valor apenas das benfeitorias necessárias.
a) Estão corretas apenas I, II e III.
b) Estão corretas apenas I, II e IV.
c) Estão corretas apenas I, III e IV. 
d) Estão corretas apenas II, III e IV.
e) Todas estão corretas.
RESPOSTA: A
I - CERTO: Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela 
durar, aos frutos percebidos.
II - CERTO: Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos 
colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito 
às despesas da produção e custeio.
III - CERTO: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização 
das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento 
da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis.
IV - ERRADO: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenizaçãodas benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento 
da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis.
3 Proteção Possessória 
3.1 Efeitos de Direito Material
 
O Código Civil prevê duas formas de autotutela da posse, 
que deverão ser exercidas com prudência e 
proporcionalidade: a legítima defesa e o desforço 
imediato. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se 
tiver justo receio de ser molestado.
Em caso de turbação (perturbação ou embaraço da posse), 
poderá atuar em legítima defesa, e, em caso de esbulho 
(privação da posse), poderá empreender desforço imediato, 
contando que faça logo. 
Vale observar que a reação deverá ser concomitante ou 
imediatamente posterior à agressão à posse. 
Art. 1.210. [...]
§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, 
contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável 
à manutenção, ou restituição da posse.
§2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro 
direito sobre a coisa.
3.2 Efeitos de Direito Processual
A proteção da posse é matéria que também respeito, em 
especial, ao Processo Civil. As ações possessórias, também 
denominadas interditos possessórios, são:
a) a ação de reintegração de posse - em caso de esbulho 
(privação ou perda da posse);
b) a ação de manutenção da posse - em caso de turbação 
(embaraço ou perturbação da posse);
c) o interdito proibitório - em caso de ameaça à posse.