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FACULDADE DE ENGENHARIA E INOVAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL FEITEP PRISCYLLA F. TRINDADE DONIAK HABITAÇÃO SOCIAL DE INTERESSE SOCIAL MARINGÁ 2016 PRISCYLLA F. TRINDADE DONIAK HABITAÇÃO SOCIAL DE INTERESSE EMERGENCIAL DISSERTAÇÃO APRESENTADA NA UNIDADE CURRICULAR DA DISCIPLINA PROJETO INTEGRADOR I, COMO REQUISITO PARCIAL NA OBTENÇÃO DO CERTIFICADO DE GRADUAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE ARQUITETURA E URBANISMO DA FACULDADE DE ENGENHARIA E INOVAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL. PROFESSOR CÁSSIO MARINGÁ 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ V 1.1 TEMA................................................................................................................. V 1.1.1 DIREITO AO ABRIGO................................................................................. VII 1.1.2 ASSISTÊNCIA A VÍTIMA ........................................................................... VIII 1.1.3 ORGANIZAÇÃO EM SITUAÇÕES EMERGENCIAIS .................................. IX 2 ANÁLISE DE CORRELATOS .................................................................................... XI 2.1 ECO ABRIGO ...................................................................................................... XI 2.1.1 ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO ..................................................................... XI 2.1.2 ANÁLISE DO PROJETO ............................................................................. XII 2.1.3 ANÁLISE DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS E TECNOLOGIAS ............ XII 2.1.4 ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO E LUMÍNICO ................................. XIII 2.1.5 ANÁLISE DE CUSTO ................................................................................ XIII 2.2 ABRIGO UBER .................................................................................................. XIV 2.2.1 ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO ................................................................... XIV 2.2.2 ANÁLISE DO PROJETO ............................................................................ XIV 2.2.3 ANÁLISE DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS E TECNOLOGIAS ............ XV 2.2.4 ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO E LUMÍNICO .................................. XV 2.2.5 ANÁLISE DE CUSTO ................................................................................. XV 2.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO .................................................................................. XVI 3 MODELO I – ACAMPAMENTO DE ZAATARI ....................................................... XVIII 3.1 TERRENO – ÁREA DE INTERVENÇÃO ......................................................... XVIII 3.2 IMPLANTAÇÃO ............................................................................................... XVIII 3.3 PROJETO ARQUITETÔNICO ........................................................................... XIX 3.4 SOLUÇÕES ALTERNATIVAS - SUTENTABILIDADE ...................................... XXII I - Rede de água ....................................................................................................... XXII II - Rede de esgoto .................................................................................................. XXIII III – Aproveitamento de água da chuva .................................................................... XXVI 3.5 MATERIAL CONSTRUTIVO .......................................................................... XXVII 4 MODELO II – JOÃO DEL - REI............................................................................. XXIX 4.1 TERRENO – ÁREA DE INTERVENÇÃO ........................................................ XXIX 4.2 IMPLANTAÇÃO .............................................................................................. XXIX 4.3 PROJETO ARQUITETÔNICO ......................................................................... XXX 4.4 SOLUÇÕES ALTERNATIVAS - SUTENTABILIDADE ................................... XXXII I - Rede de água ..................................................................................................... XXXII II - Rede de esgoto ................................................................................................. XXXII II - Energia solar ..................................................................................................... XXXII 4.5 MATERIAL CONSTRUTIVO ......................................................................... XXXIII 5 CONCLUSÃO...................................................................................................... XXXIV REFERÊNCIAS ....................................................................................................... XXXV V 1 INTRODUÇÃO A todo o momento ocorre no mundo fenômenos naturais independentes da ação humana. São produtos do funcionamento interno do ecossistema. Terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, inundações, deslizamento de terra e a seca são os exemplos mais conhecidos; porém independentemente do tipo, um desastre pode gerar danos para a sociedade e ocasionar a necessidade da relocação de pessoas. (ANDERS, 2007). Segundo dados da UNISDR, Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres, desde 1992 a 2012 em todo o mundo, cerca de 4,4 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais, totalizando 1,3 milhões mortos e danos estimados em 2 trilhões de dólares. O CRED, Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres, estima o aumento de cerca de 132 milhões de pessoas afetadas por ano a partir de 2015. As Nações Unidas preveem ainda que as perdas por desastres podem chegar a 300 bilhões de dólares e 100 mil vidas por ano a partir de 2050 (Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento, 2003). O número de pessoas desabrigadas no mundo também é intensificado pelos conflitos e guerras que geraram no mundo 51,5 milhões de pessoas deslocadas no final de 2013 (CRED, 2014). Este número tende a aumentar, pois os conflitos vêm aumentando ao longo do tempo, enquanto o número de pessoas deslocadas que retornam aos seus lares segue a proporção inversa. Para atender as vítimas de desastres e refugiados de guerras e conflitos, organizações humanitárias ou a política de governo local - onde há um plano de logística humanitária para desastres naturais - fornece abrigos emergenciais, água, remédios e alimentos. Os abrigos desempenham papel de residência temporária para os desabrigados e podem ainda ser reaproveitados em outras situações (ANDERS, 2007). 1.1 TEMA Habitação Emergencial Temporária. VI A necessidade do abrigo emergencial para pessoas afetadas por desastres naturais ou conflitos armados é imediato. O alojamento de pessoas durante e depois de desastres pode passar por até quatro fases (Quarantelli, 1982, p.75-79; ANDERS, 2007): a) Abrigo de emergência: Ocorre em qualquer local que providencie proteção da chuva, vento e do clima. Pode ser dentro de veículos, embaixo de escombros ou em uma tenda. b) Abrigo temporário: Ocorre geralmente em escolas, igrejas e ginásios. Dispõe de lugares para dormir, se alimentar, tomar banho e fazer as necessidades fisiológicas. c) Habitação temporária: Os indivíduos ficam alojados em unidades habitacionais individuais, podendo retomar sua rotina e finalizar a construção da sua habitação permanente. d) Habitação transitóriaou permanente: São as residências que tomam o lugar das edificações destruídas e passam a abrigar as vítimas para continuarem seu modo de vida habitual anterior à ocorrência do desastre. DAVIS (1980, ZIEBEL, 2010) afirma que o abrigo deve apresentar efemeridade, rapidez na montagem e desmontagem (se existente) e funcionar em áreas mínimas, garantindo condições básicas de habitabilidade. Deve ainda ter uma fonte de água, um sistema sanitário, sistema de abastecimento de alimentos e de atendimento médico. A edificação deve ser implantada de modo a manter o indivíduo e suas relações sociais como prioridade, garantindo desta forma, um abrigo adequado e seguro (SAVIETTO, 2013, p60), enquanto a construção das residências permanentes não é finalizada. Em muitos casos os desabrigados ficam alojados em abrigos mal planejados que excedem o tempo emergencial e tomam carácter de abrigo temporário. VII Locados em escolas, ginásios e tendas sob a concessão de regras impostas por um gestor externo, os vitimados ficam em constante situação de alerta sem condições de descanso, fatores que reformulam o modo de convivência habitual, resultando em deterioração das relações comunitárias e privadas (VALENCIO, 2009; SAVIETTO 2013). Portanto os abrigos individuais mostram-se a opção mais adequada para suprir as necessidades sociológicas e de habitação para desabrigados. As recomendações para construção de abrigos feitas por diversas organizações (UNHCR, 2007; Sphere Project, 2004; Shelter Projects, 2008; CITO, 2007) determinam alguns fatores dimensionais que devem ser respeitados, entre eles a área mínima por pessoa de 3,50m². Este espaço pode ser apropriado para salvar a vida e a fornecer abrigo adequado de curto prazo, especialmente em condições climáticas extremas. Este parâmetro é o mesmo definido pelas diretrizes das Nações Unidas: 3,50m² por pessoa, sendo 18m² o mínimo aceitável para cinco pessoas. Existe diversos tamanhos de abrigos já projetados, que variam de 9m² a 74m², resultantes de diferentes necessidades, normas e políticas oficiais. Porém segundo Kronenburg (1998 apud CITO, 2007) alguns fatores devem ser considerados em qualquer projeto de abrigo, como a idade dos usuários, o clima e a adaptação da sociedade com este, a base alimentar, e se existe fontes de calor e energia no local. 1.1.1 DIREITO AO ABRIGO Não há uma lei específica sobre a obrigatoriedade de governos e instituições públicas disponibilizarem abrigos emergenciais em caso de catástrofes ou situações de refúgio, porém este direito está implícito em vários artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento elaborado pelas Nações Unidas em 1948. Este trecho do artigo 25 reflete esta situação: Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de VIII subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. (ONU, 1948). Mais tarde, em 1996, a Primeira Conferência Internacional de Abrigos Emergenciais (do inglês, First International Emergency Settlement Conference) que aconteceu nos Estados Unidos reforçou a necessidade da disponibilização de abrigos: O acesso ao abrigo básico e contextualmente apropriado é uma necessidade humana essencial. Os padrões para este abrigo podem variar dependendo do contexto cultural, da situação, do clima e de outros fatores (First International Emergency Settlement Conference, 1996). No Brasil a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC discorre na LEI Nº 12.608 de 10 de abril de 2012, elementos da inserção de abrigos temporários. O órgão é responsável por se integrar aos parâmetros construtivos, sociais e tecnológicos geridos pela união para manter um desenvolvimento sustentável. No que se referem especificamente às edificações emergenciais, esta lei afirma que compete aos municípios organizar e administrar os abrigos provisórios, além de promover a coleta, a distribuição e o controle de suprimentos em situações de desastre. 1.1.2 ASSISTÊNCIA A VÍTIMA Após um desastre natural a habitação emergencial se faz necessária para abrigar as vítimas até que a reconstrução das áreas afetadas possa ser realizada. No mundo todo o fornecimento de abrigos é de responsabilidade de entidades humanitárias, ONGs e de Instituições governamentais, porém em um primeiro momento as próprias vítimas buscam abrigo em casas de parentes e amigos ou ocupam edificações públicas cedidas pelo governo, tais como escolas, ginásios e templos religiosos. Em alguns casos há utilização de barracas cedidas por terceiros ou construção de abrigos precários com materiais disponíveis nos escombros. IX Segundo Anders (2007), para um abrigo ser eficiente, este deve propor ao usuário proteção contra intempéries, preservação da dignidade, orientação e identidade. Ou seja, precisa ser construído de maneira apropriada ao clima, ao contexto cultural e às características do local de implantação. No que diz respeito à dignidade ela está intrínseca na construção e disponibilidade de um abrigo funcional onde o indivíduo encontre privacidade e segurança. A orientação e identidade podem ser auxiliadas através da utilização de materiais e formas arquitetônicas familiares às vítimas e, desta forma evitar desespero e tristeza, por essa razão é necessário dispor de mecanismos que mantenham o foco e a atenção do indivíduo afligido. Anders (2007) chama a atenção para o nível de conforto criado em abrigos e edificações temporárias em situações pós-desastre. Devem-se apenas suprir as necessidades básicas do indivíduo dando suporte a vida, pois edificações muito elaboradas, além de exigirem maiores investimentos econômicos que poderiam ser aplicados na reativação da economia local, fazem o vitimado permanecer no abrigo por tempo superior à reconstrução das residências. 1.1.3 ORGANIZAÇÃO EM SITUAÇÕES EMERGENCIAIS Com base nos procedimentos para realocação de pessoas segundo a UNDRO (United Nations Disaster Relief) e nas fases de alojamentos após desastres de Quarantelli (1982, p.75-79 apud CITO, 2007) pode-se observar que após um desastre natural a emergência e soluções aplicadas se dão de diferentes formas, conforme a seguir: a) Período pré-desastre: Diminuição de riscos, prevenção, informação, preparação. b) Período de ajuda imediata (até cinco dias após o desastre): I. Abrigo Emergencial. Ocorre em qualquer local que providencie abrigo contra intempéries, por exemplo, embaixo de uma escada, dentro de um carro, ou em uma tenda. X II. Abrigo Temporário. Inclui lugares para dormir, cozinhar e tomar banho. Na maioria das vezes são alojamentos comunitários em ginásios, galpões, igrejas ou escolas. III. Habitação Temporária. Nesta fase casas pré-fabricadas temporárias são construídas em áreas cedidas pelo governo. O alojamento pode começar com uma unidade básica e ser ampliado ao longo do tempo e da necessidade. As vítimas são alojadas, de preferência, nos seus agrupamentos familiares e, quando possível, respeitando a disposição de vizinhança anterior ao desastre, podendo restabelecer suas rotinas diárias normais, porém num local temporário. c) Período de reabilitação (do quinto dia até três meses): Balanço da destruição, planejamento das ações futuras.d) Período de reconstrução (três meses em diante): O objetivo é voltar à situação anterior ao desastre, ou seja, efetuar a recuperação dos danos enquanto as vítimas estão residindo em Habitações Temporárias ou Permanentes. XI 2 ANÁLISE DE CORRELATOS Para apresentar o modelo de edificação emergencial temporária foi-se necessário entender e analisar edificações da mesma tipologia. O estudo de correlato permite identificar deficiências e potencialidades dos projetos em questão, fazer comparativos, verificar as premissas relacionadas a forma, dimensão, funcionalidade, conforto térmico, entre outras soluções aplicadas nas edificações que possam contribuir para uma nova proposta. Os abrigos emergenciais selecionados para estudo são: Eco Abrigo e Abrigo Uber. 2.1 ECO ABRIGO O Eco Abrigo, desenvolvido pela arquiteta jordaniana Abeer Seikaly, teve inspiração no nomadismo, nas técnicas da cestaria tradicional do oriente médio e na pele de cobra. Sua concepção foi a vencedora do 2013 Lexus Design Awards como reconhecimento por sua plasticidade e funcionalidade. Figura I – Abrigos Eco Refugiados. Fonte: http://eluxemagazine.com/homestech/displaced-with-dignity-eco-refugee-shelters/. 2.1.1 ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO Este abrigo foi projetado para o oriente médio, portanto seu partido arquitetônico foi pensado para inserção num clima quente e seco. Não foram XII encontradas informações sobre a implantação, porém a imagem esquemática mostra uma disposição que não segue parâmetros ou distanciamentos específicos na elaboração de um assentamento. 2.1.2 ANÁLISE DO PROJETO O Abrigo configura um único espaço circular com 5,00m de diâmetro e 2,40m de altura. A forma garante a expansibilidade do módulo que diminui de tamanho girando em torno de um eixo central, sem prejudicar sua estabilidade, A edificação resiste às cargas de compressão e tensão, isto devido a sua estrutura sinuosa, envolta por duas camadas de tecido, por onde passam os tubos para água e cabos de energia. Figura II – Abrigos Eco Refugiados. Fonte: http://eluxemagazine.com/homestech/displaced-with-dignity-eco-refugee-shelters/ 2.1.3 ANÁLISE DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS E TECNOLOGIAS A estrutura é composta de plástico resistente e um tecido com duas camadas, a unidade formada é flexível e seu grau de giro pode tomar formas distintas sem prejudicar a integridade estrutural. Na cobertura da tenda há um pequeno tanque responsável pelo armazenamento de água da chuva coletado através de um sistema de escoamento disposto em toda a estrutura, função que XIII pode ser aproveitada para banho ou para consumo, desde que a água seja tratada. Figura III – Suprimento de água e energia. Fonte: http://eluxemagazine.com/homestech/displaced-with-dignity-eco-refugee-shelters/ O projeto desenvolvido por consiste no suprimento de água e energia elétrica particularmente, isto se dá através de células fotovoltaicas que geram eletricidade a partir da incidência do sol, localizadas em uma parte do tecido. A energia gerada fica guardada em uma bateria sob o módulo. Figura IV – Células Fotovoltaicas dos Tecidos. Fonte: http://eluxemagazine.com/homestech/displaced-with-dignity-eco-refugee-shelters/ 2.1.4 ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO E LUMÍNICO Podem ser feitos diversas aberturas em diferentes locais do módulo para criar, através do efeito chaminé, um fluxo de ar contínuo, ou no caso de invernos rigorosos e chuvas, manter o modulo totalmente fechado para armazenar o calor interno. 2.1.5 ANÁLISE DE CUSTO XIV Não há informação de custo da edificação, porém devido a utilização de alta tecnologia no processo construtivo e aplicação de tecnologias específicas se conclui que o custo é elevado. 2.2 ABRIGO UBER Criado por Rafael Smith, o Abrigo Uber teve destaque em uma coluna do jornal The New York Times no ano de 2009. Ele é feito, em sua maioria, de materiais recicláveis. Sua característica desmontável o torna facilmente transportável, podendo ser montado com poucas ferramentas e poucas pessoas. O abrigo é armazenado de forma plana, todas as peças do conjunto permanecem agrupadas para montagem no local de destino. 2.2.1 ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO Não foram encontradas informações sobre a implantação do projeto, porém o autor do projeto demonstra como o abrigo pode se comportar em um acampamento através de imagens esquemáticas abaixo. As habitações ficam lado a lado com um espaçamento de aproximadamente 1 metro. Figura V – Implantação em assentamentos. Fonte: Tuver.com O Abrigo Uber é equipado com pernas telescópio que se se estendem e tomam diversas alturas, tornando o módulo flexível e adaptável a terrenos acidentados. 2.2.2 ANÁLISE DO PROJETO XV O abrigo possui dois pavimentos com dimensão 4,00m x 2,00m cada, resultando em uma habitação com 16m². O pavimento térreo conta com acesso por uma varanda que dá diretamente num dormitório. O acesso ao pavimento superior ocorre por uma escada lateral, a distribuição dos espaços acontece da mesma forma que o pavimento térreo, porém no superior a varanda é semicoberta, configurando um local para refeições. Em seguida há mais um dormitório. O abrigo Uber é armazenado de forma plana, todas as peças do conjunto permanecem agrupadas para montagem no local de destino. A edificação pode ser desmontada e remontada em outro local. 2.2.3 ANÁLISE DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS E TECNOLOGIAS Desenvolvido com peças pré-fabricadas de alumínio e piso em madeira, tela contra intempéries e lona plástica que envolve toda a estrutura. As peças possuem detalhamentos que tornam o processo construtivo lento e com alto investimento, entretanto a possibilidade de produção em larga escala é uma vantagem a ser considerada. A grande quantidade de peças metálicas demanda conhecimentos específicos para montagem, sendo necessário quatro pessoas para realizar este procedimento que dura cerca de 6 horas ou mais. Dependendo do meio de inserção, a edificação pode receber anexos com capacidade de eletricidade para a luz, fogão compacto e frigorífico, além da utilização de dois painéis solares para gerar eletricidade. 2.2.4 ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO E LUMÍNICO O abrigo possui diversas aberturas que garante boa luminosidade e ventilação constante. Isto pode configurar um grave problema num clima frio, pois o calor não permanece no interior da edificação, visto que não há como vedar totalmente as janelas que contém tela de proteção contra intempéries. 2.2.5 ANÁLISE DE CUSTO XVI Não há informação de custo da edificação. Porém devido a utilização de materiais como alumínio que possui alto valor no mercado e ao detalhamento das peças que compõe a moradia, considera-se um custo total alto. 2.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO A partir dos estudos efetuados verificou-se a organização dos dados em uma tabela para comparação dos resultados obtidos e verificação das potencialidades e deficiências a serem consideradas ou evitadas no partido arquitetônico a ser desenvolvido. Tabela I – Análise Comparativa de correlatos. Fonte:wordpress.com. Modificada pelo autor. O abrigo está adequado ao local de inserção proposto, não foram encontradas informações sobre o local de inserção do Abrigo Uber, portanto não há como avaliar este fator. Todos os dois abrigos projetados foram pensados para uma família de 4 a 6 pessoas. O Eco Abrigo possui um espaço mais amplo, porém sem divisão de ambientes e sem setorização(social, íntimo, serviço, etc.). Observa-se ainda que o acesso ao pavimento superior no Abrigo Uber não tem controle de abertura ABRIGO ECO ABRIGO ABRIGO UBER Local Oriente Médio Não informado Implantação Implantação sem ordenamento Espaçamento entre as unidade inferior a 3m Projeto Solução formal complexa possibilidade de aumentar as unidades Solução formal complexo sem a possibilidade de aumentar as unidades Área 19,63 m² 15 m² Capacidade 4-6 pessoas 4-6 pessoas Fluxos Acesso principal controlado Acesso separado e controlado parcialmente Materiais Estrutura de plastico resistente vedação em tecido Perfis em alumínio Piso em Madeira Cobertura com lona de Plástico Montagem Mão de obra não especializada 1 pessoa consegue montar o abrigo Mão de obra especializada 6/4 pessoas para montagem Durabilidade Muito Alta Alta Clima Possui controle de abertura Preve aproveitamento de água Utiliza energia solar Adequa-se a outros climas Não possui controle de abertura Não preve aproveitamento de água Utiliza Energia solar Não se adequa a outros climas Custo Muito Alta Alta Destino Possibilidade de Reuso Há possibilidade de reuso XVII e é distante do acesso principal inferior, diminuindo a sensação de segurança na habitação. O alumínio utilizado no Abrigo Uber tem durabilidade alta, porém a grande quantidade peças pré-fabricadas demanda conhecimento técnico na montagem do 82 abrigo, processo que se torna demorado e pouco viável dependendo do local de implantação. Por outro lado, à montagem do Eco Abrigo é simples e funcional, o plástico durável e tecido com células fotovoltaicas aplicados no processo construtivo tem durabilidade alta, porém valor igualmente elevado devido à alta tecnologia aplicada na produtividade e aspecto formal resultante, solução que também é relativa ao local de inserção, visto que os valores aplicados em uma solução temporária poderiam ser aplicados na construção de residências permanentes. XVIII 3 MODELO I – ACAMPAMENTO DE ZAATARI O primeiro modelo estudado e apresentado foi projetado pelo arquiteto Fabio Jessé, situado em Joinville – SC. Sendo o projeto vencedor do prêmio Saint Gobain de Arquitetura, Habitat sustentável na categoria estudante 2015. 3.1 TERRENO – ÁREA DE INTERVENÇÃO Foi projetado para regiões de clima quente e seco, localizado no acampamento de Zaatari, região de Mafraq numa altitude de 686m. Fica 80km da capital Amã, 10km da cidade de Al Mafraq e há 12km da fronteira com a Síria. A região tem característica desértica e solo barrento e com pouca vegetação, porém há o cultivo de hortaliças por alguns moradores do acampamento. Conforme Zaatari cresce o solo é coberto com cascalhos pequenos para melhorar a mobilidade e implantação das edificações. (UNHCR, 2012) Para definir a área de intervenção é necessário verificar os mapas de densidade demográfica, identificar as regiões mais seguras (sem alagamentos, enlameadas, etc) e verificar a proximidade aos equipamentos de infraestrutura. a) Densidade demográfica: É importante definir uma área de menor adensamento para implantação de abrigos, pois o reordenamento da localização e disposição das edificações existentes na área escolhida pode gerar um número maior de abrigos do que o existente anteriormente no mesmo local, desta forma pode-se realojar refugiados moradores de locais com densidade muito elevada, desde que sejam mantidas as relações de vizinhanças principais, fator sociológico importante segundo Anders (2007). 3.2 IMPLANTAÇÃO A implantação do projeto atendeu um distanciamento médio de 3,00m entre cada unidade (no máximo 8 a 12 unidades por comunidade), porém devem estar mais agrupadas possível, a fim de fazerem sombras umas nas outras, conforme indicação de Lambers et al (2014) para o clima quente e seco. A XIX implantação deve impedir a infiltração dos ventos predominantes e seguir disposição leste oeste (LAMBERS et al, 2014) e respeitar dimensionamento para equipamentos assistenciais propostos por Elemental (2010), arranjados de forma centralizada no campo de modo que os moradores possam percorrer a menor distância possível. Figura VI - Exemplo de esquema geral de agrupamento. Legenda: 1. Núcleo de serviços 2. Medidor de energia 3. Postes individualizados (3m). Fonte: Elemental, 2010. p. 06 - wordpress.com/Fabio Jessé. 3.3 PROJETO ARQUITETÔNICO Cada unidade teve dimensionamento mínimo de 3,50m² por pessoa e comportar uma família (4 a 6 pessoas). (ONU, 2007) O projeto arquitetônico proveu a privacidade e setorização dos ambientes, pequenas aberturas sombreadas para diminuir a ventilação no interior da edificação, pois a temperatura interna tende a ser menor que a temperatura externa durante o dia, e a ventilação comprometeria essa relação, visto que o vento proveniente é quente e carrega uma grade quantidade de poeira e detritos. (LAMBERS et al, XX 2014). A edificação proposta deve estar de acordo com a cultura e perfil do usuário. Se possível os pátios internos presentes nas edificações árabes comuns devem ser previstos na habitação emergencial, pois além da solução térmica que desempenham, os pátios são elementos de identidade cultural, ou seja, resultará em apropriação do espaço construído, mesmo que temporariamente. A facilidade na montagem é um elemento que deve ser pensado, pois os próprios moradores do acampamento é quem montarão as habitações, afim de não ficarem com todo o tempo ocioso (ANDERS, 2007). A rapidez e facilidade técnica na montagem facilita a vida do refugiado e pode melhorar toda a gestão do acampamento. O volume deve ser compacto quando desmontado para facilitar o transporte e diminuir o consumo de energia utilizado na locomoção. Segue imagens ilustrativas. Figura VII – Habitação emergencial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. Figura VIII – Habitação emergencial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. XXI Figura IX – Planta Baixa Habitação emergencial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. Figura X – Planta Baixa Habitação emergencial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. XXII Figura XI – Montagem módulo - Habitação emergencial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. 3.4 SOLUÇÕES ALTERNATIVAS - SUTENTABILIDADE I - Rede de água No acampamento dos refugiados a água é escassa. Não a possibilidade de fazer sistemas de ligação de água e esgoto convencionais devido ao alto investimento deste processo e complexibilidade de uma rede comparada ao de cidades, além de terem que ser tratados. Portanto é comum aos refugiados utilizarem grandes reservatórios de abastecimento por caminhões pipas. Entretanto é necessário que o refugiado vá até está fonte várias vezes ao dia para buscar água. Sendo assim, o autor propôs a utilização de um tonel com capacidade para 200 Litros em cada módulo na edificação, de acordo coma Figura VII. Após cheio pode-se utilizar o sistema desenvolvido para o uso da água em torneiras que ocorre por meio de bombas manuais presentes no banheiro, na cozinha e na lavanderia. Deste modo, através de movimentos manuais a água segue o fluxo do tonel para o reservatório superior de menor capacidade, e a partir daí segue para as torneiras e para o chuveiro. XXIII Figura XII – Esquema da rede de água. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. II - Rede de esgoto As águas cinzas, do chuveiro, torneiras e lavanderia, seguem para um sistema de esgoto chamado “círculo de bananeiras”. Esse sistema é utilizado no Brasil onde não há infraestrutura e pode funcionarno projeto apresentado, já que na Jordânia ocorre a plantação de bananeiras e apesar da chuva escassa em alguns períodos do ano, a água para o sustento das vegetações vem principalmente dos efluentes gerados principalmente pelos moradores. Abaixo imagens ilustrativas desse sistema. Figura XIII. Planta baixa sistema rede de esgoto. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. XXIV Figura XIV. Imagem ilustrativa - Sistema rede de esgoto. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. A água gerada no vaso sanitário segue para um sistema diferente, a “Bacia de Evapotranspiração” (Figuras X e XI). Onde o efluente é tratado naturalmente por microrganismos vivos que geram sustento para vegetações de folhas largas plantadas conforme o projeto. Esses dois sistemas utilizam apenas encanamentos com conexões comuns e aterro. Pode ser executada pelos próprios moradores sob supervisão e instruções básicas. Não geram descartes e contribuem com uma relação harmoniosa entre a habitação, o ser humano e o meio ambiente. XXV Figura XV. Planta Baixa – Bacia de Evapotranspiração. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé. Figura XVI. Planta Baixa – Bacia de Evapotranspiração. Fonte: http://www.ecoeficientes.com.br/bet-como-tratar-o-esgoto-de-forma-ecologica/. XXVI III – Aproveitamento de água da chuva Em poucos meses do ano a chuva é abundante na região de Zaatari. Para aproveitar a água pluvial, a cobertura possui um desnível para conduzi-la a um tonel inferior de 200 Litros de capacidade. Há um filtro simples entre a conexão da cobertura e o encanamento para impedir a entrada de areia na tubulação. A própria força da água retira a areia do encanamento e a lança para fora da cobertura, o filtro, por sua vez permite a infiltração da água para o armazenamento. A água da chuva segue para um reservatório superior diferente do reservatório de água potável, que também é acionado por bomba manual. Essa água poderá ser utilizada nos vasos sanitários ou ainda pode ser usada para regar hortas e jardins. Figura XVII - Capacitação de água pluvial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé XXVII Figura XVIII - Capacitação de água pluvial. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé 3.5 MATERIAL CONSTRUTIVO A composição do abrigo foi projetada com material de baixo impacto ecológico, com possibilidade de reuso ou reciclagem, de custo baixo, compatível com a realidade local e ter alta durabilidade, visto que 63% dos refugiados estão morando em Zaatari há mais de dois anos. (UNHCR, 2015, p.03). O clima quente e seco da região demanda um material construtivo com alta inércia térmica, pois dessa forma o calor leva mais tempo para atingir o interior da edificação, relação que acontecerá em maior parte no período da noite, quando a temperatura cai bruscamente. De acordo com o autor o alumínio é o material que correspondeu adequadamente ao clima local e expectativas projetuais. É um material flexível, possibilita formas variáveis, é sustentável, tem durabilidade extremamente alta e é 100% reciclável. XXVIII Figura XIX – Corte I do Módulo. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé Figura XX – Corte II do Módulo. Fonte: wordpress.com/Fabio Jessé XXIX 4 MODELO II – JOÃO DEL - REI O modelo estudado e apresentado foi projetado pelos acadêmicos Douglas Henrique, Luiz Guilherme e Ana Elisa, da Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ. Sendo o projeto ganhador do concurso estudantil Íbero - Americano de Arquitetura Bioclimática. 4.1 TERRENO – ÁREA DE INTERVENÇÃO O projetado apresentado se deu por possuir demandas para abrigos emergenciais em determinadas épocas do ano devido a inundações. Localizado no estado de Minas Gerais, na cidade de São João Del – Rei no Campo das Vertentes, dispõe-se de clima tropical, quentes e úmidos, de alta altitude. A região está inserida na bacia hidrográfica do Rio Grande onde contém diversos rios e cachoeiras, o que influencia no nível de umidade do ar. A cidade possui o solo com capacidade de absorção limitada, e quando atinge o seu máximo de absorção, a agua escorre para o córrego devido sua topografia. 4.2 IMPLANTAÇÃO A implantação do projeto seguiu um distanciamento médio entre cada unidade (no máximo 8 a 12 unidades por comunidade), porém devem estar mais agrupadas possível, a fim de fazerem sombras umas nas outras, conforme indicação de Lambers (2014). De acordo com a carta solar de São João Del – Rei, a orientação leste recebe insolação durante todo o período da manhã, enquanto a oeste recebe insolação no período da tarde. Na orientação norte a insolação se dá o dia todo no inverno, mas não recebe insolação no verão. Já a orientação sul recebe insolação durante todo o dia no verão, porém o mesmo, não recebe no inverno. XXX Figura XXI - Exemplo de esquema geral de agrupamento. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados-2/. Considerando que não há muita variação de temperatura, a orientação norte não é aconselhável por receber insolação apenas no inverno. Com índices elevados de temperatura, faz – se necessário o uso de estratégias projetuais além da orientação solar, para garantia de conforto nas edificações. Também a necessidades de estratégias para a ventilação. 4.3 PROJETO ARQUITETÔNICO As moradias devem ser dispostas com uma distância mínima de 1,5 m e não paralelas umas às outras, afim de não barrar a entrada de sol e a ventilação, ganhando assim o conforto ambiental. Nesse terreno foi possível abrigar 252 pessoas, levando em conta a capacidade de cada moradia acolher 6 pessoas. A edificação proposta deve estar disposta de forma a privilegiar a incidência do sol sobre as placas fotovoltaicas, nesse caso orientadas para o norte. A moradia chegara ao local destinado a seu estabelecimento com suas peças separadas e organizadas conforme a Figura XXIV. Por possuir peças padronizadas sua montagem é facilitada. Os componentes são transportados em caixas com as dimensões equivalentes a 3,24 m de largura por 3,50 m de comprimento, com altura mínima de 0,9 m. XXXI Figura XXII – Demonstração do modelo proposto. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados-2/. Figura XXIII – Demonstração do modelo proposto. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados-2/. Figura XXIV – Demonstração do modelo proposto. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados-2/. XXXII 4.4 SOLUÇÕES ALTERNATIVAS - SUTENTABILIDADE I - Rede de água Afim de atender a demanda proposta, a caixa d agua é responsável pelo armazenamento de 750 Litros de agua levando em consideração o gasto estimado de 50 Litros por pessoa no dia. II - Rede de esgoto A caixa de esgoto possui capacidade de armazenamento de 2.100 Litros de dejetos, o que corresponde a 7 dias de uso, considerando a estimativa de 50 Litros por pessoa no dia. II - Energia solar Optou-se pela instalação de placas fotovoltaicas, capazes de funcionar independentemente de padrões de energia convencionais, agregando ao projeto sustentabilidade, praticidade, além da manutenção mínima requerida. XXXIII Figura XXV – Demonstração do modelo proposto. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados-2/. 4.5 MATERIAL CONSTRUTIVO A escolha das estruturas de perfis metálicos a ser utilizada foi um fator importante para a realização do projeto, considerandoa necessidade de obter uma moradia capaz de ser flexível, leve montável e desmontável, sem que as estruturas percam sua resistência. A utilização da madeira convencional, é sustentável, com durabilidade elevada, fácil manuseio, resiste a umidade, não necessitando de manutenção. Aceita qualquer tipo de pintura, além de ser imune ao ataque de insetos e ação de intempéries. Figura XXVI – Material utilizado. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos- premiados-2/. Figura XXVII – Material utilizado. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos- premiados-2/. XXXIV 5 CONCLUSÃO Para atender as diretrizes projetuais a palavra de ordem é “Identidade”. O usuário deve identificar-se com seu lar temporário, desta forma se sentirá confortável e seguro até que a situação em seu local de origem não é regularizada. Para tanto os projetos de habitação emergencial adotados devem permiti-lo que manifeste sua cultura e seus costumes. O primeiro modelo dispõe de pátios, jardins e hortas para cuidado e manutenção, equipamentos sanitários, elementos arquitetônicos e paisagísticos que cumprirão esta função, além de respeitar a modulação, utilização do material em alumínio para melhorar a inércia térmica da edificação. O segundo modelo dispõe de conforto térmico, com janelas brises de ângulo 35° criados voltado para o oeste possibilitando a incidência do sol pela manhã e brises com angulação de 49° para a fachada leste barrando assim parte do sol, e apoios metálicos que sustentam a moradia reguláveis afim de se adequar melhor ao terreno, sendo plano ou declive, demonstrando a capacidade da moradia se adaptar, além de outras alternâncias já mencionadas, que também atenderam aos requisitos propostos. XXXV REFERÊNCIAS NORMAS. Faculdade de Engenharias e Arquitetura Feitep - Biblioteca. Disponível em:< http://www.feitep.edu.br/biblioteca>. Acesso em Setembro de 2016. PROCIV. Arquitetura Pós-Catástrofe. Lisboa, v. 1, n. 60, p.01-06, mar. 2013. Mensal. SAVIETTO, Giovana. Habitação Emergencial E Temporária. Disponível em < http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000936620>. Acesso em Setembro de 2016. ARQUITETURA HUMANITÁRIA. Projeto de Habitação de Interesse Social Emergencial. Disponível em:< https://fabiojesse.wordpress.com/author/fabiojesse/>. Acesso em Setembro de 2016. CONCURSO ÍBERO - AMERICANO. Trabalho Premiado. Disponível em:< http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados-2/>. Acesso em Setembro de 2016. ECOEFICIENTES. Especialistas em técnicas de Construção Sustentável. Disponível em:< http://www.ecoeficientes.com.br/bet-como-tratar-o-esgoto-de- forma-ecologica/>. Acesso em Setembro de 2016. ABRIGOS ECO REFUGIADOS. Deslocado com dignidade. Disponível em:< http://eluxemagazine.com/homestech/displaced-with-dignity-eco-refugee- shelters/>. Acesso em Setembro de 2016. HABITAÇÃO EMERGENCIAL PARA REFUGIADOS. Pranchas de Apresentação. Disponível em:< XXXVI https://fabiojesse.files.wordpress.com/2016/05/hab-emergencial-para- refugiados.pdf>. Acesso em Setembro de 2016.
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