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NUCLEO INTERFÁSICO

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UNIVERSIDADE PAULISTA
BIANCA DE SOUZA LIMA RIBEIRO D15IEB-9
FERNANDA CRISTINA DOS SANTOS N224AD-8
GABRIELLE GONÇALVES MONTEIRO D17982-9
ISABELLA MARTONE CAETANO N1511E-2
JULIA REGINA DOS SANTOS D26840-6
LARISSA FERREIRA LIMA N1346F-5
LUCIMARA DE ANDRADE SOUZA D23656-3
NATALIA HAAS GUERRA D17FID-6
PEDRO HENRIQUE PADULA CASTRO D24AHA-0
RAISSA JAROCHINSKI SANTOS E LOPES D29817-8
SAMANTHA ALVES DOS SANTOS TADAKUMA N1180B-3
YASMIM FONSECA SOARES D24599-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Núcleo Interfásico
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2017
BIANCA DE SOUZA LIMA RIMEIRO D15IEB-9
FERNANDA CRISTINA DOS SANTOS N224AD-8
GABRIELLE GONÇALVES MONTEIRO D17982-9
ISABELLA MARTONE CAETANO N1511E-2
JULIA REGINA DOS SANTOS D26840-6
LARISSA FERREIRA LIMA N1346F-5
LUCIMARA DE ANDRADE SOUZA D23656-3
NATALIA HAAS GUERRA D17FID-6
PEDRO HENRIQUE PADULA CASTRO D24AHA-0
RAISSA JAROCHINSKI SANTOS E LOPES D29817-8
SAMANTHA ALVES DOS SANTOS TADAKUMA N1180B-3
YASMIM FONSECA SOARES D24599-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Núcleo Interfásico
Trabalho apresentado para 
 Atividades Práticas Supervisionadas (APS), à Universidade Paulista – UNIP
Orientadora: Prof. Dr. Raduan Hage
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2017
BIANCA DE SOUZA LIMA RIMEIRO D15IEB-9
FERNANDA CRISTINA DOS SANTOS N224AD-8
GABRIELLE GONÇALVES MONTEIRO D17982-9
ISABELLA MARTONE CAETANO N1511E-2
JULIA REGINA DOS SANTOS D26840-6
LARISSA FERREIRA LIMA N1346F-5
LUCIMARA DE ANDRADE SOUZA D23656-3
NATALIA HAAS GUERRA D17FID-6
PEDRO HENRIQUE PADULA CASTRO D24AHA-0
RAISSA JAROCHINSKI SANTOS E LOPES D29817-8
SAMANTHA ALVES DOS SANTOS TADAKUMA N1180B-3
YASMIM FONSECA SOARES D24599-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Núcleo Interfásico
 
 Trabalho apresentado para 
 Atividades Práticas Supervisionadas (APS), à Universidade Paulista – UNIP
Aprovado em:
__________________________/__/__
Prof. Dr. Raduan Hage
Universidade Paulista – UNIP
RESUMO
O tema explanado a seguir tem o intuito de apresentar de maneira descomplicada um conteúdo com tamanha relevância. Para tal fim, foi enfatizado elementos estruturais constituintes do núcleo em interfase e importantes processos vinculados a sua presença, tal como, o ciclo celular. Para a construção do trabalho foi utilizado, principalmente, meios eletrônicos e livros. Sendo possível, a partir deles, o desenvolvimento de forma sucinta e objetiva perante o assunto proposto. À face do exposto, tornou-se capaz a compreensão que o núcleo interfásico compreende um importante período, do qual, as células possuem a capacidade de gerar outras e manter a vida do organismo desempenhando suas funções vitais. Além disso, esse processo cíclico exige a transcorrência branda, carecendo de mecanismos que controlem todo o percurso. E vale ressaltar, que nem todas as células, após a diferenciação, são adeptas a essa valência, como por exemplo, os neurônios. E outras têm necessidade de estímulos. Para estudo citológico e histológico o núcleo em estágio íntegro, só pode ser observado durante a interfase. Em função disso, há a contribuição para o aprimoramento e descobrimento de pormenores associadas a Medicina.
Palavras-chave: Núcleo interfásico, ciclo celular, célula.
ABSTRACT
The theme explained below is intended to present in an uncomplicated way content with such relevance. To this end, it was emphasized structural elements constituting the nucleus in interphase and important processes linked to its presence, such as the cell cycle. For the construction of the work was used, mainly, electronic media and books. It is possible, from them, to develop succinctly and objectively in the proposed subject. In the face of the above, it has become able to understand that the interphase nucleus comprises an important period, from which cells have the capacity to generate others and maintain the life of the organism performing its vital functions. In addition, this cyclical process requires soft transcurrence, lacking mechanisms that control the entire course. It is worth noting that not all cells, after differentiation, are adept at this valence, such as neurons. And others need encouragement. For cytological and histological study, the nucleus in its entirety can only be observed during the interphase. Because of this, there is the contribution to the improvement and discovery of details associated with Medicine.
Keywords: Interphase nucleus, cell cycle, cell.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 1
2 ASPECTOS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO NÚCLEO INTERFÁSICO....... 1
2.1 Envoltório nuclear................................................................................................1
2.1.1 Membranas internas e externas........................................................................ 2
2.1.2 Poros nucleares................................................................................................. 2
2.2 Lâmina nuclear................................................................................................... 2
2.3 Nucleoplasma.................................................................................................... 3
2.4 Cromatina ...........................................................................................................5
2.4.1 Nucleossomo.................................................................................................... 6
2.5 Nucléolos............................................................................................................8
3 CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE REGENERAÇÃO.......................................................................................................9
3.1 Lábeis..................................................................................................................10
3.2 Estáveis...............................................................................................................12
3.3 Permanentes.......................................................................................................13
4 CICLO CELULAR...................................................................................................14
4.1 Fase G0................................................................................................................15
4.1.1 Sinalizadores.....................................................................................................16
4.2 Fase G1................................................................................................................18
4.2.1 Pontos de controle.............................................................................................19
4.2.1.1 Ponto de restrição..........................................................................................20
4.2.1.2 Pontos de checagem de danos do DNA.......................................................21
4.3 Fase S..................................................................................................................21
4.4 Fase G2...............................................................................................................24
5 CONCLUSÃO........................................................................................................26
REFERÊNCIAS..........................................................................................................27
INTRODUÇÃO
A presença do núcleo delimitado por uma membrana é a principal característica que distingue as células eucariontes. Este é responsávelpelo controle de todas as funções celulares. A intérfase ou interfase, do prefixo “inter” que significa “entre”, reflete o período entre duas divisões celulares. Portanto, “núcleo interfásico", significa o momento em que a célula não está em divisão. E é nesse período que a maioria dos livros ilustram as células, pois o núcleo encontra-se "completo", dado que, a interfase é uma fase de intensa atividade metabólica, da qual, microscopicamente observam-se os filamentos de cromossomos descondensados no interior do núcleo formando a cromatina. Verifica-se também uma produção ativa de moléculas de RNA, que serão utilizadas para a síntese de proteínas, a duplicação das moléculas de DNA e o crescimento da célula.
ASPESTOS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO NÚCLEO INTERFÁSICO
O núcleo é delimitado pela carioteca ou envoltório nuclear, composta de duas membranas concêntricas que se continuam com a membrana do retículo endoplasmático. A carioteca apresenta poros, que comunicam o interior do núcleo com o citosol. Também é reforçado por duas malhas de filamentos intermediários, uma apoiada na superfície interna do envoltório, a lâmina nuclear, e outra na superfície externa. A interna envolve o nucleoplasma, e a externa está relacionada com o hialoplasma. Nas células eucarióticas, o código genético é formado pela cromatina, constituída por DNA e proteínas chamadas histonas.
2.1 Envoltório nuclear
O envoltório nuclear é uma estrutura membranosa que separa o citossol dos componentes nucleares, incluindo o material genético. É ele que delimita o núcleo do citoplasma, sendo assim a principal característica que distingue uma célula eucarionte de uma procarionte.
O envoltório nuclear é formado por duas membranas concêntricas, onde cada uma delas é formada por uma bicamada lipídica com distintas proteínas. É composta pela membrana nuclear externa e a membrana nuclear interna, definindo o espaço perinuclear, que é contínuo ao lúmen do retículo endoplasmático rugoso e se fundem para formar os complexos de poros. 
2.1.1 Membranas internas e externas
A membrana interna é revestida por proteínas que servem de ponto de ancoragem para a cromatina e para lâmina nuclear, que dá suporte estrutural para a carioteca e auxilia em sua desorganização e reorganização ao longo do ciclo celular. 
Já a membrana externa apresenta polirribossomos aderidos à sua superfície, as proteínas sintetizadas nestes ribossomos são transportadas através do espaço perinuclear.
2.1.2 Poros nucleares
Os poros nucleares são encontrados inseridos na carioteca. Essas estruturas formam canais que facilitam e controlam a passagem de moléculas entre o núcleo e o citoplasma, sendo seletivas com quais moléculas iram passar.
As pequenas moléculas atravessam os poros nucleares, enquanto a maioria das macromoléculas, precisam de um processo especial, que utiliza da energia da célula para promover transporte ativo através dos poros, tanto para dentro como para fora. Para que ocorra o transporte de proteína é necessário que apresentem sequências de aminoácidos que sinalizam para importação ou exportação, em processos de transporte ativo através da carioteca, que envolvem a participação de outras proteínas que reconhecem estes sinais, além daquelas a serem transportadas.
Os poros nucleares permitem a difusão livre de pequenas moléculas solúveis em água e impedem que quaisquer proteínas assim como os ácidos nucléicos saiam ou entrem no núcleo de forma inapropriada. Já que muitas macromoléculas celulares são grandes e não podem se difundir através dos poros nucleares, a composição proteica do nucleoplasma e do citoplasma é exclusiva a cada compartimento subcelular e finamente regulada.
2.2 Lâmina Nuclear
A lâmina nuclear é composta por proteínas polimerizadas e é responsável por toda organização estrutural do envelope nuclear, ela é constituída por filamentos intermediários que podem ter de 8 a 10 nm de espessura. Existem três tipos de lâminas: A, B e C que são responsáveis pela estabilidade e forma do núcleo e também pela organização, logo estas lâminas se localizam na parte periférica do nucleoplasma.
Os três tipos de lâminas são codificados por três genes distintos. A e C são sintetizados pelo mesmo gene que se chama LMNA. Já as de tipo B são codificadas por genes distintos LMB1 E LMB2.
No processo de farnesilação (modificação pós-transducional de proteínas) permite que as lâminas se ancorem à membrana nuclear interna. A partir disso formam-se dímeros, tetrâmeros, protofilamentos, filamentos e no final o retículo que compõe a lâmina nuclear.
O que causa a ruptura do envelope é o processo de fosforilação que desestrutura toda a lâmina. 
A interação entre elas é fundamental para a estruturação de todo envelope nuclear. Na mitose ocorre este processo de fosforilação em resíduos de aminoácidos e com este fato a interação entre as lâminas nucleares são reduzidas, assim ela se desfaz e por último o envelope também se desfaz. 
Figura 1 – Panorama dos componentes celulares nucleares, dando ênfase à lâmina nuclear.
Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/479140847832949127/>. Acesso em 26 de Outubro, 2017.
2.3 Nucleoplasma
O nucleoplasma, carioplasma, cariolinfa ou suco nuclear, é o conteúdo fundamental do núcleo de uma célula, constituído por uma solução aquosa incolor de proteínas, RNA, nucleosídios, nucleotídeos e íons, sendo que a maioria das proteínas presentes são enzimas envolvidas com a transcrição e duplicação do DNA, tais como, os DNA-polimerases, as RNA-polimerases, topoisomerases, helicases, entre outras. Os nucléolos e a cromatina localizam-se mergulhados nesse líquido.
Dispersos na cariolinfa há a presença de proteossomos que são agregados proteicos envolvidos com a degradação de proteínas, localizados nas regiões eucromáticas tanto quanto na periferia da heterocromatina e dos nucléolos. Uma das funções dos proteossomos nucleares é hidrolisar as proteínas envolvidas no controle do ciclo celular. 
O carioplasma se assemelha ao citoplasma, e é a membrana nuclear que os separam. Esta apresenta características levemente acidófilas que dão consistência à solução aquosa.
O núcleo interfásico é estruturado em compartimentos distintos, que direcionou pesquisadores a associarem a participação da matriz nuclear na organização desses compartimentos no espaço nuclear. As fibras cromáticas não estão localizadas ao acaso, todavia ocupam locais específicos no interior do núcleo. Estudos sugerem que, a matriz nuclear é uma estrutura fibrilar que forma um endoesqueleto. A estrutura continua com forma e tamanho original após a digestão do DNA com DNase e a extração da maioria das proteínas nucleares. 
A matriz nuclear é uma rede de fibras que se encontram por todo o interior do núcleo, equivalente ao citoesqueleto. Esta é composta por 3 componentes: a lâmina nuclear (rede de filamentos intermediários compostos por lâminas de A, B e C situadas na periferia do nucleoplasma), estrutura nucleolar e uma rede fibrilar interna, que seria a matriz nuclear. Porém, existem controvérsias sobre a existência da mesma numa célula viva.
Figura 2 - Estruturas do núcleo celular, enfatizando o nucleoplasma.
Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo2.php>. Acesso em 26 de Outubro, 2017.
2.4 Cromatina
Cromatina é o complexo de DNA, proteínas histônicas e não histônicas, presente no núcleo de células em período de intérfase. É constituída por uma estrutura filamentosa com cerca de 10 a 30 nm de espessura, que sofre níveis adicionais de empacotamento.
A unidade básica é o nucleossomo, que é formado por pelo menos 200 pares de bases de DNA de filamento duplo complexado com várias histonas. O número de pares de bases envolvidos varia conforme a espécie. Os nucleossomos são separados por sequências mais curtas (cerca de 50 pares de bases) de DNA de filamento duplo.
Entre os componentes da cromatina está o DNA, que se encontra na forma de macromoléculas. É formado por duas fitas helicoidais de polinucleotídeoscomplementares que se associam por ligações de hidrogênio.
Histonas são proteínas de caráter básico que têm função estrutural na organização dos cromossomos. São importantes componentes da estrutura da cromatina, pois não participam somente como repressoras, mas também como ativadoras da transcrição do DNA.
As proteínas não histônicas desempenham várias funções na cromatina, desde o estrutural até o enzimático, participando até da regulação da atividade gênica. Fazem parte desse grupo as enzimas que atuam nos processos de transcrição, replicação e reparo do DNA e nos processos de condensação e descondensação da cromatina.
A cromatina pode ser dividida em duas partes, a heterocromatina e a eucromatina, esta é a parte ativa onde é feita a transcrição dos genes. Já a heterocromatina é a cromatina condensada, com replicação de DNA mais lenta e certa inatividade gênica e assim como a cromatina, também pode ser classificada em duas, a constitutiva e a facultativa.
Figura 3 - Fibra nucleossômica vista em microscopia eletrônica.
Disponível em: <https://curiosando.com/diferencia-heterocromatina-y-eucromatina>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
A heterocromatina constitutiva é aquela de regiões centroméricas, teloméricas e, algumas vezes intercalares de regiões homólogas de cromossomos homólogos, geralmente rica em DNA repetitivo ou satélite e predominantemente não codificadora.
A heterocromatina facultativa é um estado fisiológico reprimido do DNA numa região condensada da cromatina, ocorrendo em apenas um dos cromossomos homólogos e podendo reverter ao estado não condensado. 
2.4.1 Nucleossomo
Os nucleossomos são os principais componentes da cromatina e se encontram mais concentrados nas regiões com maior enovelamento de DNA. Sua função é ordenar o DNA de forma que torne fácil o acesso a áreas específicas com alto nível de transcrição e compactar áreas inativas nas etapas de transcrição. Isso tudo para impedir que o DNA forme emaranhados não funcionais, assim não tendo como se quebrar ou embaraçar ao ponto de impedir alguma função de transcrição.
Nuclessomos são formados por octâmeros de histonas, a região central dos nucleossomos, que parecem muito com um disco.
As histonas têm um papel muito importante, pois as extremidades dessas proteínas têm uma afinidade muito alta com o DNA, o fazendo dar duas voltas e meia em torno delas, formando assim um octâmero. Elas são proteínas octaméricas que se associam ao DNA formando assim uma estrutura conhecida como “colar de contas”, devido sua aparência similar ao objeto. São organizadas em duas divisões. As histonas de núcleo, H2A, H2B, H3 e H4, são as mais abundantes, e a histona de ligação, H1.
Figura 4 - Combinações de proteínas histonas que formam um octâmero, o núcleo de histonas
Disponível em: <http://knoow.net/ciencterravida/biologia/nucleossoma/>. Acesso em 30 de Outubro, 2017
H3 + H4 = Dímero; 
Dímero H3H4 + Dímero H3H4 = Tetrâmero H3H4; 
Tetrâmero H3H4 + Tetrâmero H2A-H2B = Octâmero
Na imagem é possível ver claramente as várias proteínas se combinando para formar um octâmero.
As histonas de núcleo formam o disco que é envolvido pelo DNA e a histona de ligação “prende” o envolto, evitando assim que se solte facilmente.
Figura 5 – Demonstração mais visível de onde e qual a função da histona H1
Disponível em: <https://www.infoescola.com/citologia/nucleossomo/>. Acesso em 30 de Outubro, 2017
2.4.1.1 Formação do nucleossomo
Elas possuem caudas livres que são passiveis de sofrerem modificações moleculares e alterar o perfil da cromatina. Suas formações são de aminoácidos específicos e, por causa dessas modificações, são capazes de ativar o afrouxamento do enovelamento entorno das histonas permitindo a transcrição e repressão da cromatina, aumentar a rigidez da cromatina entorno do nucleossomo e impedir sua transcrição. O que irá determinar qual processo será efetuado é em qual aminoácido da cauda livre irá ser vinculado ao agrupamento de metil ou acetil e a quantidade de grupos dos mesmos
2.5 Nucléolos
Nucléolo é uma estrutura obrigatória de todas as células eucariontes nucleada, existindo um nucléolo por núcleo. Não possui delimitação por membrana e é localizada justamente no núcleo, e se torna parte dele. Vale ressaltar que os nucléolos estão presentes nas células quando não estão fazendo divisão celular. Sendo assim eles desaparecem no início do processo de divisão e se recompõe apenas no final do mesmo.
Existe também uma região celular chamada cromatina, que é formada por moléculas de DNA que estão associadas a proteínas histonas, e esta atua como organizadora do nucléolo.
Seu tamanho é variado, entretanto, em células com maior atividade de síntese de proteínas seu tamanho é elevado. Seu formato são basicamente massas esféricas que podem ser identificadas nos microscópios, e sua composição se limita a DNA (acido ribonucleico), RNA (acido desoxirribonucleico) e algumas proteínas. Ele é composto de componentes granular e fibrilar. Os componentes fibrilares são classificados como centros fibrilares e componentes fibrilares densos. 
Quanto mais a célula produz proteína maior o nucléolo, ou seja, há uma relação positiva entre sua síntese proteica e seu tamanho. Essa relação é observada facilmente em sua função como estrutura, que está intimamente ligada a produção de ribossomos que, por sua vez, produzem proteínas.
O DNA presente no nucléolo é o que origina o RNA ribossômico, mais conhecido como rRNA. Esse rRNA que será produzido é uma fração do RNA presente nessa região. Em relação às proteínas presentes, estas se tratam de partes estruturais da organela, e também são necessárias para a produção dos ribossomos, como por exemplo, as enzimas que participam das reações e as proteínas que compõem o produto final.
Além da produção dos ribossomos, o nucléolo também esta associado a eventos importantes como a telomerase RNP, montagem da partícula de reconhecimento do sinal e sentir estresse celular.
3 CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE REGENERAÇÃO
 
A regeneração é responsável pela restituição da integridade anatômica e funcional de um tecido. Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células lábeis ou estáveis, células que contém a capacidade de se regenerar através de toda a vida (por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.).
Pela multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original. Além dessa condição, a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação (como parênquima, derma da pele etc.) subjacente ao local comprometido. Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos padrões normais. Além das células lábeis e estáveis, há também as células permanentes, onde permanecem na fase G0, sendo metabolicamente ativa, porém sem divisão.
O mecanismo de reparação dos tecidos sempre começa após um processo inflamatório. O corpo se defende contra um agente agressor e, com isso, deixa algumas marcas que precisam ser curadas. Os métodos priorizados de reparação pelo organismo variam de acordo com o tipo de tecido lesionado, a intensidade da lesão e a capacidade de manutenção da estrutura prévia do tecido.
Os órgãos humanos podem ser compostos por três tipos de células: lábeis, estáveis e permanentes.
3.1 Células lábeis
Caracterizadas por seu contínuo processo de proliferação, a regeneração classificada como fisiológica ocorre quando um dos órgãos é destruído, e o outro assume processos regenerativos mais intensos para compensar a destruição do seu par. Há ainda a regeneração compensadora, observada nos órgãos pares (por exemplo, pulmão, rins etc.). Por fim, há a regeneração patológica quando houver destruição tecidual e perda da homeostase e da morfostase. 
As fases da regeneração incluem um momento em que há demolição das células lesadas e inflamação, seguido por intensa proliferação.Atualmente sabe-se que algumas proteínas da matriz extracelular estimulam a proliferação celular, bem como existem alguns genes responsáveis pela mitose celular.
A diferenciação celular é um conceito importante nos processos, são transformações que a célula desenvolve durante seu ciclo de vida pelas quais vai adquirindo especializações, assim, uma célula embrionária, para atingir o "status" de célula epitelial, passa por estágios de transformação (principalmente de suas organelas e de seu metabolismo) até assumir um comportamento de célula epitelial. Nos processos regenerativos, em geral, quanto mais diferenciada for uma célula (isto é, mais especializada), menor é seu grau de multiplicação e regeneração. Contudo, esse princípio não pode ser generalizado para todos os tipos celulares, pois a localização e a capacidade da célula de sofrer agressões influenciam em seu comportamento regenerativo. Por exemplo, as células da mucosa bucal (células lábeis) são mais facilmente regeneradas do que as de pele (também lábeis); já as células da medula óssea (novamente lábeis) têm regeneração completa.
Estando continuamente transitando nas fases do ciclo, são células que, por se dividirem constantemente, possuem um ciclo de vida curto. As hemácias, por exemplo, são destruídas a cada 120 dias. Os espermatozoides e os óvulos também duram poucos dias e são sempre repostos. Outros exemplos são, o epitélio de revestimento do trato gastrointestinal ou do sistema hematopoiético, mucosas, boca, pele.
Figura 6- Epitélio da mucosa bucal. As diferentes camadas desse epitélio garantem sua regeneração, sendo dita como fisiológica.
Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/998736/celulas-labeis>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
Figura 7- Epitélio da derme e da mucosa bucal.
Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/998736/celulas-labeis>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
Apesar de ambos os tecidos serem constituídos por células lábeis, existem diferenças na capacidade regenerativa: a mucosa bucal regenera mais facilmente do que a pele.
Figura 8 - Mucosa intestinal.
Disponível em: <https://library.med.utah.edu/WebPath/GIHTML/GI162.html>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
Figura 9 - Mucosa bucal.
Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/434104851566421642/>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
3.2 Células estáveis
São caracterizadas por células cuja capacidade de replicação dos núcleos permanece em descanso na maior parte do tempo (fase G0), entretanto pode mudar rapidamente após receber um estímulo adequado por meio de sinais químicos ou sinalizadores até que consigam se dividir.
As células estáveis (com menor poder mitótico em relação às lábeis e bem diferenciadas) possuem capacidade de regeneração bem variável de órgão para órgão. O fígado, por exemplo, regenera-se completamente, inclusive sua estrutura estromática, ou seja, vasos sanguíneos, sistema de ductos, arcabouço conjuntivo etc. Já no rim, o glomérulo não se refaz após destruição completa, mas o epitélio tubular pode se regenerar completamente. A cartilagem, por outro lado, não se refaz, assim como os ácinos das glândulas salivares. O tecido ósseo tem regeneração mais complexa, mas também pode adquirir sua estrutura original. As células estáveis representam a maioria das células que formam os tecidos, com tempo de duração longo. Exemplo: Fígado, células do tecido adiposo, das cartilagens, dos ossos, células dos túbulos renais e os fibroblastos, etc.
Figura 10 - Célula do fígado.
Disponível em: <http://www.culturamix.com/saude/celulas-do-figado/>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
Figura 11 - Célula cartilaginosa
Disponível em: <http://www.icb.usp.br/mol/6-3-exemplos.html>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
3.3 Células permanentes
	São células que permanecem na fase G0, cujos núcleos não possuem mais a capacidade de reiniciar o processo replicativo e uma vez perdida essa capacidade, essas células não são mais substituídas durante toda a vida. Atingem alto grau de especialização, por isso, depois de concluída a formação embrionária, perdem a capacidade de reprodução, não sofrendo mitoses em nenhum estágio, mesmo sendo metabolicamente ativa. É o que se verifica com as fibras musculares estriadas e com os neurônios. Não há renovação dessas células no organismo depois do nascimento. Por isso, são inviáveis, por exemplo, os transplantes de coração.
Figura 12 - Célula cardíaca
Disponível em: <http://pordentrodomundodascelulas.blogspot.com.br/2017/05/celula-muscular-cadiaca.html>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
Figura 13 – Neurônios
Disponível em: <https://www.todoestudo.com.br/biologia/neuronios>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
4 CICLO CELULAR 
A capacidade de crescer e de se reproduzir é atributo fundamental de todas as células. No caso das células eucariontes, o processo básico de gênese de novas células obedece a um padrão cíclico que começa com o crescimento celular, determinado por um aumento quantitativo coordenado dos milhares de tipos diferentes de moléculas que a célula tem, inclusive de seu material genético, e culmina com a partição de seu núcleo e citoplasma em duas células-filhas. As células originadas repetem o ciclo e o número de células aumenta exponencialmente. Este processo é denominado ciclo de divisão celular ou, simplesmente, ciclo celular, e serve tanto para manter a vida, em organismos pluricelulares, como para gerar a vida, no caso dos organismos eucariontes unicelulares (Junqueira, Carneiro, 2012).
O ciclo celular compreende um longo período de interfase, seguido de um estágio divisional. Durante a interfase, a célula se encontra em constante atividade, produzindo substâncias diversas, realizando processos químicos e físicos e desempenhando suas funções, atividades estas relacionadas com a sobrevivência de um organismo. Esta é subdividida nas fases G1, S e G2. A letra S é usada para simbolizar a palavra Synthesis, ou seja, a fase de intensa síntese de DNA. Já G1 e G2 fazem referência à palavra Gap, que significa intervalo, ou seja, os períodos G1 e G2 indicam o antes e o depois da produção do DNA. As divisões celulares são processos contínuos dependendo do tipo celular. Esse processo de multiplicação ou proliferação, que ocorre por duplicação de células preexistentes, é também o responsável pela reposição de células mortas e pela regeneração de partes danificadas de tecidos ou órgãos.
O crescimento e a divisão celular devem ser regulados e coordenados de tal modo que o ciclo transcorra em um equilíbrio que assegure a manutenção das características celulares essenciais na progênie. Por isso, a duração do ciclo tem de se ajustar perfeitamente ao tempo que a célula necessita para dobrar seu tamanho. Assim, evitando-se que esta seja cada vez menor, ou maior, dependendo do tempo de duração em relação à massa celular. Essa coordenação requer que mecanismos de controle operem em momentos específicos do ciclo celular (Junqueira, Carneiro, 2012).
Figura 14 - Estágios do ciclo celular.
Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/-4ovTJdizbEA/Tnp_D5vjyHI/AAAAAAAAAHE/FXIbPfguvs0/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg.>. Acesso em 04 de Novembro, 2017.
4.1 Fase G0
	A fase G0 é um estado quiescente (em repouso) no qual as células podem ficar por tempo indeterminado. Nesse estágio, estas permanecem metabolicamente ativas envolvidas em atividades de síntese e secreção proteica, entretanto não se dividem, concentrando-se em exercer sua função vital, ou então, podem entrar em processo de divisão apenas quando estimuladas por sinais extracelulares, com a finalidade de renovação, e/ou reposição após morte ou lesão celular.
Essa fase depende do tipo celular envolvido. Há células que se dividem rapidamente, e nestes casos, as células-filhas podem entrar imediatamente em um novo ciclo de divisão celular, como as células epiteliais. Outros tipos de células dividem-se lentamente ou não se dividem. Por exemplo, as células hepáticas se encontram nessa fase e devido a um dano no órgão retornama G1, continuando o ciclo. Já os neurônios e as hemácias se situam permanentemente em G0 até que elas ou o organismo morram. Em vista disso, a G0 é um estado permanente para algumas células, enquanto outras podem reiniciar a divisão caso recebam os sinais corretos.
O estado G0 está muito relacionado com a redução progressiva das sequências teloméricas do DNA durante as sucessivas divisões celulares, sugerindo que G0 pode ser provocado pela incapacidade de manter o comprimento dos telômeros (ou porque as células são deficientes em telomerase). Em outras palavras, o tamanho do telômero regride ao longo das duplicações celulares até um tamanho mínimo que interrompe a proliferação celular. A enzima telomerase é capaz de resolver o problema de encurtamento do telômero, catalisando a formação de mais DNA telomérico, no entanto, há células que carecem dessa substância.
4.1.1 Sinalização celular
	Um dos principais mecanismos que permitem o funcionamento nos organismos pluricelulares é o da sinalização celular. As células se comunicam por meio de sinais elétricos ou químicos, os quais regulam as atividades celulares, respostas a estímulos do meio ambiente e outras. O estímulo é frequentemente uma substância química (ligante) que se liga a um receptor e o ativa, mas também pode ser um estímulo elétrico. Um receptor ativo transduz (transporta através) o estímulo em um sinal químico dentro da célula, essa transdução converte um tipo de sinal (estímulo) em outro sinal (mensageiro).
Figura 15 - Exemplo de mecanismo de sinalização celular.
Disponível em: <http://www.abcdamedicina.com.br/sinalizacao-celular-tipos-de-ligantes-e-receptores-transducao-sinal.html>. Acesso em 01 de Novembro, 2017.
	As células fazem parte de um complexo sistema de comunicação, governando e coordenando as atividades e funções celulares. Estas conseguem perceber e corretamente responder ao seu ambiente envolvente, formando a base do desenvolvimento da reparação de tecidos, da imunidade e de outras funções de homeostasia em tecidos. Erros existentes no processamento de informação celular são responsáveis por doenças como o cancro, a autoimunidade e diabetes.
	Há alguns tipos de ligantes da sinalização, sendo eles:
Sinalização dependente de contato: proteínas ligadas à membrana plasmática de uma célula podem interagir com receptores de uma célula adjacente. A substância indutora não é secretada, ficando na superfície da célula sinalizadora.
Figura 16 - Sinalização dependente de contato.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABUlYAC/receptores-sinalizacao-celular-i-parte-1-2>. Acesso em 01 de Novembro de 2017.
Sinalização parácrina: as moléculas sinalizadoras (mediadores locais) agem em múltiplas células-alvo, próximas do local de sua síntese. Exemplo: neurotransmissores.
Sinalização autócrina: a célula responde a substâncias liberadas por ela mesma. As moléculas sinalizadoras são os mediadores locais, como por exemplo, alguns fatores de crescimento.
Figura 17 - Sinalização autócrina.
Disponível em: <http://clinicascaiocaio39.blogspot.com.br/>. Acesso em 01 de Novembro, 2017.
Gap junctions, junções gap ou comunicantes, ou apenas nexos: os sinais são transmitidos para células imediatamente adjacentes através das membranas (por componentes lipídicos ou proteicos). Exemplo: transmissão da despolarização em células cardíacas.
Sinalização endócrina: os sinais são hormônios transmitidos a diversas localidades do organismo via corrente sanguínea.
Figura 18 - Sinalização endócrina.
Disponível em: <https://www.slideshare.net/felipecavalcante33/fisio-endcrino>. Acesso em 01 de Novembro, 2017.
	Há também alguns tipos de receptores da sinalização, são eles:
Receptores nucleares: de localização intracelular, são receptores citosólicos que atuam principalmente na transcrição de genes através do DNA. Regulam esta através de hormônios esteroides, tireoidianos, ácido retinóico e vitamina D. Um ligante atravessa a membrana e se liga no receptor no citosol onde migra para o núcleo, ocorrendo transcrição genética, sintetizando proteínas e assim gera efeitos celulares.
Receptores de membrana: localizados na membrana plasmática celular com uma bicamada lipídica, se associam a ligantes hidrofílicos, ou seja, insolúveis em lipídios, penetrando com mais dificuldade. Exemplo: glicose, aminoácidos.
 
4.2 Fase G1
Uma determinada fábrica multiplica-se pela construção de várias filiais, o mesmo acontece com as células, que se dividem e produzem copias de si mesma para um determinado fim. Logo, para se dividir, uma célula deve completar várias tarefas importantes: ela precisa crescer copiar seu material genético e dividir-se fisicamente em duas células filhas (ou quatro células, no caso da meiose). As células realizam essas tarefas em diferentes etapas que constituem o ciclo celular (chamamos de ciclo, pois ao final de cada um, as células-filhas podem começar novamente o mesmo processo), uma dessas etapas é denominada de Fase G1, também chamada de primeira fase de intervalo.
É um período durante a interfase, após a citocinese e antes da fase S. Durante a fase G1 a célula cresce e torna-se fisicamente maior (a visão por um microscópio pode confirmar esta tese), copia organelas e fabricam os componentes moleculares que precisará nas próximas etapas, desta forma a célula exige tantas proteínas e enzimas estruturais que resulta em uma grande quantidade de síntese proteica. A taxa metabólica da célula será elevada e para muitas células, esta fase é o maior período de crescimento celular durante a sua vida útil.
Uma pergunta que diversas pessoas se fazem é: A célula sempre cresce antes de se dividir? E a resposta é que sim, na maioria dos casos, as células realmente crescem antes da divisão. Entretanto, em determinadas situações durante o desenvolvimento, as células podem intencionalmente dividir-se em pedaços cada vez menores em várias rodadas sucessivas de divisão celular. Por exemplo, isso acontece bem no início do desenvolvimento do embrião da rã-de-unha-africana (Xenopus laevis)
A fase G1 consiste de quatro subfases:
Competência (g1a)
Entrada (g1b)
Progressão (g1c)
Assembleia (g1d)
Estas subfases podem ser afetadas por fatores limitantes do crescimento, abastecimento de nutrientes e inibição de fatores adicionais. Uma célula humana durante seu processo de divisão a cada 24 horas gasta 9 horas na fase G1.
4.2.1 Pontos de controle
Toda célula possui seu ciclo celular, sendo ele dividido em algumas fases (imagem abaixo). O controle celular é essencial para a manutenção dela, existindo três pontos de checagem, sendo eles, em metáfase/anáfase, G2/M, G1/S, verificando se há possibilidade de transição de uma fase para a outra sem nenhum erro. Em cada ponto é averiguado questões específicas, como por exemplo, na fase G1: o ambiente é favoravel á divisão? Ou há danos no DNA? Segundo, fase S/G2: o DNA foi replicado corretamente? Terceiro, fase M: como estão os Cromossomos?
Usando suas próprias informações, a celula consegue determinar se vai ou não realizar a divisão, garantindo assim que não ocorra em condições desfavoráveis.
	
Figura 19 - Representação do ciclo celular e suas respectivas fases.
Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo11.php>. Acesso em 01 de Novembro, 2017.
4.2.1.1 Ponto de restrição
É o ponto posterior ao qual o ciclo celular irá prosseguir no processo. Caso a célula não receba os estímulos necessários para romper o ponto de restrição, ela entra em G0. Se a proteína p53 (é uma proteína citoplasmática sintetizada pela própria célula) não funcionar corretamente, células com o DNA danificado podem se multiplicar e acabar virando celulas cancerosas. Para se ter uma ideia, em 50% dos tumores humanos, observa-se mutações no gene que codifica essa proteína. 
O principal ponto de checagem é denominado ponto de restrição (ponto de checagem G1), indicado na figura abaixo pelo número 1, representado a fase G0.
4.2.1.2 Ponto de checagem de danosdo DNA
Os pontos de checagem são de extrema importância, pois é o estágio em que a célula decide se vai ou não prosseguir com a divisão, examinando tudo, desde seus componentes internos aos externos. Os três pontos mais importantes são denominados de:
Ponto de checagem G1 na transição de G1/S: é o principal ponto de decisão para uma célula, ou seja, optar entre dividir ou não. Depois de passar pelo ponto de checagem G1 e entrar na fase S, a célula acaba se tornando irreversivelmente comprometida com a divisão, isentando-se de problemas inesperados, tais como, algum dano no DNA ou erros de replicação. Alguns fatores que a célula avalia no ponto de checagem G1 é o tamanho celular, nutrientes, sinais moleculares e a integridade do DNA.
Ponto de checagem G2 na transição de G2/M: neste, a célula irá checar se a divisão celular anterior ocorreu sucessivamente, sem nenhum dano. Esta fase ocorre antecedente a fase M, verificando os componentes, integridade do DNA e a replicação do mesmo. Se nesse ponto for detectado algum erro, ou dano, a célula irá “pausar” no ponto de checagem G2, para reparar tais danificações, e se o problema for no DNA, o ciclo é interrompido para tentar complementar a sua replicação ou repará-lo.
Ponto de checagem M: também conhecido por ponto de checagem do fuso. Nesse ponto, é onde ocorre a duplicação do DNA e do centrossomo, além disso, é a parte em que se examina as cromátides irmãs, se estas estão ligadas corretamente aos microtúbulos do fuso. O ciclo não irá se completar até que os cromossomos estejam certos e ligados aos filamentos em lados opostos da célula, se houver um cromossomo no lugar errado, a célula “pausa” o processo até que o fuso recupere o cromossomo perdido.
	4.3 Fase S
A fase “S” é o processo da intérfase onde ocorre a duplicação do DNA, assim, uma cópia da célula-mãe é passada para a célula-filha, de modo que estas possuam a mesma quantidade de material genético da célula-mãe. Essa fase ocorre apenas em células que estão prestes a se dividir e tem duração de 7 a 8 horas, sendo que, devido a duplicação do DNA, o número dessas moléculas é duplicado e com isso formam-se as cromátides-irmãs que se mantém associadas por complexos proteicos chamados de coesina. É também na fase “S” que ocorre a síntese de histonas e a duplicação do centrossomo e dos centríolos.
Figura 20 - Indicação das fases da intérfase, mostrando a fase S.
Disponível em: <https://planetabiologia.com/fases-do-ciclo-celular-etapas-resumo/>. Acesso em 01 de Novembro, 2017.
4.3.1 A principal enzima do processo
Existem diversas enzimas que fazem parte desse processo, certas enzimas desemparelham as duas cadeias de DNA abrindo a molécula, outras desenrolam a hélice dupla, e algumas unem os nucleotídeos entre si.
A enzima responsável pela ligação dos nucleotídeos é conhecida como DNA polimerase, pois sua função é construir um polímero - do grego poli, muitas, e meros, parte - de nucleotídeos.
Figura 21 - DNA polimerase.
Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico3.php>. Acesso em 03 de Novembro, 2017.
O processo de duplicação do DNA
O processo inicia-se pela separação das fitas. Ocorre a quebra das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas e as fitas são separadas, com a exposição dessas bases, a enzima DNA polimerase adiciona novos nucleotídeos livres nas fitas separadas, que vão se unindo a elas, sempre respeitando a forma de emparelhamento: A com T, T com A, C com G e G com C. Quando as duas fitas originais tiverem sido complementadas por novos nucleotídeos, teremos duas moléculas de DNA, idênticas entre si; em cada molécula há um filamento novo e um antigo, o último será usado como molde para a formação de uma nova fita, assim, podemos chamar esse processo de duplicação semiconservativa.
Figura 22 – Processo de duplicação do DNA.
Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico3.php>. Acesso em 05 de Novembro, 2017.
	O DNA se apresenta na forma de fibras de cromatina, formando um complexo com proteínas denominadas histonas, por isso, é a cromatina que sofre duplicação no período S, fazendo que não só o conteúdo de DNA seja duplicado, mas também a quantidade de histonas.
	4.3.3 Algumas características desse período
A introdução de timidina-H3 e bromo-desoxiuridina, não acontece ao mesmo tempo nas moléculas de DNA de um núcleo, por isso, se diz que a duplicação do DNA é assíncrona.
A eucromatina, que constitui a cromatina ativa, é a primeira que se duplica marcando o início da fase “S”. Já a heterocromatina é a última a se replicar, sendo considerada replicação tardia.
A velocidade desse processo é calculada em 30 mm por minuto, nos núcleos das células eucariontes dos vertebrados. Com isso, se o processo começasse por um extremo da molécula e terminasse no outro, o genoma gastaria aproximadamente um mês para que um cromossomo humano pudesse se replicar por completo. Mas como as células eucariontes possuem múltiplas origens, o problema é solucionado de forma que a replicação do seu grande genoma no curto espaço de tempo da fase S superaram a baixa velocidade de sua replicação.
4.4 Fase G2
A fase G2 acontece entre o período do fim da duplicação do DNA (fase S) e o início da mitose. É a fase mais rápida da interfase, com duração de 2 a 4 horas.
Nessa fase a célula além de continuar o processo de síntese de proteínas iniciada na fase G1, também faz a síntese de RNA e a síntese das proteínas não histônicas (que vão atuar durante a condensação da mitose), além de ocorrer também a duplicação dos centríolos e de outras organelas do citoplasma. Esses processos de síntese duram até o período da mitose, e provocam o aumento do volume e tamanho de célula, a preparando assim para a divisão.
O responsável pela passagem da fase G2 para a mitose é o complexo Cdk1-ciclina B, conhecido como fator promotor da mitose (MPF). O MPF também é responsável por algumas etapas da mitose como a condensação cromossômica, a ruptura do envoltório nuclear, a montagem do fuso e a degradação da proteína ciclina. Ele é controlado pelas proteínas quinases e fosfatases, que vão estimular e/ou inibir sua ação.
Figura 23 - Fator promotor da mitose (MPF).
Disponível em: <http://www.ciclocelular.com.br/mitose-fase-g2/>. Acesso em 30 de Outubro, 2017.
A ciclina B é sintetizada na fase S e ocorre o acumulo no citoplasma, e é transportada para o núcleo pela importina β. 
No núcleo vão acontecer dois eventos que levaram a mitose: a fosforilação da Cdc25C pelas quinases (que se torna ativa e impede a saída do núcleo) e o outro é a fosforilação da ciclina B por outras quinases, fazendo com que se acumule rapidamente a Cdk1-ciclina B. A Cdc25C ativa o MPF por meio da desfosforilação de seus sítios inibitórios – T14 e Y15.
Figura 24 - Ativação do MPF.
Disponível em: <http://www.ciclocelular.com.br/mitose-fase-g2/>. Acesso em 30 de Outubro, 2017).
Em G2 também acontecem verificações e possíveis reparações da célula para que não haja um erro na duplicação, causando assim alguma alteração como um câncer. Se for encontrado algum erro no código da divisão uma serie de componentes é ativada para parar o ciclo da divisão celular.
CONCLUSÃO
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou a concepção de uma visão abrangente das características essenciais que diferem as células eucarióticas. Os aspectos estruturais e funcionais do núcleo de uma célula em período de interfase possuem um papel dentro do arranjo celular desempenhando funções de síntese, comunicação, proteção, entre outros. O ciclo celular, processo do qual, o núcleo pode ser visto em sua totalidade, é considerado como o ciclo de vida de uma célula. Isto é, é a série de estágios de crescimento e desenvolvimento que uma célula passa entre seu "nascimento" - formação pela divisão de uma célula mãe - e reprodução - divisão para gerar duas células filhas. Além do mais, requer atenção e cuidado intenso na passagem entreas fases ao estágio divisional, evitando mutações celulares que possam prejudicar o tecido. Consequentemente, há pontos de controle que regulam e verificam se há disposição de condições favoráveis e a existência de danos no decurso do processo. 
A capacidade divisional habilita as células a renovação ou multiplicação quando estimuladas, a fim de condicionar sobrevivência a um organismo vivo. Aliás, é possível a compreensão perante as precauções tomadas ao longo do percurso interfásico, pois, há a possibilidade de resultar na proliferação desordenada e incontrolável de células anormais, causando o câncer e outros tipos de alterações que possam prejudicar o indivíduo.
	Dada à importância do assunto, a contemplação estrutural e as atividades exercidas por essa unidade pesquisadas detalhadamente, torna viável o entendimento de um ser vivo em todos os sentidos.
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