Buscar

Resumo Ecologia florestal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vicariância 
É um mecanismo evolutivo em que ocorre a separação de populações de determinadas espécies. Com a falta de fluxo gênico entre as populações elas tenderam a ficarem mais diferentes que levará a especiação formando novas espécies. Alexander von Humboldt foi o pioneiro da biogeografia no inicio do século XIX, ele notou a diferença na fisionomia em latitudes e altitudes diferentes e classificou a vegetação da seguinte forma: as composições florísticas em reinos e regiões; fisionomia e estrutura em províncias e setores.
Atualmente é dividido em seis reinos: reino holoártico, neotropical, paleotropical, australiano, capensis, antártico.
Reino Holoártico – tem a maior extensão territorial. América do Norte, Ásia, Europa e extremo Norte da África. Os principais biomas são Tundra, Taiga, Florestas Temperadas e Estepes.
Neotropical – Sul da Flórida até o extremo sul da Argentina. Principais Biomas são Florestas e Savanas Tropicais.
Paleotropical – Grande parte da África, sul da Ásia e norte da Oceania. Principais biomas são Savanas, Florestas Tropicais, Desertos.
Australiano – Grande parte do continente Australiano. Principais biomas são Florestas Tropicais, Temperadas, Desertos e Savanas.
Capensis – Extremo sul da África, principais biomas são Chaparral. Elevado grau de endemismo.
Antártico – Antártica, Chile, Nova Zelândia e ilhas do extremo sul. Principais biomas são Tundra, Estepes e Floresta Temperada. 
A vegetação é o componente mais perceptível na paisagem que é influenciada por animais, solos e clima. Permite compreender transformações históricas, entender, desenvolver e aplicar atividades de conservação e manejo.
Fitogeografia – distribuição de plantas no planeta, limites e faces de contato. Similaridade de composição de espécies. A fitogeografia adquiriu técnicas como e geoprocessamento e cartografia para mostrar a dinâmica dos vegetais no espaço geográfico.
Fitossociologia – comportamento estrutural de plantas. Abundância, complexidade de estratos vegetais, biomassa, dominantes, suprimidos. Tem como ferramentas o sensoriamento remoto. 
Os métodos de classificação
Fisionomia e taxinômico - Fisionomia que domina mais comportamento de espécies frequente e característica. 
Estrutural e funcional – relações planta-solo-clima-água. Não leva em conta relação antrópica.
Andreas Wilhelm Schimper deu a primeira proposta universal em que ele dividia em florestas, campos e desertos. No Brasil Tahan observou a vegetação na Amazônia, Paraguai, Paraná, Litoral Sul, Litoral Norte e São Francisco. Pra ele o clima não é determinante e o importante é a topografia e a vertente.
Proposta Clássica (1824) - Carl Friedrich ficou mais marcado, ele dividiu e 5 províncias e usou o nome de ninfas gregas: Naiádes era as ninfas das águas que correspondia a região amazônica, as Oréades, ninfas dos montes, aos Cerrados; as Dríades, ninfas das florestas, à Mata Atlântica; as Napéias, ninfas dos vales e prados, aos Campos Sulinos; e as Hamadríades, ninfas que morrem e ressurgem com as árvores que lhe servem de moradia, nomeiam a Caatinga, cuja vegetação ressurge após as chuvas. A característica desfavorável foi que ele não separou savana de cerrado.
A classificação da vegetação no Brasil teve inúmeras propostas com uso de termos regionalistas.
Fanerófitos – plantas lenhosas com gema apical protegida por catáfilos.
Cormófitos – geralmente herbáceas de áreas alagadas.
Hemicriptófitas – herbáceas campestres, elas perdem parte aérea na estação desfavorável, gemas protegidas no nível do solo pela folhagem seca.
Criptófitos ou geófitos – espécies vegetais que permanecem subterrâneas durante a época desfavorável para seu crescimento, sob a forma de bulbo, rizoma, tubérculo ou raízes gemíferas, frequente em campos porem também observados em floresta.
Terófitos – plantas herbáceas anuais, em estações desfavorável fica em forma de semente debaixo da terra. 
Helófitos ou hidrófitos – ambientes aquáticos. Algumas possuem todo o corpo submerso e outras apenas uma parte, ou ate mesmo flutuante. As flutuantes são normalmente dotadas de aerênquima, nas que ficam parte do corpo submerso podem possuir raízes com pneumatóforos.
Xeromórfitos – lenhosas ou herbáceas, estação desfavorável, órgão subterrâneo, gemas sobre o solo, espécies encontradas em savanas.
Lianas – plantas herbáceas ou lenhosas germinam no solo e necessita de um suporte para mantê-las eretas e crescerem em direção à luz, predomina em áreas florestais.
Classificação propriamente dita
Fisionomia predominante – florestal, campestre e arbustiva. 
Condições climáticas - Ombrófilas e estacional.
Informações do relevo e geográfico – 2ºC a 10 de latitude (alterações de espécies, 1º a cada 100 metros)
Floresta terra baixa – 4º de latitude norte a 16º de latitude sul. Altitude compensa a latitude.
Floresta Ombrófila – “amiga das chuvas”, altas temperaturas e precipitações, ausência de estação seca bem definida. Fisionomia densa, aberta e mista. Crescimento rápido, raízes tabulares em geral.
Floresta Ombrófila da Região Amazônica – clima tropical úmido, temperatura mínima de 18 graus, ausência de estação seca bem definhada no ano podendo ocorrer entre 0 a 120 dias de seca, porém em dias bem distribuídos no ano. O dossel chega a 50 metros.
Floresta perenifólia (sempre verde, mantem as folhas durante todo o ano) – tem duas fisionomias que são floresta ombrófila densa (mais alta) e floresta ombrófila aberta (mais baixa). As florestas ombrófilas densas são compostas por lianas, fanerófitas, epífitas, solos rasos e eutróficos (solos ácidos, fertilidade baixa ou média), alta ciclagem de nutrientes, raízes tabulares, solos arenosos, áreas drasticamente afetadas pelas cheias dos rios. Florestas ombrófilas abertas tem maior espaçamento entre as árvores, são áreas de transição entre floresta Amazônica e extra-amazônica apresenta mais de 60 dias de seca.
Floresta Ombrófila extra-amazônico tem clima tropical úmido ou temperado quente (mata atlântica), fisionomia densa, mista. Fisionomia densa tem interrupção ao longo da costa, brejos de altitude. Fisionomia mista tem como exemplo a Mata das Araucárias ou Mata dos pinheiros, ocorre em áreas mais frias geralmente onde a temperatura no mês mais quente é inferior a 22 graus, dorsel de 15 a 20 metros com araucárias atuando como emergentes 40 metros, alta riqueza de epífitas e apresentam menor riqueza de espécies arbóreas.
Florestas Estacionais – marcante sazonalidade, período seco de 4 a 8 meses. Apresenta deciduidade devido à estiagem, ao frio intenso, dossel mais aberto, comunidades arbóreas menos densa do que observado nas ombrófilas. Comunidades arbóreas de menor porte, redução de epífitas vasculares menor riqueza de espécies. Fabaceae não aparece. As fisionomias são semideciduas (perde de 50 a 80% de folhas), decídua, perenifólia (não perde as folhas).
Floresta Estacional Semidecidua – período de seca marcante, temperaturas médias anuais de 19 graus. Na seca entre 20 e 50% dos indivíduos perdem as folhas principalmente fabaceas. Dossel entre 15 e 30 metros. Poucos liquens e musgos (pela sazonalidade climática). Ocorre em todo Brasil, mas principalmente no Sul e Sudeste, corredores ciliares. Deciduidade e liberação de recursos, luz e serapilheira.
Florestas estacionais decíduas – estabilidade climática mais pronunciada (seca de 5 a 8 meses). Precipitação anual de 700 a 1300 mm. Temperaturas anuais maiores que 18 graus. Solos rasos ricos em nutrientes, solos com menor capacidade de armazenamento de água. Acima de 50% dos indivíduos perdem as folhas na seca. Dossel mais aberto, altura entre 15 a 20 metros, pouco estratificada. Ocorrem de norte a sul, disjunções, áreas interiores do país, baixa similaridade florística com as matas semideciduas. Causa da deciduidade é a baixa capacidade de retenção de água (nordeste), ausência de horizonte B no solo, afloramento rochoso (mata seca, centro oeste), estratégia para suportar o inverno (processo hormonal, sul).
Floresta Estacional sempre verde – estabilidade climática,4 a 7 meses de seco. Ausência ou redução da deciduidade foliar. Solo armazena água, densa rede de drenagem, latossolos profundos, riqueza de espécies menor que Floresta Ombrófila densa. Composição florística – canelas e pindaíba.
Savanas
Clima continental – dualidade de estações principalmente quanto à água. Terrenos com solos lixiviados. Alto teor de alumínio, solos oligotrópicos. Predomínio de Hemicriptófitas (plantas em que anualmente perde a parte aérea, ficando as gemas rente ao solo), geófitas (permanecem subterrâneas no período desfavorável para crescer em forma de bulbo, rizomas, tubérculo e raízes), caméficos (estrutura subterrânea com reserva de água) e xeromórfico. Gramíneas e Ciperáceas sob cobertura de arvores baixas, plantas tortuosa (por causa do fogo que queima a gema apical e nasce as laterais, ou por causa do alumínio) e de pequeno porte.
Cerradão – tem o solo mais profundo, menos ácido e mais fértil. Em solos rasos e pobres forma grande predomínio de gramíneas. Fisionomia florestal com altura de 10 a 15 metros. Fanerófitas apresentam grande importância. Caméfitas são pouco representativas, Hemicriptófitas presentes.
Savanas arborizadas – fanerófitas ocorrem de forma esparsa. Altura entre 5 a 7 metros. Estrato graminoso continuo, ganho de importância de caméfitos e Hemicriptófitas. 
Savana Parque – Fanerófitos ocorrem de forma pontual, geralmente com altura inferior a 5 metros, predominam Hemicriptófitas e geófitos. 
Savana Gramínea, lenhosa (campos) – estrato herbáceo dominante, arbustos esparsos e pouco desenvolvidos. Predominam Hemicriptófitas.
Atualmente conjunto florestal são os cerradões. Cerrado sentido restrito pode ser do tipo denso, típico, rupestre e ralo. Campos pode ser sujo, limpo e rupestre.
Ambientes pouco desenvolvidas
Parque cerrado – ambiente mais ralo, com poucos indivíduos.
Palmeiral – tem palmeiras
Veredas – ligados ao curso de água
Savanas Estépicas (caatinga)
Clima semi-árido e árido. Chuva anual de 400 a 900 mm. Grande irregularidade inter-anual na precipitação. Solos ricos em nutrientes. Tem deciduidade. Escassa cobertura vegetal de pequeno porte. Predomínio de arbustos e árvores com 7 metros de altura. Fisionomia com lenhosas decíduas e esclerófilas, suculentas e ervas efêmeras. Adaptações como 100% de caducifolia.
Estepes (campos ou Pantanal)
Vegetação principalmente no extremo sul do país. Pampas, Mata Atlântico e Amazônico. Predomínio de gramíneas (Poaceas e Cyperaceae) pode apresentar nanofanerófitas (árvores pequenas). Estação seca pouco pronunciada, encontro de massa de ar. Precipitação entre 1200 e 2000 mm, temperaturas de 13 a 17 graus. Geadas e ocorrência de neve frequente, estresse pronunciado pelo intenso frio.
Manutenção dos campos. Fogo, pastejo e desmatamento, mas mesmo sem esses fatores não formará floresta por solos rasos, lixiviados e variações climáticas.
Formações Azonais
Formação de uma restrição ambiental prepondera sobre o macroclima na determinação da vegetação. Mangues é uma formação azonal, vem um encontro das águas doce e salgada em áreas costeiras. Mudanças constantes no nível das águas e salinidade devido às marés e a vasão dos rios. Vegetação com baixa estrutura, pobre em espécies em que são muito especializadas devido à variação no nível de água.
Restinga – transição entre biomas continentais e marinhos nos cordões arenosos costeiros. Ventos fortes, alternância entre excesso e falta de água. Instabilidade dos substratos próximo das praias, cobertura rasteira e arbustos densos, áreas paludosa (áreas encharcadas).
Florestas Ripárias (formações aluviais) – vegetação associada a corpos d’água. A vegetação responde a intensidade e frequência de cheias, perfilhamentos (proteção de indivíduos no sistema radicular), estrutura de suporte e lenticelas. Estratégias reprodutivas, comum rios de montanhas nos trecho do afloramento a água arrasta tudo.
Rios de vale
Planícies de inundação – pantanal da Bolívia tem vegetação do Cerrado, abundante oferta de água, substrato de areia branca extremamente distrófica. Decomposição de matéria orgânica deficiente. Dependendo do regime de água subterrânea a fisionomia varia de campo a floresta alta. O encontro com os rios (pretos) forma a igapó
Campinarana – comunidade arbórea com altura de 20 metros composição de espécies com alto endemismo e chove muito.
A paleoecologia utiliza de fósseis para reconstruir ecossistemas do passado, nas relações seres vivos e ambiente.
Como a evolução atua? Ela é benéfica? A seguir quatro tipos de especiação: seleção natural, mutação, recombinação genética e isolamento reprodutivo.
Se a mutação ajudar a sobrevivência é benéfica se for ruim é maléfica. A seleção natural pode causar diminuição da biodiversidade, pois excluirá indivíduos com variações genéticas desfavoráveis ao ambiente, mas a seleção natural pode aumentar a diversidade no sentido em que irá selecionando indivíduos até formar outra espécie.
A mutação pode aumentar a diversidade ou ela apenas mantem a diversidade, mas nunca diminui. Subtração, adição, modificação e reconstrução. A mutação pode ser genética ou cromossômica, natural ou aleatória. É um mecanismo efetivo de diversidade. O UV, compostos radioativos, compostos químicos podem acelerar o processo de mutação.
O isolamento reprodutivo causa a formação de novas espécies por estarem em ambientes diferentes e consequentemente pressões ambientais diferentes. Primeiro ocorre o bloqueio do fluxo gênico que pode ser reprodutivo ou geográfico. No isolamento reprodutivo as espécies não podem mais se cruzarem e ter um descendente fértil. O isolamento geográfico pode simpático (conseguem se unir novamente) ou alopático (não conseguem mais reproduzir).
A recombinação genética pode aumentar ou diminuir em função da sobrevivência. Ela altera a informação genética. Combinação de partes homólogas do cromossomo. Crossing-over. Promotora da biodiversidade.
A velocidade da especiação ocorre devido ao isolamento e ao ciclo de vida. A seleção natural atua sobre o fitnes, modificações ambientais, não gera especificações, filtra.
Deriva dos continentes - O litoral do continente africano possui uma forma em que se encaixa com o litoral da América do sul, a descoberta de fosseis de mesma espécie em continentes diferentes contando que esses animais são incapazes de atravessar os continentes, também às espécies de animais e plantas bem parecidos em continentes opostos propondo que eles eram da mesma espécie e foram evoluindo em nichos diferentes com isso formando novas espécies, assim a teoria da deriva continental contribuiu também para a teoria de Darwin da evolução das espécies. Os tilitos que são informações geológicas encontradas em diferentes continentes.
A vida supostamente começou na água e com o aumento de O2 na atmosfera terrestre e uma diminuição da radiação UV, com o surgimento das angiospermas houve um grande aumento na diversidade principalmente dos insetos. Na Era Mesozoica ouve a separação dos continentes ocorrendo então à diferenciação do clima, barreira geográfica, isolamento reprodutivo e vicariância. Na Era Cenozoica ouve a diversificação das angiospermas e dos mamíferos, isolamento dos blocos continentais, consolidação das barreiras geográficas e mudanças climáticas.

Continue navegando