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FACULDADE DE DIREITO MILTON CAMPOS TALITA FERNANDA DA SILVA MARQUES 3º PERÍODO – 308 TEORIA DA PARTICIPAÇÃO E TEORIA DA AÇÃO JUSTIFICADORA DO AUTOR MEDIATO Nova Lima 04/09/2014 Teoria Da Participação Algumas teorias procuram limitar o alcance da acessoriedade da participação, destacando-se as teorias da acessoriedade extrema, acessoriedade limitade e acessoriedade mínima. Teoria da Acessoriedade Extrema: Para essa corrente a relevância típica da conduta do partícipe estaria na dependência de o comportamento principal ser típico, antijurídoc e culpável, executando-se apenas as circunstâncias agravantes e atenuantes de pena. Por essa teoria, se o autor fosse inimputável ou incidisse em de proibição invencível, ou, por qualquer razão, fosse inculpável, o partícipe seria impunível. Concluindo que a conduta do partícipe tem dependência absoluta a conduta do autor. Teoria da Acessoriedade Limitada: Essa teoria exige que a conduta principal seja típica e antijurídica. Sendo assim a participação é acessória da ação principal, de um lado, mas também dependente desta até certo ponto. Não se faz necessário que o autor seja culpável. O fato é comum, mas a culpabilidade é individual. Teoria da Acessoriedade Mínima: Para essa corrente é suficiente que a ação principal seja típica, sendo indiferente a sua juridicidade. Isso equivale a afirmar que uma ação justificada para o autor constitui crime para o participe. Em outros termos, aquele que induzir o autor a agir em legítima defesa responderá pelo crime enquanto o executor, autor direto, será absolvido pela excludente de antijuridicidade. Teoria da Hiperacessoriedade: A teoria da hiperacessoriedade diz que a participação somente será punida se o autor tiver praticado um fato típico, ilícito, culpável e punível. A punibilidade do injusto culpável levado a efeito pelo autor, para essa teoria, é a condição indispensável à responsabilização penal do partícipe. Teoria da Ação Justificadora do Autor Mediato “É autor mediato quem realiza o tipo penal servindo-se, para execução da ação típica, de outra pessoa como instrumento”. A teoria do domínio fina do fato molda com perfeição a possibilidade da figura do autor mediato. As hipóteses mais comuns de autoria mediata decorrem, portanto, de erro, da coação irresistível e do uso de inimputáveis para a prática de crimes, o que não impede a possibilidade de sua ocorrência em ações justificadoras do executor, quando, por exemplo, o agente provoca deliberadamente uma situação de exclusão de criminalidade para aquele, como já referimos anteriormente. Referência BITTENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal. 20. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 565-566. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 16. Ed. Rio de janeiro: Impetus, 2014. P. 448.