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Resumo TSP 2

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Em 1885, Freud recebeu uma bolsa para estudar em Paris, com o neurologista Jean Martin Charcot, no hospital Salpêtrière. Charcot estava no auge da fama graças à sua especialidade em hipnose, ao tratamento da histeria e pelo seu trabalho que visava a separação de loucas, histéricas e epiléticas.
Pela maior parte da história a histeria esteve ligada ao útero, uma doença que atingia somente as mulheres. Para Charcot a histeria era uma disfunção orgânica do sistema nervoso central, uma doença encontrada em ambos os sexos.
Os casos de histeria apareciam cada vez mais, porém no fim da Primeira Guerra Mundial essa epidemia chegou ao fim. Estudiosos procuram uma explicação para a epidemia da histeria e seu fim. Alguns deles acreditam que tal epidemia se deu pelos papéis sociais, exigências e o protesto contra a posição insustentável da mulher na sociedade.
Quando ainda estava em Viena Freud conheceu Breuer, um médico que exerceu grande influência sobre ele. Em 1880 Breuer começou a tratar uma jovem que após a morte do pai, passou a ter problemas como dores de cabeça, paralisias e pertubações visuais. Mais tarde vieram outros sintomas, como personalidades múltiplas, dificuldade de fala, alucinações e incapacidade de ingerir líquidos. Em uma das sessões com Breuer, Anna O. mencionou ter visto uma mulher deixar seu cachorro beber água em um copo, o que lhe causara repugnância. Porém, após contar o incidente para Breuer ela conseguiu beber novamente. Breuer aproveitou o acontecido para tratar outros problemas da paciente. Usando a hipinose, tentava descobrir a causa de cada um dos sintomas, que quando eram descobertos, desapareciam. Breuer denominou a abordagem de método catártico: os sintomas seriam resultado das emoções reprimidas, que quando fossem liberadas, os sintomas desapareceriam. Segundo Breuer, Anna O. estava curada de todos sintomas em 1882.
Freud ficou fascinado pelo relato, e tal caso levaria Freud a sua teoria da psicanálise e também foi relatado no livro que Freud e Breuer escreveram juntos. O caso Anna O. é considerado a pedra angular da psicanálise.
Freud com a psicanálise trouxe uma série de novidades para a clínica. Surge então a 1° tópica:
Nesta tópica Freud divide o aparelho psíquico em Inconsciente, Pré-consciente e consciente. Tudo que se manifesta é da ordem do consciente. O pré-consciente é uma passagem entre o Inconsciente e o consciente, onde as coisas estão inconscientes mas se pararmos pra pensar nelas, tornam-se conscientes. Já o inconsciente é aquilo que não temos acesso, é o que escapa a lógica.
O inconsciente sempre quer se representar, mas não consegue ou consegue estranhamente, como no ato falho, por causa do consciente, esse conflito se chama resistência.
Freud escolheu tentar chegar ao inconsciente por meio do sonho pois no sonho a atuação do ego e superego é menor, deixando o inconsciente mais livre para se mostrar. E também porque o sonho pode ocorrer em qualquer pessoa, saudáveis ou não.
Freud usou a análise dos sonhos. Ele pedia que seus pacientes lhe relatassem os sonhos e logo após fizessem associações, que traziam sentido para o sonho, eram aproximações do conteúdo latente. Ele diferenciava o conteúdo manifesto do sonho, que era o sonho como era lembrado, do conteúdo latente, que era a informação escondida no sonho pois estava inconsciente, e que Freud acreditava ser seu real significado. O trabalho que transforma o sonho latente em sonho manifesto se chama elaboração onírica. Para Freud todo sonho era uma realização de desejo. 
Freud constrói sua 2° tópica ainda dividindo e descrevendo o aparelho psiquico.
Nessa tópica ele descreve que a vida mental é composta de três partes: Id, ego e superego. O id inclui pulsões de vida, que são de natureza sexual e pulsões de morte, que são de natureza destrutiva, as pulsões não tem objeto específico de satisfação. O id opera no inconsciente, portanto o indivíduo não tem acesso direto a ele e o id também não tem moralidade, buscando sempre o prazer. Freud diz que a energia do id se chama libido. O ego funciona para controlar as pulsões, é a parte racional da mente. O superego representa a moral do indivíduo e pode fazer oposição direta ao id, tentando obstruir seus desejos. 
Para lidar com algum evento traumático, o ego desenvolve mecanismos de defesa, como o recalcamento, que tem o objetivo de reprimir qualquer memória do evento. 
Freud dizia que o recalcamento levava a outro processo: a transferência. A transferência ocorreria na terapia quando o paciente transferia sentimentos, como amor, desejos sexuais, ódio ou inveja, do objeto original, como por exemplo, cônjuge ou a mãe, para o terapeuta.
Freud também descreveu o desenvolvimento da personalidade relacionado à uma sequência de fases psicossexuais. Essas fases seriam: oral, anal, fálica, de latência e genital. O complexo de Édipo ocorre durante a fase fálica, na qual a criança tem desejos sexuais pelo genitor do sexo oposto. O desenvolvimento normal requer que a criança identifique-se com o genitor do mesmo sexo e desenvolva sentimentos apropriados para com o genitor do sexo oposto. A não resolução desse complexo levaria a sérias neuroses.
Quando Freud começou a tartar suas paciente usou a hipnose, porém, um tempo depois ele criticou a hipinose, pois não era bom hipnotizador, pelo fato de que nem toda as pessoas são hipnotizáveis e também porque não dava acesso ao que estava recalcado. Ele descobriu uma técnica melhor que os outros procedimentos. Pedia que os pacientes dissessem qualquer coisa que viesse a mente. O método foi chamado associação livre. O terapeuta teria de procurar os sentidos ocultos no produto da associação livre. 
As próprias pacientes histericas de Freud contribuíram para a formação de tais teorias de Freud.
Freud enfrentou sérios problemas com a aceitação de sua teoria psicanalítica. Tanto por abordar temas chocantes para a sociedade, como sexualidade infantil, tanto por construir uma teoria que não poderia ser verificada, violando os requisitos de uma teoria científica. Contudo, a psicanálise se expandiu e continua até hoje sendo uma abordagem muito utilizada e reconhecida.

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