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Unidade II Processamento da Informação, Sistemas e Armazenamento para Processamento de Dados

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Fundamentos de Tecnologia 
da Informação
Processamento da informação, sistemas e armazenamento para 
processamento de dados
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Artur Ubaldo Marques Junior
Revisão Textual:
Profª. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
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• Estágios do Tratamento da Informação
• Aplicações de Sistemas da Informação
• Organização das Informações
Continuamos nossa busca por conhecimento em nossa unidade II da disciplina Fundamentos 
de Tecnologia da Informação, que inclui os conceitos referentes a sistemas de informações. 
Apesar de estarmos estudando, nesta disciplina, os fundamentos desse assunto, torna-se 
premente a abordagem dos sistemas de informação e das complexidades que eles se propõem 
a resolver no dia a dia corporativo.
Todos os dias realizamos nossas atividades com a ajuda, de maneira direta ou indireta, dos 
sistemas da informação. O foco desta unidade está em possibilitar que você entenda, interprete 
e analise os tipos de sistema de informação existentes.
Em nosso texto teórico, chamo sua atenção para a passagem que cita os processos e a forma 
como os sistemas de informação podem permear uma sequência operacional dentro de uma 
cadeia produtiva ou de serviços, ajudando o fluxo do trabalho e o controle da informação.
Para o estudante de sistemas de informação é fascinante lidar com as possibilidades quase 
ilimitadas relacionadas à adaptabilidade e resolutividade da aplicação de um sistema numa 
organização com processos desestruturados ou inexistentes. Faz diferença o profissional que 
sabe utilizar o poder desses recursos e é capaz de escolher, corretamente, qual deve usar e de 
reconhecer o grau de maturidade da empresa em que trabalha ou presta serviço.
No transcorrer de nossa unidade, ao ler o material teórico, você terá, à sua disposição, informação 
sobre conceitos de organização das informações em sistemas de arquivos e gerenciadores de 
dados, como, por exemplo, estocagem, disponibilidade, cuidados para proteção, como backups, 
contingência e redundância. Da mesma maneira, mencionaremos, de forma introdutória, os 
processos de recuperação de informação em caso de incidentes.
Nesta unidade conheceremos o conceito de sistemas de 
informação, seus processos, componentes, objetivos e razões. 
Estudaremos também a organização das informações e veremos 
a importância do armazenamento de dados.
processamento da informação, 
sistemas e armazenamento para 
processamento de dados
• Armazenamento de Dados
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
Contextualização
A sociedade, atualmente, é extremamente dependente de sistemas de informação. Se você, 
ainda, duvida disso, veja só:
• Seu celular possui um hardware que é gerenciado por um sistema operacional para 
tecnologia móvel. Ele possui, em seu sistema de arquivos, aplicativos, ferramentas e 
utilitários que são sistemas que, de uma forma ou de outra, manipulam informação a 
partir de uma entrada simples, que pode ser, por exemplo:
- os dados de sua posição atual e futura para calcular uma rota alternativa, caso você 
pegue um transito ‘infernal’ pela frente.
- os dados de contato de seu e-mail, para que você possa encontrá-los no novo sistema 
que você baixou na Apple Store e, assim, possa convidá-los para fazerem parte de sua 
rede social favorita.
• Os eletroeletrônicos que você utiliza cotidianamente para refrigerar alimentos, pôr o vinho 
em temperatura ideal, aquecer ou resfriar sua casa, monitorar e vigiar, em tempo real, sua 
residência, caso ela seja invadida ou furtada, funcionam com sistemas de informação.
• Os sistemas de informação são utilizados para avisar quantos carros sobem ou descem a 
Serra do Mar, a fim de que você conheça as condições das estradas e o melhor horário 
para voltar para sua casa, evitando o desconforto pós-feriado.
• Eles também são necessários para informar as condições climáticas, a fim de que você 
possa ter mais opções de escolha de destinos no final de semana e de que este seja mais 
relaxante ou divertido.
• Os sistemas de informação estão presentes no caso da ocorrência de uma emergência 
médica e da necessidade de pedir uma ambulância ao SAMU ou ao seu plano de saúde. 
Por meio deles, será acionada a que estiver mais próxima, que vai atender o problema 
mais rápidamente e, com isso, aumentar as chances de sobrevivência do paciente.
• Também ajudam você a buscar um produto ou serviço, de forma que, armazenando 
suas características como consumidor, possa oferecer possibilidades de compra potencial 
adequadas aos seus gostos e preferências, sem ficar apresentando aquela infindável lista de 
produtos e serviços que não lhe interessam e que fazem você perder tempo e ficar nervoso.
• Os sistemas de informação estão no oferecimento de uma lista personalizada de músicas 
para você ouvir no carro ou, até mesmo, na academia, onde você pode usá-la de acordo 
com o tipo de atividade e esforço físico que você esteja fazendo, ou então criando rankings 
e listas selecionadas por seu desejo ou por reconhecimento de voz.
Esses são alguns exemplos de sistemas de informação de uso pessoal ou, ao menos, 
personalizado. Temos também sistemas de informação coorporativos, como CRMs, que servem 
para gerenciar o relacionamento da empresa com seus consumidores, de forma a terem mais 
experiências felizes e com retenção de valores, ou os ERPs, que permitem às corporações 
gerenciarem seus processos produtivos, evitando rupturas de fornecimento e melhorando seus 
custos e governança empresarial. 
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Sistemas de Informação controlam dados em tempo real, como os sistemas que controlam 
tráfego aéreo, ou fazem simulações com complexidade e matemática do caos, como os que 
fazem a previsão do tempo.
A humanidade experimentou uma evolução sem precedente com os sistemas da informação. 
Não vivemos mais sem eles ou, se algum dia precisarmos prescindir deles, teremos que reescrever 
toda a história contemporânea, pois ela está intrinsecamente ligada aos Sistemas da Informação.
Entender para que servem e saber onde aplicá-los torna-se competência muito desejada 
pelas organizações da era do conhecimento. Você deve inserir-se nesse contexto, estudando e 
aprofundando-se nesse tema. As corporações em nível mundial buscam profissionais que sejam 
capazes de identificar o sistema adequado para ser usado por diferentes tipos de empresas, de 
acordo com seus graus de maturidade, suas possibilidades financeiras orçamentárias e seus 
ativos organizacionais. 
Vamos entender como isso acontece e qual sua importância?
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
Estágios do Tratamento da Informação
Existem quatro termos muito comuns que são ligados uns aos outros. Eles são os componentes 
de todo sistema de informação e servem para descrever os estágios específicos de tratamento 
da informação:
• Entrada 
• Processamento
• Saída 
• Armazenamento
 
Quadro 1: Componentes de um sistema de informação
Fonte: www.teach-ict.com 
• Input (Entrada) é o fluxo de dados para o sistema a partir do exterior.
• Processing (Processamento) é a ação de manipular a entrada de uma forma mais útil.
• Output (Saída) é a informação que flui para fora do sistema.
• Storage (Armazenamento) é o meio de manter as informações para uso posterior do dado.
• Feedback (Retroalimentação) ocorre quando o resultado do processamento gera 
uma saída que tem influência sobre a entrada.
Como a função de um sistema de informação é transformar “dados” em “informações”, 
normalmente ele executa essa função utilizando os seguintes processos:
• Conversão: transformação de dados de um formato para outro, de uma unidade de 
medida para outra e/ou da classificação de um recurso para outro.
• Organização: organizaçãoou reorganização de dados de acordo com as regras de 
gerenciamento de banco de dados e procedimentos para que eles possam ser acessados 
de forma econômica.
• Estruturação: formatação ou reformatação de dados para que estes possam ser 
aceitáveis para um sistema de informações ou aplicativo de software específico.
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• Modelagem: visualização de dados que irão melhorar a base de conhecimento e 
inteligência na tomada de decisões e análise estatística para o usuário. 
Os conceitos de “estrutura” e “organização” são cruciais para o funcionamento dos sistemas 
de informação. Sem “organização” e “estrutura” é simplesmente impossível transformar dados 
em informações.
De acordo com Wertheim (2000:71), a expressão “sociedade da informação” passou a ser 
utilizada, nos últimos anos deste século, como substituto para o complexo conceito de “sociedade 
pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo específico do “novo paradigma técnico-
econômico”. Segundo Castells (2000), essa era possui as seguintes características principais: 
• A informação é sua matéria-prima: as tecnologias desenvolvem-se para permitir que 
o homem atue sobre a informação propriamente dita, ao contrário do passado, quando 
o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias, criando 
implementos novos ou adaptando-os a novos usos.
• Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade porque a informação é 
parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e, portanto, todas essas 
atividades tendem a ser afetadas diretamente pela nova tecnologia.
• Predomínio da lógica de redes. Essa lógica, característica de todo tipo de relação 
complexa, pode ser, graças às novas tecnologias, materialmente implementada em 
qualquer tipo de processo.
• Flexibilidade: a tecnologia favorece processos reversíveis, permite modificação por 
reorganização de componentes e tem alta capacidade de reconfiguração.
• Crescente convergência de tecnologias, principalmente a microeletrônica, 
telecomunicações, optoeletrônica, computadores, mas também, e crescentemente, a biologia.
A partir das características enunciadas, percebemos também que a construção dessa sociedade 
só foi possível com o correto emprego dos sistemas da informação. A própria informação exige 
o desenvolvimento de competências essenciais por quem a manipula, cria ou consome. O 
processo de desenvolvimento de competências em informação segue oito passos, conforme 
demonstra a figura 01.
Percebe a necessidade 
de informação e 
atualização constante
1 
Identifica e define 
a informação 
necessária
2
Sabe como buscar e achar 
a informação em diferentes 
fontes e ferramentas
3
Sabe como analisar, 
interpretar, avaliar e 
organizar a informação 
pertinente e relevante
4
Preserva a informação, 
estoca, reusa, registra e 
arquiva a informação 
para uso futuro
8
Sabe como apresentar e 
comunicar a informação 
produzida, utilizando os 
meios adequados
7
Avalia o impacto 
da informação, age 
eticamente, respeita os 
direitos autorais
6
Sabe como utilizar 
a informação para 
resolver um problema
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 Figura 1: Ciclo da Competência da Informação
Fonte: Dudziak (2009)
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
As bases do desenvolvimento da competência da informação para os indivíduos residem nas 
seguintes características:
• aprender como se aprende;
• ser autodidata e independente;
• possuir o pensamento crítico;
• ser capaz de antecipar-se, ter pró-atividade;
• desenvolver um pensamento sistêmico;
• entender processos investigativos.
As informações são ativos organizacionais imprescindíveis para o seu desenvolvimento e 
inovação e para manutenção de sua existência ao longo dos anos. Mas, para que isso possa ocorrer, 
necessitamos de que a informação tenha qualidade e seja conformada segundo regras padronizadas 
e reconhecidas. Vamos conhecer as dimensões que a informação precisa ter para poder gerar valor, 
evitando trabalho dobrado, tomadas de decisão erradas ou redundantes, entre outras coisas:
 
Quadro 2: Características da Informação de Qualidade
Fonte: STAIR (2002).
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Atualmente o conceito de informação tem sido ampliado e aprofundado. Seu tijolo 
fundamental, o dado, tem sido alvo de novos processos que levam em conta conceitos de 
qualidade aplicados na indústria de bens de consumo, como ocorre em empresas como Motorola, 
Toyota, Xerox, General Electric, entre outras. O dado é adquirido, custodiado, transformado/
processado e consumido, conforme uma longa cadeia fabril, com elementos de qualidade 
em cada etapa. Esse conceito de qualidade total, quando aplicado ao dado, é chamado de 
TDQM ou Total Data Quality Management. Diversos autores escreveram sobre o tema e sobre o 
problema da pobre qualidade do dado e seu impacto na conversão de valor para a organização.
A Qualidade de Informação é um conceito emergente que leva em conta maximizar o valor 
dos ativos de informação de uma empresa e assegurar que essa informação, como produto, 
corresponda às expectativas dos clientes internos ou externos à organização que se utilizarão dela.
Redman (2001) trata a seguinte definição com base em Joseph Juran: “Dados são tidos 
como de alta qualidade se eles estão aptos para suas utilizações em operações, tomada de 
decisões e planejamento. Dados estão aptos para uso se eles estão livres de defeitos e possuem 
as características desejadas”.
Wang et al (1996) veem o consumidor como parte integrante do significado da qualidade 
dos dados e consideram que os consumidores têm uma conceitualização de qualidade muito 
mais ampla do que pensam os profissionais de sistemas de informação. Eles passaram a analisar 
o que significa, para os consumidores, qualidade de dados, através de um levantamento dos 
atributos de qualidade de dados e suas dimensões definidas pelos consumidores. Esse estudo 
resultou na elaboração de um quadro global sobre a qualidade dos dados na perspectiva dos 
consumidores de dados. Esse quadro foi construído apresentando a qualidade dos dados em 
uma estrutura hierárquica, conforme se pode observar na tabela a seguir.
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
 
Tabela1: Categorias, dimensões e definições de QI
Fonte: Mattioda e Favaretto (2009:658) apud Wang, Ziad e Lee (2000), Strong e Wang (2002), Lee et al (2000) e Pipino, Lee e Wang (2002)
Aplicações de Sistemas da Informação
A tecnologia da informação tem impactado profundamente a forma de se fazer e controlar 
negócios no mundo todo, principalmente a forma como os sistemas de informação são 
construídos e os tipo de processos que eles devem controlar. Bronzo e Oliveira (2005:1) 
afirmam que, durante as três últimas décadas, inúmeros avanços nos campos da Tecnologia 
da Informação (TI) e das Telecomunicações vêm afetando diretamente o setor de operações 
das empresas e, consequentemente, contribuindo para elevar o desempenho e o controle de 
certos processos organizacionais, especialmente daqueles vinculados aos ciclos logísticos de 
suprimento, produção e distribuição física dos bens.
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As soluções para atender à complexidade atual, própria da globalização, e à velocidade 
exigida por clientes e fornecedores quase sempre envolvem atividades de suprimento, produção 
e distribuição e também levam em consideração as tomadas de decisão gerenciais, estratégicas 
e sistêmicas para fazer frente às complexas negociações exigidas nos atos de comprar, gerir 
estoques, transportar, armazenar e administrar. 
Segundo Novaes (2001), o alinhamento sistêmico vem exigindo das empresas uma maior 
competência na coordenação dos recursos internos e externos à organização, sendo relevante a 
aplicação de novas tecnologias da informação para o sucessodesse esforço. 
Dessa forma, percebemos que sistemas empresariais para integração levam fortemente em 
conta o desenho do processo do negócio. Podemos definir esse processo como sendo sequências 
de tarefas/atividades organizadas e coordenadas para fornecer um resultado com valor agregado 
ao cliente. Para isso acontecer é necessário utilizar recursos materiais, humanos e informacionais.
 
Cria ordem 
de venda
Aprova Crédito
Cria Fatura
Monta Produto
Expede Produto
Verifica Crédito
Cliente
Comercial
Submete ordem 
de venda
Departamento de ContabilidadeDepartamento de Vendas Departamento 
de Produção
Figura 2: Exemplo de processo de negócio numa organização cruzando múltiplas áreas.
Fonte: Soares (2012)
A necessidade de controle centralizado e o uso de plataforma de sistemas de informação 
centralizado permitiram a criação do ERP moderno, porém existiam sistemas anteriores ao seu 
surgimento, como os MRPs, MRPs II e ERP.
Antes do MRP, foi desenvolvido, por volta de 1967, por Oliver Wight, o sistema de solicitação 
trimestral. Ele acabou sendo desenvolvido no final da Segunda Grande Guerra e, em 1955, as 
empresas estavam preparadas para desenvolver planos de produção para atender aos pedidos 
de clientes contumazes. O problema era que o estouro da demanda acabava por deixar um 
volume expressivo de pedidos pendentes e havia uma grande fila, de até um ano e meio, de 
espera de pedidos feitos e a situação para a indústria era extremamente confortável. Dessa 
forma elas trabalhavam por trimestres, fato que deu origem ao nome do sistema. 
O MRP é um sistema que permite o controle do inventário de estoques e de produção, que se 
integra à gestão com o objetivo de maximizar os resultados e baixar custos tentando equilibrar 
os recursos adequados e necessários para que os processos produtivos se maximizem. Auxilia, 
também, o cálculo e a tomada de providências para assegurar recursos no volume e tempo 
certos para a execução dos processos produtivos. Usa, como entrada de seus processos, os 
pedidos em carteira e a previsão de vendas.
Até hoje várias empresas usam o MRP, todavia, devido às suas limitações e ao foco 
operacional/comercial, uma versão mais avançada, chamada MRP II, incluiu processos de 
marketing, aquisições e finanças.
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
Dentre as principais funções do MRP II, podemos citar:
• baixar os custos de guarda e movimentação;
• ciclo de vida e validade de produtos perecíveis;
• atendimento ao cliente; 
• diminuir impacto de processos improdutivos; 
• previsibilidade;
• capacidade instalada para atendimento ao cliente;
• baixar custos com materiais e transporte;
• diminuir o custo para se obter.
Conforme Correa (2000), as atividades que deverão ser contempladas por um processo de 
gestão informacional embarcados num ERP II são:
• previsão de venda;
• plano mestre;
• liberação de ordens;
• follow-up ou planejamento de prioridade;
• planejamento da capacidade;
• manutenção dos registros.
ERP - Enterprise Resource Planning designa um set de atividades executadas por um 
sistema da informação composto por diversos módulos que existem para poder ajudar o gestor 
empresarial em momentos importantes do negócio, incluindo pesquisa e desenvolvimento de 
produtos, aquisições, manutenção de inventários, negociação e interações de fornecedores, 
serviços e monitoração de ordens de produção.
 
Quadro 3: Evolução dos sistemas de integração empresarial
Fonte: Soares (2012)
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Produção:
- Controlo de inventario
-Aprovisionamentos
- Planejamento da produção
- Planejamento de requisitos 
de materiais
Marketing e vendas
- Aceitação de encomendas
- Facturação
- Análise de vendas
Contabilidade:
- Recebimentos
- Pagamentos
- Conta-corrente
- Contabilidade de activos
- Orçamentação
Finanças:
- Gestão de tesouraria
- Previsão financeira
Recursos humanos:
- Folha de pagamento
- Administração de benefícios
 Figura3: Funcionalidades básicas de um ERP genérico
Fonte: Soares (2012)
O ERP precisa se expandir e se integrar onde os bens são produzidos, ou seja, no chão 
de fábrica e, devido à globalização, nos mercados exteriores. Ou seja, os ajustes passam 
por tempos de resposta menores e por maior vantagem competitiva, focando gerenciar as 
interfaces do negócio.
Organização das Informações
Navese Kuramoto (2006) aponta, em seu livro, a ocorrência de dois grandes marcos 
históricos que impactariam profundamente a organização das informações: em 1930, o advento 
da documentação e, em 1960, o conceito lato sensu da ciência da informação. O conceito 
mais abrangente pode ser resumido, nesses 30 anos, como sendo a ciência da informação, 
a multiplicidade de suportes e o crescimento incessante da produção de informações. Em 
tempos mais atuais, o advento da tecnologia da informação e da internet fez com que se 
tornasse ainda mais premente a criação de meios que permitissem, de modo privilegiado, a 
identificação precisa dos conteúdos dos suportes, inclusive imateriais, nos quais se registram 
os resultados de pesquisas e todas as criações do labor humano. Por isso, existe, e se diz hoje, 
“organização da informação”.
É neste ambiente de transição que nos encontramos, tanto usuários quanto 
profissionais da informação, são capazes de gerenciar recursos disponíveis 
em sistemas de informação, que mais se adaptam as nossas necessidades, 
que funcione como apêndice às tomadas de decisão. Estes sistemas de 
informação auxiliarão no processo de organização da informação, seja 
em qualquer tipo de suporte (REVISTA ACB, 2008:27).
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
A organização da informação leva em consideração:
• Relações: representam um importante conceito na organização de informações e 
descrevem a associação lógica entre entidades. 
• Relacionamentos: podem ser categóricos ou espaciais, se eles descrevem localização 
ou outras características.
o Relacionamentos categóricos descrevem a associação entre características 
individuais em um sistema de classificação. 
o Classificação de dados é baseada no conceito de escala de medição. Existem 
quatro escalas de medição:
- Nominal: uma escala qualitativa, não-numérica e não-ranking, que classifica os 
recursos em características intrínsecas. Exemplo: usar o esquema de classificação, 
como industrial, comercial, residencial, agrícola, público e institucional 
- Ordinal: uma escala nominal com ranking que diferencia recursos de acordo com 
uma determinada ordem. Exemplo: em um esquema de classificação, terrenos 
residenciais podem ser denotados como de baixa densidade, densidade média e 
alta densidade.
- Intervalar: uma escala ordinal com classificação baseada nos valores numéricos 
que são registrados com referência a um dado arbitrário. Exemplo: temperaturas 
lidas em graus centígrados são medidas com referência a um zero arbitrário (ou 
seja, zero grau de temperatura não significa nenhuma temperatura). 
- Taxa: uma escala de intervalo com classificação baseada nos valores numéricos 
que são medidos com referência a uma referência absoluta. Exemplo: dados de 
precipitação são registrados em mm com referência a um zero absoluto (ou seja, 
zero precipitação mm não significa nenhuma precipitação).
Relacionamentos categóricos baseiam-se em ranking e são hierárquicos ou taxonômicos, 
dependendo de sua natureza. Isso significa que os dados são classificados de forma progressiva 
em diferentes níveis de detalhe, criando níveis e subníveis conforme a necessidade. 
Armazenamento de Dados
Um dispositivo de armazenamento de entrada e de saída é o hardware do computador. 
Quando a informação é processada através de um computador, as pessoas podem armazenar 
suas informações para posterior recuperação,salvando-as em um dispositivo de hardware de 
computador quer interno quer externo.
A CPU – Unidade Central de Processamento – é o “cérebro” do computador. Ela dá as 
instruções sobre como lidar com os dados. Os computadores têm mais de um tipo de chip de 
memória armazenadora na placa de circuito. Vamos entender quais são:
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• Random Access Memory (RAM) – Memória de acesso aleatório: é para tratar dados 
de forma temporária. Permite a escrita e leitura. É usada como memória primária em 
sistemas digitais. Uma vez que o computador seja desligado, as tarefas que foram realizadas 
são perdidas. Elas não podem ser recuperadas, mas isso pode ser feito ao longo de um 
processamento ou enquanto o computador estiver ligado. Um exemplo é o ato de copiar 
e colar informações em um processador de texto.
• Read Only Memory (ROM) – Memória somente para leitura. Contém informação 
permanente. Permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são gravadas uma única 
vez pelo fornecedor e, depois, não podem ser alteradas. Um exemplo pode ser constatado 
quando o computador segue instruções para ligar quando o botão de energia for pressionado.
• Armazenamento interno - Dispositivos de armazenamento de entrada permitem 
que a informação, em um computador, possa ser recuperada a qualquer momento. 
Dependendo do fabricante do computador, diferentes dispositivos de armazenamento 
interno são construídos.
o Discos magnéticos.
o RAID (Matriz redundante de discos independentes/baratos): usa um 
método de separação por meio do qual os dados são armazenados em discos físicos 
individuais e permite que, quando informações são perdidas, sejam recuperadas 
pelos discos individuais. 
o Discos Ótico/Magnéticos: utilizam um feixe de laser para gravar informação. 
o Fita magnética: pode ser usada em um computador internamente ou externamente. 
A informação de uma fita magnética é salva sequencialmente.
• Armazenamento externo - Usa dispositivos de hardware externos para guardar 
informações de um computador. 
o Os discos ópticos utilizam raios laser para gravar informações em um disco 
compacto (CD) ou disco digital versátil (DVD). 
o Zip drives Iomega comprimem os dados em um disco. 
o Fita virtual armazena informações em um cartucho de fita.
o PCMCIA (Personal Computer MemoryCardInternationalAssociation) é um 
tipo de cartão utilizado em câmeras digitais ou telefones celulares. Pode ser usado 
para salvar ou carregar arquivos para um computador. 
o Informações também podem ser armazenadas em um dispositivo de música iPod 
ou MP3.
• Armazenamento Virtual - Existem alguns websites que oferecem armazenamento virtual, 
nos quais a informação pode ser armazenada no servidor de uma empresa hospedeira. 
Porém é preciso que o usuário se torne um membro de seu site ou pague uma taxa. 
o Cloud computing (computação em nuvem) é um serviço de Internet em que você 
trabalha com aplicativos e salva informações sobre a Internet usando um computador. 
Com a computação em nuvem, toda informação é tratada através da Internet.
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
Material Complementar
Quer se aprofundar um pouco mais no tema? Veja esta relação de vídeos e artigos que 
indicamos para sua leitura e conhecimento sobre o tema de nossa unidade II.
• Piratas do vale do Silício ou Piratas da Informática – filme feito pelo canal pago 
TNT e lançado diretamente para a televisão, Piratas da Informática conta a história da 
criação das empresas Apple e Microsoft e, obviamente, um pouco do relacionamento 
entre Steve Jobs e Bill Gates, dois estudantes da década de 70 que se tornaram os 
homens mais ricos e supervalorizados dos anos 90 devido a sua intuição de vender 
computadores pessoais. Vale a pena assistir! Disponível em: http://www.youtube.com/
watch?v=tNHrhH3Wbw8&feature=related 
• Outro vídeo interessante para quem está se iniciando na área de TI e querendo conhecer 
um pouco mais sobre tecnologia da informação é a entrevista de Jobs e Gates. Confira 
em: http://www.youtube.com/watch?v=cp8jAbf5OvY&feature=related 
• Um texto para quem se interessa por armazenamento em larga escala pode ser 
encontrado aqui: http://saloon.inf.ufrgs.br/twiki-data/Projetos/Grade/HEP/WebHome/
armazenamento.pdf 
• Material sobre dispositivos de armazenamento muito interessante e que possui links 
para outros materiais específicos, como discos, pen drives, etc. está disponível em: http://
www-usr.inf.ufsm.br/~pozzer/disciplinas/ii_midias_backup.pdf
• Um artigo que discute o tema da organização das informações na web, intitulado 
“Estratégias de produção e organização de informações na web: conceitos 
para a análise de documentos na internet”, está disponível, para aprofundamento 
de seu conhecimento, em: http://www2.ufp.pt/~lmbg/textos/si_texto.pdf
• Este outro material discute “A busca e o uso das informações nas organizações”. 
Trata-se de material avançado, de excelente qualidade, para leitura e entendimento: http://
portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/169/386
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Referências
BRONZO, Marcelo; OLIVEIRA, Marcos Paulo Valadares de. Aplicação de sistemas de informação 
para a otimização da integração de processos logísticos em cadeias de suprimento. 
Disponível em: http://201.2.114.147/bds/bds.nsf/3C2E350DD8BEA3D803256F11004F66CB/$File/
NT00099396.pdf. Acessado em: 18 maio 2012.
CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: ______. 
A Sociedade em rede. v. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
CORREA, Henrique L. MRP – Planejamento das Necessidades de Materiais – Just in 
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DUDZIAK, Elisabeth Adriana. Introdução a Competência em Informação. Palestra 
realizada em parceria com CRB-8, no SENAC, set 2009. Disponível em: http://www.slideshare.
net/elisabeth.dudziak/introducao-a-competencia-informacional-crb8-senac-2009. Acessado em: 
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MATTIODA, Rosana Adami; FAVARETTO, Fábio. Qualidade da Informação em duas 
empresas que utilizam Data Warehouse na perspectiva do consumidor da informação 
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NAVES, Madalena Martins Lopes; KURAMOTO, Hélio(org). Organização da informação: 
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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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