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ESUCRI - ESCOLA SUPERIOR DE ENSINO DE CRICIUMA CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA MARIA APARECIDA BORGES DA SILVA SUANE SILVEIRA MACHADO MAGALHÃES CODEPENDENCIA DA FAMILIA DE DEPENDENTES QUIMICOS: UMA ANALISE DE PERFIS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS CRICIUMA 2018 MARIA APARECIDA BORGES DA SILVA SUANE SILVEIRA MACHADO MAGALHÃES CODEPENDENCIA DA FAMÍLIA DE DEPENDENTES QUÍMICOS: UMA ANALISE DE PERFIS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS Artigo de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Psicólogo, no Curso de Psicologia da Esucri – Escola de Ensino Superior de Criciúma. Orientador (a): Prof. Me: Sandra Barros Co-Orientadora: Especialista Priscila Tietbohl CRICÍUMA 2018 MARIA APARECIDA BORGES DA SILVA SUANE SILVEIRA MACHADO MAGALHÃES CODEPENDENCIA DA FAMÍLIA DE DEPENDENTES QUÍMICOS:UMA ANALISE DE PERFIS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS Artigo de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Psicólogo, no Curso de Psicologia da Esucri – Escola de Ensino Superior de Criciúma. Criciúma, 13 de junho 2018. BANCA EXAMINADORA Prof. Me Sandra Barros- Orientador Especialista Priscilla Tietbohl-Psicóloga Nasf Especialista Rosangela Paulino Alexandrino Assistente Social Cetrad Dedicatória Dedico primeiramente a Deus por pode escrever este artigo, aos meus queridos pais, dedico também uma pessoa muito especial que me fez enxergar a dependência química com outros olhos. Maria Aparecida Borges da Silva Dedico a minha família, por sua capacidade de acreditar е investir em minhas capacidades. Ao meu falecido avô Leonardo Machado que sempre teve muito orgulho de mim. E a Deus por estar com saúde para poder escrever este artigo. Suane Silveira Machado Magalhães Agradecimentos Agradeço a Deus em primeiro lugar, pois, sem ele este trabalho não teria continuado; Aos meus pais pela presença e companhia constante em minha vida, sempre dedicados e compreensivos; Ao meu namorado Leonardo Britto, por seu apoio e grandes contribuições para a realização deste trabalho; Agradeço também, meu amigo Nathan Delfino que me deu forças quando eu pensava em desistir; A família Souza que me receberam muito bem; minhas amigas Marli Rocha e Liziane Rocha que me estenderam a mão quando eu mais precisei; A minha orientadora, professora pela sábia orientação que possibilitou a elaboração deste trabalho. A todos os professores do Curso de Psicologia, que contribuíram para minha formação acadêmica; A coordenadora do Curso de Psicologia que me recebeu muito bem ao entrar na faculdade; A minha amiga e parceira da construção deste artigo Suane Magalhães pelo apoio, dedicação ao longo da confecção do artigo sempre batalhando juntas pelo nosso sucesso; A minha colega Kássia, por suas relevantes contribuições e por apoiar nossa construção deste artigo. Aos meus amigos do curso que sempre me ajudaram com suas palavras maravilhosas de incentivo e auxilio com carinho e afeto sinceros; E a todas as pessoas e amigos que me incentivaram e apoiaram ao longo do curso. Maria Aparecida Borges da Silva A Deus pelo dom da vida e por estar tendo esta oportunidade de escrever este artigo. A minha família por acreditar em mim e mesmo nos momentos de dificuldade não me deixarem desistir. A minha mãe que por vezes cuidou do meu filho para que eu pudesse me dedicar aos estudos. Ao meu pai que me deu o suporte financeiro desde o início até o fim, batalhando dia a dia para que meu sonho se tornasse realidade. A minha sogra Denir Rocha por todo apoio e cuidado com os meus pequenos para eu ir para aula. Ao meu falecido avô Leonardo Machado, que sempre teve muito orgulho deste meu sonho e sempre me motivou muito. Ao meu parceiro, marido e pai dos meus filhos, pelo apoio e por me trazer contribuições mais que importantes para realização deste trabalho. A minha amiga e parceira da construção deste artigo Maria Aparecida Borges pelo apoio, dedicação ao longo da confecção do artigo sempre batalhando comigo pelo nosso sucesso. Aos meus amigos que ao longo da caminhada sempre estiveram comigo, direta e indiretamente para a conclusão de mais esta etapa da minha vida. A professora Silvia Von Borowski por dar todo apoio e suporte em suas aulas de TCC II. A minha orientadora e coordenadora do curso de Psicologia Sandra Barros que me acolheu desde o inicio dando suporte e dividindo com nos todo seu amplo conhecimento. A nossa co-orientadora Priscilla Tietbohl que nos deu bastante auxilio com seus conhecimentos. A todos os professores do Curso de Psicologia, que contribuíram para minha formação acadêmica; E a todos que ao longo da minha caminhada estiveram comigo em algum momento o meu muito obrigado. Suane Silveira Machado Magalhães “A sua vida lhe pertence. Dela e somente dela você terá que prestar contas. A vida alheia não está sujeita ao seu julgamento. Os erros do seu semelhante, sobre ele pesarão. Comece o Dia Feliz (reflexões) C.Torres Pastorino 11 Sumário I Objetivo Geral .......................................................................................................................... 12 II Normas da revista psicologia e saber social ........................................................................... 13 1. Normas de Elaboração ....................................................................................................... 13 2. Apreciação dos Manuscritos ............................................................................................... 17 3. Apresentação e Encaminhamento dos Manuscritos ............................................................ 17 III Coodependencia da familia de dependentes quimicos: uma analise de perfis comportamentais e emocionais .................................................................................................. 20 12 I Objetivo Geral Avaliar o perfil codependente dos familiares de dependentes químicos Objetivos Específicos: A) Compreender relações de codependentes da família do dependente químico b) Identificar as características principais do codependente familiar do dependente químico c) Listar as características principais de perfis codependentes encontrados nos artigos selecionados. 13 II Normas da revista psicologia e saber social Diretrizes para autores 1. Normas de Elaboração Os manuscritos submetidos devem ter sido elaborados conforme as normas do Manual de Publicação da American PsychologicalAssociation (APA, 2010). As prescrições e exemplos apresentados a seguir, para orientação dos autores, se encontram de acordo com tais normas. No caso de aspectos não cobertos pela presente síntese, sugere-se consultar as seguintes referências: - APA. (2010). Publication manual of the American Psychological Association.SixthEdition. Washington, DC: APA. - Carzola, I. M., Silva, C. B. da, & Vendramini, C. M. M. (2009). Normas para a apresentação de informações estatísticas no estilo editorialAPA. In A. A. Z. P. Sabadini, M. I. C. Sampaio, & S. H. Koller (Eds.), Publicar em psicologia: Um enfoque para a revista científica (pp. 171- 188). São Paulo: Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia; Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Retirado de: http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/biblioteca/Publicar-em-Psicologia.pdf 1. Citação de obras no corpo do texto e suas referências a) No caso de apenas um autor, escrever o seu sobrenome com a primeira letra em maiúsculo e o restante em minúsculo (independente de estar fora ou dentro dos parênteses), seguido da data de publicação da obra em foco. No texto: (Allport, 1924); Allport (1924) Nas referências: Allport, F. (1924). Social Psychology. Boston: Houghton Miffin. b) Quando um trabalho tem dois autores, escrever os sobrenomes, da forma acima descrita, seguidos da data de publicação da obra conjunta. No texto: Berger e Luckmann (1966); (Berger &Luckmann, 1966) 14 Nas referências: Berger, P., &Luckmann, T. (1966). A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes. c) Quando um trabalho tem três, quatro ou cinco autores, escrever todos os sobrenomes na primeira citação, seguidos da data de publicação. Nas citações subsequentes, incluir apenas o sobrenome do primeiro autor, seguido de et al. e da data de publicação. No texto: - 1ª citação: Sá, Souto &Moller (1993); (Sá, Souto &Moller, 1993) - Citações subsequentes: Sá et al. (1993); (Sá et al., 1993) Nas referências: Sá, C. P., Souto, S. O.,&Moller, R. C. (1993). Socialização do saber acadêmico: um estudo sobre a vulgarização do conhecimento científico. Psicologia & práticas sociais, 1 (2), 23-29. d) Quando um trabalho tem seis ou mais autores, citar apenas o sobrenome do primeiro autor seguido de et al. e da data de publicação. Nas referências registrar todos os autores. No texto: Oliveira et al. (2004) Nas referências: Oliveira, D. C., Martins, I. S., Fischer, F. M., Sá, C. P., Gomes, A. M. T., & Marques, S. C. (2004). Pedagogia, futuro e liberdade: a instituição escolar representada por professores, pais e alunos. Psicologia: Teoria e Prática, Ed.esp, pp. 31-47. e) Diversos trabalhos do mesmo autor, publicados num mesmo ano, devem ser identificados pelas letras a, b, c, etc., conforme a ordem de sua citação no texto, escritas sem espaçamento após o ano de publicação. Nas referências, os títulos devem ser registrados na mesma ordem. No texto: Moscovici (1993a); Moscovici (1993b); Moscovici (1993a, 1993b) Nas referências: - Moscovici, S. (1993a). The return of the unconscious. Social Research, 60, 39-93. - Moscovici, S. (1993b). Introductory Address. Papers on Social Representations, 2, 160- 170. f) Para trabalhos aceitos para publicação, mas ainda não publicados, colocar no local da data a expressão "no prelo" para artigos em português e "in press" para artigos em inglês, tanto nas citações no texto quanto nas referências. 15 g) As citações literais de um trabalho no texto devem incluir a página (p.) ou as páginas (pp.) de onde foram extraídas. Exemplos: - Como diz Farr (1992, p.186), as representações "estão tanto na cultura quanto na cognição". - "Em geral a história só começa no ponto em que termina a tradição, momento em que se apaga ou decompõe a memória social" (Halbwachs, 2006, pp. 100-101). h) A citação de dois ou mais trabalhos dentro dos mesmos parênteses deve seguir a ordem de sua apresentação nas referências. - Quando a citação é de mais de um trabalho do(s) mesmo(s) autor(es), a ordem de apresentação deve ser cronológica e crescente (do trabalho mais antigo ao mais recente). Exemplo: (Rouquette, 1994, 1996) - No caso de citação de trabalhos de diferentes autores, estes devem ser apresentados por ordem cronológica de publicação e separados por ponto e vírgula (;). Caso as publicações sejam do mesmo ano, proceder como item (e). Exemplo: (Moscovici, 1984; Flament&Rouquette, 2003) i) No caso de citações indiretas, inclua a citação indireta nas referências; no texto, nomeie o trabalho original e dê uma citação para a fonte secundária. Por exemplo, se um trabalho de Allport é citado em um trabalho de Nicholson, mas você não leu o trabalho de Allport, liste o trabalho de Nicholson nas referências. No texto, use a expressão "como citado em". Exemplo: O diário de Allport (como citado em Nicholson, 2003). j) As comunicações pessoais não são incluídas nas referências; cite-as apenas no texto. Coloque as iniciais e o sobrenome do autor, assim como a data o mais exata possível. Exemplo: T. K. Lutes (comunicação pessoal, 18 de abril, 2001). k) As autorias institucionais (corporações, associações órgãos governamentais, entre outros) deverão ser escritos por extenso na primeira citação e abreviados a partir de então. No texto: - 1ª citação: Banco Central do Brasil [BACEN] (2003) - Citações subsequentes: BACEN (2003). (BACEN, 2003). 16 Nas referências: Banco Central do Brasil (2003). Anuário de crédito rural. Recuperado em 10 novembro, 2003, de http://www.bcb.gov.br/htms/CreditoRural/2001/rel53211.pdf *Exceção: Se o nome do autor for curto ou se a abreviatura não for facilmente reconhecida, escreva-o por extenso toda vez que ele aparecer no texto. 2. Componentes das referências a) Referência de livro: Último sobrenome, Iniciais do nome e sobrenomes anteriores. (ano de publicação do trabalho). Título e subtítulo em itálico. Local de publicação: Editora. Exemplo: Kiesler, C. (1971). The psychology of commitment.Experiments linking behaviors to belief.New York: Academic Press. b) Referência de capítulo de livro: Último sobrenome, Iniciais do nome e sobrenomes anteriores. (ano de publicação do trabalho). Título do capítulo. In Iniciais do nome e sobrenomes anteriores, Último sobrenome (Org.). Título e subtítulo em itálico (pp.). Local de publicação: Editora. Exemplo: Moscovici, S. (1989). Des representations collectives aux représentations sociales: elements pour une histoire. In D. Jodelet (Org.). Lesreprésentationssociales (pp. 62-86). Paris: PressesUniversitaires de France. c) Referência de artigo: Último sobrenome, Iniciais do nome e sobrenomes anteriores. (ano de publicação do trabalho). Título do artigo. Título do periódico, Volume(número da revista), páginas inicial e final do artigo. Exemplo: Guimelli, C., &Rouquette, M-L. (1993). Note surlaformalisationdesschèmesétrangesdansl'étudedesreprésentationssociales. CahiersIntern ationaux de PsychologieSociale, 19(3), 43-48. d) No caso de artigo publicado em periódico, revista e boletim eletrônicos, após os componentes normais, indicar a URL de onde ele foi recuperado. Exemplo: Almeida, A. M. O., Santos, M. F. S., & Trindade, Z. A. (2000). Representações e práticas sociais: contribuições teóricas e dificuldades metodológicas. Temas em Psicologia, 8 (3), 257-267. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v8n3/v8n3a05.pdf. 17 e) Referência de tese e dissertação: Sobrenome, Iniciais do nome e sobrenomes anteriores. (ano de defesa). Título do Trabalho.Tipo do documento, Instituição, cidade, estado, país. Exemplo: Naiff, D. G. M. (2005). A memória social dos regimes Vargas: um estudo comparativo entre duas gerações no Rio de Janeiro. Tese de doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. 2. Apreciação dos Manuscritos O manuscrito que se enquadra nas categorias "Estudo Empírico","Revisão da Literatura", "Artigo Teórico" e "Artigo Metodológico" descritas nas Políticas de Sessão é aceito para análise, pressupondo-se que: (a) o mesmo trabalho não foi publicado e nem está sendo submetido para publicação em outro periódico; (b) todas as pessoas listadas como autores aprovaram o seu encaminhamento com vistas à publicação na Revista Psicologia e Saber Social; (c) qualquer pessoa citada como fonte de comunicação pessoal aprovou a citação; (d) os autores seguiram todos os procedimentos éticos recomendados pelos padrões adotados pela Revista. As etapas de avaliação do manuscrito estão descritas no item "Processo de Avaliação por Pares". 3. Apresentação e Encaminhamento dos Manuscritos A submissão dos manuscritos deve ser feita unicamente através do sistema eletrônico (SEER) da Revista Psicologia e Saber Social, no item "Submissões". Os manuscritos devem ser redigidos em português, inglês, espanhol ou francês, ou eventualmente em outro idioma, a critério da Equipe Editorial. Por ocasião da submissão, os autores deverão fazer a transferência de três diferentes arquivos, no formato do processador de texto WORD 2003 ou posterior : (1) o manuscrito propriamente dito; (2) uma folha de apresentação; (3) as figuras, tabelas e/ou gráficos (se for o caso). Corpo do manuscrito (1o arquivo) O texto deve ser digitado em fonte Arial, tamanho 11, com espaçamento 1,5 entre as linhas, em papel A4, com as quatro margens de 2,5 cm, e parágrafos de 1,25cm com alinhamento 18 justificado. O conjunto do corpo do manuscrito, incluindo resumos, referências, figuras, tabelas e gráficos, deve obedecer aos limite máximo de páginas estabelecido para os diferentes tipos de contribuição. Este arquivo não deve ter a indicação dos autores, sendo constituído apenas pelo título, o resumo e as palavras-chave em português, como também o title, o abstract e as keywords, seguidos do texto do manuscrito. Os resumos no idioma escolhido, com o máximo 250 palavras, e em inglês devem ser inseridos após os respectivos títulos. As palavras-chave no idioma escolhido e em inglês - em número de 5 - devem ser inseridas após os respectivos resumos. O artigo que consista em relato de pesquisa empírica deve ser apresentado, preferencialmente, com as seguintes seções principais: introdução, método, resultados, discussão e conclusões. Os títulos das seções principais em que um artigo esteja organizado devem ser digitados em negrito. Caso seja necessário subdividir a seção, os subtítulos devem ser digitados em itálico. Por exemplo: Método (seção principal); Coleta de dados(subdivisão da seção). As notas, quando houver, devem ser numeradas, sucintas e apresentadas ao final do texto, em fonte 10, simples e sem entrada de parágrafo. Não deve ser utilizado o recurso "Inserir Notas" do Word. Folha de apresentação (2o arquivo) A folha de apresentação deve conter: os títulos (no idioma original e em inglês); os nome(s) completo(s) do(s) autor(es), suas titulações e respectivas vinculações institucionais; o endereço completo de correspondência, telefone e e-mail do autor indicado para manutenção de contato com a revista. Os títulos no idioma escolhido e em inglês devem conter no máximo 20 palavras. A afiliação institucional deve conter os nomes completos da instituição e do departamento ou programa de pós-graduação em que o autor e co-autores atuam, com indicação da cidade e país. Caso o trabalho que deu origem ao manuscrito tenha sido financiado ou apoiado por alguma agência de fomento, o nome desta deve ser indicado. 19 Tabelas, gráficos e figuras (3o arquivo) As figuras, tabelas e gráficos devem ser construídas de acordo com as normas da APA. O arquivo poderá ter até 6 figuras, tabelas e gráficos, com seus respectivos títulos e eventuais legendas. As figuras, tabelas e gráficos deverão ser encaminhadas, em preto e branco, em um único arquivo separado do texto, uma por página. As tabelas e gráficos deverão ser confeccionadas em formato .XLS (excel) e coladas em arquivo Word, enquanto que as figuras deverão ser imagens coladas em Word. Devem ser assinalados no corpo do texto os locais em que cada figura, tabela ou gráfico será inserido. Exemplo: "INSERIR TABELA 1". 20 III Codependencia da família de dependentes químicos: uma analise de perfis comportamentais e emocionais Maria Aparecida Borges da Silva¹ Suane Silveira Machado Magalhães² Orientador: Me Sandra Barros³ Co-orientador: Especialista Priscila Tietbohl4 Resumo: O referido artigo buscou avaliar o perfil dos familiares de dependentes químicos quanto a sua codependencia, emocional e comportamental por meio de revisão de literatura. Foram buscados artigos nos descritores da plataforma BVS-LIlacs, pubmed e Scielo. Nos descritores: Dependência química e família, foram encontradas com 72 artigos; família e drogas, 42 artigos e Codependencia familiar 10 artigos foram selecionados. Sendo assim ao total 124 artigos relacionados aos descritores citados. Os critérios de exclusão utilizados foram os artigos que não tinham como metodologia revisão de literatura, desta maneira finalizamos com 35 artigos nos quais selecionamos apenas 4. Para critério, foi usado artigo que constava a palavra codependencia. A análise de dados permitiu identificar os perfis dos familiares de dependentes químicos, quanto a sua codependência: demonstrando a dor emocional e adoecimento tanto físico quanto psíquico, que aparece sob em diversas formas, tais como o medo, a desconfiança, a culpa, o excesso de cuidado principalmente com o outro, o descuido de si e mudanças do seu dia a dia. Palavras-chave: perfil codependente; codependência; Familiares; Dependente químico. Coodependence of the chemical dependent family: an analysis of behavioral and emotional profiles Abstract: The aforementioned article sought to evaluate the family members' dependence on their codependency, emotional and behavioral by means of literature reviews. Articles were searched in the descriptors of the BVS-Lilacs, PubMed and SCielo platform, in the descriptors: Chemical dependence and family were found with 72 articles; family and drugs 42 articles and Codependencia familiar 10 articles found. Thus, to the total 124 articles related to the mentioned descriptors. The exclusion criteria used were the articles that did not have literature review methodology; in this way we ended with 35 articles in which we selected only 4. For criterion, we used an article that included the word codependencia. Data analysis allowed us to identify the profiles of family members of dependents, as to their codependency: demonstrating emotional pain and physical and psychic illness, which occurs 21 in a variety of ways, such as fear, mistrust, guilt, excess of care mainly with the other, the carelessness of oneself and changes of his day to day. Keywords: codependent profile; codependency; Relatives; Chemical Dependent. Introdução A codependencia caracteriza-se por hábitos e comportamentos não saudáveis diante de um conflito ou uma mudança no âmbito familiar. De acordo com Zampieri (2004) não existe no DSM- IV (1995) ou na CID (1993) definição para a codependência, pois não é reconhecida como doença, ou não há consenso para sua classificação, dando abertura a novos estudos. Entretanto, a codependência tem sido reconhecida como uma construção social. Conforme Silva (2002), a família que tem experiência direta com o dependente, pode envolver-se emocionalmente e desenvolver a codependência.A superproteção e a negação são características da codependência, onde o sujeito não consegue articular consigo e com a sociedade seu sofrimento. A busca pelo entendimento do impacto das relações entre familiares de dependentes químicos, de como elas se constroem e, a partir delas, quais são os resultados gerados deu origem, em meados dos anos 70, a uma tentativa de definir um fenômeno comportamental caracterizado por uma extrema dedicação em cuidar, bem como de “salvar” o membro da família envolvido no consumo de substancias psicoativas, os quais chegam a adquirir características e comportamentos tão disfuncionais quanto aqueles observados pelo membro da família dependente de álcool e outras drogas (Diehl, Silva & Bosso, 2017). O aprofundamento do tema “Codependência” é de extrema relevância pelo seu poder de alcance entre os familiares de dependentes químicos e também por ser um assunto pouco visto e estudado (Cyrino et al., 2016). A equipe de saúde nesse caso é de extrema relevância poiso tratamento psicológico é indicado em articulação interdisciplinar com outros tratamentos, pois possibilitam que o indivíduo compreenda o que está acontecendo e promova reflexões a partir daquilo que compreendeu, tanto dependente como familiar. Além de identificar outras questões que 22 podem ter função no fenômeno da codependência, como a existência de outras patologias ou psicopatologias e dinâmicas interpessoais não saudáveis (Tiba, 2001). Trabalhos com tratamentos e prevenção auxiliam famílias com dificuldades estas de melhorar qualidade de vida, buscando uma interação melhor consigo e com o outro que vive ao seu lado, pois estes comportamentos inadequados só levam as frustrações, raiva, medo e até mesmo uma possível depressão a qual pode levar a recaída do dependente químico, quanto à codependencia do familiar que não esta bem ajustada. Este estudo nos permitiu refletir em relação do perfil da família que sofre com sua codependencia. Assim percebe-se que a pouco atendimento e intervenção ao familiar enquanto a intervenção é mais focada na droga, e desta maneira o individuo familiar é um pouco esquecido e deixado de ser estudado e também de proporcionar prevenções e intervenções nos cuidados familiares. Quando o dependente químico é levado para tratamento ou decide ir se tratar o familiar também deve procurar apoio e tratamento, pois o familiar codependente não se percebe como tal e acredita que o problema estar só na dependência química (nas drogas). Assim o codependente não percebe que o tratamento não depende somente do dependente químico, e sim de um conjunto de fatores. Compreende-se que a família não acredite na manutenção da abstinência, assim como o dependente tem dificuldade em aceitar sua condição como uma doença e que precisa de tratamento (Reinaldo & Pillon, 2008). Codependência O termo codependência foi descrito por alguns autores Zampieri (2004); Diehl, Silva e Bosso (2017). Autores Zampieri (2004); Diehl, Silva e Bosso (2017) descrevendo a alguns aspectos das vidas de pessoas que foram afetadas pelo envolvimento com o dependente químico. Muitas outras definições de codependência são conhecidas por um sistema de vida que emerge em famílias disfuncionais, desenvolvendo uma estagnação no âmbito familiar, pessoas com comportamento exagerado, e comportamentos compulsivos, demostrando um padrão de dependência do outro. Em geral o convívio familiar torna-se estressante e dificultoso para que seja possível encontrar soluções ou até mesmo viver uma vida saudável (Zampieri, 2004) De acordo com Diehl, Silva e Bosso (2017) a definição de codependência originou-se nos anos 70, na tentativa de definir um fenômeno comportamental caracterizado por uma extrema dedicação em cuidar, ou ainda “salvar”, o membro da família do uso indiscriminado de substâncias psicoativas. Assim o familiar vai adquirindo comportamentos mais dependentes do que aqueles que fazem uso das substancias psicoativas, desenvolvendo comportamentos disfuncionais que dão sentido a codependência. 23 A codependência também pode se definir como algumas características emocionais e psicológicas específicas do comportamento, um conjunto de sentimentos opressivos que ditam regras e dificultam a manifestação aberta desses sentimentos, inclusive o diálogo sobre problemas pessoais e interpessoais. O codependente não sabe ou não se sente capaz de controlar sua própria vida. Então busca mudar e controlar o outro para se sentir bem. Sua identidade não é própria, mas condicionada ao outro. Depende de outro para ter seu ser validado, então não é si mesmo, mas um apêndice do outro. A compulsão do outro ajuda o codependente a definir- se como um ajudador fiel, se ver como útil e com um sentido. Ele se dedica avidamente a essa tarefa, buscando satisfação na ajuda ao outro. Se o outro está bem, ele também estará. A atuação da família na prevenção ao uso indevido de drogas psicoativas, assim como na recuperação e reinserção social do dependente químico é muito importante. A dependência química envolve, pelo menos, outra pessoa além do toxicômano, ou seja, os codependentes, que podem tomar iniciativas para mudar, porém, por vezes, ilusórias. O codependente é o parceiro indissociável do dependente químico que, ao expressar desejo de ajudar, deve ser chamado a participar do tratamento, pois constitui um recurso importante pelo poder que exerce sobre o conjunto de relações interpessoais (Moraes, Braga, Souza & Oría, 2009). Os codependentes desconhecem parte de sua realidade, não conseguem estabelecer limites para si e para o seu familiar com DQ, perdem totalmente sua identidade e autonomia passando a viver inteiramente a vida do outro a quem desejam controlar, conduzir pensamentos e comportamentos, geralmente trazendo conflitos e frustações para este familiar (Moraes, Braga, Souza & Oría, 2009). A relação de codependência evidencia a baixa autoestima, caracterizada pela falta de amor próprio; dificuldades de negação e imposição de limites; sentimentos de ilusão, sofrimento, ansiedade, angústia, medo, impotência, fracasso; sensação de vazio; e o desconhecimento dos próprios sentimentos (Moraes, Braga, Souza & Oría, 2009). As mulheres são as principais afetadas pela codependência. A esposa ou mãe assume responsabilidades que não são suas e, consequentemente, o usuário de drogas nunca percebe as consequências de seu próprio vício. Esses membros altamente reativos da família têm uma percepção limitada dos efeitos de suas atitudes em relação ao usuário de drogas; portanto, eles se engajam em comportamentos que impedem qualquer esforço para melhorar a condição do usuário de drogas (Bortolon, 2015). Os codependentes são controlados pelo comportamento do usuário; eles permitem que isso afete suas vidas pessoais e atividades ocupacionais alterando ou cancelando planos, ocultando o comportamento do usuário do restante da família, mentindo ou desculpando o comportamento do usuário e expressando o desejo de mudar seu próprio comportamento sem conseguir fazer isso, o auto sacrifício é um importante traço comportamental. Isso reflete uma tendência de colocar as necessidades de outras pessoas 24 acima das próprias (Bortolon, 2015). (O conceito de Codependência segundo Balone (2006) apud Rocha (2011, p. 56)): Codependentes são esses familiares, normalmente cônjuge ou companheiro (a), que vivem em função da pessoa problemática, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. Sanda (2001) afirma: “Enquantoo dependente é viciado na droga o codependente é viciado nos problemas do dependente”. Esta afirmativa ilustra perfeitamente a relação entre dependente, e codependente. Sendo assim, o fenômeno da dependência permite com que a família sofra diretamente o impacto do uso de drogas pelo adicto. As mulheres apresentam maior prevalência de crenças codependentes quando comparadas aos homens. A codependência pode estar relacionada a questões culturais a que o gênero feminino está exposta de forma precoce e contínua, pois desde a infância, as mulheres são estimuladas a cuidar, atender e ser responsável pela família como um todo. A atuação desse papel também pode influenciar a ocorrência de ansiedade, principalmente a ansiedade de desempenho e depressão quando a mãe ou a esposa se sentem culpadas pela doença do filho ou do marido (Bortolon et al., 2010). A Família no Contexto da Dependência Química Pode-se definir que a família é constituída por indivíduos que desenvolvem relações entre si, compartilhando as, mesmas crenças, culturas, e cada um desempenha uma função distinta e complementar. De acordo com autor (Sarti, 2000). Atualmente as famílias não estão mais resgatando aquele sentido de tradição. Percebe-se que aos poucos vai se deixando de lado e perdendo esse contato de relacionamento. Assim, o amor, o casamento, a família, a sexualidade, e o trabalho antes eram papeis preestabelecidos, hoje são como projeto onde a individualidade adquire cada vez maior importância social. A individualidade está muito presente nos dias de hoje, nas relações familiares onde cada membro busca realizar o seu projeto. Por sua vez, segundo o estudo, (ciência e saúde, 2013). O dependente químico afeta as atividades diárias e o psicológico dos familiares: 58% das famílias com algum usuário de drogas têm afetada a habilidade de trabalhar ou estudar, 29% das pessoas estão pessimistas quanto ao seu futuro imediato e 33% têm medo que seu parente beba ou se drogue até morrer, ou alegam já ter sofrido ameaças do familiar viciado. 25 A falta de conhecimento da família em relação à dependência química faz refletir que os pais estão despreparado para lidar com estas situações. Sendo assim os comportamento em se adaptar a determinadas situações pode desencadear o que Achenbach e Howell (1993) definem como sintomas internalizantes, quando expressos em relação ao próprio indivíduo (tristeza, angústia, queixas somáticas, medo, depressão, ansiedade, etc.); ou externalizantes, quando manifestos na conduta e em relação a outras pessoas (hiperatividade, agressividade, dificuldade no controle de impulsos, raiva, delinquência, uso/abuso/dependência de drogas, etc.). A dependência química atinge o usuário e o sistema familiar como um todo, desta maneira o tratamento dessa condição é centrado no usuário, o que deixa a família em segundo plano. Silva (2012) afirma que a família que tem experiência direta com o dependente, pode envolver-se emocionalmente e desenvolver a codependência. A família pode ficar tão desamparada pelas atitudes do dependente químico que a mesma se sente estagnada, com sentimentos de culpa e incapaz de auxiliar. A família também pode estar cheia de vergonha que finge que o problema não existe, assim recusa- se a discutir sobre o problema seja quem for até mesmo alguém próximo da família, pois a mesma não aceita a situação. Várias atitudes de mecanismo psicológico estão presentes nos membros de uma família codependente. Mecanismos que buscam a estabilidade que um dia se perdeu e que podem ser indicadores de uma condição codependente (Bertolote, 1997). Observa-se uma relação doentia entre a dependência e a codependência: o dependente que faz uso de determinada substância, e por isso causa prejuízos a si e a outrem; e o codependente que, querendo resgatá-lo, devido à própria conduta mantém e agrava o quadro. É uma relação parasitária, em que um dos indivíduos se alimenta dos esforços emocionais do outro. Muitas vezes essa relação prolonga-se por anos, a ponto de ser considerada normal, por aqueles que dela participam (Zanelatto & Rezende, 2003, p. 4). A família é um sistema aberto, cujos membros se relacionam, criam laços emocionais e compartilham suas histórias e experiências. Nessa dinâmica relacional, seus integrantes objetivam a uma estabilidade familiar e convivem com os desafios constantes das mudanças próprias das transições presentes no ciclo vital da família (Maciel et al.2013). Outro fator importante é a compreensão da família como cenário de risco e/ou de proteção diante das complexidades do abuso de drogas. Sendo assim, a família assume o papel de criadora de possibilidades de saúde para seus membros e oferece um cenário para transformações ou resoluções de problemas. No enfoque da família como cenário de risco para tal problemática, os fatores de risco podem estar associados, por exemplo, às relações afetivas conflitantes entre seus membros, situações de violência física de pais diante de seus filhos, entre outros (Maciel et al. 2013). 26 O convívio dos familiares com o dependente químico é afetado na medida em que a dependência se desenvolve. Características da Codependencia O codependente geralmente sente-se usado, magoado por não ser reconhecido em sua “generosidade”, dessa forma, reforça e mantém as mudanças entre os papéis de salvador, perseguidor e vítima. Quando então não existe a quem salvar ou quando alguém se recusa a ser ajudado, o codependente sente-se rejeitado. Para sentir-se bem consigo mesmo e com o outro, o codependente tem que fazer algo para mostrar que é bom (Bolone, 2008). A maioria dos codependentes é ligada, ou seja, envolvida em excesso, a pessoas e problemas em seus ambientes. Ao ser perguntado sobre o que está sentindo, ou o que tem feito, o codependente responde o que o outro está sentindo, ou tem feito. Isso porque não está concentrado em si mesmo e sim no outro (Beattie, 2003). De acordo com Giddens (1992, p.35) “A falta de autoestima, a qual normalmente assume a forma de vergonha inconsciente ou não reconhecida, é uma característica nociva dos codependentes”. Marques (2016) argumenta que algumas famílias passam por determinadas fases que caracterizam a codependência, sendo elas: a) NEGAÇÃO: nesta fase a família nega que existe um dependente químico dentro do âmbito familiar, pois para eles somente na casa dos outros podem vir a existir um dependente químico. b) DESESPERO: Nesta fase a família começa a se fazer questionamentos para tentar encontrar respostas, esta que muitas vezes só o dependente sabe responde-las. Sentem-se culpados por acreditar que erraram em algum ponto e por este motivo tendem a ser mais agressivos e controladores. c) CONTROLE: A família acredita que pode controlar o dependente então nesta fase passam a vigiar o indivíduo como mexer em seu celular, vasculhar roupas e armários, controlar idas e vindas. Tudo isso por medo de que o mesmo sai de casa e não volte mais ou vá atrás de mais droga. d) EXAUSTÃO EMOCIONAL: Nesta fase a família começa a procurar o tratamento, pois para de ver o dependente químico como um delinquente e o vê como doente e a dependência química como a tal doença. É este tratamento ocorre de forma sistêmica, pois se a família falhar a dependente também falha (Marques, 2016). 27 Os tipos de estratégias de controle que os codependentes utilizam não são apenas ineficazes, mas eles realmente funcionam para reforçar a probabilidade do abuso de substâncias ser repetido no futuro, principalmente através dos tipos de comunicação negativa entre os envolvidos (Diehl,Silva & Bosso, 2017). O codependente desconhecem parte de sua realidade, não conseguem impor limites para si e para o seu familiar DQ, perderam sua identidade e autonomia visando controlar a vida do DQ. Essas atitudes são um dos maiores fatores para as brigas e discussões na relação familiar. Esse desentendimento é prejudicial para ambas às partes, pois se leva em conta a liberdade de cada um (Diehl, Silva & Bosso, 2017). Aparece na perspectiva o adoecer codependencia como deixar de ter uma vida saudável, regrada com bons hábitos, a codependencia leva o familiar a perde a alta estima, a isola-se de outras pessoas se afastar-se, não consegue priorizar o que é de fato seu, possui uma rotina irregular, justifica o problema que esta sempre no outro e até mesmo algumas reações psicossomáticas: dores de cabeça, alergias, dores no peito e estomago. As características citadas mostram a realidade da codependência, mostrando que a vida do codependente passa de um extremo a outro que vai desde a negação de si mesmo como tentativa de fazer o outro feliz, até uma fuga dos outros para se manter seguro. O medo de ficar sozinho é grande na codependência e por isso se permite ausentar-se das suas reais necessidades pegando para si os desejos e sonhos de outra pessoa (Zampieri, 2004). Segundo Zampieri (2004). Foi levantada pesquisas onde caracterizam que o codependente sempre busca relacionamentos onde ela se torna codependente entre elas a atração por pessoas explosivas; tem controle compulsivo de outrem em relacionamentos; necessidade de ajudar acompanhada de sofrimento (ou assumir compromissos abandonados por outrem); preocupação constante com uma pessoa dependente (ou alguém exageradamente dependente) (ou necessidade de ter um proposito nos relacionamentos), expressa muitas vezes como um péssimo acerca do futuro. O codependente deixa suas próprias necessidades e ações que o fazem feliz para viver dedicado ao outro com medo de perdê-lo. Método Baseado em Lima e Mioto (2007), este trabalho se configura como uma pesquisa bibliográfica realizada com o intuito de fundamentar teoricamente um determinado objeto de estudo e contribuir com elementos que subsidiam análises futuras. A pesquisa bibliográfica emerge como procedimento metodológico de suma importância na produção do 28 conhecimento científico, sobretudo no tocante a temas pouco explorados. Segundo as autoras, trata-se de: um movimento incansável de apreensão dos objetivos, de observância das etapas, de leitura, de questionamentos e de interlocução crítica com o material bibliográfico que permite, por sua vez, um leque de possibilidades na apreensão das múltiplas questões que envolvem o objeto de estudo (Lima & Mioto, 2007, p. 44). Por isso, demanda-se a descrição minuciosa do tipo de pesquisa, das fontes, instrumentos de coleta e análise de dados, apresentando “as lentes” que orientarão o processo de investigação (Lima & Mioto, 2007). Fontes As buscas foram realizadas nas bases de dados na Scielo e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), buscando amparar a produção científica nacional. Foram assim, encontrados 124 artigos foram analisados 35 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais entre 2001 a 2017 sendo 4 deles selecionados a partir de bases de dados nacionais e internacionais. O critério de exclusão dos artigos foi feito de maneira se o artigo não tivesse a metodologia como revisão de literatura em sua estrutura foi automaticamente excluído. Procedimentos de coleta As buscas pelas produções foram realizadas virtualmente entre março a abril de 2018. Nesse período, efetuou-se uma busca nas referidas bases de dados a partir dos termos: Dependência química e família; família e drogas e Codependencia familiar. Foi usado como critério de exclusão artigos que não tivesse a metodologia como revisão de literatura em sua estrutura por tanto foi automaticamente excluído. Essa diferenciação foi necessária tendo em vista que a ferramenta de busca das referidas bases não se aproximava com a proposta do artigo. Com base nos resultados encontrados na busca, os textos foram lidos e selecionados a partir dos seguintes critérios de inclusão: A plataformas BVS, LILACS E SCIELLO. Assim analisando o perfil familiar em sua condição como codependente. 29 Procedimento de análise O procedimento de análise após o levantamento do material, seguiu três etapas principais: 1) Construção e posterior classificação dos textos em uma grade de análise que continha as seguintes informações: Autor; Ano; Metodologia; Titulo; Ideia Principal. 2) Analise e discussão do perfil codependente. Para Palmer (2006), esta pesquisa é utilizada para mensurar atitudes e comportamentos em situações que a natureza da pesquisa já foi definida. As pesquisas quantitativas são formadas para reunir dados e informações de amostra estatisticamente representativa da população alvo da pesquisa. Resultados e discussão Em termos quantitativos, os resultados encontrados apontam para analise sobre o perfil dos familiares nos últimos 16 (dissésseis) anos em todos os tipos de publicação. – Através dos artigos é possível observar que todos os 4 artigos citados descrevem as características do perfil um familiar codependente, tais como Maciel et al. (2013) “Os integrantes da família enfrentam situações de angústia, conflitos, dúvidas, medos e outros sentimentos”. Segundo Alvarez, Gomes & Xavier (2014), “O familiar de Dependentes químicos enfrenta diversas situações no seu dia a dia como preocupação, angustia, tristeza, desconfiança”. Cita também Moraes et al. (2009) “Sentimentos provenientes dessa relação indicativa de codependência, dentre os quais: baixa autoestima, caracterizada pela falta de amor próprio; dificuldades diversas”. Segundo autores citados no artigo o familiar do Dependente químico precisa também de tratamento referente à sua codependencia para que tenham uma melhor qualidade de vida. Sobral e Pereira (2012) “O codependente precisa ser tão cuidado quanto o familiar com DQ”. Marinho, Souza e Teixeira (2015) “Esta família, diante do sentimento de impotência e desespero, passa a intervir de todas as formas para auxiliar na superação do sofrimento” sobre os estudos referentes ao termo codependencia podemos observar que ainda são poucos os que falam realmente sobre este "termo”. Segundo Sobral e Pereira (2012) “Os estudos sobre codependencia ainda precisam ser aperfeiçoados, de 55 artigos selecionados nenhum deles abordava o tema codependenica”. De acordo com Diehl, Silva & Bosso (2017) afirmam que “o conceito de codependência segue um modelo teorizado, codependencia ainda não é vista como uma doença” a tabela abaixo mostrara os artigos selecionados para pesquisa resumindo o que cada um trouxe de relevante em relação ao perfil do familiar de Dependente Químico e como o mesmo é vista pela sociedade. 30 Zampiere (2004) “ressalta que Arranjos diversos podem ser adotados pelos conviveres ao atravessarem uma situação crítica. Famílias flexíveis mostram-se ágeis em adaptações a mudanças. Porem, se mantidos os estressores, os comportamentos podem cronificar-se em configurações inadequadas, quando já se mostram incompatíveis com a demanda atual”. Hinkin e kahn (1995) “Os resultados revelaram níveis significativamente maiores de sintomatologia psicólogica entre os indivíduos que convivem com algum dependente de álcool tem uma historia familiar de alcoolismo, os quais foram, em parte, consiste com a sintomatologia hipotética de codependencia” Miller (1994)“O entendimento do campo da codependenia e sua capacidade de ajudar o conjugue são limitadas a menos que outras conceituações possam ser consideradas.” Bortolon et al. (2016)” Mães e esposas om a menos de 8 anos de educação tem mais sintomas de codependencia. Quanto maior o nível de codependencia imposta ao familiar, maior à carga significativa sobre o bem estar físico e emocional dos afetados, resultando em problemas de saúde, reatividade, autonegligência e responsabilidades adicionais.”. - Tabela -I e figura –I. Autores Ano Metodologia Titulo Ideia principal Carlos Alberto Sobral; Paul o Celso Pereira. 2012 Revisão de literatura A codependência dos familiares do dependente químico: revisão da literatura Desestrutura familiar (falta de interação familiar, dialogo). Esgotamento psíquico. Alessandra Diehl Dalzira da silva Aline tagliatt i bosso 2017 Revisão De literatura Codependência entre famílias de usuários de álcool e outras drogas: de fato uma doença? Controle do outro e dificuldade de impor limites. Perde o controle de sua vida para dedicar-se ao outro. 31 et.al Maciel 2013 Revisão de literatura Consequências e dificuldades da dependência química no âmbito familiar: Uma revisão de literatura O codependente Passa por 4estagios: Negação, desespero, controle, exaustão. Impotência, medo do futuro; culpa vergonha. Vasconcelos et.al 2015 Revisão de literatura Relações familiares e Desestrutura familiar Desconforto, Essas são algumas características do perfil do familiar codependente sofre desta maneira o apresenta a proposta o tratamento da Codependencia é necessário um acompanhamento de psicoterapia, e até mesmo alguns casos o uso do medicamento como: ansiolíticos e antidepressivos. Assim a família poderá ter uma visão de saúde no seu âmbito familiar, onde a aceitação possa provocar mudanças. Trabalhos com tratamentos e prevenção auxiliam famílias com dificuldades estas de melhorar qualidade de vida, buscando uma interação melhor consigo e com o outro que vive ao seu lado, pois estes comportamentos inadequados só levam as frustrações, raiva, medo e até mesmo uma possível depressão a qual pode levar a recaída do dependente químico, quanto à codependencia do familiar que não esta bem ajustada. O perfil do familiar quanto a sua codependencia e a falta de aceitação onde, comportamentos incorretos auxiliam para que o dependente químico faça o uso de algumas substancia e que essas vão gerar transtornos tanto físicos como emocionais para ambas as partes. Comportamentos disfuncionais acompanham um codependente, que por sua vez não se reconhece como codependente. Quando tem estes comportamentos sinalizados, apresenta resistência para aceitação de sua condição (Zanelatto & Rezende, 2003). A partir do momento que o familiar Codependente começa a perceber suas atitudes e comportamentos, que levam a uma resposta negativa, o familiar começa mudar os hábitos para uma melhoria de convívio familiar. Esta também respondera uma boa recuperação para o dependente químico. Considerações finais O artigo objetivou compreender como é o perfil de um familiar codependente, conhecer qual a relação entre a familiar e dependência química e como o tratamento pode afetar o meio familiar, pois as famílias também adoecem quando vivenciam a dinâmica codependente. Dentre todos estes fatores a família esquece sua própria vida, para viver inteiramente 32 a vida do outro, ocorrendo no desenvolvimento de tal dinâmica frustações, perdas, brigas familiares entre outras atitudes que são tomadas devido à codepêndencia. Sendo assim. Neste artigo tem o objetivo de analisar o perfil de familiares codependentes químicos, nas produções nacionais e algumas internacionais, referente às pesquisas de revisão bibliográfica realizada apontou que os familiares possuem característica de sobrecarga emocional, de tarefa, incluindo descrição de estresse, fadiga, preocupação excessiva, dificuldade para dormir, perda de controle emocional e uma falta posição firme diante das crises resultante do comportamento do usuário; questões de saúde pessoal, baseadas em descrições de busca de tratamento para condições médicas, psicológicas e psiquiátricas e participação em grupos de autoajuda. Foram identificados que os familiares que enfrentam problemas com a codependencia muitas vezes demonstram fragilidade em suas atitudes adquirindo comportamentos repetitivos, semelhantes ao do dependente químico, e que demoram a perceber que são familiares codependentes e que sofre sem perceber, pois os mesmos se acham responsáveis pelo outro. A situação de codependência é interpretada como preocupação podendo agravar na medida em que o quadro do dependente químico evolui. Devem se identificar os pensamentos e comportamentos de um membro codependente e trabalhá-los a fim de que se dediquem mais a si mesmo, pois a partir disto, conseguirá ajudar seu familiar dependente químico de uma maneira mais saudável e eficaz. O codependente precisa aprender a se cuidar deixar que o outro siga sua vida, refazer o seu eu e encontrar sua identidade e saber que tanto ele quanto o dependente químico tem vidas distintas e precisam vive-las cada um da maneira que decidiu seguir, sem o controle, e sem a preocupação a todo instante a ponto de perder o seu eu (Beattie, 2007). A aceitação do codependente sobre uma vida sem saber o que podem esperar, pois sempre estarão rodeados de problemas, conflitos, perdas e mudanças. Mais o codependente precisa preocupar-se com as suas perdas mais intimas como sonhos, autoestima, liberdade e pensar o que está em primeiro lugar e dedicar-se para si e deixar de lado o dependente químico (Beattie, 2007). A analise dos estudos do perfil familiar revelaram características da família codependente sendo assim elas vivenciam diversos sofrimentos por conta do outro da necessidade que têm em controlar a vida de seu familiar dependente químico. 33 Referências Alcoolismo Hoje. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1997. p.17-31. BALLONE. GJ. Codependência. PsiqWeb, 2008. Beattie, M. Co dependência nunca mais. Rio de Janeiro: Nova Era, 2003. Bertolote, J. M. Conceitos em Alcoolismo. In: RAMOS, S. de P.; BERTOLOTE, J. M. Bortolon, Cassandra Borges et al. Familyfunctioningandhealthissuesassociatedwithcodependency in familiesofdrugusers: Funcionamento familiar e questões de saúde associados com codependência em familiares de usuários de drogas. Porto Alegre: BortolonCbEt Al., 2015. 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