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PROVAS NA JUSTIÇA DO TRABELHO

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INTRODUÇÃO
O Código de Processo Civil, como fonte subsidiária de aplicação no processo do trabalho, traduz em seu artigo 332 que “todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa”. 
Ainda, não se pode deixar de mencionar a importância do objeto de prova estar devidamente ligado a fatos pertinentes, controvertidos e acima de tudo, fatos relevantes para o deslinde processual.
2- A PROVA EMPRESTADA
A utilização da prova emprestada encontra amparo nos princípios da instrumentalidade das formas e da economia e celeridade processual, bem como seu uso deve ser pautado nos princípios do contraditório, da ampla defesa, da legalidade e da proibição das provas ilícitas. 
A jurisprudência trabalhista vem entendendo pela admissibilidade da prova emprestada nos casos em que exista contemporaneidade com a época de prestação de serviços, e em casos em que seja oportunizado o contraditório, para que a parte contrária na relação processual possa se manifestar quanto à produção da prova. Exemplo: Utilização de prova pericial emprestada nos casos em que ocorra a desativação ou desaparecimento do local de trabalho. Neste sentido, a OJ 278 da SDI-1 do TST, estabelece que “a realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova”.
3 AS PRESUNÇOES JURÍDICAS
As presunções, no âmbito dos meios de prova, estão ligadas às suposições quanto à existência e veracidade de determinados fatos, ou mesmo, acerca da validade de certos documentos. As presunções absolutas, também denominadas de presunções jure et de jure, são presunções das quais não se admite prova em contrário. Presume-se aqui uma verdade absoluta e inafastável. Um exemplo, comumente utilizado pela doutrina no que tange à presunção absoluta, diz respeito ao artigo 482, “d” da CLT, o qual assegura a dispensa por justa causa para o empregado condenado criminalmente com trânsito em julgado.
Já no que diz respeito às presunções relativas, também denominadas presunções juris tantum, admitem-se as provas em sentido contrário. Aqui não existe uma verdade absoluta, pois, qualquer meio de prova pode ser hábil em elidir as presunções relativas. Como exemplo, a Súmula 12 do TST assevera que “as anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum.”
Dessa forma, fica evidenciada a relevância jurídica atribuída às presunções através desses exemplos práticos de sua incidência. 
4 VALORAÇÃO DA PROVA
O artigo 765 da CLT estabelece que “os juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.” Subsidiariamente o CPC no artigo 131, confirma esse entendimento ao disciplinar que “o juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento”.
Depreende-se, portanto, que não há, no ordenamento jurídico brasileiro, qualquer regra acerca da valoração da prova feita pelo magistrado, ficando este apenas adstrito as provas presentes nos autos, sem possibilidade de julgar de acordo com sua intima convicção. 
A valoração das provas, no processo do trabalho, deve atender aos princípios do livre convencimento motivado e da persuasão racional. Sendo assim, torna-se inaplicável o princípio do in dúbio pro operário ao processo trabalhista, devendo o magistrado, em casos de dúvida, proceder seu julgamento contra a parte detentora do ônus da prova.
5- AS PROVAS DOCUMENTAIS
As provas que são produzidas através de documentos, no processo trabalhista encontram seu amparo na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em seus artigos 777, 780, 787, 830 e se necessário, subsidiariamente dentro do Código de Processo Civil (CPC),podendo ser corpóreo (exemplo as fotocópias) ou incorpóreo (exemplo as gravações), que tem como objetivo a comprovação de um fato. Podem ser divididas em documentos públicos e particulares. Documento público é aquele que possui fé pública, seja na forma como no conteúdo (art. 364 do CPC). O documento particular não possui participação de um oficial público(art.368 do CPC).
Em se tratando de cópias de provas documentais na Justiça do Trabalho, as mesmas serão autenticadas pelo advogado, sob sua responsabilidade (art. 830 da CLT), e só quando necessário será solicitado que a parte que os pediu, apresente os originais. 
O Direito do Trabalho possui alguns documentos próprios, que são utilizados por excelência em uma demanda trabalhista. Pode-se citar, entre outros:
Carteira de Trabalho e Previdência Social
Recibos de pagamento e quitação da rescisão contratual
Cartões de ponto e a jornada de trabalho
Conforme os artigos 59 e 464, da CLT, a comprovação das horas extras e de pagamento de salário só pode se dar através de prova documental, não sendo aceita pelo juiz a prova testemunhal. Bem como também, o registro de entrada e saída dos funcionários deve ser registrado de maneira manual, mecânica ou eletrônica. (Art. 74, § 2º, da CLT)[22].
6- PROVAS PERICIAIS
A Lei nº 5.584/1970, prevê a produção de provas periciais, todavia, conforme artigo 3º, paragrafo único “os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo Juiz, que fixará o prazo para entrega do laudo”, permitindo que cada parte faça a indicação de um assistente, cujo laudo terá que ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos autos.
           
7 PROVAS TESTEMUNHAIS
A prova testemunhal, embora considerada como meio de prova mais insegura, se tornou muito usada na justiça do trabalho, já que por vezes é a única maneira do reclamante fazer prova referente às suas alegações. Isso ocorre, pois, na maioria dos casos os mesmos não têm acesso a documentos que ficam em poder da empresa. Contudo, algumas pessoas são impedidas de ser testemunha na justiça do trabalho, conforme estabelece o art. 228 do Código Civil, sendo elas:
I – os menores de dezesseis anos;
II – aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil;
III – os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam;
IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
Todavia, o parágrafo único desse dispositivo prevê que, em alguns casos o juiz pode abrir uma exceção e aceitar as pessoas relacionadas no artigo xx , como testemunhas.
O art. 829 da CLT prevê que o testemunho de parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes não terá eficácia, sendo que seu depoimento valerá como simples informação. 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse estudo ficou constatada a admissibilidade da utilização da prova emprestada na justiça trabalhista e a forma como se procede essa utilização, sempre pautada na celeridade e economia processual, a qual deve atender obrigatoriamente os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
No que diz respeito à valoração dos meios de prova, identificou-se que na justiça trabalhista o magistrado deve permanecer adstrito aos autos, seguindo os princípios do livre convencimento motivado e persuasão racional. No entanto, diante de dúvidas na análise das provas, torna-se inaplicável o princípio in dubio pro operário, devendo o juiz proceder a um julgamento contrário à parte que detenha o ônus da prova.
Já em relação aos meios de prova especificamente disciplinados, demonstrou-se
de forma breve e concisa, porémextremamente esclarecedora, as principais
características das provas mais usuais na justiça trabalhista, quais sejam: prova documental, testemunhal e pericial. Por fim, conclui-se que o estudo realizado acerca dos meios de prova em espécie conseguiu demonstrar como se desenvolve a instrução probatória no âmbito do processo do trabalho, suas generalidades e peculiaridades.
REFERÊNCIAS
BERTELLI, Fabio Augusto Cabral. Prova emprestada no processo do trabalho. Disponível em: <http://fbertelli.jusbrasil.com.br/artigos/112110296/prova-emprestada-no-processo-do-trabalho>. Acesso em: 01 nov. 2017.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho.– 8.ed. São Paulo: LTr, 2010.
LEITE, João Antonio G. Pereira. A PRESUNÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO. Disponível em: <http://amatra4.org.br/publicacoes/cadernos/caderno-01?showall=& start=1>. Acesso em: 01 nov. 2017.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito processual do trabalho. 32. ed. - São Paulo: Atlas, 2011.

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