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Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 1 Estágio II Direito Processual Civil II Da Resposta do Reclamado OBSERVAÇÕES GERAIS: Desconsiderem os erros ortográficos. Esse material de estudos é referente ao dia 11 de março de 2015. O material aborda todo o assunto ministrado pelo(a) professor(a) no dia 11 de março de 2015, levando em consideração os principais pontos que deverão merecer mais atenção. Para melhor fixação do assunto o material é composto de: Teoria Esquemas Exercício de concurso Referências bibliográficas: Fredie Didier - Curso de Direito Processual Civil - vol. 1 - Processo de Conhecimento – 2012; Misael Montenegro Filho - CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL: Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento - v. I – 2014. Mônica Lúcia – Áudio aula - 11 de março de 2015. Bons estudos! Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 2 I- POSTURAS DO RÉU a) Resistir: é o não acolher a pretensão do autor. O demandado alegará que as alegações do demantante não correspondem com a verdade. b) Reconhecer: reconhecimento do direito do autor. Se eu tenho varios pedidos eu posso resistir alguns e reconhecer outros, p. ex.: o autor fala que eu devo R$ 5.000,00 e eu falo que não, apenas devo R$2.000,00 reconhecendo parte do valor que estou devendo. c) Atacar: é o contra-ataque, p. ex.: o réu contra-ataca o autor por ele ter cobrado o valor de R$5.000,00 e pede a repetição da cobrança indevido. Há ritos que não é possível contra-atacar, é o tipo de rito que vai dizer se é possivel ou não contra-atacar. d) Ficar inerte: é a prerrogativa de não fazer nada, estado de ficar inerte. Caso a contestação não seja apresentada o réu torna-se revel. II- CONTESTAÇÃO a) Conceito: é o instrumento pelo qual a parte demandada tem para se defender. Trata- se do exercício do direito de defesa. A contestação está para o réu assim como a petição está para o autor. A elaboração da contestação deve obedecer a duas regras: Concentação da defesa ou regra da eventualidade: cabe ao réu formular toda sua defesa na contestação, sendo formulada de uma só vez como medida de previsão ad aventum, sob pena de preclusão, o réu tem o ônus de alegar tudo o quanto puder, pois, caso contrário, perderá a oportunidade de faze-lo. Ônus da impugnação especificada: o réu não pode apresentar a denominada contestação genérica, limitando-se a afirmar que as pretensões do autor não merecem amparo, requerendo a improcedência dos pedidos contidos na inicial, sem pormenorizar as razões que subsidiam essa conclusão. Ao autor cabe formular sua demanda de modo claro e determinado ( demanda obscura é inepta e o pedido genérico é apenas excepcionalmente admitido). Não realizada a impugnação especificada, como determinado pelo CPC, há presunção de veracidade dos fatos não rebatidos, autorizando o magistrado a julgar a lide de forma antecipada. Obs.: O ônus da impugnação especificada não se aplica ao Ministério Público, ao advogado e ao curador especial ( parágrafo único do art. 302, correspondendo ao parágrafo único do art. 340 do projeto do novo CPC), em vista do interesse público evidenciado nas ações que envolvem as pessoas em referência; é autorizado uma defesa genérica. A incidência dessa regra pressupõe a dificuldade de comunicação entre o representante judicial e o réu, que pode não existir na relação entre o defensor público e o cidadão carente. b) Prazos: o prazo para o oferecimento da resposta só começa a fluir da data da juntada dos autos do mandado devidamente cumprido, ou do AVISO DE RECEBIMENTO (AR), quando a citação for aperfeiçoada pela via postal como é a regra (art. 222), o Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 3 novo projeto propõe a adoção de regra diferenciada, estabelecedo que a contestação deve ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da audiência de conciliação, ou a partir da juntada do mandado ou de outro instrumento de citação, quando não for designada pelo magistrato (art. 334 e 335). Se a citação foi aperfeiçoada por edital, o prazo só começa a fluir a partir do encerramento do prazo nele fixado, que é de 20 a 60 dias. Se a citação foi aperfeiçoada com hora certa, o prazo começa a fluir da juntada do mandado aos autos. c) Defesas Processuais (preliminares): São aquelas que embora não tratando do objeto da demanda elas são fundamentais. Podem afetar a apreciação do mérito. Considera- se defesa direta aquela em que o demandado se limita a negar a existência dos fatos jurídicos constitutivos do direito do autor ou negar as consequências jurídicas que o autor pretende retirar dos fatos que aduz, p. ex.: o autor fala que o réu está devendo R$5.000,00 mas este ultimo diz que não, que deve apenas R$1.000,00 reais. O réu, ao assim defender-se, não aporta ao processo nenhum fato novo. Se a defesa do réu limitar-se à impugnação direta, não haverá necessidade de réplica. A defesa indireta é aquela que agrega fato novo, que impede, modifica ou extingue o direito do autor. Se houver defesa indireta haverá necessidade de réplica, pois o autor tem o direito a manifestar-se sobre o fato novo que lhe foi deduzido. 1. DEFESAS PROCESSUAIS DILATÓRIAS 1.1. Inexistencia ou nulidade de citação (Art. 301, I): Trata-se de uma preliminar dilatória (defesa dilatória), não impondo a extinção do processo sem a resolução do mérito, pois o máximo que o réu poderá conseguir com o acolhimento da sua alegação é a renovação do prazo para a apresentação da sua resposta. 1.2. Incompetência absoluta (Art. 301,II) : A primeira que deve ser suscitada. Se a parte não deduzir a incompetência no prazo de contestação, responderá integralmente pelas custas (art. 113, 1º). O réu deve pedir a invalidação dos atos decisórios porventura já praticados e a remessa dos autos ao juizo competente. 1.3. Conexão e continencia (Art. 301, VIII) : Quando duas ou mais ações têm em comum o pedido ou a causa de pedir, há conexão entre elas. Para evitar a prolação de decisões contraditórias, a lei processual civil determina que as ações, com as características acima mencionadas, sejam reunidas para serem apreciadas por um mesmo órgão judicial, observando as regras de prevenção, desde que ambas estejam em curso e não haja decisão transitada em julgado. Pela mesma razão, deve-se proceder à reunião das ações que tenham relação de continência entre si, apesar de o art. 301, VII, do CPC só fazer referência expressa à hipótese de conexão. Duas ações possuem relação de continência entre si quando o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da outra e há identidade de partes. Nesse caso, as ações são reunidas e passam a tramitar no juízo prevento, ou seja, naquele onde uma das ações conexas foi ajuizada em primeiro lugar. Se o reclamante já tem conhecimento prévio da existência de uma causa conexa, deve postular que a distribuição de sua ação proceda-se por dependência. Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia4 2. DEFESAS PROCESSUAIS PEREMPTÓRIAS 2.1. Inepcia da inicial (Art. 301, III) Considera-se inepta a petição inicial quando: faltar-lhe pedido ou causa de pedir; da narração dos fatos não decorrer uma conclusão lógica; quando o pedido for juridicamente impossível; ou quando contiver pedidos incompatíveis entre si. Uma petição inicial é inepta quando não possui aptidão de produzir os efeitos previstos pelo legislador e pretendidos pelo autor da ação. 2.2. Perempção (Art. 301, III) É consequencia por ter feito mal uso dele. A materia pode ser objeto de defesa mas não pra provocar novamente o magistrado, quando ocorre isso? Ocorre quando o autor por três vezes dá causa à extinção do processo sem a resolução do mérito, conforme regra contida no parágrafo único do art. 268. 2.3. Coisa julgada (Art. 301, VI) Ocorre quando o autor reproduz ação idêntica (com os mesmos elementos), tendo sido a primeira encerrada por sentença, contra a qual não cabe mais recurso, seja porque o pronunciamento não foi combatido ou porque o recurso interporto foi julgado pelas instâncias superiores, não havendo mais oportunidade para novo combate. 2.4. Convenção de arbitragem (Art. 301, IX) É a forma alternativa de prestação jurisdicional. As partes de um contrato particular, sendo capazes e desde que o instrumento (cláusula específica – cláusula compromissória) verse sobre direitos disponíveis ou patrimoniais, têm a prerrogativa de estbelecer que problemas decorrentes da interpretação ou do descumprimento da avença serão levados ao conhecimento de um árbitro, que pode ser de logo designado pelos contratantes ou escolhido posteriormente. O réu pode arguir a matéria com preliminar da contestação. Se a preliminar for acolhida, o processo é extinto sem a resolução do mérito, qualificando-se como preliminar peremptória, forçando a parte que se julga inocente a recorrer à decisão de um árbitro. É a única preliminar que não pode ser conhecida de ofício pelo magistrado. 2.5. Carencia de ação (Art. 301, X) A carênciaa de ação representa a ausência de uma ou mais condições da ação. A consequência do acolhimento da preliminar é a extinção do processo sem a resolução do mérito, qualificando-se como peremptória. Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 5 Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 6 Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 7 Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 8 Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 9 Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 10 Da Resposta do Reclamado Quarta-feira, 11 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Mônica Lúcia 11 Exercício / Questões de concurso 1. CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa Disciplina: Direito Processual Civil | Assuntos: 1. Processo de conhecimento , 1.8. Procedimento Ordinário , 1.8.2. Resposta do réu Acerca da resposta do réu, assinale a opção correta. a) O advogado dativo do réu deve fazer impugnação especificada de todos os argumentos do autor b) Verificando que o autor não pagou as custas iniciais, o réu deve alegar carência de ação na contestação, antes de discutir o mérito da causa. c) A exceção de incompetência absoluta é processada em apenso aos autos principais. d) Se houver vários réus com advogados diferentes, o prazo para contestação será dobrado. e) Cabe ao réu informar na contestação se existe coisa julgada, ou seja, se existe outra ação idêntica já julgada, ainda que pendente de recurso. 2. Prova: FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz Disciplina: Direito Processual Civil | Assuntos: 1. Processo de conhecimento , 1.8. Procedimento Ordinário , 1.8.2. Resposta do réu Cabe ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial, e, se não o fizer, como regra geral presumir-se-ão verdadeiros os fatos não impugnados. Esse ônus concerne ao princípio processual da a) duração razoável do processo. b) inércia ou dispositivo. c) congruência. d) eventualidade. e) isonomia processual. 3. Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária Disciplina: Direito Processual Civil | Assuntos: 1. Processo de conhecimento , 1.8. Procedimento Ordinário , 1.8.2. Resposta do réu Compete ao réu alegar em contestação toda a matéria de defesa, devendo ater-se a questões preliminares antes de adentrar ao mérito e, caso deixe de alegar a falta de pressuposto processual provocado pelo autor, poderá arguir tal vício, que também poderá ser declarado de ofício pelo juízo, a qualquer tempo. a)Certo b)Errado
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