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DISCIPLINA: DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARTE A -1 Elaborado Arquitecto Ernesto Pedro Nhiuane Caderno de apoio aos estudantes da Universidade Pedagogica- Mocambique /824 614 504 Ernhiuane@gmail.com/2014 Disciplina de Desenho de construcao civil 2 INTRODUÇÃO A disciplina de Desenho de Construção Civil, é uma forma universal de conhecer e comunicar, integrando as áreas do saber, atua na aquisição e na produção de conhecimento. Não se resume apenas na aptidão de expressão ou áreas de investigação, no mecanismo de perceção, de figuração ou de interpretação, mas também é uma forma de reagir, de atitude perante o mundo que se pretende, de forma atenta, exigente e construtiva. Nas sugestões metodológicas inclui se o apelo a exercícios complementares de verbalização de experiência visuais, a desenvolver fora do horário lectivo, respondendo assim, a necessidade de aperfeiçoar competências no decurso a propósito da imagem, sugeriu se também, o confronto quotidiano com o exemplos do que o desenho pode assumir, com fator que motive o trabalho do aluno ou que auxilie o enquadramento do aluno do que e proposto na unidade de trabalho. A importância desta disciplina é de desenvolver no estudante capacidades, habilidades e destreza manuais e obter conteúdos a serem desenvolvidos nas escolas segundo o plano de estudos das escolas onde vai leccionar. Desenvolver no estudante a capacidade de imaginação, criatividade e raciocínio lógicos que lhe permitira fazer a leitura de figuras ou objetos no espaço e representa-los no plano do desenho, para além de elevar os conhecimentos científicos nesta área. COMPETÊNCIAS Pesquisa e descoberta; Destreza na representação; Uso do desenho como meio de expressão/comunicação; Disciplina de Desenho de construcao civil 3 Capacidade inovadora; Criatividade, imaginação e raciocínio lógicos. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Representar e interpretar a linguagem gráfica dos distintos traços e símbolos empregues nos desenhos; Empregar escalas adequadas para os diferentes desenhos; Traçar a mão livre esquemas de diferentes peças ou elementos; Elaborar e interpretar planos de plantas, cortes e secções de objetos arquitetónicos; Desenvolver e interpretar desenhos de detalhes; Desenvolver e interpretar desenhos de instalações em edificados; Conhecer as normas vigentes, técnicas de representação e demais detalhes e partes construtivas; Expressar corretamente ideias técnicas por meio de desenho e de esboços; Sensibilidade mais rigorosa de observação e maior destreza na representação; Desenvolver capacidades de racionalização e inovação; Desenvolver habilidades de trabalho independente, consultando a literatura. 4. PLANO TEMATICO N Tema Horas de Contacto Hor as de Estudo 1 .1 Introdução ao desenho de construção civil. 2 2 Disciplina de Desenho de construcao civil 4 2 2. Estudo de documentos normativos para obras publicas 4 4 3 .3 Símbolos usados em projetos de construção civil 8 8 4 4. Matérias e elementos de construção 4 4 5 5. Estudo de escalas de desenho 4 4 6 6. Cotas de nível 4 4 7 7. Estudos de perfis 4 4 8 8. Conceito de Planta, Alçado e corte 8 10 9 9 Conceito de projeto arquitetónico; tipos e fases para sua elaboração 8 10 1 10. Elaboração de um projeto unifamiliar em um piso 18 36 1 Total 64 56 5. Métodos de ensino e aprendizagem É importante que a disciplina se apoie em método de elaboração conjunta e trabalho independente, apoiando se nos conhecimentos de desenho Técnico e geometria descritiva. É fundamental que durante os estudos os estudantes desenvolvam e abordam as diferentes questões temáticas com um projeto exato por eles elaborado. O Professor poderá utilizar o método de ensino tecnológico e construtivo. O Professor deverá promover uma aprendizagem que estimule o estudante, tornando propícia a representação gráfica de elementos de máquinas familiares aos estudantes. Disciplina de Desenho de construcao civil 5 Em termos de controlo do domínio dos conteúdos ministrados e consolidação da matéria o estudante deve resolver muitos exercícios, complementando-se exercícios resolvidos na sala com trabalhos realizados fora da sala. O professor deve realçar sempre a importância do desenho de construção civil como estrutura de suporte da Engenharia Civil. Combinar actividades de aprendizagem individual com actividades de trabalho por equipas proporcionando em qualquer dos casos a reflexão, a troca de experiência e confronto criativo Confrontar de forma sistemáticas os alunos, várias propostas de resolução dos exercícios de controlo avaliação do nível de aquisição de conhecimentos e com base numa discussão encontrar a solução mais adequada. Recomenda-se ao professor que depois da aprendizagem dos modos de execução em cada uma das representações os estudantes devem realizar exercícios práticos abordando situações concretas. O professor deve rever os conteúdos anteriores para melhor compreensão e integração dos novos conteúdos. 5.1. Meios de Ensino Livros, Slides, Papéis de granulação adequada, Tintas de China, minas HB e minas H de Graduações diferentes, Canetas isográficas, Cavaletes, Modelos Industriais, Painéis motivadores, Papel Vegetal, Cartolinas, Réguas, Esquadros, Transferidores, Computadores, Máquinas de desenhar, Cérceas, Escantilhões. 6. Avaliação Esta disciplina não tem exame. A avaliação será contínua, formativa e sumativa, como forma de estimular uma aprendizagem contínua e o sucesso educativo: A avaliação formativa/qualitativa deverá regular e aperfeiçoar o processo de ensino/aprendizagem; Disciplina de Desenho de construcao civil 6 A avaliação sumativa/quantitativa deverá certificar as aprendizagens adquiridas no final de cada período lectivo. 7. Língua de Ensino O processo ensino-aprendizagem é conduzido em língua portuguesa. Disciplina de Desenho de construcao civil 7 5. MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM O Professor poderá utilizar o método de ensino tecnológico e construtivo; Promover uma a aprendizagem baseada na diversidade de experiências e actividades com recurso a diferentes meios, diferentes processos de trabalho e a diferentes materiais; Em termos de alinhamento e diversificação de estratégias de execução, o professor deverá: - Combinar a realização de aulas tanto no interior da sala como fora dela; - Combinar e articular diferentes meios pedagógicos (abordagem oral, demonstração áudio visual, trabalho de atelier, investigação fora e dentro da sala de aula, exposição, debate, visita de estudos etc.; - Combinar actividades de aprendizagem individual com actividades de trabalho por equipas proporcionando em qualquer dos casos a reflexão, a troca de experiência e confronto criativo - Confrontar de forma sistemáticas os alunos com variedades de obras e exemplos visuais com incidência especiais nos autores moçambicanos, fornecendo desse modo meio para a compreensão visual das questões e da diversidade da suaabordagem contribuindo, ao mesmo tempo, para a construção de uma cultura visual individual O professor devera estar munido de uma amostragem de material de desenho. Quando estiver a abordar o tema da normalização deve realçar a importância desta a nível nacional e internacional, com produtos nacionais; Exemplificar com uma folha de formato A0 os procedimentos para a obtenção doutros formatos no concernente ao estudo de linhas devera executar exercícios que os permitirão fazer a distinção entre elas de acordo com a função de cada tipo de traço. Disciplina de Desenho de construcao civil 8 O professor devera salientar a relação ponto/linha/mancha/superfície/volume partindo de exemplificações dos fenómenos naturais para ligação teoria/pratica. O professor devera salientar a relação entre as diversas construções geométricas de modo que o estudante possa sistematizar a lógica da aprendizagem dos processos construtivo. O professor deve exigir rigor nas construções geométricas de modo que o estudante realize trabalhos de qualidade. O professor ao introduzir o tema sobre curvas cónicas e projecções ortogonais devera utilizar sólidos geométricos (cones e out 5.1. MEIOS DE ENSINO Livros, Slides, Papeis de granulação adequada, Tintas de China, minas HB e minas H de Graduações diferentes, Canetas Rotring, Cavaletes, Modelos Industriais, Painéis motivadoras, papel vegetal, Cartolinas, Réguas, Esquadros, Transferidores, Computadores, Maquinas de desenhar, Cérceas, Escantilhões 6. AVALIAÇÃO Esta Disciplina tem exame final A avaliação será contínua, formativa e sumativa, como forma de estimular uma aprendizagem contínua e o sucesso educativo: A avaliação formativa/qualitativa deverá regular e aperfeiçoar o processo de ensino/aprendizagem; A avaliação sumativa/quantitativa deverá certificar as aprendizagens adquiridas no final de cada período lectivo. Cada avaliação feita por cada unidade de trabalho, concorrerá no todo para uma avaliação final, a avaliação sumativa/quantitativa. 7-. Língua de Ensino: As aulas serão ministradas em língua portuguesa. Disciplina de Desenho de construcao civil 9 INTRODUÇÃO “Não há na linguagem escrita ou falada uma capacidade detransmissão de informações tão rica e rigorosa como no desenho e, no caso particular das informações que tem a ver com diversos ramos da engenharia, a forma mais clara de transmitir informação reside no desenho técnico” (MONTEIRO, 2005). Na construção civil, para alcançar o objetivo, que é a edificação em pleno estado de uso e funcionalidade, se faz a utilização de vários tipos de projectos: 1. Projecto Arquitetônico; 2. Projectos Complementares: Hidráulico; Estrutural; Elétrico; Prevenção Contra Incêndios; Projeto Topográfico. Além dos projectos citados, é de grande importância outros elementos utilizados para complementação destes projetcos como a Memória Descritivo e Justificativa, o orçamento, um cronograma fiscal/financeiro, um caderno de encargos e o diário da obra, por exemplo. Estes conjuntos de elementos citados, juntamente com o projecto de produção, que também se utiliza destes elementos, formam o projecto da edificação. Disciplina de Desenho de construcao civil 10 1. ESTUDO DE DOCUMENTOS NORMATIVOS PARA OBRAS PUBLICAS Posturas urbanas Instruções param elaboração de projectos arquitrctonicos Contrato para elaboração de projectos de arquitectura Manual de fiscalização de obra Regulamento para edificações urbanas Regulamento de betão armado Quadro Mocambicano Regulamento para instalações hidro- sanitário Licença de construção 2. SIMBOLOS USADOS EM EM PROJECTOS 2.1. NORMAS DE DESENHOS TÉCNICOS As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação. 2.1.1. FORMATO DE PAPEL (NORMA BP-48 (1968) É a dimensão do papel Através do desenho arquitectónico, que projectista gera os documentos necessários para as construções. Esses são reproduzidos em "pranchas", isto é, folhas de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens. A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como: série DIN - A (Deutsch Industrien Normen), cuja base é o formato A0 (A zero), constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 = 1 m², aproximadamente. Mediante uma Disciplina de Desenho de construcao civil 11 sucessão de cortes, dividindo em duas partes iguais os formatos, a partir do A0 obtém- se os tamanhos menores da série. 2.1.2. Legenda (Norma NP-204 -1968) Identificação, na gíria profissional chama-se carimbo, que tem a finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. Esta colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos são arquivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados: Nome do escritório, companhia, etc.; Título do projecto; Disciplina de Desenho de construcao civil 12 Nome do arquitecto ou engenheiro; Nome do desenhista e data; Escalas; Número de folhas e número da folha; Assinatura do responsável técnico pelo projecto e execução da obra; Nome e assinatura do cliente; Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho; Exemplo dum carrmbo 2.1.3. LINHAS E SUA UTILIZACAO – (NORMA NP-62 -1961) Disciplina de Desenho de construcao civil 13 São os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas e etc., determinam as dimensões e informam as características de cada elemento projectado. Sendo assim, estas deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho. Tipos de linha Exemplo 1 Representacao de Linhas numa planta de piso Disciplina de Desenho de construcao civil 14 Disciplina de Desenho de construcao civil 15 2.1.4. FUNDAÇÕES São desenhadas em função dos materiais e sua disposição geral, com dimensões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projecto estrutural 2.1.5. PISO/ CONTRA-PISO Normalmente identifica-se apenas a espessura do contra-piso com espessura aproximada a 10cm, através de duas linhas paralelas. A terra ou aterro são indicadas através de hachura inclinada. O contra piso ocorre alinhado com a viga baldrame das parede. 2.1.6. PAREDES Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Disciplina de Desenho de construcao civil 16 Exemplo 2 Representaçãodas paredes em cores Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções. 2.1.7. PORTAS (NP- 671-1973) São desenhadas representando-se sempre a folha da esquadria, com linhas auxiliares, se necessário, procurando especificar o movimento da folha e o espaço ocupado. Disciplina de Desenho de construcao civil 17 Disciplina de Desenho de construcao civil 18 Porta pivotante Porta basculante Disciplina de Desenho de construcao civil 19 Porata basculante Porta de enrolar Disciplina de Desenho de construcao civil 20 Representação de cotas numa porta ( ISO R 1959) 2.1.8. JANELAS São representadas através de uma convecção genérica, sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria Disciplina de Desenho de construcao civil 21 O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis Disciplina de Desenho de construcao civil 22 Disciplina de Desenho de construcao civil 23 Representação de cotas ( ISO R 1959) 2.1.9. LOUICA SANITÁRIA Representacao simplificada deinstalacoes simplificada – iso 4067/2-1980 Disciplina de Desenho de construcao civil 24 Lavatorio Pias Banheiras Disciplina de Desenho de construcao civil 25 Movies – sala / quarto/cozinha Disciplina de Desenho de construcao civil 26 Area de serviço Escadas Disciplina de Desenho de construcao civil 27 Indicação do norte Indicaco do acesso principal 2.2. MATÉRIAS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO 2.2.1. Definição Materiais de construção são todos os corpos, objectos ou substâncias que são usados em qualquer obra de engenharia. 2.2.2. Classificação dos materiais de construção quanto à origem ou obtenção • Naturais: são encontrados na natureza e não exigem tratamentos especiais para poderem ser usados. Exemplos: areia, madeira, pedra etc. • Artificiais: são obtidos por processos industriais. Exemplos: tijolos, telhas etc. • Combinados: são resultantes da combinação de materiais naturais e artificiais. Exemplos: argamassa, concreto etc. Disciplina de Desenho de construcao civil 28 2.2.3. Classificação dos materiais quanto à função: Materiais de vedação: não têm função resistente na estrutura. Exemplos: vidros, tijolos em certos casos etc. Materiais de proteção: servem de proteção aos materiais propriamente ditos. Exemplos: tintas, vernizes etc. Materiais com função estrutural: resistem aos esforços atuantes na estrutura. Exemplos: madeira, aço, concreto etc. 2.2.4. Classificação dos materiais quanto à composição: Simples ou básicos: são aplicados isoladamente. Exemplos: telha, tijolo etc. Produzidos ou compostos: são empregados conjuntamente. Exemplos: concreto, argamassa etc. 2.2.5. Classificação dos materiais quanto à estrutura interna: Lamelar -Exemplo: argila. Fibrosa -Exemplo: amianto. -Vítrea -Exemplo: vidro. Cristalina -Exemplo: metais. Agregados complexos -Exemplo: concreto. Fibrosos com estrutura complexa -Exemplo: madeira. 2.2.6. Classificação dos materiais quanto à composição química: Materiais Pétreos Naturais (pedras) Disciplina de Desenho de construcao civil 29 Artificiais (argila expandida) Metálicos Produtos siderúrgicos (aço e ligas) Metais (chumbo. cobre) Mistos (ligas não-ferrosas) Orgânicos: Primitivos (madeira. palha) Derivados (papel. papelão) Têxteis Fibrosos (tecidos) Plásticos (fórmica) 2.2.7. CRITÉRIOS BÁSICOS NA SELEÇÃO DOS MATERIAIS Para a escolha dos materiais devem ser levados em conta três critérios básicos: Critério de ordem Técnica É um critério de ordem geral onde se deve conhecer formas padronizadas, dimensões, propriedades físicas, químicas e mecânicas, resistências ao intemperismo e ao meio, resistência mecânica e moldabilidade, para se obter resistência, trabalhabilidade, durabilidade e higiene. Critério de ordem econômica: É um critério de ordem geral onde se deve conhecer o valor aquisitivo do material (preço em função da qualidade e da quantidade), o custo da aplicação e dos equipamentos para aplicação, o custo de conservação (materiais mão-de-obra e equipamentos) e a durabilidade da obra, para melhor transporte, aplicação e conservação. Critério de ordem estética É um critério de ordem pessoal onde se deve leva em conta a quantidade de material sob a ação dos olhos, o tipo de mão-de-obra, o acabamento e a conservação da estética, considerando-se o colorido, a textura e a forma do material Disciplina de Desenho de construcao civil 30 2.2.8. ENSAIOS DOS MATERIAIS A fim de testar a qualidade dos materiais de construção, realizamos ensaios com os mesmos, que podem ser realizados directa ou indirectamente. Quando se observa o comportamento do material em obras já realizadas, o ensaio é feito directamente, e quando é feito em laboratório, diz-se que é indireto. Os ensaios podem ser encarados sob três pontos de vista: ensaios de controle de produção, de recebimento e de identificação. Os ensaios de controle de produção São realizados nas fábricas, através de laboratórios que asseguram a fabricação dos materiais dentro das especificações exigidas Esses ensaios têm as vantagens de diminuir os resíduos de fabricação e, conseqüentemente, os preços do produto, aperfeiçoar a qualidade, poder reproduzir um produto já lançado por concorrentes etc. Os ensaios de recebimento Verificam se o produto tem as qualidades necessárias ao fim a que se destina e os de identificação servem para reconhecer, através do maio número possível de constantes, se o produto apresentado é o que se tem em vista. Disciplina de Desenho de construcao civil 31 Em um laboratório de um modo geral, os ensaiosse classificam em 3. ESTUDO DE ESCALAS DE DESENHO – (NORMA NP-717 1968) 3.1. ESCALAS Através do desenho arquitectónico o arquitecto,o desenhador gera os documentos necessários para as construções. Esses são reproduzidos em ‘’pranchas”, isto é, folhas de papel com dimensões de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica. Desta forma se tivermos que desenhar em ESCALA. As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas escalimetros. Disciplina de Desenho de construcao civil 32 Assim, a ESCALA é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e sua dimensão real no objecto Um dos factores que determina a escala de um desenho e a necessidade de detalhe da informação. Normalmente, na etapa de projecto executivo, quanto elemento menores e cheios de detalhes da construção estão sendo desenhados para serem executados, como por exemplo as esquadrias (portas, janelas etc.) normalmente as Desenhamos em escalas mais próximas do tamanho real. Outro factor que influencia a escolha da escala é o tamanho do projecto. Edifícios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhadas a escalas de 1:500 ou 1:1000. Isto visando não fragmentar o projecto. O que quando ocorre, dificulta às vezes a sua compreensão. A escolha da escala geralmente determina também o tamanho da prancha que se vai usar. Com a prática do desenho, a escolha da escala certa se torna um exercício extremamente simples, à medida que a produção dos desenhos acontece Ex. A escala gráfica corresponde a 1:50 é representada por segmentos iguais de 2cm,pois 1metro /50=0,02 = 2cm 3.2. ESCALA RECOMENDADAS Escala de 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral; 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos; 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos; 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra. Disciplina de Desenho de construcao civil 33 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes; 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;· 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano; 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia; 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento. 4. DIMENSIONAMENTO/ COTAGEM – COLOCAÇÃO DE COTAS NO DESENHO 4.1. COTAS Cotas são números que correspondem às medidas reais no desenho. As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode que pode ser a distância entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada. O pé direito de um pavimento, etc. a ausência das dimensões provocará dúvidas para quem executa, e na dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação, medindo com instrumentos de medida. É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes às dimensões de projecto. São normalmente dadas em centímetros. As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados. Assim é necessário, procurar sempre informar através de uma nota no desenho as unidades utilizadas, como por exemplo: cotas em centímetros e as áreas em metros quadrados. Disciplina de Desenho de construcao civil 34 Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, portanto, da escala em que o desenho foi executado. São os números que correspondem às medidas. Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são: a) Linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referencia). b) Linhas de cota (ou de medida). Princípios gerais: 1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço contínuo fino. As linhas de chamada devem, em princípio, ser perpendiculares ao elemento a cotar, mas em casos excepcionais, pode haver conveniência em que sejam desenhadas obliquamente, preferindo-se nesses casos inclinações de 60° ou 75º; 2. As linhas de cota não devem ser escritas muito próximas das linhas de contorno, dependendo a distância a que se colocam as dimensões do desenho e do tamanho do algarismo das cotas; 3. Os ângulos serão medidos em graus, excepto em coberturas e rampas que se indicam em porcentagem (%). 4. As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente; 5. Colocar as linhas de referência de preferência fora da figura; 6. Evitar repetições de cota; 7. Todas as cotas necessárias serão indicadas; 8. Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura; 9. As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho; Disciplina de Desenho de construcao civil 35 10. As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade; 11. A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral, usa- se 2.5 a 3mm; 12. No caso de divergência entre cotas de desenhos diferentes, prevalece a cota do desenho feito na escala maior; 13. As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção de medida. 14. O "tick" determina os limites dos trechos a serem dimensionados sempre a 45 graus à direita, cruza a interseção entre a linha de cota e de chamada 4.2. COTAS GERAIS Os desenhos de arquitectura, bem como todos desenhos técnicos, devem ter as suas medidas indicadas correctamennte. a) As linhas de cota devem estar sempre fora de desenho, salvo em casos de impossibilidade; b) A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira linha deve ficar aafastada 25 mm do ultimo elemento a ser cotada e as seguintes devem afastar-se umas das outras 10mm c) As linhas de chamadas devem parar de 2 a 3 mm do ponto dimensionada Disciplina de Desenho de construcao civil 36 d) As cifras (números) devem ter 3mm de altura, e o espaco entre elas e a linha de cota deve ser de 1,5mm e) Enquanto a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a cota ao lado, indicando seu local exacto com uma linha f) As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas. g) Nos cortes, somente marcar cotas verticais h) Evitar a duplicação de cotas i) Todas as dimensões totais devem ser identificadas j) As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho k) As linhas de cota não devem se cruzar l) Identificar pelo menos três linhas de cota, como mostrado na figura abaixo subdivisao de paredes e esquadrias Cotas das pecas e paredes Cotas totais extremas Representação de cotas em piso Disciplina de Desenho de construcao civil 37 5. ESTUDOS DE PERFIS O resultado de cortar a superfície de um terrenocom um plano vertical é um perfil topográfico. Fornece uma imagem precisa da topografia ao longo da linha de intersecção, informando sobre a geometria das vertentes, os comprimentos de rampa, as rupturas de declive, a simetria e a dissimetria dos vales, etc. É importante saber escolher adequadamente sua localização e representá-lo graficamente numa escala vertical apropriada às variações de altitude que o terrenoapresenta. Junto com a carta de declividades, os perfis topográficos são um instrumento fundamental no processo de análise morfométrica do relevo prévia a qualquer tentativa de interpretação geomorfológica. O perfil topográfico é uma “silhueta do relevo” obtida através de técnicas cartesianas de representação gráfica. Resulta da intersecção de um plano vertical (PV) com um plano horizontal (PH) que contém as curvas de nível representativas do relevo, sobre o plano vertical rebatendo-se a altitude de cada intersecção. Disciplina de Desenho de construcao civil 38 A partir da visualização tridimensional são extraídas informações de altimetria para geração das curvas de nível e do modelo 3D doterreno. ELABORAÇÃO DO PERFIL TOPOGRÁFICO Um dos processos para construir um perfil topográfico é o seguinte: Sobre o mapa topográfico traça umarecta azimutal, que corresponde à secção transversal l, cujo perfil pretendemos construir. Orienta sobre o mapa uma folha de papel milimétrico ou quadriculado de maneira que o eixo horizontal sobre o qual se vai construir o perfil seja paralelo à linha recta que traçaste no mapa. Projecta-se sobre o eixo horizontal a intersecção de cada curva de nível com a linha recta, tendo em conta a cota de altitude correspondente.. Com cinco ou seis rectas fecha-se a poligonal (numa poligonal pequena) e representa-se o lugar onde será representado o corte. Traça um eixo vertical, que representa a altitude ou cota. Recorrendo ao eixo vertical localiza e marca o valor de cada curva de nível projectada. Depois de marcados todos os pontos correspondentes às curvas de nível projectadas, unem-se dando origem a um perfil topográfico. É importante indicar na planta topográfica o norte verdadeiro, para que seja possivel calcular o azimute verdadeiro (ou topográfico), de tal forma que seja possível orientar todas as projeções na direções N (norte) e E (leste ou east). A precisão do procedimento é indicado pela inter-relação com a distância a ser precisada. Em levantamentos rodoviários a exata determinação das tensões principais em rochas (vide círculo de Mohr) irá determinar de forma conjuntural o posicionamento das Disciplina de Desenho de construcao civil 39 estações (totais ou não) para que não haja deslocamentos do posicionamento do aparelho por causa de falhas repentinas do terreno, ou seja, ruptura da rocha sã. Disciplina de Desenho de construcao civil 40 6. CONCEITO DE PLANTA, ALÇADO E CORTE 6.1. SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA – (ISO 2594 1972) As projecções ortogonais da Geometria Descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos. Disciplina de Desenho de construcao civil 41 As Normas ISO, Italianas, Alemãs, Russas e outras, em que se considera o objeto a representarem envolvidos por um cubo. O objeto é projectado em cada uma das seis faces do cubo e, em seguida, o cubo é aberto ou planificado, obtendo-se as seis vistas ( Disciplina de Desenho de construcao civil 42 PLANTA DE PSO A planta baixa de uma casa é a representação dos seus cômodos ou ambiente em projecção horizontal. Em palavras mais simples, seria como se voce estivesse vendo a casa de cima, sem laje e o telhado. A planta da casa, nos leva a ver como é a sua distribuição de cômodos, tendo representados as salas, garagem, quartos com armários embutidos, todas as portas e janelas, banheiros com as louças sanitárias, a cozinha com bancada, fogão e geladeira. Entretanto tudo isto é representado com simbolos, muitos deles derivados de sua aparência real. Deste modo a planta pode ser facilmente entendida pelos proprietários da obra, juntamente com suas convenções e símbolos, que são bem intuitivos. É o nome que se dá ao desenho de uma construção feita, em geral, a partir do corte horizontal à altura de 1,5m a partir da base. É um diagrama dos relacionamentos entre, espaços e outros aspectos físicos em um nível de uma estrutura. Nela devem estar detalhadas em escala as medidas das paredes (comprimento e espessura), portas, janelas, o nome de cada ambiente e seu respectivo nível. Disciplina de Desenho de construcao civil 43 A partir da planta de piso são feitos os lançamentos dos demais elementos dos projecto complementares (instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas, prevenção e combate a incêndio, sistema de proteção a descargas atmosféricas (spda), sonorização, segurança, assim como o cálculo estrutural e de fundações de uma obra). O desenho da planta de piso só será considerada completa se, além da representação gráfica dos elementos, contiver todos os indicativos necessários, dentre os quais as cotas (dimensões). PLANTA DE LOCAÇÃO (OU IMPLANTAÇÃO) Disciplina de Desenho de construcao civil 44 Representação da vista ortográfica superior esquemática, abrangendo o terreno e o seu interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da construção dentro do terreno para o qual está projectada. São os seguintes os elementos gráficos componentes do desenho de uma Planta de Localização/Implantação: Elementos gerais: Contorno do terreno; Contorno da cobertura (mais grosso, em destaque, apenas no caso de se representar juntamente com a planta de cobertura); Contorno da edificação (linha tracejada,quando juntamente com a planta de cobertura); Desenho de construções pré-existentes; Representação de vegetação existente e à plantar; Tratamentos externos - muros, jardins, piscinas... Representação das calçadas; Disciplina de Desenho de construcao civil 45 Localização e representação do poste padrão (fornecimento da energiaelétrica); Localização do hidrômetro (localização do fornecimento de água); Desenho da rede pluvial (caixas de passagem grelhadas 30x30cm ecanalização subterrânea, até o passeio público - rede pública decaptação, ou até a sarjeta); Desenho da rede de esgotos (caixas de inspeção 30x30 cm; caixas degordura 50x50cm e canalização subterrânea até o passeio público - quando houver rede pública de captação); o Identificação de local par destinação de lixo; Informações: Cotas totais do terreno; Cotas parciais e totais da edificação; Cotas angulares da construção (diferentes de 90º); Cotas de beirais; Cotas de posicionamento da construção (recuos); Cotas das calçadas; Informações sobre os tratamentos externos; Distinção por convenção das construções existentes; Número do lote e orientação geográfica (norte); Identificação do alinhamentopredial e meio-fio; Relacionamos a seguir elementos que sempre deverão parecer na representação gráfica de uma planta de localização: Linhas da delimitação do terreno Disciplina de Desenho de construcao civil 46 Linhas da delimitação do passeio e da rua; Contorno do perímetro da edificação. Quando utilizado a planta de cobertura: linhas do perímetro da cobertura com a delimitação do perímetro da edificação em linha tracejada; Desenho de muros, acessos, elementos construtivos, calçadas, etc. Em relação às informações que farão parte do desenho, sempre evidenciar Cotas gerais do terreno; Cotas angulares quando necessárias; Cotas de passeios e ruas; Cotas gerais e parciais da edificação, bem como suas distâncias básicas em relação ao terreno; Indicação geográfica do Norte; Indicação do alinhamento predial; Indicação do passeio e da rua; Indicação de acessos de veículos e pedestres; Número do lote e da quadra;Nome da planta e escala utilizada; Outros dados que se fizerem necessários. A escala de representação da planta de localização a ser utilizada é a 1/200, 1/250, 1/500 ou 1/1000, conforme as dimensões do terreno em questão. COBERTURA Disciplina de Desenho de construcao civil 47 Na arquitetura, o termo cobertura é utilizado para referir-se a uma estrutura sobre o telhado de um edifício PLANTA DE COBERTURA Representação gráfica da vista ortogonal principal superior de uma edificação, ou vistas aéreas dum telhado, acrescida de informações do sistema de escoamento pluvial PLANTA DE LOCALIZAÇÃO Representação da vista ortogonal superior esquemática, abrangendo o terreno e o seu interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da construcao dentro do terreno para o qual esta projectada. Planta de situação vista ortogonal superior esquemática com abrangência de toda a zona que envolve o terreno onde será edificada a construção projectada, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões do lote e amarração deste no quarteirão em que se localiza Disciplina de Desenho de construcao civil 48 A Planta de Situação, mostra onde o terreno da construção está situada no quarteirão, bairro, rua, ou cidade até, sempre mostrando quando possível um ou mais pontos de referência, como por exemplo um supermercado, shopping, farmácia, etc. A Planta de Locação mostra onde a construção está locada dentro do terreno, sempre indicando as cotas de amarração, ou seja, as distâncias do limite do terreno (muro, cerca viva, etc.) até um ponto inical da obra. No mínimo, colocar sempre duas cotas. Nesta Planta, ainda podemos também definir a locação dos "molhos" (vegetação tasteira ou não), calçadas, caminhos, etc., sempre cotando, ou amarrando ao terreno. Exemplo PLANTA DE MOILIARIO Disciplina de Desenho de construcao civil 49 A planta de arquitetura da casa pode ser bem entendida por quem pretende construir uma casa. Mas para seu auxílio visual, pode ser feita uma planta humanizada ou decorada, onde aparecem os móveis e utensílios internos em todos os cômodos representado de forma mais elaborada ou até realística, onde são representados os pisos com textura, todos os móveis das salas e quartos com mais detalhes, o que facilita ainda mais a compreensão e já serve como um ante-projecto de decoração ou design de interior. ALÇADOS Uma fachada (também alçado ou vista) corresponde a uma das faces de uma obra arquitectonica. No Desenho, o termo também é usado para se referir à vista ortogonal da própria fachada, mas que também pode ser usado num corte do próprio objecto arquitetônico. Vulgarmente a palavra é usada em referência à vista principal de um edifício, supostamente virada para a rua. Disciplina de Desenho de construcao civil 50 Fachada não deve constar cotas como no corte, somente em alguns casos excepcionais. É necessário indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento, pintura ( se quiser ) Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e fino Ao contrário do corte, na fachada é representada detalhes das portas e janelas com traço fino CORTES São os desenhos em quem são indicadas as dimensões verticais. Neles encontramos o resultado da intersecção do plano vertical com o volume. A posição do plano depende do interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiros e cozinhas), pelas escadas e poços dos elevadores. Pode sofrer desvios, sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação das Disciplina de Desenho de construcao civil 51 informações mais pertinentes. Podem ser transversais (planos de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão).O sentido da observação depende do interesse da visualização e interpretação Disciplina de Desenho de construcao civil 52 ETAPAS PARA DESENHO DO CORTE 1. Colocar o papel transparente sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na planta baixa. 2. Desenhar a linha do terreno 3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar 4. Marcar o pé direito e traçar 5. Desenhar as paredes externas 6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar o contra-piso 7. Desenhara cobertura ou o telhado 8. Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano 9. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano 10. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte 11. Denominar os ambientes em corte Disciplina de Desenho de construcao civil 53 12. Colocar a indicção de níveis 13. Colocar linhas de coa e cotar o desenho ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o exterior. Estas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivos que permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios será necessário assegurar sombra e ventilação simultaneamente. As áreas destas aberturas serão proporcionais às áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar, e variáveis conforme o destino destes compartimentos. As frações que representam as relações entre áreas de piso e de esquadrias que apresentaremos, são as mínimas. Por isso sempre que houver disponibilidade econômica, os vãos devem ter as maiores áreas possíveis. DORMITÓRIOS (local de permanência prolongada, noturna) A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso. SALAS DE ESTAR, REFEITÓRIOS, COPA, COZINHA, BANHEIRO, WC etc. (local de permanência diurna ) A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/8 da área do piso. Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem para áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a menosde 1.50 m do limite da cobertura dessas áreas. Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições indicadas: Disciplina de Desenho de construcao civil 54 . A relação passará para ¼ e 1/5 respectivamente, quando houver areferida parede a menos de 1.50 m do limite da cobertura. As aberturas nos dormitórios que derem para áreas cobertas são consideradas de valor nulo para efeito de iluminação e ventilação. Em hipótese alguma serão permitidas aberturas destinadas a ventilar e iluminar compartimentos com menos de 0.60m2. Também não serão considerados como iluminados e ventilados os pontos que distarem mais de 2 vezes o valor do pé direito, quando o vão abrir para área fechada, e 2 vezes e meia para os demais casos. A iluminação e ventilação por meio de clarabóias serão toleradas em compartimentos destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazém para depósito, desde que a área de iluminação e ventilação efetiva seja igual à metade da área total do compartimento. Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas faces, não deverá existir nessa face pano de parede que tenha largura maior que 2 vezes e meia a largura da abertura ou a soma das aberturas. As escadas serão iluminadas em cada pavimento por meio de janelasde vitrais o mais alto possível e que podem ser parcialmente fixos. Disciplina de Desenho de construcao civil 55 As janelas devem, se possível , ficar situadas no centro das paredes , por questão de equilíbrio na composição do interior. Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede , a distancia recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ da largura da janela , a fim de que a iluminação se torne uniforme . Com janelas altas conseguimos iluminar melhor as partes mais afastadasdas janelas . As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas , de pequena altura de verga e de grande altura de peitoril . 5. CONCEITO DE PROJETO ARQUITETÓNICO; TIPOS E FASES PARA SUA ELABORAÇÃO CONCEITO PROJECTO ARQUITECTONICO O desenho de arquitectura manifesta-se como um conjunto de símbolos que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhador ou projectista) e o receptor ( o leitor do projecto).é através dele que o arquitecto transmite as suas intenções arquitectonica e construtivas. Assim, o projecto arquitectonico é composto por diversos documentos, entre eles as plantas, os cortes e as fachadas (alçados). Neles encontram-se as informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de volume criado com suas compartimentações. Nas plantas visualiza-se o que acontece nos planos horizontais, enquanto nos cortes o que acontece nos planos verticais. Assim, a partir de cruzamento das informações Disciplina de Desenho de construcao civil 56 contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. para isso, devem ser indicadas todas as dimensões, designações, áreas, pés direitos, níveis etc. As linhas devem estar bem diferenciadas, em função das suas propriedades e os textos claros e correctos. ETAPAS PARA ELABORAÇÃO UM O PROJETCO ARQUITECTONICO. As atividades técnicas de elaboração de projectos de edificações deverão ser conduzidas em etapas sucessivas pelo Contratante e pelo autor do projecto, sendo no mínimo, as seguintes : a) Levantamento de Dados b) Programa de Necessidades c) Estudo de Viabilidade; d) Partido Arquitectónico e) Estudo Preliminar; f) Anteprojecto; g) Projecto Executivo a) Levantamento de dados Nesta etapa o órgão solicitante deve fornecer informações relativas ao terreno onde se pretende implantar a obra, incluindo planeamento urbano, registros cadastrais, leis, consulta de viabilidade e códigos municipais, distritais serviços públicos, vizinhanças e condições ambientais, da área onde será implantada a edificação. Disciplina de Desenho de construcao civil 57 Verificar se a actividade prevista para a edificação depende de licenciamento de órgão competentes, principalmente quanto à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental. O licenciamento prévio poderá impor condições e limites a serem obedecidos na elaboração do projecto executivo que, uma vez concluído, será apresentado para a obtenção de Licença b) Programa de Necessidades Determinação da entidade a ser instalada na edificação, de sua estrutura organizacional, de seus usuários, equipamentos e fluxos de funcionamento, e relação dos espaços necessários para a realização das atividades pertinentes à sua estrutura organizacional, seus lay outs, respectivos dimensionamento e características. c) Estudo de Viabilidade Consiste na elaboração de análises e avaliações para selecção e recomendação de alternativas de concepção da edificação, seus limites, seus elementos, instalações e componentes. d) Partido arquitectónico Intenção formal de configuração e resolução da edificação a ser executada, baseada em condicionantes e determinantes obtidos pela análise dos dados e do programa de intervenção pretendido. São factores condicionantes e determinantes, entre outros, o contexto onde a obra está inserida, a legislação regulamentadora, a complexidade e o rigor do programa de necessidades, a representatividade a ser Disciplina de Desenho de construcao civil 58 atendida, a disponibilidade financeira definida pelo solicitante, os meios construtivos disponíveis, os sistemas de modulação e padronização da construção existentes. e) Estudo Preliminar Começa com uma entrevista com o cliente e futuros usuários da edificação, visando detectar suas necessidades espaciais e preferências. Compreende visitas ao local, para averiguações de medidas, inserção urbana, vizinhos, insolação, etc. e, se necessário, visitas à Prefeitura Municipal para conhecimento da legislação local. Visa determinar a viabilidade do programa e do partido a ser adotado, através de estudos volumétricos e esquemáticos. Será desenvolvido a partir da análise e consolidação do Programa de Necessidades e deverá caracterizar o organograma de espaços, actividades e fluxograma operacional. Consiste na definição gráfica da implantação e do partido arquitectónico através de plantas, cortes e fachadas em escala livre, compreendendo: A implantação da edificação ou conjunto de edificações e seu relacionamento com o local escolhido, acessos, estacionamentos e outros, inclusive expansões possíveis; A explicitação do sistema construtivo e dos materiais empregados; Os esquemas de zoneamento do conjunto de atividades, as circulações e organização volumétrica; O número de edificações, suas destinações e locações aproximadas; O número de pavimentos; Os esquemas de infra-estrutura de serviços; lay out organização e dimensionamento de espaços internos. Disciplina de Desenho de construcao civil 59 f) Anteprojecto Solução geral do projeto com a definição clara dos ambientes e a implantação da edificação no terreno. É representado através de planta baixa mobiliada e cotada, cortes esquemáticos, fachadae volumetria, de acordo com o estudo preliminar elaborado. Esta etapa consiste na elaboração e representação técnica da solução apresentada e aprovada no Estudo Preliminar, pelos técnicos analistas. Apresentará a concepção da estrutura, das instalações em geral, e de todos os componentes do projecto arquitetônicos. Deverão estar graficamente representados: Discriminação em plantas, cortes e fachadas, em escalas não menores que 1:100, de todos os pavimentos da edificação e seus espaços, com indicação dos materiais deconstrução, acabamentos e dimensões, principalmente de escadas /rampas, sanitários e locais especiais; Ocação da edificação ou conjunto de edificações e seus acessos de pedestres e veículos; Definição de todo o espaço externo e seu tratamento: muros, rampas, escadas, estacionamentos, calçadas e outros, sempre com as dimensões e locações relativas; Indicação do movimento de terra, com demonstração de áreas de corte e aterro; Memoria descritiva e justificativa. g) Projecto Executivo O Projeto Executivo apresenta, definitivamente, a arquitetura da edificação, Disciplina de Desenho de construcao civil 60 Esta etapa consiste na representação completa do projecto de Arquitetura, que deverá conter, de forma clara e precisa, todos os detalhes construtivos e indicações necessárias à perfeita interpretação dos elementos para a execução dos serviços e obras, incluindo a memoria descritiva e justificativa e o mapa de quantidade detalhado. O Projecto Executivo deverá estar representado graficamente por desenhos de plantas, cortes (mínimo de quatro), fachadas (todas) e ampliações de áreas molhadas ou especiais, em escala conveniente, e em tamanho de papel que permita fácil manuseio na obra. Os detalhes de elementos da edificação e de seus componentes construtivos poderão ser apresentados em cadernos anexos onde conste sua representação gráfica, de conformidade com a Norma NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura. Deverão estar graficamente representados: a) A implantação do edifício, onde constem: A orientação da planta com a indicação do Norte verdadeiro ou magnético e as geratrizes da implantação; A representação do terreno, com as características planialtimétricas, compreendendo medidas e ângulos dos lados e curvas de nível, e localização de árvores, postes, hidrantes e outros elementos construídos, existentes; As áreas de corte e aterro, com a localização e indicação da inclinação de taludes e arrimos; Os RN do levantamento topográfico; As paredes externas das edificações, cotados em relação à referência preestabelecida e bem identificada; As cotas de nível do terreno das edificações e dos pontos significativos das áreas externas (calçadas, acessos, patamares, rampas e outros); Disciplina de Desenho de construcao civil 61 A localização de todos os elementos externos, como: acessos, pátios, canteiros, estacionamentos, portões, rampas, iluminação externa, drenagem e demais componentes necessários à organização e planeamento dos espaços externos, visando uma paisagem construída e humanizada. b) O edifício compreendendo: Plantas de todos os pavimentos, com áreas e medidas internas de todos os compartimentos, espessura de paredes, materiais e tipos de acabamento, e indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes; Dimensões relativas de todas as aberturas, vãos de portas e janelas, altura dos peitoris e sentido de abertura; Escoamento das águas, a posição das calhas, condutores e beirais, reservatórios, “domus”, rufos e demais e elementos, inclusive tipo de impermeabilização, juntas de dilatação, aberturas para equipamentos (como ar condicionado), sempre com indicação de material e demais informações necessárias; Cortes (mínimo de quatro) das edificações onde fiquem demonstrados o “pé direito” dos compartimentos, alturas das paredes, altura de platibandas, cotas de nível de escadas e patamares, cotas de piso acabado, tudo sempre com indicação clara dos respectivos materiais de execução e acabamento; Impermeabilização de paredes e outros elementos de proteção contra a umidade; Ampliação, se for o caso, de áreas molhadas ou especiais, com indicação de equipamentos e aparelhos hidráulicos sanitários, indicando seu tipo e detalhes necessários; Disciplina de Desenho de construcao civil 62 Esquadrias, indicando o material componente, o tipo de vidro, fechaduras, fechos, dobradiças, o acabamento e o movimento das peças, sejam horizontais ou verticais; Todos os detalhes que se fizerem necessários para a perfeita compreensão da obra a executar, tais como: coberturas, peças de concreto aparente, escadas, armários, divisórias e todos os arremates necessários; Todas os alçados c) A documentação técnica, onde deverão ser apresentados: Memoria descritivoa / justificativo, com especificações técnicas detalhadas dos materiais a serem empregados, - planilha com quantitativo, especificada e detalhada. Prazos de entrega A definição dos prazos será fornecida pela contratante, que deverá fornecer um cronograma, como o do exemplo abaixo: O prazo de entrega do estudo preliminar será contado a partir da data da ordem de serviço. Os prazos seguintes serão contados a partir da data de entrega formal da etapa anterior. O prazo final de entrega dos projetos será contado a partir da data da aprovação final do projeto. Disciplina de Desenho de construcao civil 63 Disciplina de Desenho de construcao civil 64 EXEMPLO DE UMA MEMORIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Projecto de Construção de uma Moradia Unifamiliar que o senhor ________________, pretende levar a efeito no bairro de ___________, – Município da Cidade de __________, - Talhão nº _______ Parcela nº _______ 1. DESCRIÇÃO TÉCNICA O edifício apresenta uma boa funcionalidade dos espaços. A forma e orientação foram estudadas de modo a tirar partido das condições de iluminação e ventilação naturais. a) A planta do piso tem as seguintes descrições: Dois Quartos Simples Um Quarto (Suite) Uma Casa de Banho Geral Uma Sala Comum Uma Cozinha Disciplina de Desenho de construcao civil 65 Uma Garagem Uma Varanda Social. Uma Varanda de Serviço. 2. AÇO E BETÃO As armaduras dos elementos estruturais serão executados respeitando os regulamentos mencionados no ponto seguinte, sendo os materiais a utilizar: Betão B25 Aço A235 O sistema estrutural usado será de pilares resistentes a descarregar em sapatas corridas e paredes portantes. 3. NORMAS E REGULAMENTOS. Para a elaboração do presente projecto foram respeitados os seguintes Regulamentos: R.G.E.U. – Regulamento Geral das Edificações Urbanas; R.S.A. – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes. R.E.B.A.P. – Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado; Disciplina de Desenho de construcao civil66 R.C.A.E. – Regulamento das Canalizações de Águas e Esgotos. 4. TERRENO A implantação do Edifício será feita de acordo com as cotas do projecto e em terreno constituído por solo comum, com razoável capacidade de carga, sem problemas de compressibilidade e nível freático a profundidade considerável. 5. CONSTRUÇÃO A construção a ser levada a cabo é uma moradia cujos elementos estruturais serão em betão armado e as fachadas serão preenchidas com alvenarias de blocos vazados de cimento e areia. Todas as obras projectadas serão executadas com perfeição, segundo os preceitos da boa técnica de bem construir. Os desenhos e detalhes serão aplicados com materiais adequados. 5.1.Caboucos Os caboucos serão abertos de acordo com os pormenores do projecto, nunca inferiores a 70 cm da correspondente cota do terreno natural e largura de 70 cm. O fundo dos caboucos deverá estar isento de substâncias orgânicas, devendo o mesmo ser regado, nivelado e compactado a maço de forma a criar um leito para as fundações. Os aterros serão em cama das sucessivas de 20 cm devidamente regados e compactados a maço, com terras limpas de detritos orgânicos. Disciplina de Desenho de construcao civil 67 5.2. Fundações As fundações de acordo com o que se apresenta na respectiva planta e nos pormenores, serão executadas em sapatas contínuas de betão simples, com dimensões indicadas nas peças desenhadas, sobre as quais se elevarão as paredes e sapatas dos pilares em betão armado (B25, A235), respeitando rigorosamente as prescrições do projecto de estruturas e desenhos de execução. 5.3 Pilares, Vigas e Lintéis Os pilares serão executados em betão da classe B25, com dimensões indicadas, utilizando varões de aço A235 com secções indicadas no projecto e colocadas segundo a planta das fundações. As vigas serão colocadas de acordo com os desenhos de estrutura em anexo. Elas serão também em betão armado da classe B25. Os lintéis serão feitos sob forma de vigas entre aberturas das janelas e portas. 5.4 Alvenarias As alvenarias serão do tipo resistentes executadas com blocos de cimento e areia de espessuras de 15 cm. As alvenarias de fundações a executar sobre a sapata corrida serão em blocos de 20 cm amaciçados. A argamassa de assentamento será de cimento e areia ao traço de 1:5. Disciplina de Desenho de construcao civil 68 5.5. Pavimentos O Pavimento da laje térrea será executado em betão simples ao traço 1:4:5 com espessura de 12 cm. E antes do acabamento final, será tratado com betonilha de regularização ao traço 1:4 em volume de argamassa de cimento e areia. 5.6. Cobertura A Cobertura do edifício será em chapa metálica IBR assente sobre estrutura de madeira de pinho tratado e respeitará o desenho de pormenores . 5.7.– Revestimentos 5.87.1 – Rebocos A argamassa para os emboços e rebocos das paredes interiores destinadas a receberem azulejos a aplicar será ao traço 1:5 em volume de cimento e areia, e estas paredes serão revestidas até uma altura de 2.10 m, com azulejos do tipo a escolha pela dona da obra no decurso dos trabalhos. Disciplina de Desenho de construcao civil 69 Todas as paredes exteriores e interiores, com a excepção das que levarão azulejos, levarão emboço e rebocos com argamassa de cimento e areia ao traço 1:4 em volume de cimento e areia. A espessura dos rebocos será de 1,5 cm no mínimo. 4.8.2 – Cerâmica Os pavimentos revestidos com material cerâmico deverão ser assentes de forma a apresentar uma superfície contínua, desempenada, com cantos e bem alinhados, rigorosamente limpos das argamassas. As juntas não deverão ter larguras superiores a um milímetro (1 mm). Todos os paramentos verticais das casas de balho e cozinha serão revestidos com azulejos de cor e tipo a escolha pela proprietária, até altura de 2,10m e os restantes serão pintados à tinta de emulsão, plástica e de cor também a escolha pela dona da obra. 4.9 – Carpintarias Toda a caixilharia será executada em madeira de boa qualidade sem defeitos, em chanfuta ou humbila e que será pintada ou envernizada. Disciplina de Desenho de construcao civil 70 A porta de entrada principal e outras que vierem a merecer o mesmo acabamento, serão de madeira com resistência adequada as intempéries, devendo serem envernizadas ou pintadas e as ligações à alvenaria deverão ser por estanques. Em todas as portas e janelas serão aplicadas ferragens cromadas e nas portas principais serão colocadas maçanetas cromadas do lado exterior. As dobradiças serão de boa qualidade, aplicando-se três dobradiças de 3.5” nas portas e nos caixilhos de janelas maiores, duas dobradiças nos caixilhos médios e portas dos armários. 4.10 – Rede Mosquiteira Todos os vãos que comuniquem com o exterior do edifício, janelas e ventiladores serão protegidos por uma rede mosquiteira plástica de bronze fosforoso, e pregados nos caixilhos com bites de madeira com 1,75cm de largura. 4.11 - Vidraça O vidro a colocar nos caixilhos exteriores será simples, transparente, de boa qualidade e perfeitamente desempenado. Nos vãos com área compreendida em um (1) e dois (2) metros quadrados a vidraça terá a espessura de 4mm, nos vãos com área Disciplina de Desenho de construcao civil 71 superior a dois (2) metros quadrados a vidraça terá a espessura de 5mm e nos vãos com área inferior a um (1) metro quadrado a vidraça terá a espessura de 3mm. 4.12 – Pinturas Todos os caixilhos, incluindo portas interiores, serão pintados com duas demãos de tinta esmalte ou serão envernizadas. As paredes, quer interior quer exteriormente, serão pintadas a três demãos de tinta de emulsão, plástica, em cores a escolher, em harmonia com o conjunto. 4.13 – Equipamento Sanitário Será de boa qualidade, de porcelana de cor a escolha pela proprietária que deverá condizer com os mosaicos dos respectivos compartimentos. Os aparelhos sanitários serão providos dos respectivos acessórios, nomeadamente: bichas flexíveis, válvulas de descargas, torneiras de esquadrias, sifões, tampas de borracha com respectivas correntes. 4.14 – Rede de Abastecimento de Água e Rede de Esgotos Disciplina de Desenho de construcao civil 72 A tubagem para canalização de água será em ferro galvanizado, cobre ou tubo hidronil com diâmetro ¾” para aplicação em roços das paredes e em tubo polipropileno com diâmetro ¾” e 1”, para aplicação em valas, como ilustra o projecto, estanquidades de forma a evitar fugas de águas nas ligações entre os diferentes elementos. As torneiras e todas as válvulas no interior da casa de banho serão cromadas, sendo as válvulas no exterior da casa em latão cromado. A tubagem do sistema de esgotos será em tubo plástico PVC rígido, com diâmetros constantes no projecto para cada caso. Deverão ser respeitadas as prescrições do Regulamento das Canalizações de Águas e Esgotos. 4.15 – Instalação Eléctrica Toda a instalação eléctrica será realizada com tubagem e fios regulamentares, embutidos nas paredes e sobre as lajes, de acordo como esquema a apresentar pelo técnico competente no decorrer dos trabalhos. Disciplina de Desenho de construcao civil 73 Todos os tubos por onde passarão os fios que terão que atravessar sobre vigas e pilares deverão ser montados antes da betonagem deste elemento, sendo posteriormente efectuado o enfiamento dos condutores eléctricos correspondentes. 4.16 – Arranjos Exteriores O corredor de acesso para viaturas e acesso para peões serão revestidos com betonilha esquartelada de argamassa de cimento e areia. O fechamento da entrada para viaturas e peões será em portões de grades de tubo quadrado de ferro esmaltados. Quaisquer dúvidas na interpretação em parte ou no todo do presente projecto serão esclarecidas pelo técnico responsável, nunca servindo as mesmas como justificação da má execução da obra em parcial ou na íntegra ou na aplicação de materiais impróprios. Em tudo o mais não especificado seguir-se-ão todas as disposições de boa construção de acordo com as normas vigentes e normas urbanísticas. O Projectista ------------------------------------------------------------------------------ ( Arqt. Ernesto Pedro Nhiuane) Disciplina de Desenho de construcao civil 74 6. ELABORAÇÃO DE UM PROJETO UNIFAMILIAR EM UM PISO Termo de referencia Elaborar um projecto arquitetônico Elaboração de um projeto unifamiliar em um piso Termo de referencia Dimensao do terreno ( 20*40) Localizacao do terreno (Na esquina) Casa Unifamiliar para seis pessoas Casa tipo tres Tres quartos swites Casa de banho geral Sala comum Sala de jogos Bar Corridors Varandas Garage escritorio CONDICOES DOS COMPARTIMENTOS Disciplina de Desenho de construcao civil 75 Nas varandas e corridores as larguras minimas nao devem serem menores que dois metros Nos quartos as dimensões mínimas não devem serem inferiores que quatro metros As portas de acessos aos compartimentos interiores não devem serem directos a outros compartimentos Todos os compartimentos devem terem vintilacao directa Todos os quartos devem terem varandas PECAS A SEREM ENTREGUES NO TRABALHO FINAL O trabalho sera elaborado em archcad e entregue em formato digital na versao electronica (PDF e em ficheiro de archcad) num disco com a capa indicando o nome do projectista, turma e codico do estyudante PECAS DESENHADAS Planta de piso com cotagem Planta de mobiliário Planta de cobertura Alcados ( frontal, posterior, lateral direito, Lateral esquerdo) Dois cortes PECAS ESCRITAS Disciplina de Desenho de construcao civil 76 Memorias descritiva e justificativa Disciplina de Desenho de construcao civil 77 TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJECTO DE ___________________ (a) (conforme o anexo I da Portaria n.º 232/2008 de 11 de Março) __________________(b), morador na ____________, contribuinte n.º _____, inscrito na____________ (c), sob o número _____, declara, para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro e pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, que o projecto de___________(a), de que é autor, relativo à obra de ____________(d), localizada em ____________(e), cujo ____________ (f) foi requerido por ____________ (g), observa as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente ____________(h). ____________________ (data) ____________________ (assinatura) (i). Disciplina de Desenho de construcao civil 78 Instruções de Preenchimento: (a) Identificação de qual o tipo de operação urbanística, projecto de arquitectura ou de especialidade em questão. (b) Nome e habilitação do autor do projecto. (c) Indicar associação pública de natureza profissional, quando for o caso. (d) Indicação da natureza da operação urbanística a realizar. (e) Localização da obra (rua, número de polícia e freguesia). (f) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação prévia. (g) Indicação do nome e morada do requerente. (h) Discriminar, designadamente, as normas técnicas gerais e específicas de construção, os instrumentos de gestão territorial, o alvará de loteamento ou a informação prévia, quando aplicáveis, bem como justificar fundamentadamente as razões da não observância de normas técnicas e regulamentares nos casos previstos no n.º 5 do artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro. Disciplina de Desenho de construcao civil 79 (i) Assinatura reconhecida ou comprovada por funcionário municipal mediante a exibição do bilhete de identidade. Nota: A minuta do termo de responsabilidade apresentada, enquadra-se na legislação em vigor, no entanto, algumas autarquias poderão optar por apresentar redacções diferentes. Não sendo esta situação que infrinja a lei, por uma questão meramente prática, sugerimos a consulta às minutas que as autarquias disponibilizem, antes da apresentação do processo. Disciplina de Desenho de construcao civil 80 TERMO DE RESPONSABILIDADE DO COORDENADOR DO PROJECTO DE ____________ (a) (conforme o anexo II da Portaria n.º 232/2008 de 11 de Março) ____________________(b), morador na ____________, contribuinte n.º _____, inscrito na____________ (c), sob o número _____, declara, para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro, e pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, que o projecto________________(a), de que é coordenador, relativo à obra de __________________ (d), localizada em____________________ (e), cujo____________________ (f) foi requerido por ____________ (g), observa as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente__________________ (h). ____________________ (data) ____________________ (assinatura) (i). Disciplina de Desenho de construcao civil 81 Instruções de Preenchimento: (a) Identificação de qual o tipo de operação urbanística, projecto de arquitectura ou de especialidade em questão. (b) Nome e habilitação do coordenador do projecto. (c) Indicar associação pública de natureza profissional, quando for o caso. (d) Indicação da natureza da operação urbanística a realizar. (e) Localização da obra (rua, número de polícia e freguesia). (f) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação prévia. (g) Indicação do nome e morada do requerente. (h) Discriminar, designadamente, as normas técnicas gerais e específicas de construção, os instrumentos de gestão territorial, o alvará de loteamento ou a informação prévia, quando aplicáveis, bem como justificar fundamentadamente as razões da não
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