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TRABALHO AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES Respostas sem nome

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA
CURSO: DIREITO- DISPCIPLINA: PSICOLOGIA JURÍDICA
PROFESSORA: JULIANA OLIVEIRA BRAGA
TURNO: MANHÃ E NOITE- PERÍODO: 1º e 1Oº 
ANALISANDO AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES NA PRÁTICA JURÍDICA
Quais são os possíveis fatores afetaram a percepção dos envolvidos nos três casos apresentados?
R.: Existem alguns fatores que podem alterar a percepção das pessoas. Nos casos apresentados, pode-se destacar captura visual (caso 1.1), crenças e valores (caso 1.2) e emoções e expectativas envolvendo o estímulo (caso 1.3).
Por que pode ocorrer o processo das ilusões perceptivas no relato de testemunhas, como pode ter acontecido no caso 1.1?
R.: Pesquisas comprovam a existência de componentes culturais na percepção de ilusões. No caso 1.1 é possível que Gilberto seja um motorista habitual e que goste de andar em alta velocidade, comum entre roqueiros, enquanto Joana nem sequer possui habilitação, e só de ver alguém em velocidade mais elevada já considera que é culpado no acidente.
Qual o impacto da percepção e o desencadeamento dos conflitos? Exemplifique este processo de acordo com o caso 1.2.
R.: Nos conflitos, existem diferenças de percepção entre os litigantes. No caso 1.2, os parentes de Celso enxergam apenas os atos violentos de Marilda, e vice-versa. A diminuição da paixão com o tempo pode ter permitido ao casal perceber o lado violento que ambos tinham, gerando o conflito.
O que o conhecimento das diferentes percepções entre os litigantes pode contribuir para a condução do processo, tanto para os operadores do Direito, quanto para os próprios litigantes.
R.: No caso dos litigantes, este conhecimento pode tornar a situação ainda pior, pois ao se compreenderem melhor, compreendem melhor também a extensão das diferenças entre seus princípios e valores, aumentando ainda mais a disputa, atrapalhando a reconciliação.
Já no caso dos operadores do direito isso pode ser muito útil para resolver os conflitos. Conhecer os valores de cada parte pode ajudar muito a traçar uma solução para o conflito.
O que contribui para a atenção de uma testemunha diante de um fato presenciado, como ocorreu no caso 1.1?
R.: A atenção depende de dois conjuntos de fatores: a característica dos estímulos (intensidade, novidade, repetição) que no caso foi igual para ambas testemunhas, e de fatores internos aos indivíduos. Os fatores internos são necessidades e objetivos; coisas que proporcionam prazer; indícios de algo temido, esperado ou antecipado, etc. Esses fatores são influenciados pela formação profissional, preferências e experiências de vida de cada indivíduo. Gilberto e Joana com certeza tem experiências de vida diferentes, além da formação profissional.
Por que não se pode recriminar Luciana, caso 1.3, quando não consegue narrar detalhes de sua tragédia pessoal?
R.: A emoção tende a alterar fortemente a maneira que um estímulo é registrado. Ela pode gravar muito bem, ou dificultar a lembrança, dependendo da situação e da própria emoção. Para muitos estudiosos, situações dolorosas tendem a ser esquecidas, como uma forma da mente proteger o estado psíquico do sofrimento interminável.
Como a emoção dos envolvidos nos casos apresentados, pode alterar os processos das funções mentais superiores?
R.: A emoção modifica a sensação e a percepção, podendo acentuar ou atenuar os estímulos. Ela pode também provocar o fenômeno da predisposição perceptiva, ocasionar atenção seletiva e atuar sobre a memória, inibindo-a ou estimulando-a.
Pensando nos processos das funções mentais superiores, qual o perigo de um advogado, num processo, deixar-se dominar pela raiva, principalmente, no confronto com o colega da parte contrária?
R.: O perigo decorre do fato de que as emoções alteram as funções mentais superiores. Assim sendo, um advogado dominado pela raiva provavelmente terá sua percepção afetada, e isso o impedirá de notar algum detalhe importante para defender sua posição ou também de desconstruir alguma argumentação do advogado da parte adversária. Além disso ele pode entrar em competições inúteis, conduzidas pelo colega com controle emocional.
Explique o crime passional diante da emoção denominada paixão?
R.: A paixão é uma força interior que domina o indivíduo. O dominado não percebe a extensão desse domínio da paixão, mas pode fazer qualquer coisa para não perde-la. Aí que acontecem os crimes passionais, o dominado resolve que para não perder a paixão vai fazer a chantagem necessária, ou até mesmo assassinar a pessoa pela qual está apaixonado e/ou até mesmo cometer suicídio para não ficar sem a paixão.
Como o advogado pode contribuir, de forma positiva para a condução do processo, numa situação, na qual os litigantes estão demonstrando um comportamento de explosão emocional?
R.: O advogado não pode reagir à explosão emocional dos litigantes. O ideal é ele deslocar o foco, concentrar-se nas questões práticas, promover idealizações do futuro e, não menos importante, deve manter o bom humor, pois é o melhor antídoto contra a raiva.

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