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A CRISE RUSSA, BRASILEIRA, ARGENTINA

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Prof. Dr. André Martins de Almeida
A Crise Russa (1998)
A Crise Brasileira (1999)
A Crise Argentina (2001)
Crise 
Asiática
1997
Crise
 Russa
1998
Crise 
Brasileira
1999
Crise das 
Pontocom
2000
Crise 
Argentina
2001
Crise 
Global
2008
Crise 
do Euro
2009
AS PRINCIPAIS CRISES NO MERCADO FINANCEIRO A PARTIR DE 1990
A Crise Russa
Período: agosto de 1998
Local: Rússia
O fim da URSS, em 1991, havia levado a Federação Russa a realizar uma série de medidas para enquadrar-se no modelo capitalista ocidental.
 
Neoliberalismo, que consiste basicamente na privatização de empresas e demais meios de produção, que antes eram estatais, na diminuição da atuação do Estado na economia e no controle inflacionário.
A Federação Russa realizou privatizações de empresas, abrindo a economia do país aos investimentos externos, oriundos de capitalistas do mundo ocidental.
Heranças de gastos do Estado russo tornavam alta a fração do orçamento destinada às despesas com a máquina estatal.
 
A economia russa, apesar de ser altamente industrializada e dinâmica, não conseguiu manter o nível de produção anterior e aumentar suas exportações.
 
A crise dos Tigres Asiáticos provocou fuga de capitais investidos no mercado financeiro;
O Estado russo manteve o rublo em paridade com o dólar, o que aumentou ainda mais as despesas para manter essa política cambial.
Houve uma queda do preço do petróleo, uma das principais fontes de receita de exportação da economia russa. 
A dívida russa tornou-se difícil de ser paga;
A solução de Boris Yeltsin: declarar a moratória da dívida do país.
Consequências: desconfiança dos investidores internacionais, que não tinham garantias de lucros em seus investimentos.
Um acordo foi feito entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Rússia,
 
Envio desses dólares para o exterior
 
O desemprego, que já era alto no país, aumentou ainda mais;
 
A medida encontrada pelo Estado foi a desvalorização do rublo.
A Crise Brasileira
Período: 1999
Local: Brasil
O impacto da crise da Rússia na economia brasileira fez-se sentir principalmente no mercado cambial.
 
A fuga de capitais do mercado cambial que se tinha verificado quando da crise da Ásia, em cerca de 3 mil milhões de dólares por mês entre setembro e novembro de 1997, foi muito superior nos meses em que durou a crise russa;
 
Em Setembro de 1998 as autoridades monetárias brasileiras viram sair dos seus cofres cerca de 21,5 mil milhões de dólares.
As autoridades reagem anunciando a desvalorização da moeda nesse mesmo dia e a transição para um regime de flutuação cambial no dia 1 de Fevereiro de 1999.
Os investidores estrangeiros reduziram substancialmente a sua exposição ao país.
Solução: elevar as taxas de juros
1) Manter o fluxo "artificial" de capitais estrangeiros para o país, necessários para equilibrar a balança de pagamentos;
2) Controlar o consumo, reduzindo o potencial aparecimento da chamada inflação de consumo.
A redução no consumo favorecia ainda o endividamento privado e o crescimento do desemprego.
 
A crise se estendeu pelos anos seguintes, com constantes ameaças da volta da inflação, escassez do crédito internacional e elevada descrença na capacidade do Brasil em honrar seus compromissos externos.
A Crise Argentina
 
Período: 2001 
Local: Argentina
Em 1999 iniciou-se um declínio econômico devido à associação de vários fatores:.
Choques Internos, com um elevado desemprego e desequilíbrio fiscal;
2) Choques externos, como a crise da Rússia em 1998, o impacto da desvalorização da moeda do Brasil em 1999 e uma enorme aversão ao risco dos mercados financeiros internacionais;
O governo do presidente De la Rua, não cumpriu as metas acordadas com o FMI neste período, o que aumentou a perspectiva de uma crise financeira e gerou a fuga de capitais e de depósitos;
Em 2001 houve boatos de confisco, afastando investidores estrangeiros;
O governo argentino realizou o chamado “corralito”, bloqueando a disponibilidade de excessivos saques que estavam ocorrendo.
As perspectivas de novos ajustes geraram revoltas, conflitos de rua, saques e panelaços, o que provocou a saída do presidente;
Default da dívida do governo em moeda estrangeira com credores privados;
Adoção de uma desvalorização de 40% para operações de comércio exterior;
A substituição de importações e a produção de bens exportáveis criaram condições que, depois de uma queda do PIB em 2002, permitirá que a economia argentina volte a crescer em 2003.
Qual a relação das três crises estudadas (Russa, Brasileira e Argentina) com o sistema financeiro internacional?

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