trabalho fundamentos 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos do Serviço Social II
Estudo Dirigido
 Discente: Juliana Cobuci
Docente: Mie Hangai Costa – 16.1.3624
Mariana
2018
UFOP
Mie Hangai Costa
Estudo Dirigido
 
Trabalho a ser entregue como requisito para obtenção de nota referente a matéria Fundamentos do Serviço Social II, apresentado a Universidade Federal de Ouro Preto.
Orientadora: Prof.ª Juliana Cobuci
Mariana
2018
O capitalismo monopolista, corresponde a terceira fase do sistema econômico capitalista que surge em meados do século XX, momento em que a economia passou a estar centrada no mercado de ações e no sistema especulativo de créditos. As principais características dessa fase são, controle da economia pelos bancos e grandes corporações, surgimento de empresas globais e transnacionais, especulação e expansão do mercado financeiro, a bolsa de valores, que seria a grande representação do capitalismo financeiro pois é nela que os principais capitais, bem como as ações e títulos, são negociados, etc. De tal modo, as indústrias e os bancos fundem o capital que passa a ser gerido por instituições financeiras.
A refuncionalização do Estado permitiu quebrar o antigo contrato social e transformá-lo em contrato de direto civil com forte caráter individualista. O que significa que os mecanismos de acumulação privada do capital, tiveram que buscar novos espaços de valorização, saqueando os fundos públicos, privatizando e mercantilizando as políticas sociais em prol de reverter a queda da taxa de lucro e criar novas condições para a exploração da força de trabalho. Isso exigiu dos capitalistas a refuncionalização dos mecanismos ampliados do Estado para garantir a sua expansão, o que resulta na mercantilização de todas as dimensões da vida social e a natureza das atividades sociais. Como Netto já dizia “ No capitalismo monopolista, as funções políticas do Estado imbricam-se organicamente com as suas funções econômicas” .
A Questão Social foi o fator primordial para a profissionalização do Serviço Social. A profissão vem com o intuito de dar respostas aos antagonismos e problemas sociais que resultam da Questão Social, tentando amenizar os antagonismos entre as classes sociais, trabalhando para que todos tenham direitos e não haja discriminação. O processo de industrialização, deu origem ao empobrecimento da classe operária, e acabou por conscientizá-los das condições em que viviam, onde a questão social acabou atingindo contornos problemáticos, em especial para a sociedade burguesa, que recorreu à implementação de políticas sociais. Desta forma, a profissão surge como defensora dos mais necessitados e dos indivíduos que pelas condições em que sempre viveram nem sequer têm noção dos seus próprios direitos. A profissão vem com a função de atenuar e controlar as manifestações, impedindo que estas se agravem, lutando por uma justiça social.
4-A) Na terceira década do século XX, o Brasil vivia um processo de industrialização, num contexto de capitalismo dependente e agroexportador. O Serviço Social teve origem nesse contexto, com ajuda da igreja católica visava preparar a grande massa operária para a o capitalismo industrial. Dessa forma, o objetivo era preparar essa população para sistema sócio – econômico – político da época. Com a Revolução Industrial surgem graves crises econômicas, com repercussão política e social. Diante desta situação as formas de assistência até então utilizadas já não respondiam às necessidades da época, sendo necessário um Serviço Social institucionalizado, com fundamentos em conhecimentos técnicos e não apenas com boas intenções. 
4-B) Porque na perspectiva histórico-crítica, a profissão surge por causa das lutas sociais que convergiram num projeto político-econômico da classe hegemônica de manutenção do sistema perante a necessidade de legitimá-lo em função das demandas populares e do aumento da acumulação capitalista. A “questão social” é a base para o surgimento da profissão, que atravessa a sociedade nesse período, exige um posicionamento do Estado, das frações dominantes e da Igreja. O Serviço Social nasce com funções controladoras e integradoras necessária à manutenção da ordem social, cobrindo-as de filantropia, conformando um verdadeiro “fetiche da prática”. 
5 ) A concretização das políticas sociais é decorrente da luta de classes e da capacidade de mobilização da classe trabalhadora e sua formulação está diretamente vinculada a questão social. É importante ressaltar que a política social passa a configurar-se em políticas sociais na medida em que a questão social passa a receber intervenções por parte do Estado nas suas refrações, ou seja nas problemáticas sociais particulares. Diante disso, podemos destacar que os desdobramentos econômicos e sociais da divisão do trabalho colocam às necessidades sociais que implicam nas demandas de intervenção social a partir das políticas sociais, configuram a base sócio ocupacional do Serviço Social. 
Ao analisarmos a necessidade do Serviço Social como profissão, vemos que é intercorrência do conjunto dos processos econômicos, sociais, políticos e teórico-culturais ocorridos no período monopolista do capitalismo que é instaurado o espaço histórico-social que permite o surgimento do Serviço Social enquanto profissão inserida na divisão social (e técnica) do trabalho.
O processo de profissionalização do Serviço Social envolve a relação de continuidade existente entre o Serviço Social profissional e as formas de caridade e assistenciais que se desenvolveram desde o surgimento da sociedade burguesa, e a coexistência de uma relação de ruptura.
Bibliografia
<https://blogdaboitempo.com.br/category/colunas/jose-paulo-netto-colunas/>
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<https://www.webartigos.com/artigos/o-servico-social-e-a-questao-social/59329>