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1 física i exercícios das aulas 1-4 ExErcício 1 As extremidades de um segmento de reta AB tem co- ordenadas A(–80 cm, 40 cm) e B(80 cm, 160 cm). Trace o segmento de reta num referencial cartesiano (x,y) e calcule a distância AB. ExErcício 2 A superfície de um campo de futebol é um retângulo de 110 × 70 metros. As marcações das linhas internas e ex- ternas do campo são simétricas. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 2 a hg e x y 0 i nm d (-35 m; -55 m) (20 m; -40 m) (35 m; 55 m) Num determinado momento de um jogo, um massagista realiza uma cor- rida em linha reta desde o ponto E até o ponto I. Qual a distância percorrida pelo massagista? ExErcício 3 A estrutura prismática retangular tem: → Altura h = 30 cm; → Diagonal FD de comprimento dFD = 50 cm; → Área do lado ABFE = 600 cm². Considerando o referêncial cartesiano xyz esquematizado, determinar as coordenadas dos pontos A e G. A B C D E F G H h = 30 cm x y z ExErcício 4 As posições ocupadas por um projétil lançado da origem do referencial, conforme esquema abaixo, são dadas pelas equações x = 60.t e y = 80.t – 5t² onde x e y são expressos em metro e t em segundos. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 3 y(m) q p (x;0) x(m) x = 60.t y = 80.t - 5t2 a. Qual a posição do projétil no instante t = 0 s? b. Em que instante t o projétil passa pelo ponto P? c. Se o projétil atinge o ponto Q (solo) em t = 20 s, quais as coordena- das deste ponto? d. Qual a distância entre a origem e o ponto Q? ExErcício 5 Considere os pontos em evidência no plano cartesiano/polar. d c -40 30 20 10 -10 -20 -30 40 -50 -40 -30 -20 -10 10 20 30 40 50 y (m) x (m) eixo polara b e f Representar os pontos A, B, C, D, E, e F em coordenadas cartesianas e em coordenadas polares. ExErcício 6 Considere os pontos A,B ,C e D no disco polar figurado. a. Representar cada um dos pontos em coordenadas polares. b. Representar cada ponto em coordenadas cartesianas. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 4 b a d c 5 m 10 m 15 m 20 m ExErcício 7 Um ponto P tem coordenadas polares (20 m, π/6). Dar as coordenadas cartesianas de P. ExErcício 8 Considere as seguintes equações cartesianas: a) (x - 1)2 + y2 = 1 e b) y = 3 Determinar as respectivas equações polares. ExErcício 9 Dada a equação polar: ρ = 5 m. Encontre a respectiva equação cartesiana. ExErcício 10 Considere a estrutura tridimensional abaixo esquematizada na qual se desenham esferas ocupando certas posições e o referencial cartesiano adotado. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 5 z x y g e d 20 cm 20 cm 10 cm 10 cm c b a f m h 15 cm 15 cm a. Quais as coordenadas das posições B e F? b. Qual o comprimento da diagonal AE? ExErcício 11 Numa viagem de automóvel pela Via Anhanguera de São Paulo a Pirassu- nunga (sem parar), um estudante anotou o espaço percorrido e calculou a velocidade média em alguns trechos, conforme registra a tabela: v (km/h)∆s (km)origem – destino 80100São Paulo – Campinas 60 45Campinas – Americana 8040Americana – Limeira 5060Limeira – Pirassununga Determinar: a. O tempo total do percurso S.Paulo – Pirassununga. b. A velocidade escalar média no percurso S. Paulo – Pirassununga em km/h e em m/s. ExErcício 12 O gráfico representa a variação do espaço “s” (km) em função do tempo “t” (min) de um carro durante uma viagem por uma das rodovias SP. Ele foi elaborado após as conversões de marcos quilométricas em coordenadas “espaços”. a. O movimento foi sempre progressivo? b. Calcule a velocidade escalar média da viagem (resposta em km/h). c. Calcule a velocidade média no intervalo ∆t = (100 – 90) min. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 6 0 50 100 t (min) s (k m ) 100 200 ExErcício 13 As funções horárias do espaço que descrevem os movimentos simultâ- neos de duas partículas A e B que correm ao longo de um trecho de uma ciclovia são: sA = –20 + 4.t (s;m) e sB = 10 – 2t (s;m). → Determinar a velocidade escalar instantânea de cada ciclista. → Os ciclistas correm no mesmo sentido ou em sentidos opostos? → Em que instante t os ciclistas se cruzam? Qual a coordenada do res- pectivo ponto? → Plotar, no mesmo papel quadriculado, os gráficos das respectivas equações horárias e partir do gráfico, indicar como obter as respos- tas às questões anteriores. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 7 ExErcício 14 Uma partícula desloca-se ao longo do eixo 0x cujas posições são descritas pela função horária: x = 2t2 + 10t + 20 (s;m) a. Esboçar o gráfico cartesiano x × t (valores de x no eixo das ordena- das e os valores de t no eixo das abscissas). Gráfico x × t Gráfico v × t Gráfico a × t b. Determinar a equação horária da velocidade da partícula e represen- tá-la num gráfico v × t . c. Determinar a equação horária da aceleração da partícula e esboçar o gráfico a × t . d. O movimento é uniforme ou uniformemente acelerado? ExErcício 15 O velocímetro digital de um carro registra 108 km/h quando, a 126 m de um posto policial, o motorista aciona os freios introduzindo uma acelera- ção escalar constante a = –3 m/s² que atua no carro até ele parar. Ado- tar a origem das coordenadas espaço na posição em que os freios foram acionados (t = 0) e determinar: a. A equação horária da aceleração escalar, da velocidade escalar e do espaço. b. A velocidade escalar do carro quando passa pelo posto policial. Física I / Aulas 1–4 Exercícios 8 ExErcício 16 O gráfico representa os espaços y (alturas) de um projétil em função do tempo t cuja equação horária é y(t) = 600t – 5t² (s;m) . → O movimento é progressivo? Retrógrado? → Determine a equação horária da velocidade. → Calcule a aceleração do projétil. → Qual a velocidade do projétil no instante em que ele atinge a altura máxima? 20 10 6030 12090 t(s) y( × 10 3 m ) ExErcício 17 Uma esfera é abandonada (v0 = 0) no ponto A de um plano inclinado. O seu centro, considerado como ponto material, desloca-se plano abaixo e passa pelo ponto com velocidade v = 2 m/s pelo ponto B. A aceleração do centro da esfera é a = g . senθ = 5 m/s². Calcular a distância AB. θ B A V0 = 0 s Física I / Aulas 1–4 Exercícios 9 ExErcício 18 As posições ocupadas por uma partícula são condensadas no gráfico abai- xo. 1 2 3 4 5 6 7 8 10 20 -10 -20 s(m) t(s) a. Qual a velocidade no instante t = 1 s? b. Qual a velocidade no instante t = 3 s? c. Qual a velocidade no instante t = 5 s? ExErcício 19 O gráfico representa a variação da velocidade escalar de uma partícula. 2 1 0 -1 -2 0,8 1,6 2,4 3,2 4,0 4,8 v (m/s) t (s) a. Em quais intervalos de tempo a aceleração escalar é nula? E em quais ela é diferente de zero? b. Em quais intervalos de tempo a velocidade da partícula é nula? c. Em qual intervalo de tempo o movimento da partícula é progressivo? 10Física I / Aulas 1–4 Exercícios gabarito ExErcício 1 A figura ilustra o referencial cartesiano, os pontos A e B e o segmento de reta AB. b 100 x (cm) 100 a c -100 20 cm 20 cm y (cm) Para o cálculo da distância AB, desenhamos uma paralela ao eixo y por B e uma paralela ao eixo x, por A. A interseção é o ponto C (80 cm, 40 cm). Este artifício define o triângulo retângulo ABC. A hipotenusa é a = AB e os catetos são b = AC e c = CB. A relação entre a hipotenusa e os catetos é dada pelo Teorema de Pi- tágoras: a2 = b2 + c2 → a = b2 + c2 = distância AB. Os catetos b e c podem ser determinados pelas projeções dos pontos A e B sobre os eixos x e y. Veja a tabela abaixo. pontos projeção no eixo x projeção no eixo y A xA = -80cm yA = 40 cm B xB = xC = 80 cm yB = 160 cm As medidas dos catetos são determinadas da seguinte forma: b = |xB - xA| = |80 (-80)| = 160 cm c = |yB - yA| = |160 - 40| = 120 cm Portanto, a = AB = b2 + c2 = [xB - xA]2 + [yB- yA]2 = 1602 + 1202 = 200 cm 11Física I / Aulas 1–4 Exercícios Distância entre dois pontos no plano cartesiano. Generalizando: a distância entre dois pontos A (xA, yA) e B(xB, yB) pode ser determinada por: Distância AB = [xB - xA]2 + [yB- yA]2 Distância AB = [(80) - (-80)]2 + [(160) - (40)]2 = 1602 + 1202 = 200 cm 12Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 2 A distância entre E e I pode ser determinado por: dEI = [xE - x1] 2 + [yE - y1] 2 . a. As coordenadas do ponto E são xE = 35 m e yE = 0, ou seja, E (35 m; 0). b. As coordenadas de I podem ser determinadas por considerações de simetria: → G é simétrico ao ponto H em relação ao eixo 0y. Logo, xG = –xH = –20 m e yB = yG = –40 m, portanto, G (–20 m; –40 m). → I é simétrico a G em relação ao eixo 0x. Logo, xI = xG = –20 m e yI = –yG = - ( - 40 m) = + 40m), portanto, I (–20 m; 40 m). Conhecidas as coordenadas dos pontos E e I, calcula a distânciao: dEI = [xE - x1] 2 + [yE - y1] 2 = [(35) - (-20)]2 + [(0) - (40)]2 = = 552 + 402 = 68 m. Na corrida, em linha reta, desde E até I, o massagista percorreu 68 m. dEI = [55] 2 + [-38,5]2 = 4.507,25 = 67,14 m. 13Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 3 Com as informações fornecidas pelo enunciado, vamos determinar os la- dos desconhecidos da estrutura. A área do lado ABFE é dado por: (FE)(AF) = (FE)(30cm) = 600 cm2 (FE) = 600 cm2 30 cm = 20 cm Com este dado, podemos inferir que xE = – 20 cm, pois ele se encontra no 3° quadrante do referencial xyz adotado. Como E pertence ao plano xy, a coordenada zE = 0 . Finalmente, a coordena yE = yF . Comprimento da diagonal: dFD = [xF - xD] 2 + [yF - yD] 2 + [zF - zD] 2 As coordenadas conhecidas: xF = xD = 0 (pois os pontos F e D pertencem ao plano yz) yF = ? yD = 0 (D, por pertence r ao eixo 0z, tem coordenada x = y = 0) zF = 0 (pois F pertence ao plano xy e todos os pontos deste plano tem coordenada z = 0) zD = h = 30 cm Substituindo-se as coordenadas em dFD = 50 cm = [yF] 2 + [-30 cm]2 . Desta relação tem-se: (yF)² = (50 cm)² – (–30 cm)² = 1600 cm² . Logo, yF = ± 1600 cm 2 = ± 40 cm. Devemos escolher o sinal (–) pois o ponto F encontra-se no semi-eixo negativo do eixo 0y. Portanto: yF = – 40 cm. Deste modo, com as informações acima, as coordenadas dos pontos A e G são: → A (0; –40 cm; 30 cm) → G (–20 cm; –40 cm; 0) 14Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 4 a. Substituindo-se t = 0 s nas equações x = f(t) e y = y(t) tem-se os valores das coordenadas do ponto ocupado pelo projétil neste ins- tante. Então: x = 80(0) = 0 e y = 80(0) – 5(0)² = 0. Conclusão: o projétil encontrava-se na origem do referencial adotado. b. As coordenadas de P são x = 60.t (conhecendo-se t determina-se x) e y = 0. Por meio da equação y = y(t) = 80t – 5t², determina-se t, ou seja, 0 = 80t – 5t² ou, t(80 – 5t) = 0. A solução exibe duas raízes: t = 0 ( projetil na origem) e t = 80 5 = 16 s, o instante em que o projétil passa pelo ponto P. c. Em t = 20 s temos: x = 60 . 20 = 1200 m e y = 80(20) – 5(20)² = – 400 m. Portanto, o ponto Q tem coordenadas Q(1200m; – 400m). d. Distância 0Q = [1200 - 0]2 + [-400 - 0]2 = 10000 (122 + 42) = 100 160 = 400 10 m 15Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 5 ponto coordenadas cartesianas (em m) coordenadas polares ρ = x2 + y2 (em m); φ = arctan (y/x) (em°) A 30; 0 ρ = 30 m ; φ = 0° + N.360° com N = 0,1,2,3... (*) B -20; 20 ρ = 20 2 m ; φ = 135° + N.360 com N = 1,2,3,... C 0; 40 ρ = 40 m ; φ = 90° + N.360 com N = 1,2,3,... D 0; -10 ρ = 10 m ; φ = 270° + N.360 com N = 1,2,3,... E 30; 40 ρ = 50 m ; φ = 53,13° + N.360 com N = 1,2,3,... F 40;-30 ρ = 50 m ; φ = 323,16° + N.360 com N = 1,2,3,... A variável angular ( ou azimute polar) pode assumir infinitos valores. Vejamos: A coordenada angular ou azimute polar associado a uma coordenada ra- dial pode assumir infinitos valores. d c -40 30 20 10 -10 -20 -30 40 -50 -40 -30 -20 -10 10 20 30 40 50 y (m) x (m) eixo polara b e f φ1 = φ0 + (1) × 360 0 φ0ρ Vejamos. Vamos concentrar no ponto B: → ρ = (-20)2 + (+20)2 = 2 × 400 = 20 2 m é a distância do polo 0 até o ponto B ( coordenada radial). → φ = arctan 20 m -20 m = arctan(–1) = 135° + N.360°. Para N = 0, o azimute polar será φ0 = 135° (tan 135° = –1). Para N = 1, φ1 = 135°+(1)360° = 495°, cuja tangente é tan (495°) = –1 e assim por diante. 16Física I / Aulas 1–4 Exercícios (*) tan [0° + (0)360°] = tan [0° + (1).360°] = tan [0° + (2).360°] = tan [0° + (3).360°]... tan (0° + N.360°); assim, a coordenada angular ou azimute polar, pode assumir infinitos valores. Se o caso geral não for solicitado expressamente, a coordenada angular pode ser expressa para N = 0. 17Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 6 As coordenadas polares podem ser inferidas a partir dos raios das circun- ferências desenhadas no disco polar. a. coord. angular (n=0) φcoord. radial ρponto 45° 10 mA 120°20 mB 330°15 mC 210°10 mD eixo polar ρ = 20 m ρ = 10 m ρ = 10 m C b a d 5 m 10 m 15 m 20 m 135o 90o 45o 0o 315o 270o 225o 210o 180o ρ = 15 m 330o 120o b. A conversão de coordenadas polares em coordenadas cartesianas é realizada mediante as relações: x = ρ.cos(φ) e y = ρ.sen(φ). ponto (coord.polares) x = ρ.cos(φ) (m) y = ρ.sen(φ) (m) expressão cartesiana (m) A (10 m; 45°) x = 10.cos(45°) = 7,07 y = 10.sen(45°) = 7,07 A (7,07; 7,07) B (20 m; 120°) x = 20.cos(120°) = -10 y = 20.sen(120°) = 17,32 B (-10; 17,32) C (15 m; 330°) x = 15.cos(330°) = 13 y = 15.sen(330°) =-7,5 C (13; -7,5) D (10 m; 210°) x = 10.cos(210°) = -8,66 y = 10.sen(210°) = -5 D (-8,66; -5) 18Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 7 A conversão é feita mediante as relações: x = ρ.cos φ e y = ρ sen φ . No caso em tela: ρ = 20 m e φ = π/6 = 30° Portanto: x = 20.cos 30° = 20. 3 /2 = 10. 3 m e y = 20.sen 30° = 20(0,5) = 10 m 19Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 8 a. A equação em coordenadas cartesianas, a ser transformada em equação em coordenadas polares, é (x – 1)² + y² = 1. Substituindo- -se as respectivas relações de transformação: x = ρ.cos φ e y = ρ. sen φ, temos: [(ρ.cos φ) - 1]2 + (ρ.sen φ)2 = 1 Desenvolvendo: ρ2(cos φ)2 - 2(1)(ρ cos φ) + (1)2 + ρ2 (sen φ)2 = 1 ρ2.[cos 2φ + sen 2φ] - 2ρ cos φ + 1 = 1 Da trigonometria temos [cos 2φ + sen 2φ] = 1, logo: ρ2.[1] - 2ρ cos φ + 1 = 1 ou ρ[ρ - 2cos φ] = 1 - 1 ρ [ρ - 2 cos φ] = 0 Como ρ ≠ 0, então: ρ – 2 cos φ = 0. Portanto, ρ = 2 cos φ que é a equação em coordenadas polares. b. Agora a equação cartesiana é y = 3. Neste caso, vamos substituir y = ρ.sen φ. Assim: (ρ.sen φ) = 3, o que nos leva a escrever: ρ = 3 sen φ = 3.cossec (φ) Em trigonometria: cossec (φ) = 1 sen φ 20Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 9 A conversão de sistema polar para cartesiana obedece a relação: ρ = x2 + y2 Portanto, para a equação polar ρ = 5 m, escrevemos: x2 + y2 = 5 m ou x² + y² = 25 m² que é a equação cartesiana de uma circunferência de raio 5 m. ExErcício 10 a. B(–15 cm; –10 cm; 0) e F(0; 15 cm; 40 cm). b. O ponto A tem coordenadas A(0; –15 cm; 0) e E tem coordenadas E(20 cm; 15 cm; 40 cm). A distância: AE = (20 - 0) + (-15 - 15)2 + (0 - 40)2 = 400 + 900 + 1600 = 2900 = 10 29 cm ou AE = 53,85 cm.21Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 11 a. Vamos calcular o tempo em cada trecho no qual conhecemos o es- paço percorrido ∆s e a velocidade escalar média. A tabela condensa essas informações. origem-destino ∆s (km) v (km/h) ∆t = ∆s/ v ( h) São Paulo - Campinas 100 80 1,25 Campinas-Americana 45 60 0,75 Americana-Limeira 40 80 0,50 Limeira-Pirassununga 60 50 1,20 Portanto, o tempo total de percurso foi: ∆ttotal = 1,25 + 0,75 + 0,50 + 1,20 = 3,7 h. b. vS.Paulo-Pirssununga = (100 + 45 + 40 + 60) km 3,7 h ≅ 66,2 km/h 22Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 12 a. No intervalo de tempo [90 – 100] min a coordenada espaço do carro variou de s90 = 200 km para s100 = 160 km. Assim o espaço percorri- do foi ∆s = (160 – 200)km = –40 km. O sinal negativo NÃO significa que o odômetro (instrumento que mede a quilometragem do carro, mede distância percorrida que é igual ao módulo do espaço percorri- do ∆s e, este, pode ser negativo) retroagiu. O sinal negativo deve ser interpretado como movimento retrógrado, ou seja, o carro mo- vimentou-se no sentido dos marcos quilômetros decrescentes. No intervalo de tempo [0 – 50] min, o espaço percorrido pelo carro foi ∆s = (120 – 20) = +100 km. Neste caso o movimento foi pro- gressivo, ou seja, no sentido crescente dos marcos quilométricos. Conclusão: o movimento descrito pelo gráfico não foi sempre progressivo pelas razões acima expostas. b. A viagem durou ∆t = (110 min – 0) = 110 min e o respectivo espaço percorrido foi ∆s = (160 km – 20km) = 140 km. Logo, v = ∆s/∆t = (140 km)/(110min) ≅ 1,27 km/min = 1.270 m/min. Para transformar v = 1,27 km/min em km/h, basta substituir “min =1h/60". Assim: v = 1,27 km/min = 1,27km/(1h/60) = 1,27 × 60 km/h = 76.2 km/h c. No intervalo ∆t = (100 – 90) min = 10 min, o carro que estava no espaço s90 = 200 km, retorna para o espaço s100 = 160 km. Logo, o espaço percorrido foi ∆s = [160 – 200] km = – 40 km (movimento retrógrado). A velocidade média, neste intervalo, é: v = ∆s ∆t = - 40 km 10 min = - 4 km/min O sinal negativo deve ser interpretado: significa que o movimento foi retrógrado. 23Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 13 a. Conhecida a função (equação) horária do espaço s(t), a velocidade escalar instantânea v(t) é a taxa de variação do espaço em relação ao tempo. Matematicamente: v(t) = ds(t) dt = derivada do espaço em relação ao tempo Então, se: sA(t) = -20 + 4t (s;m) → vA(t) = d(-20 + 4.t) dt = 4 m/s sB(t) = 10 - 2t (s;m) → vB(t) = d(10 - 2.t) dt = - 2 m/s b. As velocidades escalares dos ciclistas têm sinais algébricos opostos, portanto, eles se movem em sentidos opostos. O movimento de A é progressivo e o de B, retrógrado em relação ao sistema de coorde- nadas espaços adotado. c. No ponto onde ocorre o cruzamento, as coordenadas se igualam, ou seja, sA = sB. Podemos então igualar as respectivas funções horárias do espaço: –20 + 4t = 10 – 2t . Resolvendo o sistema: 6t = 30 e, portanto, t = 5 s. Substituindo-se t = 5 s na equação horária de A (ou de B) tem-se: sA = –20 + 4(5) = 0. Portanto, os ciclistas se cruzam no instante t = 5 s e no ponto de coordenada sA = sB = 0. d. Para plotar os gráficos vamos elaboras uma tabela com alguns pa- res de valores de coordenadas e de tempos das funções: sA(t) = –20 + 4t e sB(t) = 10 – 2t. t(s) 0 2 4 6 8 10 sA(m) 10 6 2 -2 -6 -10 sB(s) -20 -12 -4 4 12 20 10 -20 θB θA coef. linear = 10m coef. angular = va = –2m/s –6 m 3 s 5 2,5 s 10 m coef. angular = vb = –4m/s coef. linear = -20m B A s(m) t(s) 24Física I / Aulas 1–4 Exercícios As funções horárias de A e de B são polinomiais de 1° grau cujos gráficos cartesianos são lineares. Observe que para t = 5 s, as coordenadas são iguais a 0 para ambos os ciclistas. Dois parâmetros importantes das funções lineares são: → Coeficiente linear = ponto de interseção da reta com o eixo das co- ordenadas espaço. Corresponde ao termo independente da função linear de ordem 1. Comparem: sA(t) = -20 + 4t e sB(t) = 10 - 2t Termos independentes: –20 e +10 que correspondem aos coeficien- tes lineares de cada reta. → Coeficiente angular = coeficiente que multiplica a variável indepen- dente, neste caso, esta variável é o tempo representado pela letra “t”. Nas funções lineares em tela, os coeficientes angulares são, res- pectivamente, 4 e –2. O que eles representam? Representam a velocidade instantânea de cada partícula. Como determinar no gráfico? Traça um triângulo retângulo ten- do como hipotenusa um trecho do gráfico. O cateto na direção dos eixos dos tempos é sempre positivo e o cateto na direção dos eixos dos espaços pode ser negativo. O coef.ang = cateto na direção da variável s(t) cateto na direção eixo da variável independente t = = ∆s ∆t = v . ds(t) dt que é a derivada da função s(t) em relação ao tempo. Veja os dois triângulos no gráfico. 25Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 14 a., b. e c. A função horária do espaço é x = 2t² + 10t + 20 (s;m); a veloci- dade instantânea da partícula é a taxa de variação instantânea (relativo ao tempo) da função horária da posição. Assim: v(t) = dx(t) dt = d(2t 2 + 10t + 20) dt = 4t + 10 (s;m/s) A aceleração instantânea é a taxa de variação instantânea da função velocidade. Assim: a(t) = dv(t) dt = d(4t + 10) dt = 4 m/s2 não existe t < 0 fisicamente -4 4 8-2 2 6 10 12 100 -6-8-10 0 200 300 28m 228m 48m 92m 152m 320m t(s) x(m) 4 82 6 10 50 m/s 42 m/s 34 m/s 26 m/s 18 m/s 10 m/s 0 50 10 20 30 40 v(m/s) t(s) 4 82 6 100 t(s) a(m/s2) 5 10 x = 2t ² + 10t + 20 Polinomial de grau 2 em relação ao tempo. Parábola. v(t) = 4t + 10 Polinomial grau 1 em relação ao tempo. Gráfico linear inclinado em relação ao eixo dos tempos. a(t) = 4 m/s² Polinomial grau 0 em relação ao tempo. Grafico linear paralelo ao eixo dos tempos. d. Como a ≠ 0 o movimento da partícula não é uniforme. No movi- mento uniforme a aceleração escalar é nula; como consequência a velocidade permanece invariável e o espaço varia linearmente com o tempo, ou seja, a função espaço é uma polinomial de grau 1 no tempo. Em resumo: no movimento uniforme: 1) a(t) = 0; 2) v(t) = vo; 3) x(t) = xo + vo.t a variável x pode ser trocada por “s”, por “y”, etc. Os gráficos do espaço e da velocidade são lineares: 26Física I / Aulas 1–4 Exercícios t v v0 v = v0 0 S0 t s 0 s = s0 + v0t S = 0 v0 = ∆s ∆t ∆s ∆t 27Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 15 a. O esquema ao lado representa o referencial de coordenadas espaço adotado. Vamos começar a contagem do tempo (t = 0) quando o carro esti- ver passando pela origem das coordenadas espaço (s = 0). Então, o carro passa pela origem s = 0 com vo = 30 m /s e a ace- leração escalar a = –3 m/s². v0 = 108 km/h = 30 m/s s = 0 t = 0 s = 126 m (posto policial) y x s(m) Equações horárias do movimento da partícula (carro) são: → a(t) = – 3 m/s² [aceleração constante] → Em virtude da aceleração do carro ser constante, as equações da velocidade e do espaço têm os seguintes formatos: v(t) = v0 + at e s(t) = s0 + v0 t + a 2 .t2 Substituindo-se a = –3 m/s²; v0 = 30 m/s e s0 = 0 (condições ini- ciais) temos: v(t) = 30 - 3.t (s;m/s) e s(t) = 30.t - 3 2 .t2 (s;m) b. Quando o carro passar pelo posto policial no instante t = ? (incógni- ta) a coordenada s = 126 m. Substituindo-se s = 126 m na equação horária do espaço, determinamos o instante de tempo t correspon- dente. Assim: 126 = 30 . t - 3 2 . t2 ou 3 2 . t2 - 30 . t+ 126 = 0 Multiplicando-se todos os termos, de ambos os lados da igualdade, por 2/3, temos: 28Física I / Aulas 1–4 Exercícios t2 - 20 . t + 84 = 0 Para se determinar a incógnita t, aplicamos a fórmula de Bhaskara: t = - b ± b 2 - 4.ac 2a Fazendo a correspondência: b = –20; a = 1 e c = 84, teremos: t = - (-20) ± (-20) 2 - 4.1.84 2.1 = 20 ± 8 2 Temos então duas respostas reais t’ = 6 s e t” = 14 s. Qual escolher? Analisemos os gráficos s × t e v × t antes da escolha final. t(s) v(m/s) 2 4 6 8 10 14 16 18 0 20 -20 -10 -30 20 10 30 12 m/s -12 m/s 12 v(t) = 30 - 3.t s(s) 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 t' = 6s t' = 14s 0 50 100 150 126 v = ds dt = 0 s = 30t - 3 2 t2 t(s) Mov. Progressivo Mov. Retrógrado s(t) = 30.t - 3 2 .t2 29Física I / Aulas 1–4 Exercícios O gráfico s × t ilustra que as coordenadas s do carro varia segundo uma parábola, com vértice em t = 10s (instante em que v = ds(t)/dt = 0). De 0 a 10 s, o carro ocupa posições de coordenadas crescentes. O movimento neste intervalo é progressivo. O carro pára em t = 10s a 150 metros da posição onde os freios foram acionados e, nesta posição ele fica parado. O carro não retorna mais. Portanto, t = 6 s é o tempo a ser escolhido para responder ao quesito b. A parte do gráfico com t > 10 s, não tem significado real, pois o carro não retorna, como retornaria uma laranja jogada verticalmen- te para cima. Portanto, a região do gráfico s × t que se relaciona a movimento retrógrado, são tem significado matemático. Logo, a resposta ao quesito b é: no instante t = 6 s o carro passa com velocidade v = 30 – 3(6) = 12 m/s (43,2 km/h) defronte ao pos- to policial situado a 126 m da posição onde os freios foram acionados. 30Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 16 a. Para 0 ≤ t ≤ 60 s, o movimento é progressivo, pois o projetil ocupa posições de y de valores crescente. No intervalo 60 s ≤ t ≤ 120 s, o movimento é retrógrado em relação ao referencial adotado, pois o projétil passa a ocupar posições de y decrescente. b. v(t) = dy(t) dt = d(600t - 5t 2) dt = 600 – 10.t Portanto: v(t) = 600 – 10.t (s;m). c. a(t) = dv(t) dt = d(600 - 10t ) dt = –10 m/s² Portanto: a(t) = –10 m/s² (constante). d. Conforme o gráfico, em t = 60 s o projétil atinge a altura máxima, pois neste ponto, o movimento inverte de sentido. Então: valtura máx = 600 - 10 . (60) = 0 e yaltura máx = 600(60) - 5(60) 2 = 18.000 m 31Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 17 Vamos aplicar a Equação de Torricelli v² = (v0)² + 2.a.∆s para movimentos com a = constante, onde ∆s = AB. Rever Exercício 16. 22 = (0)2 + 2.(5) AB → AB = 4/10 = 0,4 metros ExErcício 18 a. No intervalo 0 ≤ t ≤ 2s o movimento é uniforme (gráfico retilíneo); a velocidade neste intervalo é: v = coef.angular da reta = ∆s ∆t = (20 - 0) 2 - 1 = 10 m/s Portanto, no instante t = 1 s a velocidade também é v = 10 m/s. b. No intervalo 2 ≤ t ≤ 4s o movimento é uniforme, com espaço invariável (segmento de reta paralelo ao eixo das abscissas). Espaço invariável → ∆s = 0 → partícula em repouso: v = 0. c. A velocidade no intervalo 4 ≤ t ≤ 6s é constante (movimento uni- forme), pois neste intervalo o segmento de reta que representa a variação do espaço é retilíneo. A velocidade corresponde ao coef. angular da reta: v = ∆s ∆t = (-20 - 20) (6 - 4) = - 40 2 = -20 m/s Velocidade negativa → movimento retrógrado. 32Física I / Aulas 1–4 Exercícios ExErcício 19 a. a.1. A aceleração escalar é a taxa de variação instantânea da veloci- dade. Logo, nos intervalos onde ela não varia a aceleração escalar é nula. Isto acontece nos intervalos: 1) 0 ≤ t ≤ 0,8s; 2) 0,8 ≤ t ≤ 2,0s; 3) 2,8 ≤ t ≤ 4,0s ; 4) 4,0 ≤ t ≤ 4,8s. a.2. No intervalo de tempo 2 ≤ t ≤ 2,8s observa-se que a velocidade varia uniformemente com t. Neste intervalo → a ≠ 0. Como a veloci- dade varia uniformemente, a aceleração escalar coincide com a ve- locidade média. Logo: α = ∆v ∆t = (-2) - (2) (2,8) - (2,0) = -4 0,8 = - 5 m/s2 b. O gráfico representa a variação da velocidade da partícula em fun- ção do tempo. (O gráfico mostra que t nos intervalos 1) 0 ≤ t ≤ 0,8s; 2) 4,0 ≤ t ≤ 4,8s a velocidade é nula – partícula em repouso). c. O movimento é progressivo se o deslocamento ocorre no sentido crescente dos espaços. Nas rodovias paulista, os ” marcos quilome- tricos” crescem da Capital para o Interior. Um carro que retorna do interior move-se no sentido decrescente dos espaços (movimento retrógrado). No movimento progressivo a velocidade escalar é posi- tiva. O gráfico ilustra que para 2,0 ≤ t ≤ 2,4 s o gráfico situa-se acima dos eixos do tempo t, representando velocidades positivas (apesar de cada vez menores). No instante t = 2,4 s o gráfico cruza o eixo dos tempos. Neste ins- tante, momentaneamente, a velocidade é nula. Para 2,4 t a velocida- de é negativa e para 2,0 s, a velocidade é positiva. Logo, o instante t = 2,4 s representa um ponto de inversão de movimento: de v0 para v.
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