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50 Ásanas Essenciais e Seus Efeitos Sobre os Planos Físico e Espiritual Indice 50 ÁSANAS ESSENCIAIS E SEUS EFEITOS SOBRE OS PLANOS FÍSICO E ESPIRITUAL INTRODUÇÃO ÁSANA NÚMERO 1 – DANDÁSANA A Postura do Esteio TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS AJUDA A MELHORAR A POSTURA ÁSANA NÚMERO 2 – SAVÁSANA A Postura do Cadáver TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 3 – PRARTHANÁSANA A postura da iluminação TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 4 - ADHO MUKHA SVANÁSANA A Postura do cachorro olhando para baixo TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 5 – PADAHASTÁSANA Postura curvada TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 6 – TALÁSANA TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 7 – KATICHAKRÁSANA TÉCNICA DE EXECUÇÃO CONCENTRAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 8 - GARUDÁSANA A postura do falcão, ou postura da águia TÉCNICA DE EXECUÇÃO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 9 – TRIKONÁSANA A Postura do Triângulo TÉCNICA DE EXECUÇÃO ERROS A SEREM EVITADOS: EFEITOS BENÉFICOS PRECAUÇÕES ÁSANA NÚMERO 10 – ARDHA-CHANDRÁSANA A postura da meia lua TÉCNICA DE EXECUÇÃO TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 11 - UTKATÁSANA TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 12 – MALÁSANA A Postura da Guirlanda TÉCNICA DE EXECUÇÃO TOMADA DE CONSCIÊNCIA VARIANTE 1 VARIANTE 2 EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES FERIMENTOS NOS JOELHOS E GRAVIDEZ ÁSANA NÚMERO 13 – SASANGÁSANA A postura do coelho TÉCNICA DE EXECUÇÃO ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS A CONSCIENTIZAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 14 – UTTITHA ARDHA DHANURÁSANA TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 15 – JIVABALÁSANA A postura da vontade e da energia vital. TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 16 – SHUTARMURGÁSANA A postura da avestruz. EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 17 – PRASARITA PADOTTANÁSANA A TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 18 – BHUJANÁSANA A postura da cobra TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 19 – JANUSHIRSHÁSANA A postura da cabeça no joelho TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 20 - BHADRÁSANA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 21 – SUKHÁSANA A POSTURA DA FELICIDADE . A TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANAS NÚMEROS 22 E 23 – PAVANAMUKTÁSANA E SUA VARIANTE EKA PADA PAVANAMUKTÁSANA A postura da eliminação dos gases TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 24 – SIMHÁSANA A postura do leão TÉCNICA DE EXECUÇÃO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA CONTRA INDICAÇÕES EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 25 – PASCHIMOTTANÁSANA A POSTURA DO ALONGAMENTO POSTERIOR, DA PARTE LOMBAR . TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS CONTRA-INDICAÇÕES ÁSANAS NÚMEROS 26 E 27 – MATSYENDRÁSANA E ARDHA MATSYENDRÁSANA A TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 28 – VIRÁSANA A postura do herói TÉCNICA DE EXECUÇÃO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 29 – SUPTA VAJRÁSANA TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS CONTRA-INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 30 – YOGÁSANA Yoga Mudra, o gesto yoga, o gesto da união TÉCNICA DE EXECUÇÃO TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS EFEITOS SOBRE O PLANO SUTIL ÁSANA NÚMERO 31 – UTTHITA DHANURÁSANA Postura do arco em elevação TÉCNICA DE EXECUÇÃO DE QUATRO, COM OS COTOVELOS APOIADOS NO CHÃO, COLOQUE O ANTEBRAÇO ESQUERDO DEBAIXO DO OMBRO COMO NA FIGURA. COM A MÃO DIREITA SE SEGURA O PÉ ESQUERDO. O PESO DO CORPO DEVE DISTRIBUIR-SE UNIFORMEMENTE SOBRE O ANTEBRAÇO ESQUERDO E A PERNA DIREITA. O BRAÇO E A COXA QUE SUSTENTAM O CORPO DEVEM ESTAR PERPENDICULARES AO SOLO PARA EVITAR UM ESFORÇO EXCESSIVO. O PESO DEVE SER CONCENTRADO NO COTOVELO E NÃO NO ANTEBRAÇO QUE DEVE FICAR LIVRE PARA SE MOVER. EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 32 – BHEKÁSANA A postura da rã TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 33 – SALABBÁSANA A postura do gafanhoto A TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO NOS CONCENTRAMOS NOS FLUXOS DE ENERGIAS CÓSMICAS CAPTADOS PELOS PÉS E QUE SE ACUMULAM NO CHAKRA SWADHISTANA. NOTAMOS A VITALIDADE CONQUISTADA, A PURIFICAÇÃO DAS PERNAS E A MAIOR CAPACIDADE DE SUBLIMAÇÃO DAS ENERGIAS SEXUAIS. EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 34 – YONI ÁSANA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 35 - UTTANAPADÁSANA A postura das pernas levantadas TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 36 – HALÁSANA A postura do arado TÉCNICA DE EXECUÇÃO A DURAÇÃO A CONCENTRAÇÃO ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS EFEITOS BENÉFICOS CONTRA-INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 37 – KARNAPIDÁSANA A postura da pressão auricular TÉCNICA DE EXECUÇÃO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS CONTRA-INDICAÇÕES / PRECAUÇÕES DIARRÉIA ÁSANA NÚMERO 38 – CHAKRÁSANA A postura da roda TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO A DURAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 39 – DHANURÁSANA A postura do arco TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 40 – BRAHMACHARYÁSANA A postura do celibatário TÉCNICA DE EXECUÇÃO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 41 – USTRÁSANA A postura do camelo TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 42 – SARVANGÁSANA A postura do corpo inteiro TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO CONTRA POSTURAS POSTURA VARIANTE EFEITOS BENÉFICOS CONTRA-INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 43 – SETU BANDHÁSANA A postura da ponte TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 44 – VAJRÁSANA A postura do diamante A TÉCNICA DE EXECUÇÃO A CONCENTRAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 45 - GOMUKHÁSANA A postura do focinho da vaca TÉCNICA DE EXECUÇÃO EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 46 – ARDHA SHIRSHÁSANA A postura do golfinho negligenciado TÉCNICA DE EXECUÇÃO A TOMADA DE CONSCIÊNCIA ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS EFEITOS BENÉFICOS CONTRA INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 47 – SHIRSHÁSANA A postura sobre a cabeça TÉCNICA DE EXECUÇÃO PRECAUÇÕES PENSE NISSO: A TOMADA DE CONSCIÊNCIA EFEITOS BENÉFICOS CONTRA-INDICAÇÕES ÁSANA NÚMERO 48 – PADMÁSANA A Postura do Lótus EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS PARA A EXECUÇÃO DE PADMÁSANA A TÉCNICA DE EXECUÇÃO PARTE ESQUERDA PASSO A PASSO EFEITOS BENÉFICOS EFEITOS BENÉFICOS NO PLANO FÍSICO ÁSANA NÚMERO 49 - MATSYÁSANA Postura do peixe TÉCNICA DE EXECUÇÃO PONTOS IMPORTANTES PARA SE LEMBRAR: EFEITOS BENÉFICOS ÁSANA NÚMERO 50 – VRSHIKÁSANA A postura do escorpião TÉCNICA DE EXECUÇÃO POSSÍVEIS ERROS A DURAÇÃO DA EXECUÇÃO A RESPIRAÇÃO A CONCENTRAÇÃO EFEITOS BENÉFICOS PRECAUÇÕES. Introdução As ásanas se tornaram sinônimo de Hatha yoga, embora esta ciência seja muito mais ampla e abrangente. No mundo ocidental a Hatha Yoga está perdendo sua essência e se tornando uma mera seqüência de malabarismos objetivando simplesmente obter uma boa forma física. Muitos recusam a integralidade da hatha yoga, seja por ignorância, preconceitos, superstições ou simplesmente porque têm medo. Estão tão acostumados com os grilhões da mídia, das grandes indústrias farmacêuticas, das grande corporações que a liberdade lhes assusta. Não saberiam como se comportar se fossem repentinamente liberados. Preferem então servirem de caixa de ressonância para as mentiras e enganos que ouvem invés de proclamarem a verdade que está adormentada no profundo de seus corações. Assim o mundo continua sendo um lugar difícil de se viver. Osseres humanos muitas vezes não são considerados como indivíduos mas são simples números, consumadores. O escopo de quase todas as grandes empresas, é o lucro em si. Elas controlam os governos por meio de financiamentos aos partidos, detêm a grande mídia, influenciam as mentes e os corações das pessoas comuns com o objetivo não só de vender e acumular riquezas mas principalmente manter o poder e o status quo. Conseqüentemente somos induzidos a não pensar, a delegar as decisões importantes relativas às nossas vidas a quem quer apenas nos desfrutar. A yoga é o contrário disto. A yoga é ativa, responsável, dinâmica, é autêntica. Infelizmente porém, sempre menos gente adere à verdadeira yoga. Preferem a ilusão de praticar algo que se auto proclama Yoga mas contradiz os mesmos princípios que deveria adotar, ensinar e defender. As escolas e academias que ensinam yoga atualmente, no mundo ocidental, procuram se destacar umas das outras investindo em uma imagem sempre inovadora, eficaz, dinâmica e com isso alimentam o ego dos praticantes com afirmações tendenciosas, acirram a competição entre os alunos e entre elas mesmas, criam separação, promovem a ilusão, reverenciam as aparências. Inventaram algo que se assemelha à yoga mas se adapta perfeitamente a um estilo de vida hipócrita, vazio, incompleto, sem um verdadeiro sentido. Fingem esquecerem-se que somos uma alma dentro de um corpo e não simplesmente um invólucro de carne e ossos. O objetivo da yoga é a iluminação, a união do nosso ser insignificante com o Ser Supremo, Divino, Infinito. Para isso temos que eliminar o ego. É o ego que nos mantêm ancorados na ilusão, no engano, na corrente das reencarnações. É o ego que gera os desejos que depois precisam ser realizados, nos obrigando a renascer infinitamente nesta terra. O célebre tratado Gheranda Samhita afirma que a Hatha Yoga é a ciência que forma o primeiro degrau da escada que leva ás alturas supremas da Raja Yoga. Com esta afirmação fica claro que a prática das ásanas como mero exercício físico é um desperdício de um capital excepcionalmente valoroso assim como uma colossal perda de tempo. É verdade que o treinamento do corpo é o primeiro passo para o treinamento do espírito. Uma mente sadia pode existir apenas em um corpo são. Assim, o treinamento do corpo é o primeiro passo para o treinamento da mente, ou Raja Yoga. Hatha pode ser traduzida como dura por sua dureza mas Raja, neste contexto, pode ser traduzida como real, ou maciez, ou ainda treinamento na graça real ou disciplina mental. Logo a Hatha Yoga é um braço da Raja Yoga, aliás como afirmava já Patânjali em seus Yoga Sutras. O célebre yogue Svatmarama em seu clássico tratado Hatha Yoga Pradipika afirma que Hatha é o santuário daqueles que sofrem todo tipo de dor. É o fundamento para quem pratica qualquer tipo de yoga. Segundo ele, a ciência da Hatha Yoga deveria permanecer ultra secreta pelo yogue que deseja ter sucesso. Ela é potente quando escondida e impotente quando revelada. Esta deve ser a atitude de quem quiser ter sucesso no caminho da yoga. O praticante deve manter para si os tesouros descobertos através de seu sådhana e externá-los apenas quando os mesmos representarem um benefício para o próximo ou para si mesmo. O verdadeiro yogue nunca deve se vantar de seus poderes paranormais ou de suas capacidades de interpretação da real natureza do Universo, muito menos de suas capacidades de contorcer-se em uma academia ou “faculdade”de yoga. A via da hatha yoga, embora seja um caminho aberto a todos, é um percurso estreito, freqüentemente ignorado pela maioria dos seres humanos que prefere viver na ilusão de maya. Por isso, compartilhar nossos resultados com o público em geral é o mesmo que dar pérolas aos porcos. Eu todavia creio que quem encontra ressonância com este livro, está embocando a mesma estrada que eu emboquei alguns anos atrás quando ainda estava apalpando nas trevas da ignorância. Por isso ponho á disposição este estudo sobre os efeitos espirituais e físicos de 50 ásanas que podem ser praticadas por qualquer um que tenha por objetivo purificar seu corpo e se preparar para a meditação. A Hatha Yoga tornou-se, no bem e no mal, sinônimo de ásana (posturas). Arranhe a superfície e você pode conhecer o texto Yoga Sutras de Patânjali e encontrar “Ásana” como o terceiro dos oito membros da yoga, o que certamente parece encolher sua importância. Escave mais fundo e você vai se deparar com o fato de que ásana para Patânjali significava "assento" ou "postura de meditação '. As perguntas surgem naturalmente. De onde vêm estas ásanas? Quando ásana deixou de significar assento e passou a significar postura? Quais eram as posturas originais? Acontece que a Yoga não foi sempre o movimento que cultua o corpo como é hoje. Os primeiros yogues pensavam que a vida no corpo físico era cheia de sofrimentos e o objetivo deles era fugir dela. O Maitrayaniya Upanishad do segundo ou terceiro século A.C. diz o seguinte: "Venerável, neste corpo mal-cheiroso, inconsistente, que nada mais é que um conglomerado de ossos, pele, tendões, músculos, medula, carne, sêmen, sangue, muco, lágrimas, reumatismos, fezes, urina, vento, bile, e catarro, para que serve a realização dos desejos? Neste corpo afligido pelo desejo, raiva, ganância, ilusão, medo, desespero, inveja, separação do desejável, a união com o indesejável, fome, sede, senilidade, morte, doença, tristeza e afins, qual é o sentido da realização dos desejos? " Todos esses yogues habitavam nas florestas e desde antes da época do Buda, no século VI A.C., até bem depois de Patânjali no século II, queriam apenas parar a roda do renascimento para superar a reencarnação física. Foi quando surgiu o Tantra, por volta do quarto ou sexto século, que a visão não-dualista se afirmou, segundo a qual, se há somente Espírito, então toda a criação, incluindo o corpo humano, é uma manifestação do Espírito e, portanto, sagrado. Assim, no Tantra, como Georg Feuerstein tão deliciosamente explica: "Em vez de considerar o corpo como um tubo de carne condenado a ser vítima de doenças e morte, eles o viram como a habitação do Divino e como o caldeirão para realizar a perfeição espiritual." O palco estava montado, mas foi o movimento Siddha (aperfeiçoado) que se formou no Tantra, que aglomerou os elementos para a formação da Hatha Yoga. Em sua busca por poderes sobrenaturais e do corpo de diamante, os yogues Siddha desenvolveram as posturas (ásanas), os exercícios respiratórios (pranayamas), os selos de energia (mudras) e as técnicas de purificação (kriyas) da Hatha Yoga. Tradicionalmente, acredita-se que a Hatha Yoga tenha se originado com Matsyendra Natha e Goraksha Natha no nono ou décimo séculos. Inicialmente foi mantida em segredo. Quando os textos foram finalmente escritos sobre a Hatha Yoga muitos séculos após a sua criação, os leitores foram aconselhados a continuar mantendo segredo. A humanidade ainda não estava pronta para a verdade revelada pela Hatha Yoga. Três destes textos são considerados primários: o Hatha Yoga Pradipika (séc. XV), Shiva Samhita (Séc. XVII ou XVIII) e Gheranda Samhita (Séc. XVII). Ásana passou a significar postura na Hatha Yoga em algum momento do século IX ou X, mas as descrições escritas mais antigas que existem são esses textos. O Hatha Yoga Pradipika começa com um capítulo chamado Ásana. Ele explica; "Sendo o primeiro acessório da Hatha Yoga, ásana é descrita primeiramente. Ela deve ser praticada para a obtenção de uma postura firme, saúde e leveza do corpo ". Em seguida, ele nomeia 15 posturas. As primeiras 11 são: 1. Svastikásana (postura auspiciosa), 2. Gomukhásana (postura do focinho da vaca), 3. Virásana (postura do herói), 4. Kurmásana (postura da tartaruga), 5. Kukkutásana (postura do galo), 6. Uttana karmásana (intensa postura da tartaruga), 7. Dhanurásana (postura do arco), 8. Matsyásana (postura do peixe), 9. Paschimottanásana(postura do alongamento da coluna), 10. Mayurasana (postura do pavão), 11. Savásana (postura do cadáver). Surpreendentemente, nenhuma delas é de pé. Nenhuma. Não existe a postura do Guerreiro nem do bailarino. Além disso, não há nenhum cão para cima ou para baixo. Não tem nem Postura sobre os ombros ou pino. Depois de listar esses onze posturas, o texto diz; "Shiva ensinou 84 ásanas. Destas, as quatro primeiras são essenciais. " Em seguida, descreve quatro posturas sentadas: Siddhásana (postura perfeita), Padmásana (postura de lótus), Simhásana (postura do leão), e Bhadrásana (postura da sorte). A confusão entre os nomes das posturas começou desde o início. Depois de descrever Siddhásana, que os siddhas naturalmente consideram sendo a mais importante e única postura realmente necessária, o texto diz: "Alguns a chamam Siddhásana, alguns Vajásana. Outros ainda chamam-lhe Muktásana ou Guptásana ". Tradicionalmente uma postura é chamada por vários nomes diferentes, dependendo da escola que a pratica. O Shiva Samhita tem menos a dizer, mas é um texto importante e não deve ser deixado de fora. O terceiro capítulo, intitulado Práticas, versículos 90 e 91 mostra que o desprezo pelo corpo demorou a ser superado. "Este templo de sofrimento e prazer, feito de carne, ossos, nervos, medula, sangue e cruzado pelos vasos sanguíneos etc., é só causa do sofrimento da dor." "Este corpo, a morada de Brahma, composto por elementos finos e conhecido como Brahmanda (o ovo de Brahma ou microcosmo) foi feito para o gozo do prazer ou sofrimento da dor." O Shiva Samhita lista quatro posturas: Siddhásana, Padmásana, Ugrásana, e Svastikásana. Três delas estão no Hatha Yoga Pradipika, exceto Ugrásana, que traduz como postura formidável. Ela tem sido interpretada como uma grande dobra angular para a frente, mas aqui está sua descrição; "Estenda ambas as pernas e mantenha-as separadas; Segure firmemente a cabeça com as mãos, e coloque-a sobre os joelhos. " O Gheranda Samhita é o mais enciclopédico dos três textos clássicos. Sobre as ásanas, ele tem a dizer; "Há 8.400.000 de Ásanas descritos por Shiva. As posturas são tantas em número quanto o número de espécies de seres vivos deste universo. Entre elas 84 são os melhores e entre estas 84, 32 são úteis para a humanidade neste mundo. " São elas: Siddhasana (postura perfeita) Padmásana (postura do lótus) Bhadrásana (postura do bem estar Muktásana (postura de liberação) Vajrásana (postura do diamante) Svastikásana (postura da prosperidade) Simhásana (postura do leão) Gomukhásana (postura da cabeça de vaca) Virásana (postura do herói) Dhanurásana (postura do arco) Shavásana (postura do cadáver) Matsyásana (postura do peixe) Guptásana / Karnapindásana (postura oculta) Matsyendrásana (postura de matsyendra) Paschmottanásana (postura da pinça / extensão do dorso) Gorakshásana (postura de goraksha) Utkatásana (postura da cadeira) Sankatásana (postura perigosa / do perigo) Mayurásana (postura do pavão) kukutásana (postura do galo) Kurmásana (postura da tartaruga) Uttana Kurmásana (postura da tartaruga em extensão) Mandukásana (postura da rã / sapo) Uttana Mandukásana (postura da rã / do sapo em extensão) Vrkshásana (postura da árvore, conhecida como postura do escorpião) Garudásana (Postura da águia) Salabhásana (postura do gafanhoto) Makarásana (postura do crocodilo) Ustrásana (postura do camelo) Bhujangásana (postura da cobra) Yogásana (postura da yoga). Eu escolhi algumas entre estas clássicas e acrescentei outras que podem ser úteis para o homem moderno, Elas são descritas em ordem de execução considerando um normal programa de ásanas, com foco em seus efeitos energéticos. Todos sabemos que a matéria nada mais é do que uma manifestação de energias. A manipulação destas energias é uma arte muito antiga e vem sendo dominada, mantida e transmitida de geração em geração por milênios. A manipulação das energias é a base da magia. A yoga, assim como o Qi-Gong, a Kabalah, o Hermetismo, O Tai Chi Chuan, o Reiki são apenas algumas entre as várias disciplinas que aplicam a ciência da manipulação das energias. É importante notar que todos os dias a física quântica faz passos gigantescos no sentido de comprovar cientificamente o que vem sendo afirmado por sábios, yogues e exotéricos por vários milênios. Sob esta ótica, a relação energética entre as àsanas, suas combinações e seqüências e a energia produzida por este fenômeno, fica evidente. O deslocamento de energias, com suas conseqüentes transformações, provocado pelas mudanças de posições de nosso corpo mudam a nossa realidade no universo. Sejam estas posições ásanas ou mudras, elas têm o poder de transformar nossa consciência, que é em última análise, a única realidade existente. Mudando nossos pensamentos e crenças mudamos também nossa atitude e com esta força podemos mudar totalmente aquilo que chamamos realidade. Este é um fenômeno que existe independentemente da nossa vontade. Praticar as ásanas sem ter consciência de seu poder energético não muda esta realidade, simplesmente coloca o praticante na condição de se submeter aos efeitos dessas energias sem conhecê-las nem saber como administrar seus efeitos sobre si mesmo. Obviamente a falta de compreensão do poder das ásanas limita seus efeitos enquanto seu potencial não pode ser canalizado e potenciado. É isto que eu chamo um desperdício. Todavia, um dos riscos que se corre praticando ásanas sem saber o que realmente se está fazendo é o de criar acidentalmente uma condição fortemente danosa para si mesmo. O objetivo deste estudo é indicar um percurso viável e de fácil execução, utilizando as principais ásanas para desenvolver diversos poderes latentes no indivíduo, curar várias doenças, harmonizar o ser com o seu ambiente e aperfeiçoar sua personalidade. Cada praticante pode escolher as ásanas, baseando-se em suas necessidades naquele específico momento de sua vida, para estabelecer sua rotina. Eu elaborei este sistema de ásanas para garantir resultados satisfatórios já na primeira sessão, partindo de alguns pressupostos pré estabelecidos. Os pressupostos são bastante conhecidos pelos yogues. Se começa com o aquecimento, em seguida se executa uma ou mais posturas em pé, se realiza algumas sentadas e se termina com uma ou mais posturas invertidas. No final se relaxa na postura do cadáver antes de sentar-se em uma posição de meditação e praticar os pranayamas e a meditação. O critério deve ser sempre o mesmo, independentemente se a primeira ásana que se executa seja em pés ou sentado, o importante é não inverter a ordem. É importante que você saiba inicialmente onde quer chegar e escolha a série de ásanas que mais te convém. À medida que for progredindo, você pode ir ajustando a rotina, eliminando algumas e acrescentando outras, sempre mantendo a ordem de execução. Tenha sempre em mente as indicações dos grandes sábios yogues e dos textos clássicos: seja moderado e equilibrada, não tenha pressa. Ainda que você não note, uma vez que você desencadeia uma série de progressos no seu subconsciente, eles não param mais. Indique a si mesmo a direção, confie em Deus e siga a correnteza, tomando cuidado com as ciladas do percurso, que são muitas. Siga sua luz interior, sua intuição, livre-se do ego, da arrogância da pretensão e busque sempre a verdade. Ela aparecerá onde você menos espera. Ásana Número 1 – Dandásana A Postura do Esteio Dandásana, é a base para todas as posturas sentadas de yoga. Embora seja mais usada como postura para a tomada de consciência, descanso ou como postura preparatória, Dandásana oferece benefícios reais para o corpo e a mente. Quando realizada corretamente, Dandásana fortalece todos os principais músculos do núcleo, melhora a postura e aumenta a resistência. Esta é uma daquelas posturas que parecem simples à primeira vista, mas que pode realmente te conquistar. Nós utilizamos essa postura diariamenteentre uma ásana e outra. Técnica de execução Estenda um tapetinho e se sente sobre ele, ou escolha um lugar no chão. Estenda as pernas para fora na frente de seu corpo com suas coxas apoiadas no chão. Se for difícil manter sua coluna reta verticalmente, tente sentar com as costas contra uma parede. O sacro e as omoplatas devem tocar a parede, mas não a parte inferior das costas ou de trás da cabeça. Se sua cabeça estiver tocando a parede, você está se curvando. Use as mãos para puxar suas nádegas para trás para ficar mais diretamente sobre elas. Para fazer essa postura mais confortável, você pode dobrar um cobertor e sentar-se sobre ele. Descanse os braços ao lado do corpo com as palmas das mãos no chão. Aqueça os músculos das pernas, pressionando os calcanhares no chão, mas evite bloquear seus joelhos. Firme as coxas e vire- as suavemente em direção uma da outra, mantendo os pés flexionados. Gradualmente levante o peito e solte as omoplatas para baixo. Inspire lentamente ao longo de todo este processo e mantenha o queixo levemente abaixado. Imagine a sua espinha como um esteio nesta pose, firmemente enraizada na terra. Não flexione seus músculos abdominais, mas faça um esforço consciente para fixar suas coxas no solo. Mantenha essa posição por um minuto ou dois. Efeitos benéficos Ajuda a melhorar a postura Fortalece os músculos das costas Alonga e estica a espinha Pode ajudar a aliviar as complicações relacionadas aos órgãos reprodutivos Estica ombros e peito Aumenta a resistência do seu corpo contra lesões na coluna e no quadril Ajuda a acalmar a mente Melhora a funcionalidade dos órgãos digestivos Cria consciência corporal, ajuda a tomada de consciência dos estados interiores do ser de maneira geral, englobando os efeitos físicos, mentais, psicológicos e espirituais de todas as ásanas executadas sentado no chão. Ajuda a melhorar o alinhamento do corpo Fornece um estiramento leve para o grupo muscular isquiotibiais. Ásana Número 2 – Savásana A Postura do Cadáver Embora pareça fácil, Savásana, a postura do cadáver, pode ser considerada a mais difícil das ásanas. Na verdade, muitos estudantes de yoga que podem facilmente se equilibrar, dobrar e torcer, têm dificuldades para permanecer na postura de relaxamento no chão. A razão é que a arte de relaxamento é mais difícil do que parece. Isso não acontece por comando. Você não pode simplesmente dizer, "OK, eu vou relaxar, agora!" É por isso que Savásana é um presente tão precioso. A postura estabelece as condições que lhe permitem entrar gradualmente em um estado verdadeiramente relaxado, profundamente refrescante e também pode servir como um ponto de partida para a meditação. No início, Savásana pode ser difícil, você pode se deitar na posição e continuar se sentindo tenso, olhando para o teto. Ou pode cair no sono no momento em que se deitar. A essência de Savásana é relaxar com atenção, isto é, manter-se consciente e alerto mesmo estando à vontade. Permanecer consciente, enquanto se relaxa pode ajudá-lo notar e liberar tensões mantidas por muito tempo em seu corpo e mente. Savásana é a prática de relaxar gradualmente uma parte do corpo de cada vez, um músculo de cada vez, e um pensamento de cada vez. Praticada diariamente, esta postura condiciona o corpo a liberar o estresse e pode melhorar o seu senso de bem-estar físico e emocional. Mas quando você permite rigidez e tensão acumularem-se em seu corpo, relaxar, mesmo quando você se deite pode ser impossível. Por isso é importante a prática de outras ásanas dinamizantes antes de tentar Savásana porque elas esticam, abrem e liberam as tensões nos músculos. Também ajudam a relaxar o diafragma, de modo que a respiração se mova livremente. Trabalhar com adereços para apoiar uma parte do corpo de cada vez pode ajudá-lo a relaxar conscientemente e refinar sua prática de Savásana. Elevar as panturrilhas em um suporte relaxa as pernas, que podem se cansar com a prática de yoga, com exercícios físicos, por ficar em pé longas horas, ou até mesmo por ficar sentado muito tempo. Essa variação também melhora a circulação e alivia a tensão nos músculos das costas, o que lhe permite descansar mais profundamente em Savásana. Elevar a parte de trás e apoiar a cabeça, ajuda a abrir seu peito, soltar os ombros, e aumentar o fluxo natural da respiração. Se sua energia estiver baixa, se seu humor estiver ruim ou se você acumular muita tensão na parte superior das costas e ombros, esta variação será excelente para você. Observe a respiração durante a prática. Fique alguns minutos observando a respiração. Você vai notar que seu cérebro se calma e seus pensamentos se abrandam, permitindo que a sua mente se torne clara e focada. Na versão completa da postura, você descansa seu corpo inteiro no chão. Estenda os braços e as pernas ao lado do tronco de forma uniforme e simetricamente. Sonde mentalmente o corpo da cabeça aos pés, liberando gradualmente cada parte do corpo e cada grupo muscular; tome tempo para observar todos os lugares onde o corpo faz contato com o chão. A cada expiração, imagine cada membro ficando um pouco mais pesado e espalhando-se um pouco mais. Se você se sentir desconfortável em qualquer parte do seu corpo, você pode precisar de mais apoio. Use adereços para aliviar qualquer pressão e liberar a tensão para que você possa se relaxar completamente. Deitar-se no chão é uma experiência incomum e pode parecer estranho no começo, seja paciente com você mesmo. Com o tempo, você vai aproveitar mais. Mesmo que queira se mover, tente ficar quieto por alguns minutos, até que se torne mais fácil. Gradualmente você vai notar um sentimento de completa imobilidade se acendendo dentro de você. Sua respiração se torna tranqüila e quase invisível. Ao sair de Savásana, primeiro faça algumas respirações profundas. Dê a si mesmo alguns momentos para recuperar a consciência física de seus braços e pernas, e então lentamente mova seu corpo com atenção, suavemente. A prática regular de Savásana irá treiná-lo na arte do relaxamento, uma qualidade essencial para a meditação e uma verdadeira experiência de yoga. Liberando seu corpo físico, você descobre outra parte de si mesmo que é leve e livre. Técnica de execução Deite-se de costas com os joelhos dobrados. Mantenha sua cabeça centrada, não permitindo que ela entorte para os lados. Estenda os braços paralelamente ao corpo. Se usar um cobertor sob sua cabeça ou algo sobre seus olhos, prepare-os antes de ajustar os braços. Levante e abaixe as pernas esticando a região lombar e procurando aproximá- la o máximo possível ao solo. Alongue as pernas e respire profundamente. Feche os olhos e relaxe os músculos faciais, começando com a testa e pálpebras. Respire suavemente para dentro e para fora buscando movimentar os músculos abdominais para baixo e para cima. Relaxe nas bochechas, os lábios e a língua. Relaxe a garganta e o pescoço. Continue prestando atenção em cada parte do corpo e conscientemente relaxe cada parte, começando com a cabeça e sondando todo o caminho para baixo até os pés. Quando o corpo físico se repousa, a respiração naturalmente o leva para dentro na direção da essência de si mesmo. Descanse, sentindo seu coração iluminado. Efeitos benéficos Estamos habituados a usar os músculos e o cérebro para alcançar nossos objetivos, porém em Savásana, devemos abandonar nossa capacidade de agir para que os benefícios desta ásana se produzam. É preciso abandonar a idéia de que tudo que é importante acontece quando estamos em movimento. Uma parte mais profunda do nosso ser espera por aqueles momentos em que estamos completamente relaxados para revelar a sua verdade. Sentimentos de conexão, clareza, onisciência, amor e alegria podem surgir a partir deste estado de facilidade e relaxamento, dando uma pequena prova do bem estar que a meditação proporciona. Praticar Savásana antes de dormir pode promover um sono profundoe de qualidade. Posicione-se na cama usando os mesmos pontos de alinhamento e suporte que você usa para Savásana em seu tapete. Fique alguns minutos na postura relaxando a mente. Ásana Número 3 – Prarthanásana A postura da iluminação Em sânscrito, Prárthana significa oração, veneração mas esta sana é chamada da iluminação porque este nome exprime melhor seu valor espiritual. Alguns textos afirmam que Budha obteve a iluminação praticando constantemente esta ásana. A sua execução é bastante simples e o praticante deve apenas prestar atenção em manter os polegares virados na direção do peito enquanto se concentra na polarização das energias positivas e negativas em seu ser, procurando transcendê-las. Em seguida se deve concentrar intensamente, até se identificar com o Si Supremo (ATMAN), que inicialmente se reflete como em um espelho na região de Anahata e sobe para o chakra do olho espiritual, Ajna criando um estado beatífico. Alguns a praticam sentados, outros ao contrário colocando as palmas das mãos uma contra a outra nas costas mas esta última variante tem o efeito principal de alargar as escápulas, nada tem a ver com o fluxo energético que sobe dos dedos colocados na frente do chakra do coração, Anahata e sobem para o chakra do olho espiritual, Ajna. Técnica de execução Comece de pés, com a coluna alinhada à cabeça. Abaixe levemente o queixo para alongar melhor a parte alta da coluna. Posicione os pés paralelos um ao outro. Faça um profundo respiro e libere todas as tensões existentes no corpo. Posicione uma palma contra a contra em frente ao coração relaxando os cotovelos, alinhe de novo a coluna e inspire e expire lentamente. Sinta os pés contra o solo, os quadris e solte todos os músculos do corpo. Sinta seu respiro, seus batimentos cardíacos e ouça o silêncio. Observe seu ser, corpo e mente. Leve o olhar para uma região no meio da testa, entre as sobrancelhas, onde se encontra o olho espiritual, a porta com a qual nos comunicamos com Deus (Elevo meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra. Salmos 121:1,2). Este gesto de olhar para o olho espiritual é um Mudra, um gesto que em si mesmo tem poder. É chamado Shambhavi mudra. Não é possível se desligar das coisas terrenas sem a prática deste Mudra. Ele calma a mente diminui os pensamentos, nos ajuda atingir uma sensação de destaque. Efeitos benéficos A prática constante de Prarthanásana nos leva gradualmente á revelação do Si Supremo. Conforme afirma a tradição yógica secreta, esta ásana dinamiza um canal sutil secreto chamado Manohava Nadi facilitando a sublimação intensa do potencial sexual nos casos de abstinência e continência. Esta ásana tem também o poder de amplificar a força de concentração e desperta a intuição espiritual. Ásana Número 4 - Adho Mukha Svanásana A Postura do cachorro olhando para baixo Esta é uma excelente postura seja para iniciantes que para aqueles que precisam elastecer bastante a parte posterior do corpo. Boa também para quem precisa fortalecer os braços e alargar o peito, curar a cervical e acalmar a mente. Técnica de execução Ajoelhe no chão e comece sobre os quatro apoios. Firme os dedos dos pés e eleve os quadris para o alto, com os glúteos voltados para o teto. Os calcanhares devem estar para trás sem tocarem o chão. As plantas dos pés devem ficar paralelas entre si, afastadas na largura dos quadris. Deixe a cabeça solta para que o pescoço se alongue. Os ombros deverão estar rotacionados para fora e distantes das orelhas, com as escápulas separadas e para baixo, enquanto os cotovelos estarão rotacionados para dentro. Isto alarga o peito O cóccix aponta para o encontro entre a parede e o teto, atrás e acima, e não apenas em direção vertical. Assim, você evita comprimir as vértebras lombares, ou sobrecarregar e até mesmo machucar seus ombros. Pressione o chão com as juntas das mãos e os dois primeiros dedos (polegar e indicador) para aliviar a pressão nos punhos. Respire profundamente pelo menos três vezes nessa posição. Respirando nas costelas posteriores e laterais, ative o músculo serrátil, de maneira a recolher o umbigo em direção às vértebras dorsais. Mantenha a compressão da língua no alto do palato mole (khechari mudra) e coloque a atenção na garganta, no chakra Vishuddha, enquanto ouve o som da sua respiração sussurrante. Efeitos benéficos Abre a maior parte do corpo, alonga, fortalece, acalma o sistema nervoso, alivia o estresse e energiza. É uma postura que coloca a cabeça abaixo do nível do coração, por isso é considerada uma postura invertida, que produz hormônios de bem estar e relaxa. Combate a insônia, depressão, fadiga, dor nas costas e osteoporose. Aumenta a circulação sanguínea em todo o corpo. Alivia a tensão na cabeça e no pescoço. É também uma postura que trabalha a energia do corpo e oxigena bastante o cérebro, irrigando-o. Aumenta força a mobilidade de ombros e pernas, alonga sobretudo a parte posterior das pernas e da coluna vertebral, braços e costas. Adho Mukha Svanásana é muito indicada para quem tem os braços fracos e quer se preparar para realizar a postura do arco ao solo. Contra indicações Não é recomendada para quem tem problemas nos punhos, tornozelos ou ombros. Ásana Número 5 – Padahastásana Postura curvada Padahastásana, a postura curvada para frente com as mãos nos pés, é uma postura invertida, que fornece muitos benefícios físicos sendo que o principal deles é esticar toda a parte traseira do corpo desde a cabeça até os calcanhares com foco especial na região lombar. Técnica de execução Comece na posição da iluminação (Prarthanásana) na extremidade dianteira do seu tapete com as pernas juntas. Inspire e levante os braços esticados acima da cabeça com os braços tocando seus ouvidos. Expirando, abaixe lentamente para a frente esticando bem a região lombar e deixando cair a cabeça suavemente. Mantenha as costas retas o máximo possível. Mantenha as pernas retas com o peso do corpo sobre as plantas dos pés. Sinta os quadris se levantarem e o peso do tronco. Se possível, coloque as mãos por baixo dos dedos dos pés ou segure os hálux com as mãos. Se você não puder alcançar o chão, você pode deixar as mãos soltas na altura que elas chegarem Traga a cabeça para perto dos joelhos o quanto possível, com o pescoço relaxado. Para sair da postura dobre levemente os joelhos, solte as mãos, inspire profundamente e desenrole suavemente as costas até chegar de novo na postura em pé. Alargue os pés e deixe os braços paralelos ao corpo. Relaxe-se nesta posição sentindo os efeitos da postura A Concentração Enquanto executamos esta ásana nos concentramos sobre os fluxo de energias telúricas que sobem pelas pernas energizando Muladhara e depois descem pelos braços e saem pelas mãos, eliminando os fluidos perturbadores do equilíbrio vital. Quando retornamos à posição ereta nos conscientizamos da sensação de prazer, de ampla energização do nosso inteiro corpo. Efeitos benéficos Esta ásana fortalece os ombros, diminui a circunferência do abdômen, elimina os gases, tonifica os órgãos abdominais, aumenta a quantidade de sucos gástricos e estimula o fígado e o pâncreas. Harmoniza os discos vertebrais, elastece a coluna e aumenta a estatura do praticante. Eventuais diferenças no comprimento das pernas, devido a fraturas, podem ser corrigidas. Para obter um efeito melhor é aconselhável massagear a perna mais curta com óleo de girassol e um pouco de sal antes e depois da execução da ásana. No plano sutil, esta ásana elimina as energias tamásicas diminuindo o cansaço, eliminando a preguiça e a inércia. Ásana Número 6 – Talásana As pessoas não dão a devida importância ao modo correto de estar de pé. Alguns deixam todo o peso do corpo sobre um perna e ficam os pés virados para fora. Outros deixam o peso do corpo sobre os calcanhares ou sobre a parteexterna dos pés. É fácil notar isso observando a usura nas solas dos sapatos. Por causa deste modo errado de estar em pé e da conseqüente distribuição desarmônica do peso corpóreo, surgem diversas deformações que influenciam a flexibilidade da coluna. Mesmo quando estamos com as pernas abertas é melhor que os pés estejam alinhados e paralelos. Caso contrário as ancas se contraem, o abdômen se retrai artificialmente e o peito se protubera para a frente enquanto o corpo se projeta para trás, a coluna fica tensa e nos sentimos cansados, com a mente pesada. Estar corretamente em pé é particularmente importante e simples de aprender e os resultados não tardam a aparecer. Técnica de execução Em pé, com os pés paralelos, levemente distanciados se levanta os braços com as palmas das mãos viradas uma para a outra. Se aplica aswini mudra, a contração dos músculos anais pela inteira duração da ásana. Se respira normalmente concentrando-se nos fluxos energéticos que fluem nos braços, notando o calor que desce pelo braço direito e o frio que desce pelo braço esquerdo. A concentração Se toma consciência do acúmulo dessas energias no abdômen e no final da postura, com os braços paralelos ao corpo, se sente a energização das mãos, cujo poder curador pode ser direcionado a uma parte do corpo enquanto se mentaliza uma luz branco-azulada que sai das mãos e penetra nos pontos que precisam ser energizados. Efeitos benéficos Graças à execução constante desta ásana, o corpo se torna maravilhosamente proporcionado e ágil e o magnetismo curador das mãos é acentuado, alivia as dores da coluna Se praticada durante o período de crescimento, contribui notavelmente para o aumento da estatura. Gestantes podem praticar Talásana até o quinto dia anterior ao parto. Das 84 ásanas clássicas descritas por Shiva, segundo o clássico tratado Hatha Yoga Pradipika, apenas Talásana pode ser praticada por durante os nove meses de gestação. Talásana ajuda a gestante a conservar sua boa saúde e a ter um parto indolor. Ásana Número 7 – Katichakrásana Esta ásana aparentemente muito simples persegue o equilíbrio global dos vários planos das energias solar (HA, Yang) e lunar (HA, Yin). A prática constante desta ásana nos permite tomar consciência dos desequilíbrios ligados aos excesso de energias, sejam solares que lunares em todos os níveis do ser a partir do chakra Muladhara. O praticante deve insistir na parte em que se percebe menos energia ou mesmo bloqueios energéticos. Técnica de execução De pés, com os pés paralelos a uma distância de mais ou menos 40 cm, um do outro, se alonga primeiro o braço esquerdo por um certo período de tempo, se toma consciência dos efeitos da ásana e em seguida se executa da parte direita. É importante que os braços estejam nivelados e o corpo reto, o queixo levemente abaixado e a respiração deve ser lenta e profunda. Concentração Durante a execução nos concentramos no fluxo de energia que entra pela mão estendida e percorre todo o lado do corpo correspondente. Nas fases avançadas, com os olhos fechados podemos perceber as cores predominantes de nossa aura. Efeitos benéficos Esta ásana desenvolve e amplifica a intuição, a inteligência analítica e sintética, desenvolve o refinamento estético, a eficiência e a força de ação. Katichakrásana afina a cintura, fortalece o peito e a região lombar, aumenta a resistência das costelas e previne doenças respiratórias. Tonifica os ombros, o pescoço, os braços o abdômen e as coxas. Elimina a prisão de ventre. Ásana Número 8 - Garudásana A postura do falcão, ou postura da águia Esta é uma das 32 ásanas mencionadas no Gheranda Samhita. O célebre tratado tradicional de Hatha yoga, de fato considera Garudásana a vigésima sexta posição mais importante em todo o sistema Hatha Yoga, que em seu total tem 8.400.000 ásanas. Destas, 84 são as melhores e apenas 32 são úteis para o ser humano. Sempre segundo o Gheranda Samhita. Nos dias de hoje, nossas necessidades mudaram como conseqüência da mudança em nossos estilos de vida, de nossas alimentações e de nossas crenças. Por esta razão eu escolhi 50 entre as ásanas que considero possam melhorar nossa saúde, harmonizar o corpo com a mente e sobretudo nos purificar para meditar melhor e finalmente encontrar nossa paz definitiva e alegria sempre nova em Deus. Na iconografia oriental, o falcão é o veículo de Vishnu, o aspecto de Deus conservador do Universo. O falcão é famoso pelo seu olhar profundo, ágil e pela sua capacidade de focar. Garudásana é a postura do equilíbrio mental e permite dinamizar o chakra Ajna. Técnica de execução Dobre o joelho esquerdo, passe a perna direta sobre a coxa esquerda e deixe o pé direito em contato com a panturrilha esquerda. Sucessivamente dobre os cotovelos com os braços levantados, cruze os braços passando o esquerdo por cima do direito e com a mão direita aferre o polegar esquerdo. Esta postura é executada com os olhos abertos, o olhar em um estrabismo convergente, fixando um ponto diante de nós na altura do chakra Ajna. No final da execução de cada lado, volte para a posição da iluminação, respire profundamente e relaxe-se. Se toma consciência por um minuto e depois se executa do lado direito, mudando as posições dos braços. Um eventual desequilíbrio de um dos lados denota uma desarmonia na polaridade correspondente. Uma boa concentração assegura um equilíbrio perfeito. A coluna deve permanecer reta. A tomada de consciência No final da execução nos conscientizamos da dinamização do chakra Ajna e do estado global de equilíbrio. Efeitos benéficos Esta ásana fortalece os calcanhares, as panturrilhas, os joelhos e elimina tremores nos ombros e conserva a mobilidade das costas. Cura infecções urinarias e retais. No caso em que Garudásana não possa ser realizada, existe uma variante que se executa como segue: Em posição ereta, com os pés paralelos, se levanta a perna direita e se apóia o pé na perna esquerda. Se dobra os cotovelos e se aproxima as palmas das mãos uma da outra como em uma saudação. A conscientização neste caso é de uma beatitude na intuição do Si individual. Em seguida se executa do lado oposto. Ásana Número 9 – Trikonásana A Postura do Triângulo Nós ficamos sobre as pernas mas é surpreendente o quanto pensamos pouco à elas. É fácil esquecer seu poder e graça, especialmente se você tem joelhos fracos ou pés doloridos. Naqueles momentos em que você se sente desconectado da sua metade inferior, Trikonásana, a postura do triângulo, pode ajudar a trazê-lo de volta. Antes que você perceba, você estará amando esta postura elegante, poderosa. Trikonásana, como tantas ásanas, combina muitos elementos si. Ela aumenta a força e firmeza nas pernas e dos pés, expande magnificamente o tronco, os braços e as pernas alargadas ao máximo cultivam a Sama (regularidade) do corpo. Equilibrando o esforço entre seus braços, pernas e tronco, seu estado de espírito torna-se forte e constante. Como a mente atinge as margens do corpo, você transforma sua consciência interior, experimentando a verdadeira da yoga. Técnica de execução Se executa primeiro levantando a mão esquerda e em seguida a mão direita. Evitamos torcer o tronco e deixar cair a cabeça, a qual deve ficar alinhada ao pescoço. A palma da mão levantada deve ficar virada na direção da cabeça, para dentro. Nossa atenção fica focada em Manipura e no final da execução de cada lado, notamos a massagem que esta ásana faz nos órgãos abdominais internos. Erros a serem evitados: Expirar enquanto descemos com o braço para entra na postura; Dobrar os braços; Não abrir suficientemente ou dobrar as pernas; Deixar pender a cabeça. Praticá-la rapidamente Gestantes podem praticar Trikonásana até o quarto mês de gestação. Efeitos benéficos Alonga e fortalece as coxas, joelhos e calcanhares. Reduz a pressão arterial, diminui a gordura da cintura e das coxas,aumenta o equilíbrio e a concentração. Flexibiliza as articulações. Trikonásana estende e desenvolve notavelmente a musculatura da coluna vertebral. Os músculos intercostais, geralmente atrofiados por causa da respiração reduzida, são estimulados. Os músculos abdominais oblíquos e das ancas são alongados e toda a musculatura do abdômen é fortalecida, assim como os músculos da nuca que raramente são exercitados. Trikonásana restitui a mobilidade da inteira caixa torácica, fazendo com que os pulmões funcionem melhor, preparando o praticante para a prática dos pranayamas. Corrige escolioses, elimina as dores na coluna e do nervo ciático, fortalece os músculos dos glúteos, purifica a pele e elimina espinhas. Esta ásana favorece o desenvolvimento da estatura, faz que o corpo seja bem proporcionado, tonifica e elimina a rigidez dos músculos das pernas e ancas, corrige algumas deformações e permite o desenvolvimento equilibrado de ambas. Determina o correto funcionamento dos músculos das costas, aumenta o fluxo de sangue na região lombar, tonifica os órgãos abdominais, combate as constipações e harmoniza o inteiro corpo. Precauções Pessoas com pressão muito alta ou baixa, que têm sérios problemas na coluna ou gestantes (se tiverem alguma complicação) não devem praticar Trikonásana Ásana Número 10 – Ardha-Chandrásana A postura da meia lua A postura da meia lua pertence ao grupo das sanas com flexão para trás mas neste caso o peso do tronco é puxado para baixo pela força de gravidade, sem requerer um esforço muscular dos braços. Durante a flexão da coluna os glúteos são naturalmente empurrados para frente causando efeitos específicos na região lombar. Esta postura ajuda a flexibilizar a coluna vertebral para a execução de Chakrásana, a postura do arco. Técnica de execução O peso do corpo deve ser uniformemente distribuído para que o mesmo forme uma perfeita meia lua. A cabeça deve ficar em uma posição tal que conseguimos ver a ponta dos dedos. A flexão deve iniciar na região pélvica, evitando curvar somente a coluna, esticando gradualmente uma vértebra após a outra e procurando envolver o mínimo a região lombar. Devemos manter o peso equilibrado sobre as plantas dos pés e respirar normalmente. No final nos relaxamos na postura da iluminação. Tomada de consciência Nos conscientizamos da energia cósmica que entra pelos braços e se acumula em Svadhistana onde amplifica o controle do nosso potencial erótico. Percebemos o relaxamento do plexo sacral que terá como efeito a eliminação das tensões, dos complexos, das inibições sexuais e a amplificação da imaginação criativa controlada pela vontade. Efeitos benéficos Equilibra a inteira coluna vertebral eliminando curvaturas exageradas que criam repercussões em vários níveis do ser impedindo a boa meditação, fortalece o abdômen e ajuda as mulheres a terem um parto leve, normal, espontâneo e sem dores. Ásana Número 11 - Utkatásana O nome Utkatásana vem do sânscrito utkata , que significa "feroz, orgulhoso, alto, altivo, superior, imenso, grande, difícil". Faça sua idéia. Esta postura é muitas vezes chamada de "Postura da cadeira " porque parece que você está sentado em uma cadeira invisível. Mas isso não é uma cadeira, é mais como um trono. Ela é descrita no Gheranda Samhita no modo em que descrita a baixo, embora muitas escolas a pratiquem como se a pessoa estivesse fazendo o gesto de se sentar, ficando meio no ar entre a posição sentada de pé. É bastante normal que uma ásana mude seu nome, mesmo o clássico tratado Hatha Yoga Pradipika faz menção á mudança de nome daquela que ele considera a única postura necessária para atingir a iluminação, Siddásana, que alguns chamam Vajrásana, outros Muktásana ou Guptásana. Uktásana é também chamada Postura Feroz, Postura Perigosa, Postura do Relâmpago, Postura selvagem ou Postura Estranha. É executada com os olhos abertos em um estrabismo convergente que leva o olhar ao olho espiritual. A conscientização é focada nas energias telúricas que sobem pelas pernas e se acumulam em Muladhara. Técnica de execução Comece na postura da oração. Os pés devem estar paralelos, na mesma largura dos quadris. Inspire levantando os calcanhares do chão. Continue levantando os calcanhares até que seu corpo fique equilibrado apenas nas pontas dos pés. Expire e abaixe lentamente seu corpo. Mantenha a cabeça e o tronco eretos. Descanse as coxas nas respectivas pernas. Apóie os quadris sobre os calcanhares prestando atenção para não abaixá-los. Coloque as palmas das mãos levemente no rosto, apoiando os cotovelos nos joelhos. Para sair, alongue e levante os braços, inspire, abaixe os calcanhares e volte para a posição de pé e relaxe-se. Descanse e relaxe-se na postura da iluminação. Efeitos benéficos Reforça os calcanhares, elastece e modela as plantas dos pés, tonifica e fortalece os dedos, o joelhos, elimina dores nas pernas e nas articulações inferiores do corpo. Fortalece a região dos glúteos, melhora a irrigação dos órgãos sexuais, regenera o sistema uro-genital aumentando a virilidade nos homens e o dinamismo, diminui as cólicas menstruais e regulariza os ciclo nas mulheres. Elimina a prisão de ventre e favorece o funcionamento do coração. Aumenta o equilíbrio, dinamiza o cerebelo, melhora os reflexos e a coordenação dos movimentos, transmuta o esperma e as secreções vaginais em fluidos sutis criadores que sobem para as regiões superiores do indivíduo amplificando a força mental e facilitando a continência sexual naqueles que optarem por esta via espiritual. Ásana Número 12 – Malásana A Postura da Guirlanda Pé no chão. A Yoga ensina que cada postura tem uma qualidade energética. Por exemplo, algumas poses são edificantes e estimulantes, enquanto outras são calmantes e estabilizadoras. Malásana tem uma qualidade fundamental que estimula as energias apana vayu de baixo e as faz fluir para cima. Esta é uma boa postura para praticar sempre que você precisar de calma. Nas ruas da Índia e da Indonésia, é comum muitas pessoas cozinharem nas ruas, lerem ou esperar os ônibus agachadas. Esta tradição tem benefícios incríveis. A posição de cócoras é uma das maneiras mais eficazes para tonificar toda a parte inferior do corpo. Trabalha os músculos quadríceps, isquiotibiais, glúteos e panturrilha das pernas e fortalece a região lombar e do núcleo. Na vida quotidiana, na cultura ocidental, no entanto, raramente vemos alguém em um agachamento completo fora das academias. Quando nós ocidentais começamos a viver mais tempo sentados em carros, em mesas, em frente à televisão, nós começamos a perder a elasticidade e a força nas pernas, a flexibilidade das panturrilhas, dos tornozelos e dos quadris exteriores. Os músculos do abdômen e parte inferior das costas também sofreram quando começamos a ficar sentados em cadeiras, porque os encostos nos permitem afrouxar o corpo e negligenciar nossos músculos do núcleo. Todavia a Yoga pode ajudar a restaurar o que perdemos. Malásana ou A Postura da Guirlanda, é o agachamento de um yogue. Nela você utiliza a gama completa de movimentos das pernas dobrando os joelhos totalmente até que a pelve se descanse na parte de trás dos calcanhares. Praticando a postura preparatória e em seguida a postura completa irá ajudá- lo a recuperar este movimento primário e essencial além de tonificar e fortalecer as pernas. As cócoras também ajudam a digestão, como a pelve desce, ela incentiva a energia a fluir para baixo, o que ajuda o corpo eliminar os desperdícios e limpar a mente. Muitos de nós experimentamos uma versão menos intensa da Malásana na aula de Yoga, em que os nossos pés ficam alinhados entre si na largura dos quadris e a coluna vertebral se estende para cima. O desafio da Malásana na sua expressão mais completa é que você tem que abaixar o tronco para a frente. A postura variante pode te pode ajudar a executar a posturacompleta. Praticar primeiro um agachamento modificado com os pés juntos, vai ajudar a aumentar a amplitude de movimento nos joelhos, quadris, tornozelos e panturrilhas além de construir a estabilidade que você precisa para inclinar para a frente. A segunda variante é uma variação de Janushirshásana, irá ajudá-lo a encontrar a extensão do tronco necessária para Malásana. A postura final é um agachamento com os pés separados e os joelhos alargados, com os braços na posição da iluminação, fazendo o mudra Namaskara. (Mãos unidas na frente do chakra Anahata, no coração). É na postura final que podemos imaginar uma guirlanda, a tradução de Malásana. Quando uma guirlanda é colocada no pescoço de alguém, ela decora e cerca o coração. O ato de oferecer uma guirlanda é um sinal de reverência, respeito e gratidão. Quando você pratica Malásana, seus próprios braços podem se tornar uma guirlanda. Sua cabeça se inclina para a frente, e sua atenção se volta para dentro. Desta forma não há outro lugar para olhar a não ser para dentro do seu próprio coração. O efeito deste agachamento do corpo e da mente comporta conscientização e quietude. Técnica de execução Comece em Prarthanásana, a postura da iluminação. Posicione os calcanhares ligeiramente mais largos do que a largura dos quadris e vire os dedos dos pés para fora; Inspire e levante o tronco a partir da cintura; Expire e lentamente se agache profundamente; Inspire e permita que sua espinha se alongue. Incline para a frente; Expire e envolva os cotovelos na postura pressionando-os entre os joelhos; Pressione as palmas das mãos uma contra a outra para criar resistência; Mantenha essa postura enquanto estiver confortável. Mantenha a alongamento da espinha superior e inferior. Alongue o topo da sua coroa e afunde o cóccix em direção ao chão. Em cada inalação, sinta seu peito expandir e o alongamento da espinha. Em cada expiração, sinta seus quadris afundarem. Para sair, inspire e apóie as palmas das mãos no chão ou sobre os joelhos. Expire e curve para a frente, pressionando os pés e puxando o osso sacro para cima. Retorne na posição Prarthanásana. É possível usar uma alça para segurar as mãos ou uma parede para apoiar o cóccix enquanto o praticante não tiver um perfeito equilíbrio. Tomada de consciência Sinta a profunda calma interior e a abertura do chakra Manipura. Aprecie a profunda energização das pernas, da coluna, especialmente da região lombar e do abdômen. Variante 1 Sente-se em Dandásana. Dobre as duas pernas, uma de cada vez, até que os joelhos fiquem apontando para o teto e as panturrilhas venham para perto da parte de trás das coxas. Incline-se para frente e se levante apoiando as mãos ao solo, mantendo a coluna ereta e olhar para a frente. Agache-se colocando um apoio para os calcanhares como uma toalha enrolada para facilitar a postura. É importante que os calcanhares estejam em contacto com o chão ou sobre uma toalha ou um cobertor, a fim de criar a ação de pressionar para baixo, o que alonga o interior das coxas e permite uma exalação mais profunda. Com o toque do pé, mantenha a pressão através dos calcanhares, pressione as coxas e os joelhos juntos para tonificar os lados exteriores das pernas, e começar a fortalecer o abdômen. Mantendo sempre o tronco ereto e levantado. Estenda os braços para a frente e para os lados. Abra e feche peito e mova as costelas para dentro a fim de manter o comprimento da coluna vertebral. A pressão para baixo dos calcanhares irá alongar os tornozelos, quadris exteriores, e os glúteos, permitindo que o peso da pélvis desça totalmente. Inspire e alongue a coluna, expire para dobrar mais profundamente as articulações dos joelhos e quadris. Variante 2 Sente-se em Dandásana. Dobre uma perna, trazendo o joelho mais perto do peito, e aproxime a panturrilha à parte de trás da coxa. Segure o outro pé, a panturrilha, ou na coxa (onde conseguir chegar com o braço) do lado em que estiver com a perna dobrada. Pressione a outra mão no chão atrás de você. Segure o pé ou a perna com firmeza, e levante o peito. Use a outra mão no chão para estender o seu tronco mais para a frente. Utilize uma toalha de mão enrolada, se você quiser alcançar o pé, mas não arredonde as costas. Mantenha a perna estendida firmemente no chão, em Dandásana, pressionando para baixo com o calcanhar e mantenha os dedos do pé flexionados. Nesta postura, a ênfase é sobre a extensão do tronco para a frente, mantendo o peito para a frente e alongando a coluna vertebral. Passe o tríceps do seu braço estendido além do joelho da perna dobrada quando estiver segurando o pé do outro lado. Pressione a parte interna da coxa e do joelho contra o braço exterior, aperte o esfíncter anal e apóie o tronco na coxa. Alongue quando inalar, e se mova mais profundamente para a frente quando expirar. Efeitos benéficos Os mesmos efeitos podem ser sentidos em decorrência das execuções, completa ou variante, variando apenas o grau de eficácia de uma e de outra. Alonga e abre a parte interna das coxas, os músculos da virilha, o tendão de Aquiles e os músculos da panturrilha baixos, fortalece e flexibiliza os tornozelos Estimula os órgãos digestivos e o metabolismo Salda as articulações sacro ilíacas Fortalece os músculos abdominais, Aumenta a mobilidade nos quadris Estica os músculos das costas Combate algumas dores nas costas Contra indicações Ferimentos nos joelhos e gravidez Ásana Número 13 – Sasangásana A postura do coelho A postura do coelho ou Sasangásana é uma poderosa postura de flexão para a frente. Ela estimula o crânio porque todo o peso do troco se apóia sobre a cabeça. É uma postura invertida capaz de monitorar a mobilidade e flexibilidade da coluna vertebral e dos músculos das costas e braços. Esta postura se parece com um coelho que se alonga. Seu nome deriva do sânscrito Sasanga, que significa coelho. Esta postura é indicada para ser praticada antes da meditação pois refresca a mente e o corpo. Técnica de execução Sentado sobre os calcanhares você encontra a verticalidade da coluna vertebral, todo o peso do corpo é apoiado nos calcanhares. Relaxe as ancas, os braços, os ombros e os músculos das costas. Respire pelo menos dez vezes procurando alongar a coluna, puxe a parte alta da cabeça para cima abaixando levemente o queixo, tudo deve ser feito delicadamente. Apóie as mãos no chão, na frente dos joelhos e mantenha os braços alongados, apóie o peso do corpo sobre as mãos, a cabeça deve permanecer alinhada à coluna e o olhar deve fixar em frente, sinta a região das ancas relaxando-a. O tronco deve assumir uma posição horizontal. Quando obtiver um total relaxamento das ancas, apóie os cotovelos no chão, sempre olhando para a frente. Abaixe a cabeça ao solo apoiando a parte entre a fronte e os cabelos o mais perto possível dos joelhos e cruze as mãos atrás das costas. Curve o tronco levantando ao máximo a bacia, levante as mãos verticalmente, com as palmas orientadas para baixo como na figura. No final retorne à posição sentado sobre os calcanhares. Erros que devem ser evitados Na fase preparatória o erro mais comum é contrair a coluna invés de alongá- la e na fase final consiste em orientar as palmas para cima. A conscientização Durante a execução tome consciência das energias cósmicas captadas pelos pés que se acumulam em Muladhara, além de sentir o circuito polar dessas energias pelos braços. Em seguida note o despertar da kundalini, seu escorrimento pelo Sushumna e sua concentração em Sahasrara, o chakra da coroa. No final da execução note a ativação simultânea dos dois centros de força, Sahasrara, o plano espiritual e Muladhara, o plano material assim como um estado eufórico de plena harmonização e equilíbrio. Efeitos benéficos A postura do coelho alonga a coluna lentamente, ajudando a manter sua mobilidade, a flexibilidade e elasticidade. Isso permite que o sistema nervoso recebamais nutrição para funciona adequadamente. Alongando suas costas vértebra por vértebra, você está alinhando sua coluna, e quando você sai da pose, você sente que sua coluna está mais longa. Isso é ótimo para melhorar a postura. Savangásana ajuda a levar mais sangue para o cérebro, massageia a tireóide, os nódulos linfáticos e comprime a garganta. Isso melhora a congestão nasal, constipações, amigdalite e é ótimo para a digestão. Isso é porque você está no topo da cabeça. Ela é mais fácil do que outras postura invertidas porque você não está completamente de cabeça para baixo, é ótima para iniciantes. Ter os hormônios equilibrados nos ajuda a sentir melhor em muitos aspectos. Os hormônios afetam as nossas emoções. Praticar yoga regularmente ajuda a melhorar os nossos desequilíbrios hormonais. A Postura do Coelho é uma postura que pode ajudar, pois estimula a função endócrina. É muito refrescante para o cérebro. Ela alivia a fadiga mental, a insônia e a depressão. Ela também melhora a memória e a concentração. Aqueles que sofrem de dores de cabeça, pescoço e costas devem praticar Savangásana, uma vez que ajuda a prevenir e curar esses problemas comuns. Esticar-se como um coelho traz muitos benefícios, principalmente para a parte superior do corpo, uma vez que alonga a coluna vertebral e estende as costas, braços e ombros. Esta é definitivamente uma pose que deve ser apreciada. Os efeitos benéficos interessam também a articulação dos quadris, onde se manifestam normalmente muitas tensões devidas à posturas incorretas. Se a articulação das ancas estiver bloqueada, mesmo que não tenhamos consciência disso, seja as posições de flexão para a frente quer para trás, são executadas forçando a parte mais sensível da coluna, a região dos rins. Neste caso podemos esmagar os discos intervertebrais e provocar tensões na região lombo-sacral, especialmente na quinta vértebra. Se as ancas estiverem muito bloqueadas as tensões podem propagar-se para a região lombar e subir até a cabeça, por isso, na prática correta das ásanas, as fases preparatórias são muito importantes. O alongamento da coluna com a ajuda da respiração determina gradualmente a distensão das articulações vertebrais. Por esta razão Savangásana é tão importante, ela desbloqueia os músculos da parte inferior da coluna proporcionando um estado eufórico de leveza e facilitando a execução de todas as outras ásanas. Ásana Número 14 – Uttitha Ardha Dhanurásana Meio arco realizado em pé. Assim se traduz o nome desta ásana. Também chamada Natarajásana, a ásana de Nataraja, um aspecto de Shiva. Na representação tradicional, este Deus manifesta e reabsorve os universos, seja o inteiro universo que o universo interior do homem, anulando o ego. Esta, como todas as posturas executadas dos dois lados, sendo um de cada vez, se executa primeiro do lado esquerdo e depois do lado direito. Nos concentramos na ativação de Manipura, primeiro em seu aspecto lunar e depois, quando a executamos do lado direito, nos concentramos no aspecto solar do chakra Manipura. Técnica de execução Comece na postura da iluminação. Inspire profundamente em todo o comprimento do seu corpo. Aos poucos, transfira seu peso para o pé esquerdo, passe seu pé direito para trás e apóie o hálux no chão atrás de você. Dobre o joelho direito e levante o calcanhar. Aferre-o com uma mão e leve a outra para a frente. Solte o pé direito enquanto expire. Retorne à postura da iluminação. Relaxe- se. Repita no outro lado. Efeitos benéficos É propiciatória à execução do arco completo no chão, Dhanurásana. Esta pose relaxa a musculatura da perna levantada, melhora e mobilidade da articulação coxo-femural, elastece as costas, as penas e os joelhos. Elimina a celulite e desenvolve o equilíbrio além de facilitar os movimentos. Ásana Número 15 – Jivabalásana A postura da vontade e da energia vital. Na tradição yógica as energias polares HA-THA não se manifestam no ser apenas em relação ao eixo vertical, que as divide em energias yang e yin mas são repartidas também por um eixo horizontal, na altura do chakra Anahata, dividindo o ser em duas metades, uma superior e outra inferior, nas quais prevalecem energias cósmicas e telúricas respectivamente. Poder evitar os hospitais é uma grande proeza que a yoga torna possível ao longo dos séculos. A hatha yoga é uma mistura perfeita de alma, mente e corpo. A harmonização destes aspectos do ser resulta em perfeita saúde física, mental e espiritual. Nos proporciona também calma, auto segurança, fé e perseverança. Jivabalásana concorre para equilibrar essas energias de maneira natural e sem contra indicações. Técnica de execução Inicie em pé com os pés na distância dos quadris um do outro, e firmemente plantados no chão. Mantenha o tronco ereto e o cóccix levemente dobrado ao levantar os braços para a frente do seu corpo com as palmas das mãos viradas para cima e na altura dos ombros. Mantendo a coluna reta e respire profundamente na barriga. Durante a execução desta ásana nos concentramos no fluxo de energia telúrica que passa através das pernas e energiza os 6 chakras secundários situados nos calcanhares, nos joelhos e nas articulações coxo fêmures. Simultaneamente percebemos as energias cósmicas recebidas através das palmas das mãos que dinamizam os 6 chakras secundários situados nos ombros, nos cotovelos e nos pulsos. Ao mesmo tempo percebemos o aspecto polar destas energias, solares no lado direito e lunares no lado esquerdo. No final da execução tomamos consciência da fusão geral das energias cósmicas e telúricas, percebemos a energização dos 12 charas secundários e do dinamismo interior que resulta desta grande transferência de energias. Efeitos benéficos Jivabalásana cria um complexo estado de energização global, aumenta a vitalidade, dinamiza o magnetismo individual conferindo capacidades magnéticas de cura. Melhora a circulação sangüínea periférica, estimula as atividades do coração, fortalece as articulações dos membros inferiores e superiores, diminui e cura reumatismos articulares e constipações. Ásana Número 16 – Shutarmurgásana A postura da avestruz. Como muitas posturas de aves, a postura do avestruz é um equilíbrio. Aqui, o equilíbrio é posto sobre os dedos dos pés, o tronco é paralelo ao chão, a cabeça e as nádegas ficam levemente levantadas, os joelhos dobrados e as coxas perto da barriga. Existem duas variantes. A primeira, com os braços esticados para trás e para cima, os dedos amplamente separados. A segunda com os cotovelos dobrados para trás, as mãos próximas aos ombros, dedos sempre abertos. Técnica de execução A execução da postura é bastante simples: Inicie em pé com os pés distanciados na largura da pelve, os braços ao longo do corpo. Espirando, se abaixe lentamente com o peito na direção dos joelhos ao mesmo tempo em que levante os braços para trás. Dobre levemente os joelhos e levante os calcanhares. Inspirando, tire o peso do corpo de sobre os calcanhares e o apóie sobre dedos dos pés, leve o peito para mais perto dos joelhos e levante ainda mais as mãos. Dê especial atenção aos dedos das mãos e pés que deve permanecer abertos. Respire tranqüilamente e procure se concentrar entre as sobrancelhas. Durante a execução desta ásana devemos esvaziar completamente os pulmões e perceber o fluxo de energias telúricas que sobem pelas pernas e se acumulam em Manipura enquanto energias cósmicas entram pelos braços e se acumulam em Ajna. No final retorne para a postura em pé, feche os olhos e relaxe-se sentindo os efeitos da postura. Tome consciência das energizações simultâneas dos chakras Ajna e Manipura, da harmonização interior, da lucidez como reflexo da vontade superior, divina na esfera da vontade individual. Procure perceber intuitivamente a sintonização de sua consciência individual com a Divina, doadora de sabedoria. Efeitos benéficos Esta ásananos permite entrar em ressonância com a força universal da criação. Vitaliza Manipura, o chakra que cria uma correspondência entre o homem terreno, ou com seus aspectos vitais, expansivos, dinâmicos e criativos, com o homem cósmico e seus aspectos espirituais, elevados sublimes. Através desta ásana o ser humano pode desenvolver poderes latentes como intuição espiritual, pode sentir profunda calma e felicidade. A chave para obter estes resultados é a identificação constante, durante a execução, com a avestruz. A avestruz é considerada o símbolo da justiça, da igualdade e da verdade. A pressão exercitada na região do abdômen melhora a circulação nesta região e ajuda no combate à obesidade e aerofagia além de tonificar os músculos lombares. Contra indicações Esta ásana é contra-indicada nos casos de excessiva fraqueza física e à quem sofre de reumatismos. Ásana Número 17 – Prasarita Padottanásana Muitas vezes ouvimos as pessoas dizerem que não conseguem praticar yoga porque não conseguem nem tocar a ponta dos pés. O que elas não entendem é que praticar yoga nada tem a ver com atingir estes objetivos. Trata-se de aprender a mover habilmente o seu corpo através da sua gama adequada de movimentos. Quando você pratica Prasarita Padottanásana, o objetivo é dobrar o tronco para a frente a partir dos quadris de modo que você posa esticar seus tendões, sem forçar as costas. Não importa o quão perto você chega ao chão. O que importa é que você aprenda a estabilizar suas pernas e sua espinha quando você se abaixar. Aprender a trabalhar desta forma provavelmente vai livrá-lo de dores nas costas e estiramentos. Considere o seguinte: Você se abaixa o tempo todo na vida quotidiana, para pegar alguma coisa do chão, por exemplo, e uma vez que você se abaixa tantas vezes, pode ser um desafio fazê-lo com toda a atenção. Mas se você não estiver ciente, é provável que arredonde as costas quando você dobra para a frente. Com o tempo, isso pode esticar e desestabilizar ou criar tensão na parte inferior das costas. Quando você pratica Prasarita Padottanásana conscientemente, você estica os isquiotibiais, as panturrilhas e os quadris; fortalece os pés, os tornozelos e as pernas além de tomar consciência de como proteger sua parte inferior das costas. Esta postura também é uma inversão suave, uma vez que posiciona sua cabeça e coração abaixo de seus quadris. A combinação da forma invertida e a flexão para frente tende a proporcionar uma maravilhosa sensação de calma. Finalmente, essa postura vai reforçar seus ombros e a parte superior das costas, e dará comprimento e flexibilidade aos músculos do pescoço. Se seus quadris estiverem bloqueados, essa postura vai exigir um pouco mais de habilidade e paciência. Será mais difícil para você para dobrar muito sua parte inferior das costas. Se este for o seu caso, dobre os joelhos ligeiramente para facilitar a execução. Ou você pode optar por não ir até o chão: Coloque blocos sob suas mãos para levantar o piso para você. Esta ásana é ao mesmo tempo uma postura de flexão para a frente e para trás. O apoio da cabeça à terra é condicionado pela distância entres os pés, quanto mais eles estiverem afastados um do outro, mais fácil será chegar com a cabeça ao chão. Técnica de Execucão Comece na posição da iluminação e alargue os pés o máximo que puder mantendo-os paralelos um ao outro. Descanse as mãos nos quadris. Inspire e levante o peito, abaixando lentamente o torso para a frente. Expire e, mantendo o comprimento do tronco para a frente, incline-se começando das articulações da anca. Como seu torso se aproxima ao chão, pressione a ponta dos dedos no chão diretamente abaixo de seus ombros. Estenda os cotovelos totalmente. Enquanto estiver dobrando o tronco, ponha as mãos no chão com as palmas apoiadas, em uma linha reta imaginária com os calcanhares e apóie a testa no chão no ponto entre a fronte e os cabelos. Mova sua coluna uniformemente para que sua volta fique ligeiramente côncava do cóccix até a base do crânio. Traga a sua cabeça para cima, mantendo a parte de trás do pescoço longo, e dirija seu olhar para cima em direção ao teto. Empurre a parte de cima das coxas para trás para ajudar a alongar o tronco da frente, e puxe as virilhas interiores para longe uma da outra para alargar a base da pelve. Respire. Mantendo a curva das costas e a o seu peito levantado mova as pontas dos seus dedos entre seus pés. Respire mais algumas vezes. Em seguida, com uma exalação, dobre os cotovelos e abaixe o tronco e a cabeça em uma curva para a frente. Se possível descanse a coroa de sua cabeça no chão. Pressione as palmas das mãos no chão, as dedos apontando para a frente. Se você tiver flexibilidade para mover seu torso em uma curva completa para a frente, vá com as mãos para trás até dobrar seus cotovelos e apoiar os antebraços no chão. Certifique-se de manter os braços paralelos um ao outro e fique com os ombros longe das orelhas. Fique na pose enquanto estiver confortável. Para sair, traga as mãos para trás no chão abaixo de seus ombros e levante e alongue o tronco da frente. Em seguida, com uma inalação, descanse as mãos nos quadris, puxe as pernas um pouco cada vez e retorne à posição da iluminação. Em alternativa você pode apoiar os cotovelos ao chão e se ajoelhar, se sentar sobre os cotovelos e depois se levantar para a tomada de consciência. Se pode permanecer nesta posição o máximo de tempo que for possível sem se sentir desconfortável. É preferível praticar esta ásana descalço e com os pés em contato com o piso para evitar escorregar. A tomada de consciência A concentração deve ser nas energias telúricas que sobem pelas pernas e se acumulam em Muladhara, se amplificam em Sushumna nadi, o canal principal na coluna vertebral, para chegar em Sahasrara, o chakra da coroa. Em segundo lugar nos concentramos na massagem abdominal resultante da posição. Efeitos benéficos Esta ásana acumula os efeitos das ásanas com flexão da coluna vertebral para a frente com aquelas das ásanas invertidas. Propicia elasticidade à coluna vertebral e das pernas além de tonificar o abdômen. Ativa a circulação sangüínea no cérebro e no tronco, favorece o funcionamento do tubo digestivo eliminando o sangue estagnado nas vísceras. Favorece a circulação em geral melhorando o funcionamento do inteiro organismo. Tonifica e alonga a medula espinal, previne inflamações do nervo ciático e favorece a transmutação das energias inferiores. Ásana Número 18 – Bhujanásana A postura da cobra Bhujangásana ou a Postura da Cobra, é uma das principais ásanas com flexão para trás usadas na hatha yoga. Em Bhujangásana, a cabeça e o tronco se assemelham a uma cobra com a cabeça levantada, daí o nome. ('Bhujanga' significa Cobra em sânscrito). Técnica de execução Deite-se de bruços no chão. Estique as pernas para trás com as partes superioresdos pés no chão. Abra suas mãos no chão sob seus ombros. Pressione os pés, as coxas e o púbis firmemente no chão. Respirando profundamente, endireite os braços para levantar o peito do chão, indo apenas até a altura em que você pode manter o púbis no chão. Fique firme na postura, mas não endureça as nádegas. Alargue as escápulas levando as costelas para a frente. Levante a parte superior do esterno, mas evite empurrar a parte dianteira para a frente, o que só endurece a parte inferior das costas. Distribua a torção uniformemente ao longo de toda a coluna vertebral. Se concentre no chakra do coração, Anahata. Esta é uma das 32 posturas citadas como essenciais no clássico tratado Gheranda Samhita. Efeitos benéficos Bhujangásana elastece a parte superior da coluna, elimina a tendência a se curvar para a frente, dores nas costas, lombalgias, mialgias e realinha as vértebras. Melhora a irrigação da coluna vertebral, normaliza o funcionamento da tiróide e das cápsulas surrenais, cura diversas
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