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fichamento de familia suzana

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AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
MARIANA CAROLINE SILVA SANTOS
FICHAMENTO: GENERO, PATRIARCADO, VIOLENCIA
Fichamento apresentado no curso de psicologia da Faculdade AGES como um dos pré - requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina Psicologia familiar no 5º período, sob a orientação da professora Suzana Almeida.
Paripiranga
Setembro 2015
REFERENCIAS: HELEIETH SAFFIOTI - Gênero, patriarcado, violência – São Paulo SP – 1° edição marco de 2014 – Editora fundação Perseu Abramo.
CREDENCIAIS: (Ibirá, 4 de janeiro de 1934 - 13 de dezembro de 2010) foi uma socióloga, professora e militante feminista brasileira. Filha de uma costureira e de um pedreiro, nasceu em uma pequena cidade do Estado de São Paulo. Graduou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) em 1960, quando começou suas primeiras pesquisas acadêmicas sobre a condição feminina no Brasil, tema que seria objeto de sua tese de livre-docência para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), intitulada A mulher na sociedade de classe: mito e realidade, sob orientação do professor Florestan Fernandes, defendida por Heleieth em 1967 e publicada pela editora Vozes em 1976. O livro foi um best-sellerna época e constitui até hoje uma referência nos estudos de gênero. Foi professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professora visitante na Faculdade Serviço Social da UFRJ. Criou um Núcleo de Estudos de Gênero, Classe e Etnia na UFRJ, orientou teses na PUC-SP e se aposentou pela Unesp (campus de Araraquara), da qual era professora emérita. Em 2005, foi incluída na indicação coletiva de 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz, feita pela organização suíça Mulheres pela Paz ao Redor do Mundo, visando o reconhecimento do papel das mulheres nos esforços pela paz. Dentre as 1000 mulheres estavam 51 brasileiras, como Zilda Arns e Luiza Erundina. Heleieth Saffioti era casada com o químico Waldemar Saffioti, professor, autor de livros didáticos e vereador em Araraquara. Em 2000, pouco depois da morte do marido, Heleieth decidiu doar à Unesp a chácara do casal, em Araraquara, para que se transformasse em centro cultural. O local pertenceu ao tio de Mário de Andrade, que lá escreveu Macunaíma. Heleieth Saffioti se manteve ativa até o fim de sua vida. Morava com sua mãe, Angelina. Morreu aos 76 anos, devido a uma hipertensão arterial sistêmica. Não deixou filhos.
RESUMO
A VIOLENCIA CONTA MULHERES é uma pratica antiga e muito presente na sociedade humana. Ao mesmo tempo, continua sendo um tema oculto, muitas vezes tratado como tabu. Além disso, o estudo deste grave problema social e de suas relações com os conceitos de gênero, etnia/raça e classes sociais é ainda recente. Gênero, patriarcado, violência analisa esta realidade, utilizando o conceito de patriarcado como elemento central para esclarecer o debate e abri novas perspectivas de entendimento da questão.
A socióloga Heleieth Saffioti, uma das mais respeitadas estudiosas do assunto, nos proporciona um olhar instigante sobre a violência conta mulheres, mostrando como ela espelha também a opressão masculina. Além disso, o livro esclarece de modo didático conceitos como gênero, patriarcado, poder, raça/etnia, exploração-denominação , igualdade, identidade, democracia etc., e suas inter-relações 
Cap 1: “A REALIDADE NUA E CRUA” 
“As chamadas drogas pesadas, sem dúvidas, desempenham importante papel no crescimento da violência conhecida como violência urbana, no Brasil.” (p-15)
“Trata-se da violência como ruptura de qualquer forma de integridade da vítima: integridade física, integridade psíquica, integridade social, integridade moral.” (p- 17)
“A vítima de abusos físicos, psíquicos, morais/e ou sexuais é vista por cientistas como indivíduos com mais probabilidades de maltratar, sodomizar outros, enfim, de produzir, com outros, as violências sofridas, do mesmo modo como se mostrar mais vulnerável as investidas sexuais ou violência física ou psíquica de outrem.” (p-18)
As drogas tem um crescimento abundante no centros do brasil, passando a agir na personalidade da vitima, tanto na parte física como psíquicas social e moral, determinando assim a poderem agir da mesma forma como foram violentados.
Cap 2: “DESCOBERTAS DA AREA DAS PERFUMARIAS”
“A expressão violência doméstica costuma ser empregada como sinônimo de violência familiar e, não tão raramente também de violência de gênero.” (p-44)
“Os dados de campo demostram que 19% das mulheres declararam, espontaneamente, haver sofrido algum tipo de violência da parte de homens, 16% relatando casos de violência física, 2% de violência psicológica, 1% de assédio sexual. (p-47)
“As duas partes precisam de auxílio para promover uma verdadeira transformação da relação violenta.” (p-68)
A autora trás dados alarmantes mostrando que o maior percentual de mulheres já foram violentadas de alguma forma pelos seus companheiros e so haverá mudanças se as duas partes tiverem esse interesse e mostrarem verdadeira transformação.
Cap 3: “PARA ALEM DA VIOLENCIA URBANA”
“Qualquer que seja a forma assumida pela agressão, a violência emocional esta sempre presente.” (p-75)
“Mesmo quando permanecem na relação por décadas, as mulheres reagem à violência, variando muito as estratégias.” (p-79)
“Paga multa e sem perda da primariedade – é verdade que dependendo do comportamento do causado - , os homens sentem-se livre para continuar sua carreira de violência.” (p- 92)
A autora afirma que não importa o tipo de agressão sofrida o emocional sempre estará presente e dependera sim de quanto tempo tem que a vítima sofreu a violência, porem os homens não se importam e continuam com a vida de violência.
Cap 4: “NÃO HÁ REVOLUÇAO SEM TEORIA” 
“ Com efeito, sua primeira preposição estabelece quatro elementos substantivos enlaçados envolvidos pelo gênero indo desde símbolos culturais, passando por conceitos normativos e instituições sociais, ate a subjetividade.” (p- 111)
“Não se trata de variações qualitativas, mesuráveis, mas sim de determinações, de qualidades, que tornam a situação dessas mulheres muito mais complexa.” (p-115)
“O fato de o patriarcado ser um pacto entre os homens não significa que a ele as mulheres não oponham resistência.” (p- 130)
A autora fala sobre os elementos envolvidos no gênero desde a cultura como as instituições e o fato de ser um pacto em ambas as partes não significa que as mulheres não possam se opor as decisões tomadas.
CONSIDERAOES FINAIS 
O livro é bastante interessante e prende de certa forma o leitor a continuar lendo para intender o real sentido da obra . A autora consegue de certa forma mostrar a gravidade do problema quando coloca um tema que é oculto pela sociedade, sobretudo o estudo sobre esse grande problema social com conceitos de etnia/raça, gênero e classes sociais mostrando essa realidade. O conceito de violência antes de tudo gera conflitos e causa dores abusivas em quem são cometidas, podendo ser ameaças de morte, sequestros, latrocínios, roubos, qualquer forma de ruptura a sua integridade física ou moral é algumas das formas de violência. Nesse contexto as vitimas são na maioria das vezes mulheres e crianças, esposas e filhos que são remetidos a serem espancados e ate molestados pelos seus pais ou familiares. Uma das conquistas mais importantes são as delegacias da mulher, as quais ainda hoje se constituem na principal política pública de combate à violência contra as mulheres e à impunidade, têm por objeto as denúncias de violência contra as mulheres nos distritos policiais e as práticas feministas de atendimento às mulheres em situação de violência. Nessa base temos três correntes teóricas a primeira que se constitui de dominação masculina, define violência contra as mulheres como expressão de dominação da mulher pelo homem, resultando na incapacidadeda autonomia da mulher, tanto como vitima quanto cumplice da dominação masculina a segunda corrente, que é a de dominação patriarcal, pela perspectiva feminista e marxista, reconhecendo violência como expressão do patriarcado, em que a mulher é vista como sujeito social autônomo, porém historicamente vitimada pelo controle social masculino e a ultima que é a de relacional, noções de dominação masculina e vitimização feminina, tendo a violência como uma forma de comunicação um jogo do qual a mulher não é vítima senão cúmplice. Assim uma abordagem da violência contra as mulheres como uma relação de poder, entendendo –se o poder não de forma absoluta , exercido via de regra pelo homem sobre a mulher, como quer-nos fazer crer a abordagem da dominação patriarcal, senão de forma dinâmica e relacional, exercido tanto por homens como por mulheres, ainda que de forma desigual. Torna-se necessário definir violência de gênero com maior poder teórico, incorporando todos os conceito de gênero sobretudo a referência a gênero como um campo em que o poder é articulado. Mas ainda não superam as dificuldades teóricas à conceituação de violência contra as mulheres e violência de gênero, bem como dificuldades práticas na busca de soluções para esse problema, a violência não é fruto da natureza, mas sim do processo de socialização das pessoas. Assim procura –se então, analisar o fenômeno da violência conjugal como uma forma de comunicação em que homens e mulheres conferem significado às suas práticas. A violência conjugal trata-se mais de um jogo relacional do que de uma luta de poder. A autora mostra como a violência parte principalmente dos familiares os quais imaginasse ser donos dos seus filhos e preferem violenta-la, havendo também manipulação e ruptura da integridade da criança ameaçando –a de morte. O que melhor define os maus-tratos psicológicos são as humilhações, discriminações, ofensas feitas pelos próprios familiares ás crianças, assim, consequentemente, ocorrem traumas com graves consequências e frequentemente considerados acidentais. Na realidade, na maioria das vezes, se a situação fosse investigada, caracterizaria negligência dos próprios pais.

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