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Apostila 3 resumo/Teorias da Comunicação

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TEORIA DA COMUNICAÇÃO APOSTILA -3
Os estudos teóriocos da comunicação ganharam forma nas primeiras decadas do SEC 20, os meios de comunicação de massa se exandiram e que chegou ao cotidiano dos cidadãos.
Os cidadãos passaram a:
Ter importante espaço na midea
Construção de opinião individual e coletiva.
Tres teorias fundadoras do campo da comunicação:
Escola de Frankfurt
Estrutural Funcionalismo
Estudos Culturais
Estrutural Funcionalismo
EUA
Metade Sec 20
Contrubuiu para a sociedade com o estudo da midea de massa e seu papel na sociedade.
Escola de Frankfurt:
Alemanha
Interpretação fudamentada em marxismo heterodoxo
Industria cultural, foco dos estudos dos Frankfurtianos, era vincular as culturas tradicionais, industria cultiral e o contexto das sociedades das sociedades ocidentais,demonstrando o uso da CM para a alienação.
Formação intelectual de esquerda
Discurso criticoe antagonico em relação ao Estrutural Funcionalismo.
Estudos Culturais:
Inglaterra
Iniciaram metodologias que inivaram a interoretação da cultura.
Surgiu em 1950 no “Centro de estudos culturais Conteporaneos”.
Fundadores: Richard Hoggart, Raymond Williams, e E.P Thompson.( tem em comum a origem proletariada ou trabalho e educação popular)
Stuart Hall, ganhou relevancia por incentivar a inclusao de temas marginais, com objetos de estudo, televancia a pesquisas às praticas de resistencia de grupos marginalizados.
“De acordo com Kellner: O estudo da cultura popular e de massa recebeu o rótulo genérico de
“estudos culturais” Um estudo cultural crítico conceitua a sociedade
como um terreno de dominação e resistência, fazendo uma crítica da
dominação e dos modos como a cultura veiculada pela mídia .
Examinando o modo como a cultura
da mídia pode constituir um terrível empecilho para a democratização da
sociedade, mas pode também ser uma aliada, propiciando o avanço da
causa da liberdade e da democracia.”
Busca entender estes processos como parte das dinâmicas
sociais, políticas e culturais, inserindo-as em um movimento amplo no qual cultura
e comunicação são contextualizados e compreendidos como parte das relações
que se estabelecem em uma sociedade caracterizada pela mobilidade social e pelas
mudanças nos processos de produção industrial.
Os três autores que estão na base da criação dos Estudos Culturais são de famílias de trabalhadores, o que incide profundamente em suas concepções e processos para formulação teórica.influencia os modelos desenvolvidos em suas análises, que partem das experiências dos trabalhadores no consumo da mídia e como isto interfere nos processos culturais.
Como observa Kellner, a abordagem dos Estudos Culturais aproxima-se da Escola de Frankfurt por sua análise marxista e crítica ao sistema capitalista, porém dela se afasta no sentido de entender as relações culturais como parte de um processo de construção social no qual há ambiguidade.
A recusa ao determinismo também afasta os Estudos Culturais da pesquisa realizada como parte do Estrutural Funcionalismo, uma vez que este valoriza demasiadamente os aspectos positivos da mídia, relegando a segundo plano os riscos oferecidos pela onipresença dos Meios de Comunicação de Massa em sociedades contemporâneas.
Nas palavras de Kellner (2001, p. 13): A cultura da mídia pode constituir um entrave para a democracia quando reproduz discursos reacionários, promovendo o racismo, o preconceito de sexo, idade, classes e outros, mas também pode propiciar o avanço dos interesses de grupos oprimidos quando ataca coisas como formas de segregação racial ou sexual ou quando, pelo menos, as enfraquece com representações mais positivas de raça e sexo.
Estudos Culturais: Trabalho, Culturas Tradicionais e Cultura da Mídia
A emergência da classe trabalhadora possibilitou novas relações no ambiente da sociedade de classes, em uma interpretação marxista, que leva os pesquisadores a compreender a sociedade como complexa unidade, na qual forças econômicas, políticas e culturais competem e estão em conflito, o que leva a cultura a uma “autonomia relativa” e o trabalhador a ocupar o espaço público como sujeito nos processos que ocorrem nesta sociedade.
Os pesquisadores identificados com os Estudos Culturais apresentaram uma nova perspectiva da análise, deslocando a pesquisa da mídia para o sujeito, para a tentativa de compreensão das interações entre este e a mídia. Mais que ter a mídia como objeto de estudo, esta é colocada como parte do processo de construção e disputa pelas representações da realidade.
A mídia não é o objeto de estudo, mas parte de processos culturais amplos, nos quais diferentes atores sociais e políticos disputam espaço, levando à “autonomia relativa” do campo cultural.
Trabalho e culturas, estes os temas centrais para as pesquisas e pesquisadores ligados aos Estudos Culturais
A cultura de mídia é analisada como novo espaço para manifestações de representações do cotidiano – relação das culturas populares com a cultura da mídia fundada na reinterpretação e em releituras da realidade cultural.
De acordo com Kellner (2001, p. 15), [...] o público pode resistir aos significados e mensagens dominantes, criar sua própria leitura e seu próprio modo de apropriar-se da cultura de massa, usando a sua cultura como recurso para fortalecer-se e inventar significados, identidade e forma de vida próprios. Além disso, a própria mídia dá recursos que os indivíduos podem acatar ou rejeitar na formação de sua identidade em oposição aos modelos dominantes. Assim, a cultura veiculada pela mídia induz os indivíduos a conformar-se à organização vigente, da sociedade, mas também lhes oferece recursos que podem fortalecê-los na oposição a essa mesma sociedade.
A relação dialética entre o sujeito e a mídia ganha destaque nessa interpretação. Caso desenvolvesse um processo da comunicação, como o fazem teorias como o Estrutural Funcionalismo, os pesquisadores dos Estudos Culturais estabeleceriam uma relação menos assimétrica, ou seja, não definiriam a mídia como onipresente e poderosa e o receptor como frágil e incapaz. Pelo contrário, afirmariam, como demonstra Kellner, a capacidade de reinterpretar as mensagens da mídia de acordo com valores e experiências grupais, produzidas por culturas tradicionais, agora em relação com as mídias.
Estudos Culturais e Política
Seguindo os passos da Escola de Frankfurt, os EstudosCulturais apresentaram-se à sociedade como abordagem teórica com fortes vínculos ideológicos. A trajetória político-teórica dos Estudos Culturais indica, deum lado, vínculos políticos com a “Nova Esquerda” e movimentos sociais ingleses;de outro, uma perspectiva teórica inter/transdisciplinar, configurando uma áreana qual diferentes disciplinas interagem visando o estudo de aspectos culturais dasociedade.
A derrocada do projeto de sociedade socialista tendo a URSS como principalarticulador político levou a releituras da obra de Marx e de estratégias para o campo socialista. A “Nova Esquerda” faz parte desse contexto e buscou articular suas tesesa práticas sociais e culturais que têm proximidade com o projeto de sociedadedos Estudos Culturais, Nessa perspectiva, a cultura operária é valorizada e vista como capaz decriar as condições para a conscientização dos trabalhadores diante do processo dealienação produzido pela burguesia.
Kellner (2001, p. 17) afirma que:A cultura da mídia também fornece o material com que muitas pessoasconstroem o seu senso de classe, de etnia e raça, de nacionalidade, desexualidade, de “nós” e “eles”. Ajuda a modelar a visão prevalecente demundo e os valores mais profundos: define o que é considerado bom oumau, positivo ou negativo, moral ou imoral. As narrativas e as imagensveiculadas pela mídia fornecem os símbolos, mitos e os recursos queajudam a constituir uma cultura comum para a maioria dos indivíduos eem muitas regiões do mundo de hoje.
O reconhecimento da centralidade da mídia, undamentalpara as concepções dosEstudos Culturais acerca das culturas e da política, interpretando a mídia comoresponsável pela mediação e pela apresentação de representações da realidadeque atuam como elementos da formação da opinião individual e coletiva, no qual a disputa principal é a consciência dos trabalhadores, que, em sua relação com a mídia, buscam afirmar-se como sujeitos, en-
quanto esta busca produzir uma interpretação da realidade alienada, atendendo
aos interesses das classes dominantes.
Feminismo, Gênero, Raça: Abordagens Transdisciplinares
 Estudos Culturais abrangem áreas transdisciplinares que vão muito além da comunicação, uma vez que estes analisam “as relações entre a cultura contemporânea e a sociedade, isto é, suasformas culturais, instituições e práticas culturais, assim como suas relações com asociedade e as mudanças sociais.”
a partir dosanos 1970 o enfoque inclui as subculturas e resistência às estruturas domi-nantes de poder, buscando compreender os sistemas de valores e universo desentido, limites para a autonomia e a constituição de uma identidade coletivarelacionada a dimensões de resistência e subordinação. ainda marcado pela Guerra Fria e pelaemergência de ditaduras no Cone Sul do Continente Americano, os meios decomunicação de massa são analisados como forma de entretenimento e comoaparelhos ideológicos do Estado, conceito desenvolvido pelo filósofo francês L.Althusser e que seria incorporado às teses culturalistas, compreendendo a mídiacomo espaço de construção da ideologia dominante, de convencimento e formaçãoda opinião individual e coletiva, evitando o uso dos aparelhos repressivos.
 Abordagem relevante, porém distante do modelo dominante nos Estudos Cul-turais, a temática da recepção e a densidade dos consumos de mídia teve desen-volvimento significativo, inclusive no Brasil. Exemplo de estudo nessa linha éo trabalho realizado por Carlos Eduardo Lins da Silva com a recepção de trabalha-dores ao telejornal da Rede Globo de Televisão, Jornal Nacional. Utilizando a me-todologia da pesquisa participante e das teorias da recepção, busca aprofundar oconhecimento acerca da inserção de um produto da cultura midiático no cotidianode trabalhadores brasileiros. O estudo citado é exemplo da conexão dos Estudos Culturais, que abrem espaçopara leituras ideológicas realizadas pelos pesquisadores e posições assumidas peloreceptor.
 A emergência de novos contextos no ambiente político social dos anos 1970possibilitou a inserção de diversas temáticas como preocupação para os EstudosCulturais. Movimentos sociais colocaram na pauta da sociedade questões como diferenças degênero, raça e etnia, que passaram a fazer parte das pesquisas realizadas pelos EstudosCulturais nos anos 1970, Primeiramente examinaram-se as imagensdas mulheres nos meios massivos; depois o trabalho doméstico passou a ser tematizado.O Feminismo, que desde os anos 1960 se consolidava como área de pesquisae militância política, passa a integrar os Estudos Culturais em atividades vinculadasa diferentes grupos, sejam acadêmicos, sejam políticos, ampliando a influênciae aproximando academia e sociedade. As questões étnicas e raciais trilharam omesmo caminho.
Estudos Culturais e Construção de Identidades
É possível observar que a partir dos anos 1980 há expansão do projeto dos Estudos Culturais para além da Grã-Bretanha. O foco central dos estudos passa aser a reflexão sobre as novas condições de constituição das identidades sociais esua recomposição numa época em que as solidariedades tradicionais estão debilitadas. Em novas modalidades de análise dos meios de comunicação que combinamanálise de texto com pesquisa de audiência, são implementados estudos derecepção dos meios – programas televisivos, literatura popular, filmes de grandebilheteria -, relacionando tais produtos com questões de identidade cultural e social.
Kellner, para quem:Há uma cultura veiculada pela mídia cujas imagens, sons e espetáculosajudam a urdir o tecido da vida cotidiana, dominando o tempo de lazer,modelando opiniões políticas e comportamentos sociais, e fornecendo omaterial com que as pessoas forjam sua identidade. O rádio, a televisão,o cinema e os outros produtos da indústria cultural fornecem os modelosdaquilo que significa ser homem ou mulher, bem-sucedido ou fracassado,poderoso ou impotente. [...] A cultura veiculada pela mídia fornece omaterial que cria as identidades pelas quais os indivíduos se inserem nassociedades tecnocapitalistas contemporâneas, produzindo uma nova for-ma de cultura global.
O deslocamento de parte do papel de construção da identidade social dasinstituições tradicionais para a mídia apresenta grande desafio aos teóricos dosEstudos Culturais e de outros campos de pesquisa, que procuram compreendercomo, nas sociedades urbanas, de massa, industriais, as identidades e a constituiçãodo sujeito têm novos processos e passam por crises e rupturas em relação aosvalores tradicionais, com consequentes conflitos entre gerações.
O que se observa a partir do século 20 é o declí-nio desses valores tradicionais, que não se mantêm como verdades absolutase passam a ser questionados em diversos âmbitos da vida social e são objetode estudo para as ciências.A mídia tem relevante contribuição nesse processo e, por isso, é muitas vezescriticada pelos segmentos da sociedade que defendem valores tradicionais. Outro fator relevante é o trabalho transdisciplinar desenvolvido nas pesquisas. Asdiversas teorias têm espaço para a construção das metodologias, o que possibilita aassociação dos Estudos Culturais em áreas do conhecimento que buscam explicaras relações sociais na contemporaneidade. No Brasil, a presença dos Estudos Culturais segue a tendência mundial, inse-rindo principalmente o viés transdisciplinar em pesquisas que têm como objeto oscomplexos sistemas de comunicação e de cultura de nosso país. Na América Latina, os Estudos Culturais têm significativa presença, em funçãode fatores próximos aos do Brasil e à recusa por parte dos pesquisadores emaplicar as teorias vinculadas aos EUA – como o Funcionalismo ou as teorias damodernização, que não apresentam a possibilidade de estudar a diversidade cultural,social e econômica dos países que compõem a América Latina. os Estudos Culturais latino-americanos apresentamparticularidades, mantendo-se no campo de estudos e a eles acrescentando análisestransdisciplinares que contribuem para a compreensão da realidade multicultural emidiática que é resultado da história destes países a partir da colonização

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